Para quem não tem noções de Economia, permitam-me esclarecer que o conceito de utilidade marginal refere-se à satisfação adicional que cada um de nós tem na fruição de um bem ou serviço, à medida que temos acesso a maiores quantidades ou intensidades desse bem ou serviço. Este conceito pode ser um bocadinho distorcido para se transformar numa utilidade marginal automóvel, que pode ser entendida do seguinte modo:
É a satisfação adicional que eu retiro da utilização dos automóveis à medida que vou passando de modelos mais baratos para modelos mais caros.
Este pensamento surgiu-me hoje, porque tive oportunidade de fazer uns quilómetros num Volvo S60 D5 de 163cv, full extras (ou lá perto), de Janeiro deste ano. Não tenho nada contra o carro, que considero estar perfeitamente ao nível dos seus equivalentes da Mercedes, BMW, Audi, Alfa, etc. Gostei do poder suave do motor, da insonorização, dos bancos frontais que parecem umas autênticas poltronas, e da brandura da suspensão. O único verdadeiro defeito que vi foi a reduzida brecagem que, num carro destas dimensões, não facilita nada as manobras. O resto é mais uma questão de gostos. Não apreciei o cabedal dos estofos, muito estriado para o meu gosto, soando um pouco a falso. O tablier em geral também é muito clássico, estilisticamente pobrezinho, mas ao menos não tinha madeiras, mas sim alumínios.
Mas adiante, que eu não vim aqui para falar especificamente do S60. A questão é que, tratando-se de um carro de mais de 50 mil euros, não é assim taaão melhor que o meu Megane a ponto de justifcar a diferença de preço. E isto passa-se com todos os carros em que alguma vez andei (A6, Mercedes S, Alfa 166, etc).
Voltando à questão da utilidade marginal, o que constato é que, a partir de um patamar mínimo de equipamento e qualidade, que eu identifico com o segmento C, o nível de utilidade marginal cai fortemente face ao aumento do preço. Por outras palavras, a relação preço/qualidade (qualidade no sentido lato), é superior num carro do segmento C do que num carro do segmento D, e esta aqui é superior à de um carro do segmento E e assim sucessivamente.
Concluo assim que a decisão economicamente mais racional é comprar segmento C, porque ao valor adicional que iria pagar por um carro do segmento D não corresponderia igual diferencial em termos de satisfação.
Concordam?
É a satisfação adicional que eu retiro da utilização dos automóveis à medida que vou passando de modelos mais baratos para modelos mais caros.
Este pensamento surgiu-me hoje, porque tive oportunidade de fazer uns quilómetros num Volvo S60 D5 de 163cv, full extras (ou lá perto), de Janeiro deste ano. Não tenho nada contra o carro, que considero estar perfeitamente ao nível dos seus equivalentes da Mercedes, BMW, Audi, Alfa, etc. Gostei do poder suave do motor, da insonorização, dos bancos frontais que parecem umas autênticas poltronas, e da brandura da suspensão. O único verdadeiro defeito que vi foi a reduzida brecagem que, num carro destas dimensões, não facilita nada as manobras. O resto é mais uma questão de gostos. Não apreciei o cabedal dos estofos, muito estriado para o meu gosto, soando um pouco a falso. O tablier em geral também é muito clássico, estilisticamente pobrezinho, mas ao menos não tinha madeiras, mas sim alumínios.
Mas adiante, que eu não vim aqui para falar especificamente do S60. A questão é que, tratando-se de um carro de mais de 50 mil euros, não é assim taaão melhor que o meu Megane a ponto de justifcar a diferença de preço. E isto passa-se com todos os carros em que alguma vez andei (A6, Mercedes S, Alfa 166, etc).
Voltando à questão da utilidade marginal, o que constato é que, a partir de um patamar mínimo de equipamento e qualidade, que eu identifico com o segmento C, o nível de utilidade marginal cai fortemente face ao aumento do preço. Por outras palavras, a relação preço/qualidade (qualidade no sentido lato), é superior num carro do segmento C do que num carro do segmento D, e esta aqui é superior à de um carro do segmento E e assim sucessivamente.
Concluo assim que a decisão economicamente mais racional é comprar segmento C, porque ao valor adicional que iria pagar por um carro do segmento D não corresponderia igual diferencial em termos de satisfação.
Concordam?
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