Muito se vai falando sobre o aumento do peso dos automóveis actuais, o que de facto é verdade. Contudo, tenho verificado que às vezes se fazem comparações entre modelos diferentes de uma forma demasiado simplista. Portanto, resolvi fazer uma abordagem, que sendo com certeza incompleta e refutável, sempre é mais válida do que a simples comparação de pesos tout court.
A ideia foi chegar a uma medida qualquer do peso relativo dos automóveis, mais concretamente o peso em relação às dimensões.
A metodologia que escolhi é simples e resume-se a isto:
. peguei num conjunto de modelos do segmento D e arredores, procurando sempre modelos turbo-diesel de 1.9 a 2.2 consoante a oferta disponível em cada marca;
. Registei os seus pesos (taras) e dimensões (comprimento e largura). Fui buscar todos estes dados a http://www.km77.com/eli/motor/directa.asp ;
. Calculei a relação peso/área = peso/(comprimento x largura)x1000 (multipliquei por 1000 só para faciliar a leitura dos números);
. O resultado disto é uma unidade de medida perfeitamente válida, mas difícil de intuir, portanto resolvi calcular a média aritmética simples daquilo tudo, e "normalizar" essa variável. Isto é, centrei as coisas na média zero;
. Portanto, o quadro lê-se assim: Se um determinado modelo regista o valor de +7%, isso quer dizer que o seu peso relativo (peso face à area) é 7% superior ao peso relativo médio da amostra. A mesma coisa, mas inversamente, se por exemplo o resultado for -4%.
Mas chega de conversa. Cá vão os resultados:
Pesoauto.jpg
As conclusões são sempre algo subjectivas, mas há aqui algumas coisas que saltam à vista: Apesar de tudo a diferença entre o automóvel relativamente mais leve e o automóvel relativamente mais pesado ainda é significativa; alguns modelos, que o senso comum e o diz-que-disse geralmente os cataloga de obesos, não o são de todo; outros, dos quais nunca ninguém fala, afinal até são campeões da leveza; não existe uma relação óbvia entre leveza e qualidade/status porque os Mercedes e Lexus são os mais obesos, mas depois também vemos o BMW abaixo da média, tal como o Audi.
A ideia foi chegar a uma medida qualquer do peso relativo dos automóveis, mais concretamente o peso em relação às dimensões.
A metodologia que escolhi é simples e resume-se a isto:
. peguei num conjunto de modelos do segmento D e arredores, procurando sempre modelos turbo-diesel de 1.9 a 2.2 consoante a oferta disponível em cada marca;
. Registei os seus pesos (taras) e dimensões (comprimento e largura). Fui buscar todos estes dados a http://www.km77.com/eli/motor/directa.asp ;
. Calculei a relação peso/área = peso/(comprimento x largura)x1000 (multipliquei por 1000 só para faciliar a leitura dos números);
. O resultado disto é uma unidade de medida perfeitamente válida, mas difícil de intuir, portanto resolvi calcular a média aritmética simples daquilo tudo, e "normalizar" essa variável. Isto é, centrei as coisas na média zero;
. Portanto, o quadro lê-se assim: Se um determinado modelo regista o valor de +7%, isso quer dizer que o seu peso relativo (peso face à area) é 7% superior ao peso relativo médio da amostra. A mesma coisa, mas inversamente, se por exemplo o resultado for -4%.
Mas chega de conversa. Cá vão os resultados:
Pesoauto.jpg
As conclusões são sempre algo subjectivas, mas há aqui algumas coisas que saltam à vista: Apesar de tudo a diferença entre o automóvel relativamente mais leve e o automóvel relativamente mais pesado ainda é significativa; alguns modelos, que o senso comum e o diz-que-disse geralmente os cataloga de obesos, não o são de todo; outros, dos quais nunca ninguém fala, afinal até são campeões da leveza; não existe uma relação óbvia entre leveza e qualidade/status porque os Mercedes e Lexus são os mais obesos, mas depois também vemos o BMW abaixo da média, tal como o Audi.
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