Originalmente Colocado por krendam
Ver Post
Não tem nada a ver com este Cobalt sul americano.
Podem partilhar o nome, mas são realidades perfeitamente distintas.
Este novo Cobalt é resultado da lógica de concepção automóvel na América do Sul. Continuam a reaproveitar bases já desactualizadas para manter custos em baixo.
Por exemplo: o Punto brasileiro, apesar de aparentemente idêntico ao Punto europeu, são carros bastante distintos. O Punto brasileiro é construido com uma variante da plataforma do Palio, que por sua vez, é uma evolução da usada pelo primeiro Uno. O Punto europeu tem plataforma especifica, feita a meias com a GM, que também equipa o actual Corsa.
Este estado de coisas não difere muito do que se passa actualmente na China. Lá ainda podem comprar o primeiro VW Jetta, que já vai no milionésimo restyling, ou o primeiro Seat Toledo, ou ainda as entranhas do Alfa 166 e mais uma série de modelos de gerações extintas na maior parte dos mercados.
Na América do Sul, podemos ainda comprar a pão de forma, e uma série de modelos que, apesar de parecerem recentes, quando espreitamos por baixo das "saias" descobrimos que afinal não passam de derivados de coisas dos anos 80 e 90.
Os standards acabam por ser bastante inferiores ao tipo de coisas que podemos encontrar na Europa, Japão e EUA, por exemplo.
Conforme vou vendo este tipo de coisas a sair para a rua, cada vez sou mais adepto de um standard mundial no que toca a niveis de segurança e homologação.
Permitiria uma poupança de custos enorme aos construtores, e todos poderiam ter acesso a carros mais recentes, sem estar a recauchutar para lá do tempo útil, estas velhas plataformas.
Para conseguir carros mais acessiveis, sem comprometer aspectos essenciais do automóvel actual, como segurança ou motorizações mais eficientes, poderia seguir-se o exemplo do que a VW fez nos EUA. Soluções técnicas e acabamentos mais simples, como eixos semi-rigidos atrás e menos plásticos fofinhos, mas sem comprometer qualidade de execução ou niveis de segurança.
Existem soluções que fazem mais sentido e que mais beneficiam o todo, mas continua-se a perpetuar este tipo de coisas, como o Cobalt.
Comentário