Que quer dizer este "I"?

[Cagi]

Tinha um kubota igual a esse em casa do meu avo!! la andava eu a fazer manobras com isso no quintal desde muito pequenito que ele me metia a conduzir so os pedais ficavam por conta dele!

[Jarod]

Será que vamos poder criar uma Irmandade?

[bricardo]

Significa "Isento" e refere-se a uma benesse fiscal qualquer nos anos 70 a que tinham direito todos os carros que tivessem bancos traseiros rebatíveis!!!
Isto porque, supostamente, essa característica dava-lhes um carácter mais comercial, ou seja, tornava-os adequados a uma utilização comercial/empresarial.

A 504 2.0 E de 197? do meu pai também tem isso, na altura pensava que era por ter sido importada...

[MGomes]

Tinha um kubota igual a esse em casa do meu avo!! la andava eu a fazer manobras com isso no quintal desde muito pequenito que ele me metia a conduzir so os pedais ficavam por conta dele!

Tal como este

[ESPRIT]

LOL

Mas que raio de lógica... isto hoje em dia era fixe... ninguém pagava imposto, quase todos os carros têm bancos traseiros rebativeis...

Tbem tinha.

[MAZDA 6]

Não faço IdeIa. LOOOOOOOL

[JohnnT]

julgo querer dizer izento de pagar "qualquer coisa", mas não tenho a certeza do que é que estava isento de pagar.

Afinal o que é que isto significa?



Estou Intrigado e Indignado por não saber!

[squidward]

também nunca soube o que era esse "I". Há ali uma Renault 4, que tb tem esse "I".

[VorsprungDurchTechnik]

Estou a ver que é só putos por aqui.

Como o Lino Marques explicou, o I sinalizava veículos homologados como "Mistos" - a diferença era precisamente o banco rebatível e (geralmente) o portão traseiro, para transporte de cargas.

Tal como quase toda a fiscalidade na altura, era um regime confuso mas que assentava em critérios de homologação do veículo.
Com a entrada no mercado único europeu a fiscalidade automóvel foi revista e reformularam tudo - foi quando apareceu o famigerado I.A. baseado na cilindrada - obra do presidente Cavaco.
Foi um período em que não havia IVA, IRS, IRC. Em vez disso, havia impostos específicos sobre o consumo, o imposto complementar e um imposto das sociedades. Estamos a falar da década de 80...

Paralelamente havia fortes restrições à importação, pelo que os fabricantes mais populares foram forçados a implantar "montadoras" de automóveis, como a fábrica da Renault em Setúbal, a Citroen/PSA em Mangualde, a Opel na Azambuja ou a joint-venture Toyota/Salvador Caetano em Ovar.

Nos impostos de circulação, para além do imposto municipal que vigorou até este ano, havia o já falado imposto sobre os veículos a gasóleo, que pagavam pequenas fortunas trimestrais - na altura era pesadíssimo, mas para quem fazia muitos kilometros compensava.

Os comerciais também existiam e tinham que ostentar na frente uma placa azul com o concelho fiscal em que estavam registados.
Dentro destas placas, havia umas que para além da indicação da localidade, limitavam também a circulação a um raio de 50km.
Estas placas foram utilizadas até ao início da década de 90, juntamente com o famoso "80" na traseira.

[Jarod]

Estou a ver que é só putos por aqui.

Como o Lino Marques explicou, o I sinalizava veículos homologados como "Mistos" - a diferença era precisamente o banco rebatível e (geralmente) o portão traseiro, para transporte de cargas.

Tal como quase toda a fiscalidade na altura, era um regime confuso mas que assentava em critérios de homologação do veículo.
Com a entrada no mercado único europeu a fiscalidade automóvel foi revista e reformularam tudo - foi quando apareceu o famigerado I.A. baseado na cilindrada - obra do presidente Cavaco.
Foi um período em que não havia IVA, IRS, IRC. Em vez disso, havia impostos específicos sobre o consumo, o imposto complementar e um imposto das sociedades. Estamos a falar da década de 80...

Paralelamente havia fortes restrições à importação, pelo que os fabricantes mais populares foram forçados a implantar "montadoras" de automóveis, como a fábrica da Renault em Setúbal, a Citroen/PSA em Mangualde, a Opel na Azambuja ou a joint-venture Toyota/Salvador Caetano em Ovar.

Nos impostos de circulação, para além do imposto municipal que vigorou até este ano, havia o já falado imposto sobre os veículos a gasóleo, que pagavam pequenas fortunas trimestrais - na altura era pesadíssimo, mas para quem fazia muitos kilometros compensava.

Os comerciais também existiam e tinham que ostentar na frente uma placa azul com o concelho fiscal em que estavam registados.
Dentro destas placas, havia umas que para além da indicação da localidade, limitavam também a circulação a um raio de 50km.
Estas placas foram utilizadas até ao início da década de 90, juntamente com o famoso "80" na traseira.

Quem fala assim não é ga-ga-ga-gago!

Já sei a quem recorrer quando tiver dúvidas deste tipo. Agora sim, esclarecimento total e não apenas "uma ideia daquilo que é".

Obrigado!