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Especialista diz que homens portugueses estão a perder desejo sexual
Conferência no ISPA fez resumo das aventuras e desventuras do "Sr. Pénis". Pretexto para recapitular alguns factos sobre o dito cujo
O pénis ainda é um "enigma" para a maioria das pessoas, mas uma tendência marcada no consultório é que cada vez mais homens procuram ajuda por falta de desejo sexual. Este foi um dos alertas do urologista Nuno Monteiro Pereira numa conferência no ISPA, em Lisboa, a que chamou "As aventuras e desventuras do Sr. Pénis". São muitas e tudo começa numa luta pela existência: as primeiras quatro semanas o sexo é indiferenciado e todos os homens têm uma cicatriz de quando fechou o que poderia ter-se tornado uma vagina. E mesmo havendo um pénis, o cérebro nasce feminino.
Nuno Monteiro Pereira, que foi presidente da Sociedade Portuguesa de Andrologia e em 2005 realizou o primeiro estudo sobre disfunções sexuais masculinas em Portugal, insistiu na hora de comentar as tristezas do dito que a ejaculação precoce, mais falada, é um problema menos expressivo nos homens portugueses do que a falta de desejo, que então se apurou afectar 15% dos homens mas que o urologista diz ser um problema crescente. "Todos as semanas recebo casos no consultório, muitas vezes empurrados pelas mulheres", confidenciou.
Stress, medicação como antidepressivos, receio do compromisso mas também a emancipação da mulher podem estar a contribuir para homens mais inseguros, o que os leva a boicotar o envolvimento. Em contraciclo, Monteiro Pereira constata que alguns estudo sugerem que, do lado das mulheres - em que se estima que a falta de desejo afecte 30% -, há sinais diminuição. "Pensa-se que as razões serão culturais, em que os homens parecem estar a reagir pior e a haver uma inversão de papéis. Mas há indícios a nível internacional de uma baixa hormonal nos homens, que pode até vir a ter impacto a nível de fertilidade." Poderá ainda estar-se diante de outra realidade: terem menos pruridos em pedir ajuda.
Como perceber se está com falta de desejo? Não há matemática que permita dizer quantas vezes é normal fazer sexo, devendo ser o desconforto o principal motivo de alarme, sendo este um problema que afecta homens de todas as idades.
No que toca a saúde do "Sr. Pénis", contudo, há sinais ainda mais subtis a ter em conta. A pista surge quando o especialista mostra uma erecção numa ecografia às 28 semanas. Todas as noites a partir desses primeiros instantes de vida os homens têm cerca de duas horas de erecção. Embora muitas vezes só se lembrem das matinais.
A explicação é científica e pelo ar de descrença da ala masculina da redacção, eis serviço público: há três tipos de erecção, a provocada pelo estímulo sexual onde intervêm todos os sentidos e as memórias, que se forem más contribuem para as disfunções de tipo psicológico. Há depois a reflexa, descrita na clínica em doentes paraplégicos pelo simples toque e é da mesma natureza que a da masturbação.
Há depois a que serve para "preservar o órgão" e é essa que acontece durante o sono e ao acordar, quando o organismo repõe os níveis de oxigenação em todos os órgãos. "Ao contrário do que se pensa, um pénis em flacidez é um pénis retraído e erecto está relaxado. Logo, ao repor os níveis de oxigenação durante o sono, o normal é haver erecções", explicou Nuno Monteiro Pereira. Homens com disfunções erécteis não passam por este processo. Mas a sua ausência também deve alertar quem não tem esse diagnóstico ou suspeita. "Por vezes acontece um entupimento arterial que passa despercebido e o pénis chega a reduzir para metade do tamanho em seis meses." Estes sinais mais do que falhar na hora H são motivo para procurar ajuda, já que poderão ser reversíveis em termos sexuais e prevenir mais complicações cardiovasculares.
TAMANHO Na hora das perguntas, não poderia falar outro mito decorrente: o tamanho. Monteiro Pereira explicou que um pénis maior - muitas vezes mais fantasia das mulheres - não é significado de melhor performance sexual, pelo contrário. Mais uma vez, para uma erecção importa uma boa vascularização e sendo maior, é mais difícil o sangue chegar a todo o lado. "Muitas vezes os homens com pénis de 20 centímetros têm disfunção sexual. Uma vagina estica 10 a 12 centímetros, um pénis grande vai dobrar." O tamanho certo, é o que tem a maioria dos homens, sendo que a satisfação é conversa à parte e vai depender mais da grossura e do contexto. Manter-se saudável e longe do tabaco são os conselhos para ir de pilinhas a septuagenário em forma. Para os problemas de disfunção, saber que a maioria tem solução e procurar ajuda precoce são as recomendações. Da medicação às próteses, há cada vez mais alternativas. Para falta de desejo, não sendo fisiológica, poderá também ser aconselhado psicoterapia.
Como manter o seu pénis em forma
Prognósticos
Dois inquéritos avaliaram as disfunções sexuais nos homens portugueses. O estudo Episex Masculino, de 2005, usou inquéritos e dados clínicos e concluiu que 24% dos homens apresentam disfunção sexual, 16% problemas de desejo, 13% de erecção e 12% de ejaculação. Já outro trabalho de 2007 concluiu que a falta de interesse sexual nos homens rondará os 12%, enquanto nas mulheres atinge os 32%. O desconforto ou dor é apontado por homens e mulheres na mesma proporção, na casa dos 20%. Neste estudo, baseado apenas em inquéritos, concluía-se que a ejaculação precoce ou tardia afectava 22% dos homens contra 9% das mulheres.
Uma maçã por dia
Estilo de vida saudável, deixar de fumar e fazer exercício regular contribuem para uma boa saúde cardiovascular e ajudam a prevenir que a erecção piore com a idade. Os factores de risco para a existência de disfunção eréctil incluem idade superior a 50 anos, diabetes, hipertensão e colesterol.
Higiene não exige depilação
Da mesma forma que para ter uma boa higiene não é preciso rapar o cabelo, Nuno Monteiro Pereira sublinha que uma boa higiene dispensa a depilação total actualmente na moda. Prefere encará-lo como opção, sendo que nas mulheres por exemplo já foi associada a mais infecções.
Masturbação
Alguns estudos têm associado a frequência da ejaculação à diminuição do risco de cancro da próstata. O médico sublinha que não há números mágicos mas reconhece que a tensão sexual exacerbada poderá ser prejudicial mesmo em termos psicológicos, podendo ser mitigada com masturbação. Mas a mensagem que considera essencial é que não deve ser encarada como pecado nem impedida, mesmo nas crianças. A erecção nesses casos é de natureza reflexa, pelo que não gera vício.
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