CITIUS - PGR arquivou inquérito

[XlPower]

O curioso é que este deve ter sido dos inquéritos mais rápidos da história, tudo se apurou e arquivou em menos de 2 semanas. O gajo que denunciou o caso contradiz-se na inquirição, mas não há problema, toca a arquivar.
Para os que não procuram justiça, neste momento devem estar contentes e aproveitam para deitar abaixo a ministra, porque claro ela vai embora, e vão todos os funcionários incompetentes (ou ordenados) embora...

Exactamente, então anda a ministra, directores e procuradores a brincar às denúncias, aos inquéritos e aos arquivamentos, e tudo sem consequências? Fazem-se relatórios a implicar a culpa de certas pessoas e depois volta-se atrás na palavra e não se passa nada?

E não consigo compreender de forma nenhuma um arquivamento tão rápido, sem ouvirem outras pessoas. Imaginemos que os tais directores que fizeram o relatório foram ameaçados e então voltam com a palavra atrás. E então a PGR acreditam na última palavra deles, e não investigam a contradição, não tentam averiguar mais nada?

A sensação que fico é que andam todos a brincar às casinhas e a brincar com os nossos impostos, não há responsabilização de nada, nunca se vai ao fim de nada. Das duas uma, ou os tais directores que fizeram o relatório a incriminar outros são agora alvo de um procedimento disciplinar por acusações infundadas e outros eventuais ilicitos. Porque se eles tentaram acusar outros, provavelmente foi para esconder a sua própria culpa ou de outros. Ou então são os procuradores alvo de procedimento disciplinar por não investigarem a fundo o problema.

[Dainese]

Exactamente, então anda a ministra, directores e procuradores a brincar às denúncias, aos inquéritos e aos arquivamentos, e tudo sem consequências? Fazem-se relatórios a implicar a culpa de certas pessoas e depois volta-se atrás na palavra e não se passa nada?

Além do crime de sabotagem, o Código Penal abarca ainda, entre outros, os crimes de denúncia caluniosa e simulação de crime...

E não consigo compreender de forma nenhuma um arquivamento tão rápido, sem ouvirem outras pessoas. Imaginemos que os tais directores que fizeram o relatório foram ameaçados e então voltam com a palavra atrás. E então a PGR acreditam na última palavra deles, e não investigam a contradição, não tentam averiguar mais nada?

Não sabemos quantas pessoas foram ouvidas. Não sabemos se daquele inquérito que nasceu com a denúncia da ministra não foram extraídas certidões para inquéritos, agora a outras pessoas...

A sensação que fico é que andam todos a brincar às casinhas e a brincar com os nossos impostos, não há responsabilização de nada, nunca se vai ao fim de nada. Das duas uma, ou os tais directores que fizeram o relatório a incriminar outros são agora alvo de um procedimento disciplinar por acusações infundadas e outros eventuais ilicitos. Porque se eles tentaram acusar outros, provavelmente foi para esconder a sua própria culpa ou de outros. Ou então são os procuradores alvo de procedimento disciplinar por não investigarem a fundo o problema.

Concordo(em parte). Por vezes questões com a gravidade desta ficam assim no éter e há que ir até às últimas consequências.
Mas, volto a dizer, o que a ministra fez foi comunicar à PGR para averiguar sobre eventuais ilícitos criminais.
Se os procuradores chegam à conclusão que fulano e beltrano foram incompetentes ou negligentes mas que não praticaram ilícitos criminais, arquivam o inquérito-crime.
E não era só esperar pela aferição ou não de práticas criminais. Ao mesmo tempo que se foi a correr à PGR devia ter sido aberto processo disciplinar/averiguações por quem de direito e com os elementos que entregou à PGR para apurar responsabilidades não criminais(que serão, de facto, as que assombrarão e com toda a certeza ferem este processo, digno de Kafka).

[ebay]

Exactamente, então anda a ministra, directores e procuradores a brincar às denúncias, aos inquéritos e aos arquivamentos, e tudo sem consequências? Fazem-se relatórios a implicar a culpa de certas pessoas e depois volta-se atrás na palavra e não se passa nada?

E não consigo compreender de forma nenhuma um arquivamento tão rápido, sem ouvirem outras pessoas. Imaginemos que os tais directores que fizeram o relatório foram ameaçados e então voltam com a palavra atrás. E então a PGR acreditam na última palavra deles, e não investigam a contradição, não tentam averiguar mais nada?

A sensação que fico é que andam todos a brincar às casinhas e a brincar com os nossos impostos, não há responsabilização de nada, nunca se vai ao fim de nada. Das duas uma, ou os tais directores que fizeram o relatório a incriminar outros são agora alvo de um procedimento disciplinar por acusações infundadas e outros eventuais ilicitos. Porque se eles tentaram acusar outros, provavelmente foi para esconder a sua própria culpa ou de outros. Ou então são os procuradores alvo de procedimento disciplinar por não investigarem a fundo o problema.

Mas aqueles dois parecem-te culpados ?

[XlPower]

Mas aqueles dois parecem-te culpados ?

Eu não faço ideia se têm alguma culpa. Já disse aqui várias vezes que a principal culpada é a ministra da justiça.
De certeza que há mais culpados, mas quem são eu não sei, e parece que nunca vamos saber devido à falta de responsabilização e consequências que existe neste país.
Agora o que eu não percebo é como se apontam culpados num relatório, os nomes deles são expostos na comunicação social durante semanas como suspeitos de sabotagem, a PGR arquiva em tempo record a investigação, e aparentemente não vai acontecer mais nada...

[neapo]

Engraçado que quando se fala dos técnicos informáticos da PJ no Citius, aparentemente um deles nem sequer tem licenciatura em informática, mas sim em ciências políticas...

Não é algo que seja obrigatório para trabalhar em informática basta teres algumas certificações por exemplo. E digamos que o sistema educativo por cá também não ajuda.

[neapo]

Eu não faço ideia se têm alguma culpa. Já disse aqui várias vezes que a principal culpada é a ministra da justiça.
De certeza que há mais culpados, mas quem são eu não sei, e parece que nunca vamos saber devido à falta de responsabilização e consequências que existe neste país.
Agora o que eu não percebo é como se apontam culpados num relatório, os nomes deles são expostos na comunicação social durante semanas como suspeitos de sabotagem, a PGR arquiva em tempo record a investigação, e aparentemente não vai acontecer mais nada...

É precisamente aqui que está o problema, ninguém quer saber o que realmente se passou, só se procura abater um alvo, como se "provou" que não foram eles os dois, quem resta para culpar? A ministra porque no fundo ela é a cara do ministério. O problema que ninguém parece perceber ou se recusam a perceber é que os ministros vão rodando mas os funcionários são quase sempre os mesmos, ora são muito competentes ou algo vai muito mal pois raramente são responsabilizados.


Mas há mais coisas curiosas e que vão além do Citius, senão atentem de forma neutra ao desenrolar da acção desde o final das férias politicas:

-Caso das colocações de professores - Crato durante semanas alvo de ataque, nenhuma investigação decorreu para perceber o que afinal correu mal, pois no fundo trata-se de um sistema informático e não foi o ministro que o programou, no entanto nada foi apurado
-Caso Citius - ministra duramente criticada, pouco se sabe o que realmente aconteceu, mais uma vez nada fica apurado
-BES estoura, Mário Soares que até então tinha defendido Salgado, desaparece de cena e a campanha do PS esfria até à eleição de Costa
-Ministro da Saúde criticado por causa do sistema informático, mas caso morre na praia
-Ministro dos Negócios Estrangeiros - criticado e pedida comissão de inquérito por causa das supostas revelações (de algo que já estava nos media há semanas) sobre a existência de portugueses na EI
-Ministro da defesa acusado por Ana Gomes de negociatas, a mesma não apresenta provas e esconde-se na sua imunidade
-Caso dos vistos Golden - expectável ataque a Portas e Miguel Macedo

Não sei mas acho curioso que ao longo destas semanas haja sempre um novo problema e sejam lançadas questões sobre diferentes ministros e pouco ou nenhum interesse exista em apurar a verdade ou apresentar provas.

[ebay]

Não é algo que seja obrigatório para trabalhar em informática basta teres algumas certificações por exemplo. E digamos que o sistema educativo por cá também não ajuda.

Ia jurar que para um sistema informático que vale, literalmente, milhares de milhões de euros (o valor de todas as acções judiciais), era conveniente ter gente habilitada com mais qualquer coisa que umas certificações..

[cuto]

É precisamente aqui que está o problema, ninguém quer saber o que realmente se passou, só se procura abater um alvo, como se "provou" que não foram eles os dois, quem resta para culpar? A ministra porque no fundo ela é a cara do ministério. O problema que ninguém parece perceber ou se recusam a perceber é que os ministros vão rodando mas os funcionários são quase sempre os mesmos, ora são muito competentes ou algo vai muito mal pois raramente são responsabilizados.


Mas há mais coisas curiosas e que vão além do Citius, senão atentem de forma neutra ao desenrolar da acção desde o final das férias politicas:

-Caso das colocações de professores - Crato durante semanas alvo de ataque, nenhuma investigação decorreu para perceber o que afinal correu mal, pois no fundo trata-se de um sistema informático e não foi o ministro que o programou, no entanto nada foi apurado
-Caso Citius - ministra duramente criticada, pouco se sabe o que realmente aconteceu, mais uma vez nada fica apurado
-BES estoura, Mário Soares que até então tinha defendido Salgado, desaparece de cena e a campanha do PS esfria até à eleição de Costa
-Ministro da Saúde criticado por causa do sistema informático, mas caso morre na praia
-Ministro dos Negócios Estrangeiros - criticado e pedida comissão de inquérito por causa das supostas revelações (de algo que já estava nos media há semanas) sobre a existência de portugueses na EI
-Ministro da defesa acusado por Ana Gomes de negociatas, a mesma não apresenta provas e esconde-se na sua imunidade
-Caso dos vistos Golden - expectável ataque a Portas e Miguel Macedo

Não sei mas acho curioso que ao longo destas semanas haja sempre um novo problema e sejam lançadas questões sobre diferentes ministros e pouco ou nenhum interesse exista em apurar a verdade ou apresentar provas.

Da Ministra e do Citius - Oficial de Justiça

[ebay]

Eu não faço ideia se têm alguma culpa. Já disse aqui várias vezes que a principal culpada é a ministra da justiça.
De certeza que há mais culpados, mas quem são eu não sei, e parece que nunca vamos saber devido à falta de responsabilização e consequências que existe neste país.
Agora o que eu não percebo é como se apontam culpados num relatório, os nomes deles são expostos na comunicação social durante semanas como suspeitos de sabotagem, a PGR arquiva em tempo record a investigação, e aparentemente não vai acontecer mais nada...

Até tu achaste que eles eram culpados também...

A mim parece-me que ela tentou arranjar uns bodes expiatórios para o grave problema que aconteceu. Eu acho que há muitos culpados, incluindo esses dois, e incluindo a ministra. Mas como é tradição neste país, toda a gente foi altamente profissional e competente, ninguém vai encontrar culpados (muito menos a justiça portuguesa), e aconteceu porque foi um azar.

Se calhar o processo foi arquivado porque alguém razoável percebeu que eles nem sequer percebiam nem mexiam no sistema...

[neapo]

Ia jurar que para um sistema informático que vale, literalmente, milhares de milhões de euros (o valor de todas as acções judiciais), era conveniente ter gente habilitada com mais qualquer coisa que umas certificações..

Era conveniente, mas diferente de ser obrigatório. Num país que tens pessoas formadas em enfermagem a exercer em escritórios de contabilidade, engenheiros a exercer como despachantes/declarantes, professores a fazer colheitas venosas, achas realmente anormal estarem pessoas não formadas no ministério?

[neapo]

Da Ministra e do Citius - Oficial de Justiça

Não aponta responsáveis que não sejam a própria ministra. É aqui que está o celeuma, "há e tal foi pura teimosia dela" como se a ministra trabalhasse sozinha num ministério vazio de pessoas, rodeada apenas por máquinas ou fosse uma ditadora e ninguém pode fazer nada. Quer dizer podem fazer greves para chorar por aumentos e são paus mandados para o resto. Eu não engulo este sacudir do capote e desresponsabilização dos funcionários do ministério, há culpados e esses devem ser identificados.

[air]

Da Ministra e do Citius - Oficial de Justiça

Eu não percebo é como uma equipa trabalha mais de 10 anos no desenvolvimento de um sistema e no fim não há documentação nenhuma para "quem vem a seguir!. Interno ou externo!...

[cuto]

Eu não percebo é como uma equipa trabalha mais de 10 anos no desenvolvimento de um sistema e no fim não há documentação nenhuma para "quem vem a seguir!. Interno ou externo!...

Não leste o texto todo pois não?
Existia, à data da saída da equipa (4 de fevereiro de 2013), uma base de dados estruturada com o histórico e documentação de todas as atividades, que foi deixada em pleno funcionamento. Existiam nesse acervo documental mais de 100’000 documentos relativos a pedidos de assistência e respetivas respostas, análise funcional, documentação técnica, manuais de procedimentos, manuais de utilização, relatórios de atividades, etc.
Os 4 elementos que pertenciam à equipa e que se mantiveram no Instituto usavam e conheciam as referidas ferramentas e respetiva base de dados.
Foram dadas credenciais para acesso às referidas ferramentas e respetiva base de dados à nova estrutura dirigente do Instituto. Conforme consta da troca de e-mails abaixo reproduzida"

"Em junho de 2012 foi enviado ao Instituto, à data ITIJ e ao Gabinete da Ministra da Justiça um documento detalhado, de 43 páginas, intitulado “Planeamento para reorganização do Mapa Judiciário”, que previa todos os riscos, todos os aspetos a ter em conta e os três cenários possíveis, com as respetivas tarefas e durações, para a implementação das novas comarcas. Sobre o documento nenhum dos responsáveis se dignou responder, apesar de algumas insistências. Constata-se agora que nenhum dos cenários possíveis foi seguido, ou se foi seguido o primeiro dos cenários (o mais fácil, mas que continha muito mais riscos), foi-o apenas de forma muito superficial."


"O Diário de Notícias refere um documento de 43 páginas, a que teve acesso, com o título "Planeamento para a Reorganização do Mapa Judiciário". O texto aponta os riscos a ter em conta na adaptação do Citius às novas comarcas.
As soluções apontavam para três caminhos que, avança o DN, foram ignorados pelo Ministério da Justiça que não respondeu ao documento.
Outro alerta, mais recente, chegou através de uma auditoria da Inspeção Geral das Finanças, publicada há poucos dias. Um documento citado pelo jornal “i” diz que o sistema informático é lento e tem uma rede de comunicações «insuficiente».
O documento aponta ainda críticas aos recursos humanos das entidades do Estado que gerem o Citius e que «demonstraram não ter recursos humanos com um conhecimento profundo do sistema. Há falta de meios o que levou à «renúncia das melhores práticas de programação».
Contactado pelo “i” e pelo DN, o Ministério da Justiça não comentou estes dois documentos que alertaram, em tempo, para os problemas do Citius."


O DN refere que «Em fevereiro do ano passado, João Miguel Barros pediu à ministra Paula Teixeira da Cruz para sair por não estar a ser ouvido sobre os perigos das fragilidades informáticas para a reforma da justiça. João Miguel Barros defendeu que o Sistema de Informação da Justiça teria de estar em vigor para que mapa resultasse no terreno.
Em fevereiro de 2013, João Miguel Barros, chefe de gabinete da ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, e homem da sua confiança pessoal, bateu com a porta e avisou que o Citius e outras plataformas informáticas iriam comprometer o arranque do novo mapa judiciário.
Na altura, as verdadeiras razões da demissão permaneceram no segredo dos deuses. Hoje, o DN sabe que a saída se deveu ao alerta do chefe de gabinete de que era necessário rever urgentemente o sistema de informação dos tribunais.

Meses depois dessa saída, admitiu que seria "um erro crasso" se a reforma judiciária entrasse em vigor "na data adiantada pelo Governo [1 de setembro 2014], sem que esteja criado o novo Sistema de Informação, cujos trabalhos estão ainda no início, e sem estarem concluídas as obras nos edifícios dos Tribunais".

[Dainese]

Eu não percebo é como uma equipa trabalha mais de 10 anos no desenvolvimento de um sistema e no fim não há documentação nenhuma para "quem vem a seguir!. Interno ou externo!...

De onde retiraste essa conclusão

O sistema informático não foi abandonado inconscientemente sem ser deixada qualquer informação. A equipa propôs às estruturas diretivas do Instituto um período de cerca de um mês (de 30 de janeiro a 1 de março) para transição de serviços e conhecimento, período este que até poderia ser alterado, para mais ou para menos, conforme o Instituto achasse mais conveniente. O Instituto ignorou essa proposta e cessou as 10 comissões de serviço em 4 de fevereiro, ou seja, imediatamente a seguir, sem mais. Pelo que não é correto pensar-se que a equipa abandonou de imediato, bateu com a porta, etc. bem pelo contrário, puseram-nos rapidamente fora para depois se queixarem que tinham ido embora sem nada deixar para os que ficaram.


Existia, à data da saída da equipa (4 de fevereiro de 2013), uma base de dados estruturada com o histórico e documentação de todas as atividades, que foi deixada em pleno funcionamento. Existiam nesse acervo documental mais de 100’000 documentos relativos a pedidos de assistência e respetivas respostas, análise funcional, documentação técnica, manuais de procedimentos, manuais de utilização, relatórios de atividades, etc.
Os 4 elementos que pertenciam à equipa e que se mantiveram no Instituto usavam e conheciam as referidas ferramentas e respetiva base de dados.
Foram dadas credenciais para acesso às referidas ferramentas e respetiva base de dados à nova estrutura dirigente do Instituto. Conforme consta da troca de e-mails abaixo reproduzida


Preocupante(ou, que explicará MUITA coisa) :


O que se está a passar hoje não se deve a problemas aplicacionais ou, como tem sido dito, a falta de qualidade dos dados. Deve-se a diversos níveis de pura incompetência:

Opções erradas tomadas nos últimos tempos, como foram os casos AGIC e Citius Plus (quantos milhões investidos em detrimento do produto que existia e funcionava? Com que resultados?).

[cuto]

Dainese: tinhas-te despachado e poupavas-me o corte e cola a mim pá!

[Dainese]

cuto, prepara-te que a brigada da laranja já aí vem...clones...e tal...

[Dainese]

Dainese: tinhas-te despachado e poupavas-me o corte e cola a mim pá!

A idade já não perdoa...mas ainda vou mantendo a visão de elefante e a memória de águia

[cuto]

cuto, prepara-te que a brigada da laranja já aí vem...clones...e tal...

Só quem trabalha com o Citius todos os dias e quem conhece as pessoas que o usavam e usam (de todos os quadrantes políticos) é que sabe a BORRADA que esta ministra fez! Um dia saber-se-á a quem isto iria aproveitar e quantos milhões se iriam pagar (além dos que já se pagaram a tentar corrigir as coisa). Tanto tacho...

[air]

De onde retiraste essa conclusão

O sistema informático não foi abandonado inconscientemente sem ser deixada qualquer informação. A equipa propôs às estruturas diretivas do Instituto um período de cerca de um mês (de 30 de janeiro a 1 de março) para transição de serviços e conhecimento, período este que até poderia ser alterado, para mais ou para menos, conforme o Instituto achasse mais conveniente. O Instituto ignorou essa proposta e cessou as 10 comissões de serviço em 4 de fevereiro, ou seja, imediatamente a seguir, sem mais. Pelo que não é correto pensar-se que a equipa abandonou de imediato, bateu com a porta, etc. bem pelo contrário, puseram-nos rapidamente fora para depois se queixarem que tinham ido embora sem nada deixar para os que ficaram.


Existia, à data da saída da equipa (4 de fevereiro de 2013), uma base de dados estruturada com o histórico e documentação de todas as atividades, que foi deixada em pleno funcionamento. Existiam nesse acervo documental mais de 100’000 documentos relativos a pedidos de assistência e respetivas respostas, análise funcional, documentação técnica, manuais de procedimentos, manuais de utilização, relatórios de atividades, etc.
Os 4 elementos que pertenciam à equipa e que se mantiveram no Instituto usavam e conheciam as referidas ferramentas e respetiva base de dados.
Foram dadas credenciais para acesso às referidas ferramentas e respetiva base de dados à nova estrutura dirigente do Instituto. Conforme consta da troca de e-mails abaixo reproduzida


Preocupante(ou, que explicará MUITA coisa) :


O que se está a passar hoje não se deve a problemas aplicacionais ou, como tem sido dito, a falta de qualidade dos dados. Deve-se a diversos níveis de pura incompetência:

Opções erradas tomadas nos últimos tempos, como foram os casos AGIC e Citius Plus (quantos milhões investidos em detrimento do produto que existia e funcionava? Com que resultados?).

Continuo a dizer, como é que uma equipa trabalhar durante mais de 10 anos no desenvolvimento de um sistema e não há documentação para "quem vem a seguir". Não estou a dizer que a culpa é dos técnicos, mas sim de quem deixou que isto acontecesse.

É pura incompetência de quem gere os serviços! Como se fala nas empresas em "linhas de sucessão", em que estão preparadas para a saída de qualquer funcionário, o mesmo tem de acontecer para as ferramentas de apoio, muito mais uma tão importante.

O poder estava todo concentrado em meia dúzia de pessoas, que podiam fazer o que quisessem com o sistema judicial do país.... Se achas isto normal...

..bem, mas para ti tudo se resume a "laranjada" e afins.. Não te preocupa como é gerido o dinheiro dos teus impostos.

[cuto]

Continuo a dizer, como é que uma equipa trabalhar durante mais de 10 anos no desenvolvimento de um sistema e não há documentação para "quem vem a seguir". Não estou a dizer que a culpa é dos técnicos, mas sim de quem deixou que isto acontecesse.

É pura incompetência de quem gere os serviços! Como se fala nas empresas em "linhas de sucessão", em que estão preparadas para a saída de qualquer funcionário, o mesmo tem de acontecer para as ferramentas de apoio, muito mais uma tão importante.

O poder estava todo concentrado em meia dúzia de pessoas, que podiam fazer o que quisessem com o sistema judicial do país.... Se achas isto normal...

..bem, mas para ti tudo se resume a "laranjada" e afins.. Não te preocupa como é gerido o dinheiro dos teus impostos.

Acho que não percebeste a real intenção do poder político: cortar com tudo o que existia. Não ligar aos avisos, incluindo o de um chefe de gabinete. Ignorar a documentação...e pôr os privados a mexer na coisa.

[air]

Acho que não percebeste a real intenção do poder político: cortar com tudo o que existia. Não ligar aos avisos, incluindo o de um chefe de gabinete. Ignorar a documentação...e pôr os privados a mexer na coisa.

Eu acho que os privados deviam ter sido logo desde inicio a "mexer na coisa". O Estado não é especialista em informática e programação, por isso teria toda a lógica a ferramenta ter sido criada fora. Claro que teria de haver um caderno de encargos robusto, que possibilitasse os programadores saberem o que o Estado queria e o devido acompanhamento e testes pelos utilizadores.

Mas nem olhando a isso ou ao facto de quem usa o Citius dizer que é uma má ferramenta, ficar assim tão dependente de meia dúzia de técnicos não me entra na cabeça. Onde está a gestão de risco do Estado?

Esta falta de gestão e tudo o que conhecemos faz qualquer um perceber quais os objectivos de quem gere os nossos impostos, não precisas de o explicar.

[Dainese]

Continuo a dizer, como é que uma equipa trabalhar durante mais de 10 anos no desenvolvimento de um sistema e não há documentação para "quem vem a seguir". Não estou a dizer que a culpa é dos técnicos, mas sim de quem deixou que isto acontecesse.

É pura incompetência de quem gere os serviços! Como se fala nas empresas em "linhas de sucessão", em que estão preparadas para a saída de qualquer funcionário, o mesmo tem de acontecer para as ferramentas de apoio, muito mais uma tão importante.

O poder estava todo concentrado em meia dúzia de pessoas, que podiam fazer o que quisessem com o sistema judicial do país.... Se achas isto normal...

..bem, mas para ti tudo se resume a "laranjada" e afins.. Não te preocupa como é gerido o dinheiro dos teus impostos.

Queres apostar que se os que se demitiram, a preverem o que viria, não tivessem vestido as cuecas de ferro eram eles os alvos da "sabotagem"?

E continuas a dizer que o poder estava concentrado em meia dúzia de pessoas quando está isto no texto:

Existia, à data da saída da equipa (4 de fevereiro de 2013), uma base de dados estruturada com o histórico e documentação de todas as atividades, que foi deixada em pleno funcionamento. Existiam nesse acervo documental mais de 100’000 documentos relativos a pedidos de assistência e respetivas respostas, análise funcional, documentação técnica, manuais de procedimentos, manuais de utilização, relatórios de atividades, etc.

Isto não foi feito por acaso, até à demissão em bloco da equipa do habilus-citius o MJ gastava o equivalente aos seus ordenados. Agora, continua a pagar os ordenados e a gastar milhões numa coisa que funciona pior que dantes.

Só incompetência? .......

Não, para mim não se resume a laranjadas, preocupa-me a forma como é gerido o meu dinheiro(mais do que a muitos, eu pago impostos), tanto é que estou farto de dizer que não percebo como se deixa demitir uma equipa baratíssima na gestão da informática nacional e se gastam agora MILHÕES para isto, para as coisas funcionarem pior que dantes.

Achas que isto é não preocupar-me com o dinheiro dos meus impostos?

[air]

Queres apostar que se os que se demitiram, a preverem o que viria, não tivessem vestido as cuecas de ferro eram eles os alvos da "sabotagem"?

E continuas a dizer que o poder estava concentrado em meia dúzia de pessoas quando está isto no texto:

Existia, à data da saída da equipa (4 de fevereiro de 2013), uma base de dados estruturada com o histórico e documentação de todas as atividades, que foi deixada em pleno funcionamento. Existiam nesse acervo documental mais de 100’000 documentos relativos a pedidos de assistência e respetivas respostas, análise funcional, documentação técnica, manuais de procedimentos, manuais de utilização, relatórios de atividades, etc.

Isto não foi feito por acaso, até à demissão em bloco da equipa do habilus-citius o MJ gastava o equivalente aos seus ordenados. Agora, continua a pagar os ordenados e a gastar milhões numa coisa que funciona pior que dantes.

Só incompetência? .......

Não, para mim não se resume a laranjadas, preocupa-me a forma como é gerido o meu dinheiro(mais do que a muitos, eu pago impostos), tanto é que estou farto de dizer que não percebo como se deixa demitir uma equipa baratíssima na gestão da informática nacional e se gastam agora MILHÕES para isto, para as coisas funcionarem pior que dantes.

Achas que isto é não preocupar-me com o dinheiro dos meus impostos?

Numa coisa tens razão, conseguiram piorar uma ferramenta que já era má! Não haja dúvidas que a incompetência continua!

Tal como já disse, não me admiro nada que haja também jogos de interesse que tão habituados estamos. Se a justiça funcionasse a gestão danosa seria julgada e condenada.

[Dainese]

Eu acho que os privados deviam ter sido logo desde inicio a "mexer na coisa". O Estado não é especialista em informática e programação, por isso teria toda a lógica a ferramenta ter sido criada fora. Claro que teria de haver um caderno de encargos robusto, que possibilitasse os programadores saberem o que o Estado queria e o devido acompanhamento e testes pelos utilizadores.

Mas nem olhando a isso ou ao facto de quem usa o Citius dizer que é uma má ferramenta, ficar assim tão dependente de meia dúzia de técnicos não me entra na cabeça. Onde está a gestão de risco do Estado?

Esta falta de gestão e tudo o que conhecemos faz qualquer um perceber quais os objectivos de quem gere os nossos impostos, não precisas de o explicar.

Não é bem assim.

Em 2000 não existia informática no MJ. Existiam meia dúzia de computadores e um programa do tempo da pedra, DW4 salvo erro.

Uma equipa de oficiais de justiça, a pedido e em colaboração com a DGSJ, desenvolveu uma ferramenta chamada habilus(muito cobiçada pelas justiças de outros países, fica a saber).

Essa ferramenta foi sendo desenvolvida do 0 até a um ponto de maturação em 2013 muito satisfatório. Lá teria os seus problemas, mas se até os windows e os ios os têm...

/Ou seja, o sistema, pasme-se, FUNCIONAVA! Para magistrados, oficiais de justiça e advogados(vai saber sobre o robusto caderno de encargos e brilhantes programadores do sistema informático dos tribunais fiscais e administrativos - SITAF e depois conta-me como é...)

Ou seja, a gestão de risco que não te passa pela cabeça ter ficado durante 13 anos nas mãos de 15 oficiais de justiça só passou a ser de risco depois da entrega do sistema aos privados...basta olhar para o caos actual...

Por isso devemos perguntar(e tu perguntas, como eu) : por que raio gastávamos 10 ou 20 mil euros/mês na gestão do Citius e agora gastamos 20 ou 30 milhões ao ano.


(E espero ver mais algum ministro actual arrastar a voz e vir à razão dizer que foi António Costa, enquanto ministro da justiça, o impulsionador da informatização dos tribunais a partir de 1999/2000. Ao invés de gastar milhões em empresas de informáticas, confiou naquelas pessoas e deu-se então início ao habilus-citius).

[air]

Conheço quem use o Citius e me farte de falar mal dele, mas pode ser uma pessoa que tenha azar com o sistema.

Antes de comparar valores eu gostava de saber qual a diferença entre uma equipa profissional de software e uma equipa arranjada "a la carte" pelo Estado. Não ficava admirado que a diferença de qualidade do produto justificasse o investimento extra.

Como tudo, compadrios e ajudar os amigos não se encontra nesse lote que falo.

[Dainese]

Conheço quem use o Citius e me farte de falar mal dele, mas pode ser uma pessoa que tenha azar com o sistema.

Antes de comparar valores eu gostava de saber qual a diferença entre uma equipa profissional de software e uma equipa arranjada "a la carte" pelo Estado. Não ficava admirado que a diferença de qualidade do produto justificasse o investimento extra.

Como tudo, compadrios e ajudar os amigos não se encontra nesse lote que falo.

Pergunta a essa pessoa como funciona o SITAF...e pede para comparar

Tudo começou pelo carolismo de algumas pessoas. E, bom ou mau, permitiu que fosse uma ferramenta muito importante no funcionamento dos tribunais e dos tribunais com os restantes agentes da justiça.

Como vês, a empresa "xpto" que tomou conta daquilo faz aquilo que se vê.

[miguelmaia]

Pergunta a essa pessoa como funciona o SITAF...e pede para comparar

Tudo começou pelo carolismo de algumas pessoas. E, bom ou mau, permitiu que fosse uma ferramenta muito importante no funcionamento dos tribunais e dos tribunais com os restantes agentes da justiça.

Como vês, a empresa "xpto" que tomou conta daquilo faz aquilo que se vê.

É incrível como se pode considerar o Habilus/Citius uma má ferramenta.

Só mesmo quem não trabalha com ele e que nunca conheceu o pré-Citius pode dizer isso. Aliás esta conversa já enjoa.

Trabalhei com o SITAF 3 anos e aquela coisa é uma aberração completa, por acaso criada por uma empresa privada.

[Dainese]

É incrível como se pode considerar o Habilus/Citius uma má ferramenta.

Só mesmo quem não trabalha com ele e que nunca conheceu o pré-Citius pode dizer isso. Aliás esta conversa já enjoa.

Trabalhei com o SITAF 3 anos e aquela coisa é uma aberração completa, por acaso criada por uma empresa privada.

Só quem não faz ideia alguma sobre o que é(e o que foi...) o pré-habilus e depois o habilus e o citius pode aventar opiniões dessas.

Comparar o Citius(criado e desenvolvido por agentes da própria justiça) ao SITAF(como bem dizes criado e gerido por empresa privada) é comparar o Helder Postiga ao Falcão. Com o "pormenor" do Hélder Postiga ter custado 3000x o preço do Falcão...

ps: SITAF : põe aberração nisso. E o delicioso pormenor de quando foi criado ter sido para evitar uso de documentos/processos em papel...e isso ser impossível com aquilo...outro pormenor, qualquer acto nos TAF teria de ser feito sempre de forma digital/informática.... e se os tribunais que quisessem pedir informação aos tribunais administrativos e fiscais tinham de fazê-lo por papel porque não o fizeram adaptável ao citius...sem conexão ou ligação possível... Um advogado fazer um requerimento a qualquer TAF através do SITAF pode demorar horas até dar o OK(quando dá, logo...envia-se também por fax e cópia carimbada, não vá o diabo tecê-las)...no citius era instantâneo...

[XlPower]

Até tu achaste que eles eram culpados também...

A mim parece-me que ela tentou arranjar uns bodes expiatórios para o grave problema que aconteceu. Eu acho que há muitos culpados, incluindo esses dois, e incluindo a ministra. Mas como é tradição neste país, toda a gente foi altamente profissional e competente, ninguém vai encontrar culpados (muito menos a justiça portuguesa), e aconteceu porque foi um azar.

Se calhar o processo foi arquivado porque alguém razoável percebeu que eles nem sequer percebiam nem mexiam no sistema...

Ok, tive aí uma contradição, mas eu esclareço o meu ponto de vista. Não tenho a certeza absoluta que eles tenham ou não alguma culpa, mas acho que é o mais provável. Cá para mim a Ministra aproveitou uma eventual falha deles para os transformar em bodes expiatórios. Tal como o governo Timorense aproveitou eventuais erros ("copy-paste") dos magistrados portugueses para justificar a decisão de os mandar embora.

No meio disto tudo quem se safa melhor é quem manda, ou seja, os governantes. Mas continuo a bater no ceguinho, o arquivamento record pela PGR de um caso de acusação a partir de um ministro é muito estranho.

[cuto]

Ok, tive aí uma contradição, mas eu esclareço o meu ponto de vista. Não tenho a certeza absoluta que eles tenham ou não alguma culpa, mas acho que é o mais provável. Cá para mim a Ministra aproveitou uma eventual falha deles para os transformar em bodes expiatórios. Tal como o governo Timorense aproveitou eventuais erros ("copy-paste") dos magistrados portugueses para justificar a decisão de os mandar embora.

No meio disto tudo quem se safa melhor é quem manda, ou seja, os governantes. Mas continuo a bater no ceguinho, o arquivamento record pela PGR de um caso de acusação a partir de um ministro é muito estranho.