Dr Antonio Oliveira Salazar

[ticantonio]

Eu sou dos que não concordam que se refiram a políticos com alcunhas, ou nomes prejurativos, mas daí a, num contexto destes de fórum, meter Dr ......

Sobre a pessoa, era rigoroso e tinha espirito de contabilista, aparentemente sério, mas também quadrado, faltava-lhe capacidade diplomática, elegância no trato e capacidade relacional, visão e principalmente não soube acompanhar os tempos.

Um dos seus grandes erros foi não perceber que tinha que negociar a independência com as ex-colónias.

A partir deste post,pode-se desenvolver uma troca de ideias saudavel.

[Texuga]

Se começou a trabalhar antes do casamento, obviamente que não havia autorização a pedir..posteriormente, era imperativo. Assim era o Código Civil anterior a 1966, na parte respeitante ao Casamento. E para os empregos do Estado, era obrigatória a declaração de honra de assumir com os princípios da Constituição de 1933.

Não, começou a trabalhar depois de casar, e quanto ao resto, qual é o drama mesmo?!?...

Este tema é fétido, as pessoas insistem sempre em apontar o dedo ao que havia de mau, esquecendo totalmente o que havia de muito bom para o país...

E com esta me vou....

[Ruie34]

Não, começou a trabalhar depois de casar, e quanto ao resto, qual é o drama mesmo?!?...

Este tema é fétido, as pessoas insistem sempre em apontar o dedo ao que havia de mau, esquecendo totalmente o que havia de muito bom para o país...

E com esta me vou....

E se não o fazes és fascista

[ebay]

Ok, dessas todas o Salazar é culpado de uma. A minha avó não poder votar... numa ditadura.

A licença do isqueiro era para acender o acender sem ser debaixo de telha. Mas ok, também foi "culpa" do Salazar afinal a lei foi promulgada durante o Estado Novo.

Eram estes os grandes entraves na vida das pessoas que faziam do Salazar um vilão?

Se fosses amorfo e não pensante, tinhas uma vida relativamente descansada...Agora, dar uso ao cerebro e carácter já dava direito a chatices!

[ebay]

Não, começou a trabalhar depois de casar, e quanto ao resto, qual é o drama mesmo?!?...

Este tema é fétido, as pessoas insistem sempre em apontar o dedo ao que havia de mau, esquecendo totalmente o que havia de muito bom para o país...

E com esta me vou....

O drama é uma questão de igualdade de género. Se hoje a lei te confere, a ti, como mulher, o pleno reconhecimento como pessoa titular de direitos fundamentais, tal deve-se às leis posteriores ao Estado Novo...

[Ruie34]

Se fosses amorfo e não pensante, tinhas uma vida relativamente descansada...Agora, dar uso ao cerebro e carácter já dava direito a chatices!

Não posso concordar...

Os meus avós vieram quase todos do "nada". Mas em vez de andarem a distribuir panfletos e a sabotar coisas (entre outras coisas), trabalharam arduamente e concentraram-se na sua vida. Resultado, "subiram na vida" sem qualquer interferência (favorável ou desfavorável) do Estado Novo.

Repara que não estou a defender o Estado Novo e o Salazar & companhia Lda, agora a ditadura (retirando a chacina que foi a guerra colonial) não tinha assim tanta interferência na vida dos cidadãos.

O Salazar fez muita m**da, mas não era o vilão que por vezes querem pintar

[Texuga]

Ok, dessas todas o Salazar é culpado de uma. A minha avó não poder votar... numa ditadura.

A licença do isqueiro era para acender o acender sem ser debaixo de telha. Mas ok, também foi "culpa" do Salazar afinal a lei foi promulgada durante o Estado Novo.

Eram estes os grandes entraves na vida das pessoas que faziam do Salazar um vilão?

Não, a licença do isqueiro tinha como objectivo proteger a indústria fosforeira portuguesa que empregava milhares de pessoas. Assim ou davam dinheiro a ganhar à indústria portuguesa, ou davam ao Estado.

No tempo de Salazar NINGUÉM votava, ponto, nem avós nem avôs nem tios, nem coisa nenhuma.

A treta do trabalhar só com ordem do marido é treta, das piorzinhas...

[Ruie34]

Não, a licença do isqueiro tinha como objectivo proteger a indústria fosforeira portuguesa que empregava milhares de pessoas. Assim ou davam dinheiro a ganhar à indústria portuguesa, ou davam ao Estado.

No tempo de Salazar NINGUÉM votava, ponto, nem avós nem avôs nem tios, nem coisa nenhuma.

A treta do trabalhar só com ordem do marido é treta, das piorzinhas...

Votavam, mas por correspondência... Pelo menos na minha terra.

[Seah]

O drama é uma questão de igualdade de género. Se hoje a lei te confere, a ti, como mulher, o pleno reconhecimento como pessoa titular de direitos fundamentais, tal deve-se às leis posteriores ao Estado Novo...

Será que a Texuga queria com isso precisamente referir-se a "o que havia de muito bom para o país"


Nonsense, é sexta-feira...yeah!

[ADoinel]

Se te lembras ou conheceste os arredores de Lisboa (por ex. Prior Velho, S. João da Talha) não eram zonas rurais e não tinham saneamento basico, por uma razão: eram bairros ilegais! Eram milhares de pessoas a viver em casas que foram construindo à toa, sem qualquer ordenação ou planeamento.
Quanto aos fluxos migratorios, deves ter dado na tal cadeira que no inicio do seculo passado o destino de muitos era o Havai. Agora imagina o que era, para gente rural de Trás os Montes, de repente estarem em ilha tropical e onde havia ainda nativas apenas cobertas com folhas de palmeira...(nas nossas colonias pasava-se o mesmo, verdade seja dita)
E tal como nós sempre fomos um povo muito emigrante, também os irlandeses, os italianos..e não foi por sede de aventura. Foi mesmo por necessidade!

Tu estar a cometer um erro muito frequente, que é comparar as condições da altura as actuais e estás coisa não se podem analisar fora contexto em que se passaram.

Tens que pegar nos dados de Portugal da altura e compara-los aos outros países na mesma época e assim tens uma noção mais real de como eram coisas.

[ebay]

Não, a licença do isqueiro tinha como objectivo proteger a indústria fosforeira portuguesa que empregava milhares de pessoas. Assim ou davam dinheiro a ganhar à indústria portuguesa, ou davam ao Estado.

No tempo de Salazar NINGUÉM votava, ponto, nem avós nem avôs nem tios, nem coisa nenhuma.

A treta do trabalhar só com ordem do marido é treta, das piorzinhas...

Havia votos e havia eleições...Norton de Matos, Humberto Delgado concerteza saberás quem foram. Quanto à treta de trabalhar, era assim a lei...as mulheres eram equiparadas a menores, inabilitados e interditos no que toca a direitos e à gestão dos seus bens.

[Seah]

Não, a licença do isqueiro tinha como objectivo proteger a indústria fosforeira portuguesa que empregava milhares de pessoas. Assim ou davam dinheiro a ganhar à indústria portuguesa, ou davam ao Estado.

No tempo de Salazar NINGUÉM votava, ponto, nem avós nem avôs nem tios, nem coisa nenhuma.

A treta do trabalhar só com ordem do marido é treta, das piorzinhas...

Era treta apenas para os casais com mentalidade mais evoluída, nesses casais nem era preciso a mulher perguntar ao marido, estava já autorizada. Mas era bem real esse costume. E a autorização para se ausentar do país, também.
Mas essa questão tem de ser vista à luz do tempo de então, pois hoje em dia parece surreal.

[ADoinel]

Havia votos e havia eleições...Norton de Matos, Humberto Delgado concerteza saberás quem foram. Quanto à treta de trabalhar, era assim a lei...as mulheres eram equiparadas a menores, inabilitados e interditos no que toca a direitos e à gestão dos seus bens.

Havia coisa boas e coisas más e devemos ser suficiente esclarecidos para elogiar as boas e criticar as más e não ver só para um lado.

Na minha família não consta que as mulheres alguma vez lhe fosse exigida autorização dos maridos para trabalhar.

[ADoinel]

Era treta apenas para os casais com mentalidade mais evoluída, nesses casais nem era preciso a mulher perguntar ao marido, estava já autorizada. Mas era bem real esse costume. E a autorização para se ausentar do país, também.
Mas essa questão tem de ser vista à luz do tempo de então, pois hoje em dia parece surreal.

Isso é outra historia, mas ditaduras são assim mesmo.

[Ruie34]

Era treta apenas para os casais com mentalidade mais evoluída, nesses casais nem era preciso a mulher perguntar ao marido, estava já autorizada. Mas era bem real esse costume. E a autorização para se ausentar do país, também.
Mas essa questão tem de ser vista à luz do tempo de então, pois hoje em dia parece surreal.

Mas aí não era culpa apenas do Salazar. Era mais culpa da mentalidade de algumas pessoas.

[Seah]

Havia votos e havia eleições...Norton de Matos, Humberto Delgado concerteza saberás quem foram. Quanto à treta de trabalhar, era assim a lei...as mulheres eram equiparadas a menores, inabilitados e interditos no que toca a direitos e à gestão dos seus bens.

Creio que o termo correcto seja equiparadas a inimputáveis (os menores também herdam, embora para gerir a herança seja necessário tutor).

Mas aqui está um pequeno trecho dessa evolução:

No campo do trabalho e do emprego, as concepções acerca do lugar e papel
da mulher na sociedade, da moral e do “bem social”, bem como os argumentos
da protecção à função biológica da maternidade sustentavam o estatuto de
subalternidade da mulher, as proibições e condicionamentos ao exercício de
certas profissões, as discriminações salariais e ocupacionais, entre outras.
Impedia-se à mulher o exercício da carreira diplomática, da magistratura
judicial e de cargos de chefia na administração local; as professoras primárias
viam condicionado o seu direito ao casamento, tendo de pedir autorização ao
Ministério da Educação Nacional para o poderem fazer; as enfermeiras
hospitalares e as hospedeiras de ar estavam mesmo proibidas de casar; até
1967, as mulheres casadas tinham de ter a autorização do marido para
celebrarem um contrato de trabalho, mas apesar do levantamento dessa
obrigatoriedade, e na ausência desse consentimento, o marido continuou a
poder anular a qualquer momento o referido contrato; na indústria, e em
muitos contratos colectivos de trabalho, as mulheres estavam proibidas de
trabalhar em certas categorias profissionais especializadas, limitando-se a
tarefas indiferenciadas e mal remuneradas (Pimentel, 2001; Arquivo Digital
de Maria de Lourdes Pintasilgo, 1971).

Afinal não era treta. As mulheres ganharam imenso com o processo democrático

[Jbranco]

Mas aí não era culpa apenas do Salazar. Era mais culpa da mentalidade de algumas pessoas.

É verdade, às vezes pior que o Salazar eram as "mentalidades". Lembro-me agora de um caso bem demonstrativo dessa realidade.

Já vivíamos há vários anos em liberdade quando a RTP (não me recordo exatamente do ano mas certo é que o Salazar há muito que tinha morrido) se lembrou de transmitir um filme chamado "Pato com laranja", filme que não tinha nada de especial para além de uns corpos mais a descoberto. Pois bem, isso foi o que bastou para que um muito chocado presidente da estação ligasse para os estúdios dando a ordem de interrupção imediata da emissão de tal insulto aos bons costumes.

Acreditem, o filme já estava a dar e foi interrompido!

[ADoinel]

O drama é uma questão de igualdade de género. Se hoje a lei te confere, a ti, como mulher, o pleno reconhecimento como pessoa titular de direitos fundamentais, tal deve-se às leis posteriores ao Estado Novo...

Um bocadinho de historia não faz mal a ninguém.

1º Era normal naquela época em todos os países as mulheres não terem direito de voto portanto Portugal não era excepção a regra.

2º Era mentira que a lei tira-se todos os direitos fundamentais as mulheres

3º Em 1933 já há uma lei que dá a possibilidade de as mulheres votarem e em 1968 é removida a descriminação em função do sexo.

Sufrágio feminino

[Seah]

Já agora, que é sexta-feira, devo salientar o seguinte aspecto positivo do regime de Estado Novo:

"As enfermeiras hospitalares e as hospedeiras de ar estavam mesmo proibidas de casar"
Porquê? Querem debater ?

Eles é que a sabiam toda

[ebay]

Creio que o termo correcto seja equiparadas a inimputáveis (os menores também herdam, embora para gerir a herança seja necessário tutor).

Mas aqui está um pequeno trecho dessa evolução:

No campo do trabalho e do emprego, as concepções acerca do lugar e papel
da mulher na sociedade, da moral e do “bem social”, bem como os argumentos
da protecção à função biológica da maternidade sustentavam o estatuto de
subalternidade da mulher, as proibições e condicionamentos ao exercício de
certas profissões, as discriminações salariais e ocupacionais, entre outras.
Impedia-se à mulher o exercício da carreira diplomática, da magistratura
judicial e de cargos de chefia na administração local; as professoras primárias
viam condicionado o seu direito ao casamento, tendo de pedir autorização ao
Ministério da Educação Nacional para o poderem fazer; as enfermeiras
hospitalares e as hospedeiras de ar estavam mesmo proibidas de casar; até
1967, as mulheres casadas tinham de ter a autorização do marido para
celebrarem um contrato de trabalho, mas apesar do levantamento dessa
obrigatoriedade, e na ausência desse consentimento, o marido continuou a
poder anular a qualquer momento o referido contrato; na indústria, e em
muitos contratos colectivos de trabalho, as mulheres estavam proibidas de
trabalhar em certas categorias profissionais especializadas, limitando-se a
tarefas indiferenciadas e mal remuneradas (Pimentel, 2001; Arquivo Digital
de Maria de Lourdes Pintasilgo, 1971).

Afinal não era treta. As mulheres ganharam imenso com o processo democrático

E a avó da Texuga era de facto marciana....

[Seah]

É verdade, às vezes pior que o Salazar eram as "mentalidades". Lembro-me agora de um caso bem demonstrativo dessa realidade.

Já vivíamos há vários anos em liberdade quando a RTP (não me recordo exatamente do ano mas certo é que o Salazar há muito que tinha morrido) se lembrou de transmitir um filme chamado "Pato com laranja", filme que não tinha nada de especial para além de uns corpos mais a descoberto. Pois bem, isso foi o que bastou para que um muito chocado presidente da estação ligasse para os estúdios dando a ordem de interrupção imediata da emissão de tal insulto aos bons costumes.

Acreditem, o filme já estava a dar e foi interrompido!

Foi o "Pato com laranja" ou o "Império dos Sentidos" ? O segundo foi transmitido nos anos 90...
Dá que pensar....

[ADoinel]

É verdade, às vezes pior que o Salazar eram as "mentalidades". Lembro-me agora de um caso bem demonstrativo dessa realidade.

Já vivíamos há vários anos em liberdade quando a RTP (não me recordo exatamente do ano mas certo é que o Salazar há muito que tinha morrido) se lembrou de transmitir um filme chamado "Pato com laranja", filme que não tinha nada de especial para além de uns corpos mais a descoberto. Pois bem, isso foi o que bastou para que um muito chocado presidente da estação ligasse para os estúdios dando a ordem de interrupção imediata da emissão de tal insulto aos bons costumes.

Acreditem, o filme já estava a dar e foi interrompido!

Recordo-me bem desse episódio e a igreja ficou toda assanhada no outro dia não se falava em mais nada. E depois ainda houve o outro triste episodio de expulsarem o Herman José da RTP por causa do Camões.

[ADoinel]

Foi o "Pato com laranja" ou o "Império dos Sentidos" ? O segundo foi transmitido nos anos 90...
Dá que pensar....

Foi o Pato com Laranja, deve ter sido meados dos anos 80.

[Seah]

Mas aí não era culpa apenas do Salazar. Era mais culpa da mentalidade de algumas pessoas.

Claro que a mentalidade generalizada era a principal responsável pelo conservadorismo da altura (é a vontade generalizada que faz com que sejam escritas leis).
Mas o regime apoiava esse conservadorismo e punia o progressismo.

[ADoinel]

E a avó da Texuga era de facto marciana....

Olha afinal também descendo de marcianos e não sabia.

[Ruie34]

É verdade, às vezes pior que o Salazar eram as "mentalidades". Lembro-me agora de um caso bem demonstrativo dessa realidade.

Já vivíamos há vários anos em liberdade quando a RTP (não me recordo exatamente do ano mas certo é que o Salazar há muito que tinha morrido) se lembrou de transmitir um filme chamado "Pato com laranja", filme que não tinha nada de especial para além de uns corpos mais a descoberto. Pois bem, isso foi o que bastou para que um muito chocado presidente da estação ligasse para os estúdios dando a ordem de interrupção imediata da emissão de tal insulto aos bons costumes.

Acreditem, o filme já estava a dar e foi interrompido!

Para mim, que não vivi esse tempo, há um episódio que resume a preparação, mentalidade e inteligência de quem teve protagonismo nos meses/anos seguintes.

Falo da célebre discussão da enxada

[ADoinel]

Já agora, que é sexta-feira, devo salientar o seguinte aspecto positivo do regime de Estado Novo:

"As enfermeiras hospitalares e as hospedeiras de ar estavam mesmo proibidas de casar"
Porquê? Querem debater ?

Eles é que a sabiam toda

Porque assim não se estragavam duas casa.

[Seah]

Um bocadinho de historia não faz mal a ninguém.

1º Era normal naquela época em todos os países as mulheres não terem direito de voto portanto Portugal não era excepção a regra.

2º Era mentira que a lei tira-se todos os direitos fundamentais as mulheres

3º Em 1933 já há uma lei que dá a possibilidade de as mulheres votarem e em 1968 é removida a descriminação em função do sexo.

Sufrágio feminino

Tem razão quando refere o contexto mundial da altura (o soutiens do mundo foram queimados apenas na década de 60').
Mas existiu um conservadorismo maior durante o estado novo do que antes dele (no seu 3.º refere-o).
Uma regressão existiu de certa forma, embora esta também como resposta antagónica aos excessos dos anos 20 do século XX.

[Seah]

Porque assim não se estragavam duas casa.

Ou então para haver quem cuidar dos homens em terra e no ar. Que em casa, já havia quem.

[tomasJoao]

Não, começou a trabalhar depois de casar, e quanto ao resto, qual é o drama mesmo?!?...

Este tema é fétido, as pessoas insistem sempre em apontar o dedo ao que havia de mau, esquecendo totalmente o que havia de muito bom para o país...

E com esta me vou....

Secalhar porque o muito bom só havia para umas quantas famílias..