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Cada vez mais um país de velhos: 2,8 milhões de idosos e 900 mil crianças

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    #61
    para uma mulher, colocam-se dois problemas:
    1) não tem carreira para sustentar >1 filho, ou
    2) tem carreira e por causa disso ter mais do que um filho representa um grande atraso na carreira.


    por outro lado, e observo isto pelos meus colegas de trabalho, com um vencimento acima da média, as famílias de classe média em Lisboa têm gastos astronónimos porque as escolas e creches públicas são um estigma! atenção que isto é um fenómeno associado apenas a Lisboa e Porto, onde os pais não querem misturar os filhos com outras classes mais desfavorecidas para "protecção" dos mesmos. isto é gente que até queria ter mais filhos, mas como gastam 700€-1000€/mês em cada criança.., não consegue.


    isto é uma área onde o Estado tem de intervir.
    eu não tenho dúvidas que preciso de um PPR ou outra forma de rendimento seguro para complemento de reforma.
    Editado pela última vez por palmstroke; 11 November 2014, 14:53.

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      #62
      Antes um País com velhos do que um País com muitas crianças que não teem o que comer, ganhar 485 euros e ter que pagar renda, despesas etc. é quase impensável ter filhos ou como antigamente que tinham os filhos para receberem subsidio e viverem a nossa pala isso sim estava mal além disso metade da população portuguesa vai deixar de existir e Portugal vai ser envadido por estrangeiros que vão criar e procriar aqui os filhos, quando tiver filhos eles que imigrem aqui não se faz nada...

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        #63
        Casal com dois filhos (salário de 1000€/cada). Trabalharem os dois (1) vs trabalhar um e o outro ser pai/mãe a tempo inteiro (2):

        (1):
        Creche: 300€/filho = -600€/mês
        Transportes: -100€/mês
        Abono de família: 0€
        IRS: -300€/mês
        TSU: -220€/mês
        Alimentação no local de trabalho: coberto pelo sub. de alimentação
        TOTAL DE DESPESAS: 1220€/mês

        (2):
        Creche: 0€/filho = 0€/mês
        Transportes: -50€/mês
        Abono de família: +50€/mês
        IRS: -150€/mês
        TSU: -110€/mês
        Alimentação no local de trabalho: coberto pelo sub. de alimentação
        TOTAL: 260€/mês


        Em termos puramente financeiros estarem os dois a trabalhar ou um dele ficar com os putos em casa é praticamente a mesma coisa. Isto não faz sentido a meu ver.
        Editado pela última vez por MVA; 12 November 2014, 07:39.

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          #64
          Originalmente Colocado por palmstroke Ver Post
          para uma mulher, colocam-se dois problemas:
          1) não tem carreira para sustentar >1 filho, ou
          2) tem carreira e por causa disso ter mais do que um filho representa um grande atraso na carreira.
          Nunca percebi esta obsessão actual das mulheres com carreira vs filhos, como se tivessem de ser exclusivos. A minha mãe já pertence a uma geração de mulheres em que quase todas trabalhavam fora de casa, tinham filhos e nunca deixaram de ter carreira causa disso. E isto numa época em que a maior parte dos homens ainda não levantava um dedo para ajudar.

          Comentário


            #65
            Originalmente Colocado por HoldON Ver Post
            Nunca percebi esta obsessão actual das mulheres com carreira vs filhos, como se tivessem de ser exclusivos. A minha mãe já pertence a uma geração de mulheres em que quase todas trabalhavam fora de casa, tinham filhos e nunca deixaram de ter carreira causa disso. E isto numa época em que a maior parte dos homens ainda não levantava um dedo para ajudar.
            Cada caso é um caso e acredito que a tua mãe fosse uma pessoa excepcional acima da média, mas a realidade é que para uma mulher que tenha um marido que quase não ajuda com o filho, para esta mulher conseguir dar o litro no emprego e fazer o extra-mile para ter boa progressão na carreira e uma vida profissional de sucesso, ou descura a atenção a dar ao filho (conheço umas que metem os putos na creche às 7:00 e vão buscá-los já depois das 20:00), ou então essa mulher vai ter um esgotamento dentro de um par de anos ou é uma mulher absolutamente excepcional (raríssimos casos).

            No meu caso, tanto eu como a minha mulher já chegámos à conclusão que tanto a minha carreira como a dela vão estagnar nos próximos 20 anos, pois o meu filho vai para a creche às 10:00 e às 17:30 vou buscá-lo. Tento sempre trabalhar menos de 8 horas/dia para conseguir passar o máximo de horas possíveis com o meu filho (chego a faltar a imensas reuniões de trabalho para conseguir sair do emprego antes das 17h para conseguir estar com o meu filho). Os meus colegas trabalham entre 10 a 12 horas por dia. Quem achas que vai ser promovido primeiro? Francamente não me importo, prefiro um emprego medíocre e muito tempo de qualidade com a família a um emprego brutal e não ter tempo nenhum para a família. São opções.

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              #66
              Originalmente Colocado por HoldON Ver Post
              Nunca percebi esta obsessão actual das mulheres com carreira vs filhos, como se tivessem de ser exclusivos. A minha mãe já pertence a uma geração de mulheres em que quase todas trabalhavam fora de casa, tinham filhos e nunca deixaram de ter carreira causa disso. E isto numa época em que a maior parte dos homens ainda não levantava um dedo para ajudar.
              A minha também, tinha era uma ama para quando trabalhava das 7 às 20h...e mesmo assim no final acabou por ceder tempo aos filhos em detrimento de uma carreira e rendimento superior

              Continuam a negar o inegável, há diferenças entre uma mulher ter um filho ou um homem ter um filho.

              As estatísticas em várias profissões (normalmente mais exigentes em tempo, estudos, concentração, etc) não enganam; até à gravidez tudo muito bem, depois há um "quebra da evolução" para não dizer retrocesso numa percentagem elevada de mulheres. Vê-se isso na área médica com frequência.

              O problema não é a mulher (nem nunca foi), é o simples facto de ter de dispender tempo e energia em duas ou mais tarefas versus uma tarefa.

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                #67
                Temos que ter sempre presente que a sociedade de hoje em dia é muito diferente da de há umas duas décadas atrás - e não podemos achar que a "culpa" é da mulher, do homem, do casal moderno, da ganância ou da televisão.

                Eu tenho dois filhos, já adultos. Já quando eles nasceram eu e a minha mulher nunca pensámos em ter mais filhos. Estávamos e estamos muito bem assim.

                A vida é muito dinâmica hoje em dia. Não sabemos onde estaremos ou onde trabalharemos daqui a cinco anos.

                Comentário


                  #68
                  Não percebo como nu mundo atual, um mundo cheio de violência, droga, prostituição, onde a nova geração não dá a a valor a nada, nem ao que tem, não sabem nem nunca vão saber se desenrrascar, onde de ano para ano vai ser cada vez pior, repito cada vez pior, como há ainda tanta pressão em ter filhos!! Enfim

                  Comentário


                    #69
                    Originalmente Colocado por susanass Ver Post
                    Não percebo como nu mundo atual, um mundo cheio de violência, droga, prostituição, onde a nova geração não dá a a valor a nada, nem ao que tem, não sabem nem nunca vão saber se desenrrascar, onde de ano para ano vai ser cada vez pior, repito cada vez pior, como há ainda tanta pressão em ter filhos!! Enfim
                    Um bocado pessimista do mundo de hoje...posso aconselhar-te leres uns livros de outros tempos para ver o que era bom para a tosse.

                    Comentário


                      #70
                      Originalmente Colocado por susanass Ver Post
                      Não percebo como nu mundo atual, um mundo cheio de violência, droga, prostituição, onde a nova geração não dá a a valor a nada, nem ao que tem, não sabem nem nunca vão saber se desenrrascar, onde de ano para ano vai ser cada vez pior, repito cada vez pior, como há ainda tanta pressão em ter filhos!! Enfim
                      Felizmente não conheço esse mundo.

                      Mas pressão para ter filhos? Quem faz essa pressão?

                      Comentário


                        #71
                        Obtuso, essa nova geração é a minha (tenho 22 anos), infelizmente sei bem do que falo!!!!!
                        Quanto a pressão para ter filhos, até o primeiro ministro a faz ;)

                        Comentário


                          #72
                          Originalmente Colocado por susanass Ver Post
                          Obtuso, essa nova geração é a minha (tenho 22 anos), infelizmente sei bem do que falo!!!!!
                          Quanto a pressão para ter filhos,z até o primeiro ministro a faz ;)
                          Andas a ser assediada pelo Coelho?

                          Não vejo pressão nenhuma. Fala-se na necessidade de, mas não se obriga ninguém.

                          Comentário


                            #73
                            Originalmente Colocado por susanass Ver Post
                            Obtuso, essa nova geração é a minha (tenho 22 anos), infelizmente sei bem do que falo!!!!!
                            Quanto a pressão para ter filhos, até o primeiro ministro a faz ;)
                            Faz queixa dele. Lol

                            A única pressão que sinto é a do trabalho.

                            Comentário


                              #74
                              A tendência de queda populacional vai continuar a persistir nos países ocidentais, é mais que natural e só não aceita isso quem não vive neste mundo. Se as pessoas vivem mais tempo, menos necessidade há de deixar descendência, mesmo na biologia é quase a mesma coisa, os animais que mais riscos naturais incorrem são os que se reproduzem mais para garantir descendência. Mas voltando aos humanos, porque há menos necessidade então de ter filhos? A questão é simples:

                              -Não há pressão para ter filhos em grande quantidade como no passado e em idades muito jovens, porque não se pode trabalhar muito cedo e há ensino obrigatório que força as pessoas quase até aos 30 a estarem a estudar;
                              -A mulher tornou-se independente, deixou de ser a vaca reprodutora humana;
                              -As pessoas preferem gozar por mais tempo a vida, têm mais saúde e regra geral maior disponibilidade financeira que no passado;
                              -O ensino regra geral não está ligado ao mercado de trabalho, portanto desresponsabilizou-se de formar profissionais, é parte da culpa porque há desempregados apesar de haver oferta de emprego;
                              -O sistema de justiça é disfuncional;
                              -Os "inteligentes" estão convencidos que tudo se resolve com subsídios quando na prática nunca irá resolver o problema, apenas agravar.

                              Como resolver?

                              -Limpar e arrumar a casa passando por cima de algumas mentalidades do tempo da carqueja que recusam a realidade, bem como matar de vez imensos quintais e quintas;
                              -Alterar o modelo judicial e educativo;
                              -Identificar as áreas que apresentam maiores vantagens económicas com vista a criar e atrair investimento quer nacional quer internacional;
                              -Aceitar que o caminho para o crescimento significa perder hoje para amanhã (daqui a 10, 20, 30 anos) ser-se uma potência económica, se não aceitam isto, nada se pode fazer.
                              Editado pela última vez por neapo; 16 November 2014, 12:54.

                              Comentário


                                #75
                                Originalmente Colocado por susanass Ver Post
                                Não percebo como nu mundo atual, um mundo cheio de violência, droga, prostituição, onde a nova geração não dá a a valor a nada, nem ao que tem, não sabem nem nunca vão saber se desenrrascar, onde de ano para ano vai ser cada vez pior, repito cada vez pior, como há ainda tanta pressão em ter filhos!! Enfim
                                Eu, que sou muito mais velho, e já tenho um filho com 30 anos, não acho o estado do mundo atual assim tão catastrófico como isso.

                                Quando eu ia para a escola, no início dos anos 60, alguns dos meus colegas iam descalços e escrevíamos em louças, já que os cadernos eram muitos caros. Não havia estradas em condições, nem automóveis, muita gente não tinha eletricidade em casa - nem teria dinheiro para a pagar - e nas casas não havia sanitários (normalmente havia uma "retrete").

                                A esperança de vida eram muito inferior à atual e a mortalidade infantil era assustadora. Não tenho dados, mas sei que se mata muito menos em Portugal do que há trinta ou quarenta anos atrás.

                                Comentário


                                  #76
                                  Originalmente Colocado por Ton Ver Post
                                  Eu, que sou muito mais velho, e já tenho um filho com 30 anos, não acho o estado do mundo atual assim tão catastrófico como isso.

                                  Quando eu ia para a escola, no início dos anos 60, alguns dos meus colegas iam descalços e escrevíamos em louças, já que os cadernos eram muitos caros. Não havia estradas em condições, nem automóveis, muita gente não tinha eletricidade em casa - nem teria dinheiro para a pagar - e nas casas não havia sanitários (normalmente havia uma "retrete").

                                  A esperança de vida eram muito inferior à atual e a mortalidade infantil era assustadora. Não tenho dados, mas sei que se mata muito menos em Portugal do que há trinta ou quarenta anos atrás.
                                  Ah que bons tempos em que se comia carne 1 ou 2 vezes por ano, em que uma gastroenterite mandava às carradas de miúdos para o cemitério, sem água canalizada, em que se podia arrear porrada na família e até matá-los porque ninguém desconfiava ou dizia nada, que maravilha.

                                  Por mim os saudosistas podem regressar todos para esses tempos à vontade. Há países que ainda oferecem essas condições para os interessados.

                                  Comentário


                                    #77
                                    Originalmente Colocado por Ton Ver Post
                                    Eu, que sou muito mais velho, e já tenho um filho com 30 anos, não acho o estado do mundo atual assim tão catastrófico como isso.

                                    Quando eu ia para a escola, no início dos anos 60, alguns dos meus colegas iam descalços e escrevíamos em louças, já que os cadernos eram muitos caros. Não havia estradas em condições, nem automóveis, muita gente não tinha eletricidade em casa - nem teria dinheiro para a pagar - e nas casas não havia sanitários (normalmente havia uma "retrete").

                                    A esperança de vida eram muito inferior à atual e a mortalidade infantil era assustadora. Não tenho dados, mas sei que se mata muito menos em Portugal do que há trinta ou quarenta anos atrás.
                                    Não é apenas uma questão de condições é principalmente uma questão de perspectivas de futuro. Antigamente as condições eram más, mas com tendência a uma evolução positiva ao longo do tempo, hoje em dia as condições já foram melhores com uma tendência a piorar a todos os níveis (social, económico, etc).

                                    Seria engraçada uma estatística do número de nascimentos entre os que partem e os que ficam (geração dos 20/30).

                                    Comentário


                                      #78
                                      Originalmente Colocado por HoldON Ver Post
                                      Ah que bons tempos em que se comia carne 1 ou 2 vezes por ano, em que uma gastroenterite mandava às carradas de miúdos para o cemitério, sem água canalizada, em que se podia arrear porrada na família e até matá-los porque ninguém desconfiava ou dizia nada, que maravilha.

                                      Por mim os saudosistas podem regressar todos para esses tempos à vontade. Há países que ainda oferecem essas condições para os interessados.
                                      Por o que escreves, quase de certeza que não viveste nesse tempo.

                                      Comentário


                                        #79
                                        Originalmente Colocado por Akagi Ver Post
                                        Por o que escreves, quase de certeza que não viveste nesse tempo.
                                        Pois não e fico muito contente por isso.

                                        Comentário


                                          #80
                                          Originalmente Colocado por tonyV Ver Post
                                          Não é apenas uma questão de condições é principalmente uma questão de perspectivas de futuro. Antigamente as condições eram más, mas com tendência a uma evolução positiva ao longo do tempo, hoje em dia as condições já foram melhores com uma tendência a piorar a todos os níveis (social, económico, etc).

                                          Seria engraçada uma estatística do número de nascimentos entre os que partem e os que ficam (geração dos 20/30).
                                          Não estou de acordo. O mundo em que vivemos hoje em dia é global e as pessoas têm um acesso à informação impensável até à pouco tempo; a mobilidade das pessoas é maior do que nunca; as comunicações de que dispomos são espantosas - e baratas; a saúde, apesar das limitações ainda existentes, é a melhor de sempre; apesar do atraso que ainda temos, os portugueses são hoje em dia muito mais qualificados do que eram há dez anos atrás.

                                          Com a melhoria das condições, também aumentam as expetativas -e é aqui que está a questão. Se as expetativas são baixas, as pessoas estão contentes com facilidade; se as expetativas são altas, tudo se torna muito mais difícil. A nossa ambição é grande - e vivemos uma crise; tudo se torna mais difícil ainda.

                                          A minha Mãe já tem muita idade. Cresceu em casa com motorista e estudou em bons colégios - e no verão a família, acompanhada de todo o staff, veraneava na Foz. Conversamos por vezes sobre estes temas - e a opinião dela é clara: os tempos são melhores e mais justos hoje em dia.

                                          Comentário


                                            #81
                                            Os jovens não tem trabalho,e quem tem ganha mal logo como se pode pensar em ter filhos?

                                            Comentário


                                              #82
                                              Os factos são incontornáveis; estão a nascer menos crianças e a população a envelhecer. Posto isto ou o Estado apoia efectivamente aqueles que pretendem constituir família ou daqui por 25 anos não venham queixar-se de reformas que mal servem para os medicamentos ou que temos uma imensa comunidade islâmica em crescimento a exigir a Lei da Sharia em Lisboa senão no país todo...

                                              A este ritmo (envelhecimento da população, baixa demografia e emigração) o nosso país terá de atrair emigrantes de países do terceiro mundo ou do Brasil (se houverem brasileiros que assim o desejarem) para ocuparem cargos e funções onde já não há gente ou há pessoal insuficiente - ou porque são idosos, ou porque entretanto morreram.

                                              Depois há também a questão que muitos casais fazem contas e mais contas, são todos muito contabilistas, mas no fundo não querem abdicar do seu "confortozinho" de solteiros ou de casal sem filhos. Constituir família não devia exigir sacrifício, é um dos pilares da sociedade, sempre foi e sempre há-de ser!

                                              Para isso há que saber partilhar, viver com menos (por exemplo comprar um carro usado ou usar o que se tem 10 ou mais anos) e ter carradas e carradas de paciência (isto aprende-se) com as birras e frustrações, caprichos, com a escola, com os trabalhos de casa, com as coisas que partem/tocam/estragam, com os modos como falam e se comportam etc...

                                              Comentário


                                                #83
                                                Originalmente Colocado por Ton Ver Post
                                                Não estou de acordo. O mundo em que vivemos hoje em dia é global e as pessoas têm um acesso à informação impensável até à pouco tempo; a mobilidade das pessoas é maior do que nunca; as comunicações de que dispomos são espantosas - e baratas; a saúde, apesar das limitações ainda existentes, é a melhor de sempre; apesar do atraso que ainda temos, os portugueses são hoje em dia muito mais qualificados do que eram há dez anos atrás.

                                                Com a melhoria das condições, também aumentam as expetativas -e é aqui que está a questão. Se as expetativas são baixas, as pessoas estão contentes com facilidade; se as expetativas são altas, tudo se torna muito mais difícil. A nossa ambição é grande - e vivemos uma crise; tudo se torna mais difícil ainda.

                                                A minha Mãe já tem muita idade. Cresceu em casa com motorista e estudou em bons colégios - e no verão a família, acompanhada de todo o staff, veraneava na Foz. Conversamos por vezes sobre estes temas - e a opinião dela é clara: os tempos são melhores e mais justos hoje em dia.
                                                Bastava ir a uma sala de aulas com crianças nos anos 60 e perguntar o que queriam ser quando fossem grandes. Passava tudo por uma realidade muito pequena, que ia pouco além do adro da igreja lá do sítio.

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                                                  #84
                                                  Originalmente Colocado por HoldON Ver Post
                                                  Ah que bons tempos em que se comia carne 1 ou 2 vezes por ano, em que uma gastroenterite mandava às carradas de miúdos para o cemitério, sem água canalizada, em que se podia arrear porrada na família e até matá-los porque ninguém desconfiava ou dizia nada, que maravilha.

                                                  Por mim os saudosistas podem regressar todos para esses tempos à vontade. Há países que ainda oferecem essas condições para os interessados.
                                                  o ton está a comparar as condições que se tinham à meio século atras com as de hoje. Não concluo que esteja numa onda de saudosismo.

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                                                    #85
                                                    Originalmente Colocado por NDRC Ver Post
                                                    o ton está a comparar as condições que se tinham à meio século atras com as de hoje. Não concluo que esteja numa onda de saudosismo.
                                                    Eu sei, simplesmente peguei no post dele como ponto de partida. Nada mais. Concordo com o que disse.

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                                                      #86
                                                      Originalmente Colocado por JorgeCorreia Ver Post
                                                      mas no fundo não querem abdicar do seu "confortozinho" de solteiros ou de casal sem filhos.
                                                      E fazem muito bem se assim entenderem.

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                                                        #87
                                                        Originalmente Colocado por Ton Ver Post
                                                        Não estou de acordo. O mundo em que vivemos hoje em dia é global e as pessoas têm um acesso à informação impensável até à pouco tempo; a mobilidade das pessoas é maior do que nunca; as comunicações de que dispomos são espantosas - e baratas; a saúde, apesar das limitações ainda existentes, é a melhor de sempre; apesar do atraso que ainda temos, os portugueses são hoje em dia muito mais qualificados do que eram há dez anos atrás.

                                                        Com a melhoria das condições, também aumentam as expetativas -e é aqui que está a questão. Se as expetativas são baixas, as pessoas estão contentes com facilidade; se as expetativas são altas, tudo se torna muito mais difícil. A nossa ambição é grande - e vivemos uma crise; tudo se torna mais difícil ainda.

                                                        A minha Mãe já tem muita idade. Cresceu em casa com motorista e estudou em bons colégios - e no verão a família, acompanhada de todo o staff, veraneava na Foz. Conversamos por vezes sobre estes temas - e a opinião dela é clara: os tempos são melhores e mais justos hoje em dia.
                                                        Desculpa lá mas a evolução de Portugal ao longo dos anos e actual estagnação/depressão/crise e grande êxodo migratório são sinais de baixas expectativas. As condições reais em Portugal pioraram em todos os sentidos nos últimos anos (e nem vou falar da área da saúde que tão bem conheço...). Negar isto é negar a actual situação do país.

                                                        Nestes últimos 10/15 anos para quem anda em ambiente universitário verifica que qualquer caloiro de um qualquer curso fala hoje em emigração como melhor e muitas vezes única opção para conseguir trabalhar. Se antes poucos emigrantes conhecia (e não falo dos que conheci fora), hoje é mato.

                                                        Não tem a ver com a relativa facilidade que agora há em emigrar, é uma necessidade para arranjar trabalho (fora de portas), que antes não havia. E as estatísticas mostram isso mesmo; nunca o desemprego entre licenciados esteve tão alto em Portugal.
                                                        Se há pessoal que emigra por melhores oportunidades, melhor educação, pela descoberta, etc? Há, mas há muitos mais que são "forçados" a isso para trabalharem.

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                                                          #88
                                                          Originalmente Colocado por HoldON Ver Post
                                                          E fazem muito bem se assim entenderem.
                                                          E que façam, bom proveito... mas depois não se queixem quando forem velhinhos e não tiverem ninguém ou dinheiro para cuidar deles...

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                                                            #89
                                                            Originalmente Colocado por JorgeCorreia Ver Post
                                                            Os factos são incontornáveis; estão a nascer menos crianças e a população a envelhecer. Posto isto ou o Estado apoia efectivamente aqueles que pretendem constituir família ou daqui por 25 anos não venham queixar-se de reformas que mal servem para os medicamentos ou que temos uma imensa comunidade islâmica em crescimento a exigir a Lei da Sharia em Lisboa senão no país todo...

                                                            A este ritmo (envelhecimento da população, baixa demografia e emigração) o nosso país terá de atrair emigrantes de países do terceiro mundo ou do Brasil (se houverem brasileiros que assim o desejarem) para ocuparem cargos e funções onde já não há gente ou há pessoal insuficiente - ou porque são idosos, ou porque entretanto morreram.

                                                            Depois há também a questão que muitos casais fazem contas e mais contas, são todos muito contabilistas, mas no fundo não querem abdicar do seu "confortozinho" de solteiros ou de casal sem filhos. Constituir família não devia exigir sacrifício, é um dos pilares da sociedade, sempre foi e sempre há-de ser!

                                                            Para isso há que saber partilhar, viver com menos (por exemplo comprar um carro usado ou usar o que se tem 10 ou mais anos) e ter carradas e carradas de paciência (isto aprende-se) com as birras e frustrações, caprichos, com a escola, com os trabalhos de casa, com as coisas que partem/tocam/estragam, com os modos como falam e se comportam etc...
                                                            É uma bela prosa....agora é preciso é que a maioria dos licenciados (por exemplo) em Portugal com idade média de 30 anos seja financeiramente auto-suficiente.

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                                                              #90
                                                              Originalmente Colocado por Ton Ver Post
                                                              Eu, que sou muito mais velho, e já tenho um filho com 30 anos, não acho o estado do mundo atual assim tão catastrófico como isso.

                                                              Quando eu ia para a escola, no início dos anos 60, alguns dos meus colegas iam descalços e escrevíamos em louças, já que os cadernos eram muitos caros. Não havia estradas em condições, nem automóveis, muita gente não tinha eletricidade em casa - nem teria dinheiro para a pagar - e nas casas não havia sanitários (normalmente havia uma "retrete").

                                                              A esperança de vida eram muito inferior à atual e a mortalidade infantil era assustadora. Não tenho dados, mas sei que se mata muito menos em Portugal do que há trinta ou quarenta anos atrás.
                                                              Apesar desse cenário muito mau do antigamente hoje, na minha opinião, as pessoas estão piores. Não em termos de bens materiais mas em menor qualidade psicológica, pressão, etc.

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