Prevendo-se um fim-de-semana monótono, com o tempo encoberto, foi com alguma satisfação que recebi a notícia de uma pimenta preta, com quase cinco metros, para tornar as deslocações destes dois dias mais picantes. Ei-la:
Bem sei que os gostos estéticos são diversos e de cada um, mas creio que ningém fica indiferente às linhas deste volumoso coupe, onde as jantes de 18” se enquadram de forma equilibrada, e a fluência das linhas nos prendem o olhar a cada detalhe que realça o espírito inconfundível de um “Gran Turismo”.
Ao abrir a porta, o primeiro contacto evidencia qualidade e requinte, num ambiente sport sem detalhes em demasia.
O conforto está no patamar mais elevado, com infinitas afinações memorisáveis dos bancos em pele perfurada e também do volante, o tablier forrado a pele, enfim antes de rodar a chave percebe-se onde está a justificação para os quase 40000€ que a marca pede por um Peugeot (os outros 20000€ são impostos).
Ao rodar a chave, acorda-se p 2,7 litros a dividir por 6 cilindros em V fazem do trabalhar deste diesel um rugido nobre, (que só se ouve com os vidros abertos), e é antes de arrancar que nos damos conta que falt um pedal, e a caixa não é em H, mas uma tiptronic (sistema Porsche) de 6 velocidades. Será que compromete o espírito do leão? Diesel e automático desportivo? Vamos lá a averiguar...
Ao arrancar, sente-se a suavidade do ronronar do V6, acompanhada da disponibilidade de binário espectável num carro que anuncia 44 kgm às 1900 rpm, e acaixa em modo “D” acompanha a leveza que o pé levemente encostado ao acelerador impõe, nem se sentem as mudanças a entrar...ao fim de 500 metros entro na auto-estrada, e assim que uma pick-up da moda me sai da frente já à velocidade que manda a lei, não me contenho e confirmo totalmente o curso do pedal direito! Nada de coice, algumas cócegas na barriga, mas familiares até em carros com menos 80cv, a tiptronic entende que 4ª é melhor que 6ª e passados 2 segundos sente-se um permanente empurrão, até que o velocímetro acuse *******, segue-se a travagem, tenho de tirar o ticket....viria mais tarde a comprovar que a excelente eficácia e poder da travagem apenas fica manchada por alguma fadiga evidenciada a partir da 4ª ou 5ª “espremidela”, mas sempre são 1700 kg a perder ********* de kms/h em poucos metros...
Em AE tudo tranquilo, aliás, supreendentemente tranquilo e silencioso para o ritmo imposto, não se sente trepidação, ruidos aerodinâmicos, “flutuar” da carroceria, ruido de rolamento...NADA! Com a caixa em modo manual porque prefiro o binário desde as 2000 do que os 2 segundos perdidos a tirar 2 mudanças antes da reprise quando se pisa é possível viajar com a minha mulher a ***** sem reclamações. Um verdadeiro GT, em que as siglas V6 AM6 se sentem muito mais que as HDI em andamento, notando-se estas últimas no abastecimento.
E já que falo em consumos, o deste fim-de-semana despreocupado foi de 9,4l. Com o c.control a 120 o consumo cifra-se nos 6,7l, (mais 1 litro do que o 307 1.6), e acima das ****** vai entre os 12 e os 14, parece-me muito honesto para a capacidade demosntrada e peso.
Ansioso por sentir se de facto faz jus ao cariz desportivo, e se o grip das borrachas 235/45 R18 deixam sentir o comportamento do conjunto, fiz uma incursão por uma estrada nacional da zona, não sem antes activar o “modo sport” que torna as irregularidades mais perceptíveis, bem como as passagens de caixa. Ainda assim optei por usar a caixa em modo manual.
As primeiras curvas foram feitas em apoio, sem abusos, em que a frente se mostrou incisiva bem ao estilo do leão, mas a traseira imperturbável. O apoio do banco até dá vontade de sentir mais e mais Gs laterais.
A saida das curvas é forte e consistente, não se sente qualquer lag de turbo, a caixa é rápida qb, mas com um delay significativo, ou seja move-se o manípulo 300 a 400 rpm antes do timming de passagem desejado. Aquando da passagem não há muitas perdas, o processo de engrenagem é lesto. Nas curvas mais fechadas os pneus começam a guinchar e o esp acende a luz. Não se intromentendo excessivamente, devia ser desligável também acima dos 50 kms/h.
A um ritmo mais forte o comportamento é muito são, e procurando uma condução eficaz, com trajectória delineada conseguem-se velocidades de passagem em curva surpreendentes, especialmente nas mais abertas.
Qualquer recta é rápidamente “devorada” e o V6 mostra cada um dos 204 equídeos, bem como os 44 kgm quase constantes entre as 2 e as 4 mil rpm, fazendo esquecer o “pico” de binário a que estamos habituados nos diesel. A travegem para além de forte e mordaz é muito bem acompanhada pela suspensão, perdendo-se no entanto alguma eficácia ao fim de 6 ou 7 travagens fortes (mesmo fortes).
Provocando a mais de tonelada e meia nota-se que é possível fazer rodar a traseira, não fora a “ajuda” electrónica que acende luzes laranja e corta a diversão (e ainda bem porque uma atravessadela a sério deste animal ocuparia as 2 faixas disponíveis, são quase 5 metros...).
Parece que os últimos 10 kms passaram em menos de 2 minutos, e o entrosamento com a máquina é finalmente aquele que nos permite senti-lo, antever as reacções e brincar com cada uma das suas potencialidades ( as ultrapassagens são demais...), sem receio de ser “traído" por qualquer reacção extemporânea do felino.
Em nada semelhante a um “pocket rocket” em agilidade, e não sendo um desportivo de cortar a respiração, este volumoso coupé mostra ter raça quando provocado, e cumpre a nobre função de libertar a adrenalina do condutor, e apesar do peso tem uma motorização à altura de garantir performances muto satisfatórias e enquadradas no espírito GT. É dos melhores compromissos Conforto/Performance/Funcionalidade/Economia que conheço.
Bem sei que os gostos estéticos são diversos e de cada um, mas creio que ningém fica indiferente às linhas deste volumoso coupe, onde as jantes de 18” se enquadram de forma equilibrada, e a fluência das linhas nos prendem o olhar a cada detalhe que realça o espírito inconfundível de um “Gran Turismo”.
Ao abrir a porta, o primeiro contacto evidencia qualidade e requinte, num ambiente sport sem detalhes em demasia.
O conforto está no patamar mais elevado, com infinitas afinações memorisáveis dos bancos em pele perfurada e também do volante, o tablier forrado a pele, enfim antes de rodar a chave percebe-se onde está a justificação para os quase 40000€ que a marca pede por um Peugeot (os outros 20000€ são impostos).
Ao rodar a chave, acorda-se p 2,7 litros a dividir por 6 cilindros em V fazem do trabalhar deste diesel um rugido nobre, (que só se ouve com os vidros abertos), e é antes de arrancar que nos damos conta que falt um pedal, e a caixa não é em H, mas uma tiptronic (sistema Porsche) de 6 velocidades. Será que compromete o espírito do leão? Diesel e automático desportivo? Vamos lá a averiguar...
Ao arrancar, sente-se a suavidade do ronronar do V6, acompanhada da disponibilidade de binário espectável num carro que anuncia 44 kgm às 1900 rpm, e acaixa em modo “D” acompanha a leveza que o pé levemente encostado ao acelerador impõe, nem se sentem as mudanças a entrar...ao fim de 500 metros entro na auto-estrada, e assim que uma pick-up da moda me sai da frente já à velocidade que manda a lei, não me contenho e confirmo totalmente o curso do pedal direito! Nada de coice, algumas cócegas na barriga, mas familiares até em carros com menos 80cv, a tiptronic entende que 4ª é melhor que 6ª e passados 2 segundos sente-se um permanente empurrão, até que o velocímetro acuse *******, segue-se a travagem, tenho de tirar o ticket....viria mais tarde a comprovar que a excelente eficácia e poder da travagem apenas fica manchada por alguma fadiga evidenciada a partir da 4ª ou 5ª “espremidela”, mas sempre são 1700 kg a perder ********* de kms/h em poucos metros...
Em AE tudo tranquilo, aliás, supreendentemente tranquilo e silencioso para o ritmo imposto, não se sente trepidação, ruidos aerodinâmicos, “flutuar” da carroceria, ruido de rolamento...NADA! Com a caixa em modo manual porque prefiro o binário desde as 2000 do que os 2 segundos perdidos a tirar 2 mudanças antes da reprise quando se pisa é possível viajar com a minha mulher a ***** sem reclamações. Um verdadeiro GT, em que as siglas V6 AM6 se sentem muito mais que as HDI em andamento, notando-se estas últimas no abastecimento.
E já que falo em consumos, o deste fim-de-semana despreocupado foi de 9,4l. Com o c.control a 120 o consumo cifra-se nos 6,7l, (mais 1 litro do que o 307 1.6), e acima das ****** vai entre os 12 e os 14, parece-me muito honesto para a capacidade demosntrada e peso.
Ansioso por sentir se de facto faz jus ao cariz desportivo, e se o grip das borrachas 235/45 R18 deixam sentir o comportamento do conjunto, fiz uma incursão por uma estrada nacional da zona, não sem antes activar o “modo sport” que torna as irregularidades mais perceptíveis, bem como as passagens de caixa. Ainda assim optei por usar a caixa em modo manual.
As primeiras curvas foram feitas em apoio, sem abusos, em que a frente se mostrou incisiva bem ao estilo do leão, mas a traseira imperturbável. O apoio do banco até dá vontade de sentir mais e mais Gs laterais.
A saida das curvas é forte e consistente, não se sente qualquer lag de turbo, a caixa é rápida qb, mas com um delay significativo, ou seja move-se o manípulo 300 a 400 rpm antes do timming de passagem desejado. Aquando da passagem não há muitas perdas, o processo de engrenagem é lesto. Nas curvas mais fechadas os pneus começam a guinchar e o esp acende a luz. Não se intromentendo excessivamente, devia ser desligável também acima dos 50 kms/h.
A um ritmo mais forte o comportamento é muito são, e procurando uma condução eficaz, com trajectória delineada conseguem-se velocidades de passagem em curva surpreendentes, especialmente nas mais abertas.
Qualquer recta é rápidamente “devorada” e o V6 mostra cada um dos 204 equídeos, bem como os 44 kgm quase constantes entre as 2 e as 4 mil rpm, fazendo esquecer o “pico” de binário a que estamos habituados nos diesel. A travegem para além de forte e mordaz é muito bem acompanhada pela suspensão, perdendo-se no entanto alguma eficácia ao fim de 6 ou 7 travagens fortes (mesmo fortes).
Provocando a mais de tonelada e meia nota-se que é possível fazer rodar a traseira, não fora a “ajuda” electrónica que acende luzes laranja e corta a diversão (e ainda bem porque uma atravessadela a sério deste animal ocuparia as 2 faixas disponíveis, são quase 5 metros...).
Parece que os últimos 10 kms passaram em menos de 2 minutos, e o entrosamento com a máquina é finalmente aquele que nos permite senti-lo, antever as reacções e brincar com cada uma das suas potencialidades ( as ultrapassagens são demais...), sem receio de ser “traído" por qualquer reacção extemporânea do felino.
Em nada semelhante a um “pocket rocket” em agilidade, e não sendo um desportivo de cortar a respiração, este volumoso coupé mostra ter raça quando provocado, e cumpre a nobre função de libertar a adrenalina do condutor, e apesar do peso tem uma motorização à altura de garantir performances muto satisfatórias e enquadradas no espírito GT. É dos melhores compromissos Conforto/Performance/Funcionalidade/Economia que conheço.
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