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    #31
    Que confusão que ali vai.

    X1+Mini+campactador+qq coisa=algo que não se percebe muito bem

    Comentário


      #32
      Originalmente Colocado por Andre Ver Post
      O Ser Humano é muito menos estúpido contrariamente à ideia que tu sistematicamente acabas por transmitir nestes posts como se fosse tudo um bando ignorante que compra o que lhe dizem para comprar...
      E eu acho que a inteligência do ser humano é menos linear, real e absoluta do que aquela na qual acreditamos e gabamos, mas que de facto não é. E agora? Vão-me obrigar a acreditar e a proferir o contrário?

      Comentário


        #33
        Originalmente Colocado por Oktober Ver Post
        E eu acho que a inteligência do ser humano é menos linear, real e absoluta do que aquela na qual acreditamos e gabamos, mas que de facto não é. E agora? Vão-me obrigar a acreditar e a proferir o contrário?
        Não, não és obrigado.

        Não vendas é a coisa como verdade absoluta (porque o fazes), para mais com sentido moralista (porque o dás...), falando das "massas", consecutivamente chamadas de "estúpidas", que compram necessariamente o que tu consideras "mau-gosto", porque "o marketing" e o "capital" toldam-lhes as mentes e o pessoal é tão parvinho que nem pensa no que faz.

        Porque contrariamente àquilo que possas pensar, cada vez mais a indústria automóvel -como disse e bem o hpventura- funciona outside-in, oferecendo ao mercado aquilo que sabe/pensa que o mercado aprecia e quer.

        Continuam a existir n exemplos de como a indústria falha quando tenta meter no mercado algo para o qual as pessoas não estão interessadas. E, nestes casos, de nada serve o melhor marketing ou até o melhor símbolo.

        Comentário


          #34
          Originalmente Colocado por Oktober Ver Post
          E eu acho que a inteligência do ser humano é menos linear, real e absoluta do que aquela na qual acreditamos e gabamos, mas que de facto não é. E agora? Vão-me obrigar a acreditar e a proferir o contrário?
          Não, tens a tua opinião, és livre da ter.
          Mas o idealismo que projectas em ti é totalmente falso... repara, estás a escrever num computador que é a antítese do que profetas.

          Mas a ideia não é essa, porque centenas de exemplos não faltariam!

          Escreves que:

          "Independentemente disso, não acredito nesse tipo de escolas. Prefiro fiar-me e seguir-me pelas da cultura contemporânea que tecem uma visão bem mais feia (de acordo com o que escrevi no comentário mais acima), tanto da publicidade, como do marketing."

          És livre de pensar que o fazes, mas e sem malícia, a definição de marketing contemporânea é na genése pouco diferente da moderna!!!

          Repara nesta generalização que fazes:

          Todos nós sabemos muito bem que o marketing não serve para adaptar o produto ao consumidor.

          Se baseias esta afirmação na base de uma suposta definição de marketing contempôranea bem, até me causa calafrios...

          Só por curiosidade e para exemplificar qual é a tua área de especialização? Se quizeres dizer claro...

          Comentário


            #35
            Originalmente Colocado por Andre Ver Post
            Não vendas é a coisa como verdade absoluta (porque o fazes)
            Quem saiba, não sou eu quem tem esse hábito, para além de "pôr palavras na boca dos outros" (entre outros), Andre. Não impus nada a ninguém. Limitei-me a discordar por completo dessa prática argumentativa que são o oposto das escolas e linhas de orientação pelas quais me deixo reger. Aí sim, tenho o direito de achar que a minha opinião é mais válida, porque é a minha. Quem quiser, acredita. Quem não quiser, que seja feliz com aquilo que acredita desde que não prejudique os outros.

            E, não, não sou um dos que considera o capital um bicho papão (vês como extrapolaste do que escrevi algo que não corresponde ao que penso?) - pelo contrário!, mas não o quero a decidir por mim e muito menos a decidir quem eu sou.

            Comentário


              #36
              Originalmente Colocado por PedroROF Ver Post
              Não, tens a tua opinião, és livre da ter.
              Mas o idealismo que projectas em ti é totalmente falso... repara, estás a escrever num computador que é a antítese do que profetas.

              Mas a ideia não é essa, porque centenas de exemplos não faltariam!

              Escreves que:

              "Independentemente disso, não acredito nesse tipo de escolas. Prefiro fiar-me e seguir-me pelas da cultura contemporânea que tecem uma visão bem mais feia (de acordo com o que escrevi no comentário mais acima), tanto da publicidade, como do marketing."

              És livre de pensar que o fazes, mas e sem malícia, a definição de marketing contemporânea é na genése pouco diferente da moderna!!!

              Repara nesta generalização que fazes:

              Todos nós sabemos muito bem que o marketing não serve para adaptar o produto ao consumidor.

              Se baseias esta afirmação na base de uma suposta definição de marketing contempôranea bem, até me causa calafrios...

              Só por curiosidade e para exemplificar qual é a tua área de especialização? Se quizeres dizer claro...
              Não te preocupes. Várias vezes por dia, todos nós fazemos ou dizemos ou aderimos a algo que é contraproducente face àquilo em que acreditamos. E nem nos apercebemos disso. Aquilo que a civilização ocidental me oferece, tem tanto de renovador como de patológico. Um computador é uma delas. Eu não estou descompensado, tenho noção disso. Mas não é por fazer uso de tecnologias (nomeadamente da comunicação e/ou dos transportes) que deixo de tecer uma opinião mais ou menos negativa ou positiva sobre elas.

              Se eu quisesse, tinha preenchido os campos relativos à minha área de especialização no meu perfil. Ainda assim, já deu para perceber pelas minhas intervenções neste fórum que está relacionada com certas áreas do jornalismo/comunicação, dos estudos culturais e civilizacionais (entre outras, que acabei por deixar de lado na vida profissional).

              Comentário


                #37
                Originalmente Colocado por AstonM Ver Post
                Parece-me quase lógico que o carro na versão final não ficará assim todo "aberto".
                Eu acrescento... Metam-lhe um tecto panorâmico (como já existe) e umas portas estilo Z1 e seria um sucesso de vendas!
                se eu fosse a ti não teria tanta certeza disso , porque o rato de praia pode ser algum buggy marado

                Comentário


                  #38
                  Originalmente Colocado por Oktober Ver Post
                  Não te preocupes. Várias vezes por dia, todos nós fazemos ou dizemos ou aderimos a algo que é contraproducente face àquilo em que acreditamos. E nem nos apercebemos disso. Aquilo que a civilização ocidental me oferece, tem tanto de renovador como de patológico. Um computador é uma delas. Eu não estou descompensado, tenho noção disso. Mas não é por fazer uso de tecnologias (nomeadamente da comunicação e/ou dos transportes) que deixo de tecer uma opinião mais ou menos negativa ou positiva sobre elas.

                  Se eu quisesse, tinha preenchido os campos relativos à minha área de especialização no meu perfil. Ainda assim, já deu para perceber pelas minhas intervenções neste fórum que está relacionada com certas áreas do jornalismo/comunicação, dos estudos culturais e civilizacionais (entre outras, que acabei por deixar de lado na vida profissional).
                  Sim, vi depois o teu perfil.

                  Acredito que sim Oktober - e só para finalizar e manter o on topic- o Marketing, na minha opinião, não é um "bicho mau", de facto, em qualquer produto lançado no mercado procura-se suprir necessidades.

                  Estas necessidades são alvo de completos e dispendiosos estudos de mercado por parte das empresas. A genése do Marketing é, e sempre foi, detectar e suprir necessidades.

                  Se não existissem break´s no mercado seguramente que não terias nenhuma, mas a verdade é que existe, tanto existe como tens uma porque suprime necessidades tuas.

                  O Mini, ou os Modelos "da" Mini, são bons exemplo, podem não se destacar do que é na genése um automóvel, ou mesmo, e até, distanciar-se do conceito original de Alec Issigonis contudo, possuem um conjunto de características que suprimem necessidades.

                  Continuando o off topic, acredito que seja (?) devido à tua ligação com a indústria discográfica que tens uma noção negativa da coisa, mas aí até eu que me especializei na área concordo contigo, e, de facto, o capitalismo desvirtua muita coisa pura e muito do verdadeiro talento que por aí existe... eu também não vendo os meus Vinis dos Led Zeppelin!

                  Comentário


                    #39
                    Cada um tem a sua ideia, e eu respeito.

                    O marketing para mim diz-me pouco, ainda que conviva com ele todos os dias. Todos nós convivemos com ele também.

                    Aqui o que me parece saudável de um ponto de vista empresarial, parece-me corrosivo do ponto de vista automobilístico.
                    A abordagem da BMW nos últimos anos para a Mini tem sido, a meu ver, perto da perfeição.
                    Pegar num nome de um modelo histórico, dar-lhe roupagens distintas de todo o segmento e parque automóvel, associando-as ao Austin original num desenho retro que me parece a mim que resulta bem (apesar de não apreciar), dar-lhe uma excelente base de preparação e um exuberante preço é uma jogada de mestre.
                    A receita funcionou.
                    O problema é que automobilisticamente diz pouco, pelo menos a mim que aprecio mais um automóvel pelo seu significado historico/mecãnico/tecnológico, do que manobras triviais.
                    O nome Mini pegou e agora é inventar mais com o mesmo.
                    É a mesma abordagem de sempre. É só colocá-lo uns centímetros a mais acima do solo.

                    Eu como apreciador fiquei um pouco desgostoso com o nome que a BMW deu à carrinha Mini, Clubman.
                    O Mini Clubman original nunca foi uma carrinha.
                    Podiam muito bem ter-lhe chamado de Countryman (como na original carrinha inglesa) que resultaria tão bem como Clubman.

                    Mas ninguém tira a mestria empresarial da BMW no negócio da Mini.
                    É esta mestria que faz vender, e não foi uma venda por pouco.
                    Pouco foi o contexto histórico deste Mini.

                    Comentário


                      #40
                      Originalmente Colocado por PedroROF Ver Post
                      Sim, vi depois o teu perfil.

                      Acredito que sim Oktober - e só para finalizar e manter o on topic- o Marketing, na minha opinião, não é um "bicho mau", de facto, em qualquer produto lançado no mercado procura-se suprir necessidades.

                      Estas necessidades são alvo de completos e dispendiosos estudos de mercado por parte das empresas. A genése do Marketing é, e sempre foi, detectar e suprir necessidades.

                      Se não existissem break´s no mercado seguramente que não terias nenhuma, mas a verdade é que existe, tanto existe como tens uma porque suprime necessidades tuas.

                      O Mini, ou os Modelos "da" Mini, são bons exemplo, podem não se destacar do que é na genése um automóvel, ou mesmo, e até, distanciar-se do conceito original de Alec Issigonis contudo, possuem um conjunto de características que suprimem necessidades.

                      Continuando o off topic, acredito que seja (?) devido à tua ligação com a indústria discográfica que tens uma noção negativa da coisa, mas aí até eu que me especializei na área concordo contigo, e, de facto, o capitalismo desvirtua muita coisa pura e muito do verdadeiro talento que por aí existe... eu também não vendo os meus Vinis dos Led Zeppelin!
                      Eu penso que só quem leu ou interpretou mal os meus primeiros comentários é que deduziu que eu vejo o marketing e/ou o capitalismo como bichos feios. Pelo contrário! Eu só não quero é o marketing é a comandar e a decidir ou a sentir por mim e, no que depender de mim, fujo dele a sete pés.
                      Chamem-me arrogante, sobranceiro (ignorante, se preferirem), mas todos nós somos cordeirinhos desse rebanho. Cabe é depois a cada um de tentar fugir dele o máximo possível e de tentar tirar a coleira quando "Ele" não estiver a observar. Esta é a minha opinião. Não estou a impô-la a ninguém.

                      O MadDragon referiu no comentário a seguir ao teu que esta nova Mini foi uma jogada brilhante por parte da BMW. E foi! Não ponho isso em causa. Até dou os parabéns à BMW por ter encontrado mais um balão de oxigénio a juntar aos restantes que tem criado nas últimas décadas.
                      Agora não me venham atirar areia para os olhos e dizer que a maior parte destes produtos são "úteis" (tendo em conta o sucesso comercial que têm, logo, o alcance que têm em termos de público), porque não são. Eu atribuo-lhes o mesmo adjectivo que o crash: substituo "úteis" por "fúteis".
                      Para além disso, volto a dizer que é a usurpação, decantação e distorção de um ícone cultural (não estamos a falar de um "qualquer" modelo de grande volume como o Peugeot 205 ou o Toyota Corolla que se podem dar a esse luxo... pelo menos um pouco mais do que o Mini ou um símbolo similar, com o mesmo peso).

                      [Já que referiste as ligações à indústria dos audiovisuais e discográfica, que já lá vão - não sei se voltarei a elas algum dia... Gostava, confesso, mas não assim como está hoje] ... Mais ou menos como a Valentim de Carvalho e 4 marionetas fizeram recentemente com Amália Rodrigues. Apropriação (escandalosa), dissecação e completa distorção de: um ícone cultural e de um elemento folk transversais à cultura e identidade de um povo (goste-se da Amália e de Fado ou não). Tudo em nome: do marketing e do lucro fácil: da VC, de 4 músicos (e das respectivas bandas, que são quem também ficou a ganhar com isso apartir de agora) e de todos os grupos ligados aos media e à indústria dos audiovisuais com quem foram estabelecidas parcerias e vínculos publicitários, porque sabiam que, por muito mau que isto seja, não era difícil pôr este projecto a render muito bem (para os padrões da indústria discográfica em Portugal, claro... fora isso, foram apenas uns tostões). Teve sucesso e o público aderiu? Em massa! E convenceram-se a sério de que aquilo era bom e de que o Fado e a Amália precisavam daquilo (tal como facilmente se convencem de que um pseudo-Mini SUV é útil)!... Indústrias e contextos totalmente díspares e com poucas relações entre si: mas a analogia é a mesma.

                      [OFF TOPIC ON] Mais alguém acabou de sentir este sismo agora mesmo? He he... [/OFF TOPIC OFF]
                      Editado pela última vez por Oktober; 17 December 2009, 00:47.

                      Comentário


                        #41
                        Originalmente Colocado por MadDragon Ver Post
                        Cada um tem a sua ideia, e eu respeito.

                        O marketing para mim diz-me pouco, ainda que conviva com ele todos os dias. Todos nós convivemos com ele também.

                        Aqui o que me parece saudável de um ponto de vista empresarial, parece-me corrosivo do ponto de vista automobilístico.
                        A abordagem da BMW nos últimos anos para a Mini tem sido, a meu ver, perto da perfeição.
                        Pegar num nome de um modelo histórico, dar-lhe roupagens distintas de todo o segmento e parque automóvel, associando-as ao Austin original num desenho retro que me parece a mim que resulta bem (apesar de não apreciar), dar-lhe uma excelente base de preparação e um exuberante preço é uma jogada de mestre.
                        A receita funcionou.
                        O problema é que automobilisticamente diz pouco, pelo menos a mim que aprecio mais um automóvel pelo seu significado historico/mecãnico/tecnológico, do que manobras triviais.
                        O nome Mini pegou e agora é inventar mais com o mesmo.
                        É a mesma abordagem de sempre. É só colocá-lo uns centímetros a mais acima do solo.

                        Eu como apreciador fiquei um pouco desgostoso com o nome que a BMW deu à carrinha Mini, Clubman.
                        O Mini Clubman original nunca foi uma carrinha.
                        Podiam muito bem ter-lhe chamado de Countryman (como na original carrinha inglesa) que resultaria tão bem como Clubman.

                        Mas ninguém tira a mestria empresarial da BMW no negócio da Mini.
                        É esta mestria que faz vender, e não foi uma venda por pouco.
                        Pouco foi o contexto histórico deste Mini.
                        Quando a BMW lança o Mini, a primeira geração, cria um carro cheio de personalidade e carisma. Não era apenas imagem. Não pegou na plataforma de um Polo ou de um Clio e "abonecou" a imagem. Criou, isso sim, um chassis soberbo com uma condução bastante hardcore, e juntou a isso uma estética retro bem conseguida.

                        A questão é que o Mini foi um sucesso, e a BMW tinha de capitalizar essa marca. A segunda geração do Mini perdeu algum do espírito. Já não é propriamente um "kart", apesar de continuar a transmitir sensações ao volante que o resto do segmento não transmite. Melhorou o conforto, a qualidade, a própria estética é menos agressiva e mais consensual.

                        Ainda assim, o Mini continua a ser um modelo único. O 500 é apenas um Panda, o Beetle é um Golf, o DS3 é um C3, um Mito é um Punto, e por aí fora.

                        Agora, estas declinações que a BMW pretende instaurar...já não têm espírito nenhum. É apenas fazer render o peixe. Isto não é Mini, não é nada. Mas vai ser um sucesso de vendas, seguramente.

                        Comentário


                          #42
                          Originalmente Colocado por - Ver Post
                          Mas qual é a duvida que é esta ultima área que dinamiza (bem ou mal) actualmente o mercado.

                          De que serve teres n coisas "diferentes" mas mais funcionais,etc,etc se não estão adaptadas para...o consumidor? Qual é o objectivo final (ou deveria ser) de uma organização, empresa,etc..

                          De que vale seres "muito especial" se ninguém sabe disso ou te vê como tal...é bonito mas para museus, não dá €€€ (salvo raras excepções e não é qualquer um que o faz)

                          E o Mini inicial também foi ele uma vitoria do Marketing (talvez não lhe chamassem isso então )

                          Sinceramente não consigo compreender esse tom depreciativo cada vez que usas o termo Marketing, quando não fosse ele e queria ver onde andavam os engenheiros e os designers deste mundo
                          A diferença fundamental entre marketing e design é claramente enunciada por ti, quando te referes ao... consumidor.
                          O designer foca-se no... utilizador.

                          Não há tom depreciativo. Só enunciei factos. O Mini actual e a marca Mini são um dos grandes sucessos do Marketing no mundo automóvel.
                          O design aqui tomou 2º plano, já que não se criou propriamente nada.
                          O design foi apenas usado como ferramenta, completamente secundarizado pelos objectivos do marketing.

                          O Mini inicial foi exactamente o oposto, e como tal, espero que desenvolvas essa tua afirmação de que o original de 59 também foi vitória do marketing. Fiquei bastante curioso...

                          A questão aqui, é que sendo o actual Mini a perfeita antítese do original, será que não poderiam ter criado algo que desse um passo em frente nas sempre importantes questões de design e packaging e ter aplicado à mesma a brilhante estratégia que fez do Mini o sucesso que foi?


                          Originalmente Colocado por Andre Ver Post
                          Bolas, se já faz isso...

                          ...já não é muito bom?

                          Estilo único e uma dinâmica muito própria (e quem o conduziu sabe perfeitamente do que estou a falar)...e isso é a ausência de substância?
                          Apesar de ser um fã da boa dinâmica, de coisinhas pequenas e interactivas, e achar muito positivo a possibilidade de poder personalizar o carro ao nosso gosto, a questão de fundo é que se trata de caracteristicas que podem ser aplicadas a quase tudo o que a industria automóvel faz.

                          O Mini pode ter trazido para o mercado a "febre" da personalização (apesar do Mustang original dos anos 60 ter sido o primeiro a apostar forte nessa opção), e ter dinâmica de excepção (que outros também têm), mas o automóvel em si é apenas um belo exemplo de "lazy engineering".

                          Ao contrário do seu antecessor não tenta responder a problemas concretos, apenas preocupa-se exclusivamente em vender como se fosse apenas mais um objecto qualquer fashion.
                          Tudo foi focado no sucesso comercial, e sei como é argumento importante aqui no fórum para validar a existência de tantos modelos.

                          Mas o sucesso comercial, apesar de argumento importante para a sobrevivência das empresas (mas mais importante é o da rentabilidade), não pode continuar a limitar da forma como limita, a evolução deste objecto que tanto gostamos.
                          Os carros nunca foram tão bons como agora, mas também é certo que o panorama geral é de uma enorme estagnação.
                          Nesta década que passou, apesar da evolução da eficiência mecânica, os carros em si, não deram passos semelhantes.
                          Apenas ficámos com carros maiores e mais obesos (reflexo da sociedade???).

                          O Mini é um dos melhores exemplares desta tendência preguiçosa, preocupada excessivamente com a embalagem.

                          Mas o que pretendo com isto, é que é possivel ter o melhor dos dois mundos.
                          Não é radicalizar opiniões, como design bom, marketing mau ou vice versa (sendo designer, trabalho constantemente com marketeers e departamentos de marketing, e sem eles não conseguiria fazer o meu trabalho).

                          Tem de haver um equilibrio, no mundo automóvel, entre estas três áreas, que acabam por definir o automóvel moderno... engenharia, design e marketing.

                          Há que deixar os designers criarem novas soluções, os engenheiros encontrarem forma de as executar, ou eles próprios terem soluções próprias, e os marketeers arranjarem as estratégias correctas de colocar isto no mercado, e claro, o mais dificil, conseguir fazer tudo "on budget".

                          Ou então acabamos com a história a repetir-se, e começamos a entrar num período que existiu nos anos 30, pós-depressão (sobretudo nos EUA), denominado de Styling (apesar de não ter nada a ver com a disciplina styling hoje em dia), onde tivemos objectos super-estilizados, focados apenas e só em estimular as vendas, apelando apenas ao show-off gratuito. Tendência começada no mundo automóvel, e que apenas apostava na embalagem e mais nada, resultando em máquinas disfuncionais, verdadeiros objectos de anti-design.

                          Hoje em dia não deveremos cair no mesmo exagero, até porque existe regulamentaçaõ a mais para cumprir.

                          Por isso, temos algo como o Mini séc XXI, funciona, é certo, mas não passa de uma reinterpretação com demasiados tiques kitsch.
                          Esta década foi algo extremista e exagerada, talvez a próxima traga algum bom senso.

                          Este concept (e desculpem por este extenso offtopic) é apenas mais um capitulo nesta saga. Brevemente dará origem a um pequeno SUV ou pseudo-SUV, na linha de um Yeti ou do futuro Qazana.
                          Um carro que não vem acrescentar nada de novo, apenas uma visão deturpada e forçada (um dos grandes problemas do foco exclusivamente comercial... força-nos a ir, no geral, em direcções não muito desejáveis), tentando justificar por todos os meios possiveis a existência de uma marca, de um logo.

                          Não vale a pena o esforço de tanta servidão à marca.

                          Comentário


                            #43
                            é como diz o Bangle

                            a industria anda lazy, muito pouco capaz de "push things forward".

                            e a crise não explica tudo, aliás, como o sector está um tanto em estilhaços esta era uma boa altura para criar novos paradigmas.

                            quando se olha para os concepts dos ultimos anos, já nem nesses estudos se ve algo interessante (muito raramente)

                            a evolução tem passado é por jantes maiores e tal


                            cumprimentos

                            Comentário


                              #44
                              Originalmente Colocado por crash Ver Post
                              O Mini inicial foi exactamente o oposto, e como tal, espero que desenvolvas essa tua afirmação de que o original de 59 também foi vitória do marketing. Fiquei bastante curioso...
                              Não sei a que é que o - se referia especificamente, mas uma das razões do sucesso do Mini original foi a imagem que se criou à sua volta. Se inicialmente era apenas pensado para ser um carro económico, rapidamente ganhou um estatuto muito particular: já naquele tempo era "giro ter um Mini". Tornou-se um carro extramente popular entre os jovens, mesmo os endinheirados, entre os intelectuais, entre o pessoal da moda, etc.

                              É por isso que o Mini BMW não está tão longe do espírito do original quanto isso.

                              Comentário


                                #45
                                Originalmente Colocado por Lotus Ver Post
                                Não sei a que é que o - se referia especificamente, mas uma das razões do sucesso do Mini original foi a imagem que se criou à sua volta. Se inicialmente era apenas pensado para ser um carro económico, rapidamente ganhou um estatuto muito particular: já naquele tempo era "giro ter um Mini". Tornou-se um carro extramente popular entre os jovens, mesmo os endinheirados, entre os intelectuais, entre o pessoal da moda, etc.

                                É por isso que o Mini BMW não está tão longe do espírito do original quanto isso.
                                Mas a diferença entre o original e o actual, é que essa imagem, ou melhor, esse culto proveio de forma (acho que se pode dizer) natural.

                                Não houve plano de marketing como no actual que definisse posicionamentos ou preço.
                                O Mini também não foi um sucesso retumbante ao inicio, e, a BMC também cometeu um erro ao vendê-lo inicialmente abaixo do custo de produção.

                                O Mini original foi definido apenas por uma pequena equipa de engenheiros, em resposta À crise petrolifera do Suez.
                                Todas as soluções conseguidas tiveram em conta a optimização de espaço para passageiros e bagagem, de modo a conseguirem um carro o mais compacto e económico possivel.
                                Mesmo a dinâmica acutilante que ficou conhecido, é uma consequência dessas soluções e nunca foi um objectivo definido num qualquer plano de marketing ou saído da cabeça de um entusiasta qualquer.

                                Apesar do marketing nessa altura estar já em força, era nos EUA que víamos a sua expressão mais forte. Foi nos anos 50 que começou a expansão galopante consumista americana.
                                A Europa encontrava a estabilidade no pós 2ª Guerra, mas seria a década de 60 que traria em força grande parte das ideologias e tendências que marcavam os EUA.

                                Nos EUA, o marketing liderava o projecto.
                                COmpare-se o que se fazia por lá na altura, comparado com a Europa.
                                FOi a altura das "barbatanas" e das "banheiras".
                                Os carros eram giganormes e cheios de drama visual, equipados com enormes V8.
                                O American Dream no seu auge!

                                Por aqui, viviamos do Carocha, do Fiat 500 e do 2CV.
                                Apesar de haver arrojo, como o Citroen DS e haver excelentes topos de gama, como os conservadores, mas competentes Mercedes, eram duas filosofias diametralmente opostas sobre o que deveria ser o automóvel.
                                A Europa foi sempre mais contida na abordagem ao automóvel.

                                No mesmo ano em que o Mini reflecte uma vitória racional de modo a responder problemas concretos, do outro lado do Atlantico estava a ser lançado no mesmo ano um dos extremos do show-off americano: o Caddilac Eldorado descapotável.
                                Mais afastados acho que era impossivel.

                                O culto que se gerou à volta do Mini e o aproveitamento do mesmo por parte do marketing é posterior à concepção dele.
                                SOluções inovadoras, estética peculiar (não houve propriamente um designer ou estilista no desenvolvimento do carro. A estética deriva praticamente em todos os pormenores da função. Daí o tecto plano, por exemplo. Não era um carro bonito, e foi criticado bastante na altura, mas era sem dúvida um caixa com rodas cehia de carácter e personalidade), grande funcionalidade e, como se veio a "descobrir", senhor de uma dinâmica ímpar, que, conjugado com o seu baixo peso permitiu os brilharetes conhecidos no Monte Carlo, foram os ingredientes que alimentaram o culto e acabaram por tornar o Mini um icone, sabiamente aproveitado pela BMW, desta vez com uma estratégia atempada para vender o seu retro-fashion-Mini.

                                Comentário


                                  #46
                                  Exacto, foi um fenómeno natural e bastante inesperado. Como tu disseste, o Mini era apenas um caixote com rodas, feito para seguir as suas permissas iniciais da forma mais simples e barata possível. Mas foi esse mesmo desenho "tosco" que lhe conferiu aquele charme tão particular, e foi essa mesma simplicidade mecânica que tornou o Mini num carro leve, ágil e muito divertido de conduzir (kart-like).

                                  Discordo quando dizem que a BMW desvirtuou o espírito do Mini (isto referindo-me ao Mini propriamente dito, as suas declinações (como este SUV) não têm carácter nem personalidade nenhuma). Um fashion-icon com dinâmica ímpar. O Mini original era isso. Também era um produto económico e altamente funcional. Mas convenhamos que não fazia sentido a BMW recuperar, também, essas características.

                                  Comentário


                                    #47
                                    Há algo na transmissão da mensagem que está a falhar. O Mini original não era um fashion-icon. Tornou-se num fashion icon porque as massas assim o quiseram. É isso que faz de um objecto cultural um ícone. E isto serve para qualquer objecto cultural, seja ele de que área da vida humana fôr.
                                    O novo Mini é um símbolo da forma de estar actual na indústria. Mas foi concebido já a pensar em ser um ícone. Aqui consiste o erro. Os ícones não surgem porque sim, ou porque se quer. O ícone acontece na cultura humana porque uma massa faz a associação desse objecto a um determinado significado cultural, não porque a natureza desse objecto assim o determina. Uma das formas disso acontecer é através da recepção em massa do objecto, isto é, do significante, que conduza à sua ligação a um determinado significado - mas isso tem que acontecer de forma natural e espontânea.
                                    Não é o caso do novo Mini que estava "programado" para a reinterpetação de uma fórmula simbólica que já existia. Tem a agravante de que o Mini original tornou-se num ícone natural porque as necessidades naturais do zeitgeist da altura assim o definiam. Uma vez mais, não é o caso do Mini da BMW. É bom, dinâmico e bem construído, mas não representa, nem de longe, uma resposta a uma necessidade específica na forma de transporte, como o original representou.

                                    Comentário


                                      #48
                                      Segundo a Autocar, a BMW está a pensar fazer uma versão de produção do Beachcomber.

                                      Dado impossibilidade de homologação e produção tal qual o concept, teria portas mas estas seriam transparentes. O tejadilho seria desmontável.

                                      Por sua vez, também há planos para fazer uma versão 3p do Countryman que se chamará Canyon Coupé, com o objectivo de rivalizar o Evoque 3p!

                                      Comentário


                                        #49
                                        Ou então portas como a do Smart Crossblade.

                                        E já agora, quem em seu perfeito juízo iria preferir um Mini a um Evoque?!

                                        Comentário


                                          #50
                                          Eu ainda não percebi muito bem o nível de preços do Evoque (mais/menos caro que o Freelander?), mas diria que será terreno mais para o futuro X4 do que uma hipotética versão 3p do Countryman.

                                          Comentário


                                            #51
                                            Eu diria uns 40/50.000€ por um Evoque (4x2)

                                            Comentário


                                              #52
                                              Mini desiste do projecto do novo «Mini Moke»

                                              Protótipo do Beachcomber não terá passado nos testes de segurança necessários para sua homologação

                                              A Mini decidiu não avançar com o desenvolvimento do projecto Beachcomber, um protótipo inspirado no saudoso Mini Moke da década de oitenta, projectado como antecipação das linhas do primeiro crossover da marca, o Countryman.
                                              O projecto, apresentado no Salão Automóvel de Detroit de 2010, não terá passado nos testes de segurança necessários para sua homologação no mercado europeu e norte-americano. Para isso, seria necessária a instalação de barras laterais para garantir a integridade dos ocupantes em impactos laterais, o que comprometeria o desenho e a ideia original do Beachcomber.
                                              Fonte: Autoportal

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