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Medica agride criança com cancro

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    O que é triste é continuar-se a confundir dar 2 encostos com as costas da mão nos lábios com impalar um miúdo canceroso com um ferro em brasa.

    Tudo serve para dizer mal dos médicos, aliás trata-se de uma campanha muito bem orquestrada que já está a dar frutos (basta ver os hospitais privados a nascerem como cogumelos).

    Se a anestesista devia ter feito aquilo? Não, evidentemente que não, atendendo aos zelotas da moral e bons costumes de que andam aqui uns exemplos. Devia saber melhor do que aquilo.

    Se tem alguma importância na realidade? Oh pah, preocupem-se com coisas reais e sérias, tipo esperas de 12h nas urgências, morrer gente nos corredores, ou termos um excesso de mortalidade espectável de 4600 pessoas num mês.

    Desocupados do caraças. Emigrem para os USA, queimem-se com café num Starbucks e peçam uma indeminização de 1 bilião de dólares.

    Comentário


      Originalmente Colocado por Avant Ver Post
      O que é triste é continuar-se a confundir dar 2 encostos com as costas da mão nos lábios com impalar um miúdo canceroso com um ferro em brasa.

      Tudo serve para dizer mal dos médicos, aliás trata-se de uma campanha muito bem orquestrada que já está a dar frutos (basta ver os hospitais privados a nascerem como cogumelos).

      Se a anestesista devia ter feito aquilo? Não, evidentemente que não, atendendo aos zelotas da moral e bons costumes de que andam aqui uns exemplos. Devia saber melhor do que aquilo.

      Se tem alguma importância na realidade? Oh pah, preocupem-se com coisas reais e sérias, tipo esperas de 12h nas urgências, morrer gente nos corredores, ou termos um excesso de mortalidade espectável de 4600 pessoas num mês.

      Desocupados do caraças. Emigrem para os USA, queimem-se com café num Starbucks e peçam uma indeminização de 1 bilião de dólares.
      Qual seria a tua opinião, se um terceiro, desse uma estalada a um filho teu?

      A isto é que ainda não me responderam...

      Comentário


        Originalmente Colocado por HMartinho Ver Post
        Qual seria a tua opinião, se um terceiro, desse uma estalada a um filho teu?

        A isto é que ainda não me responderam...
        Não foi para mim a pergunta, mas na situação descrita, eu ainda pedia desculpa à médica. Afinal, ficaria muito envergonhado se um filho meu tivesse o comportamento descrito.

        Comentário


          Originalmente Colocado por zMax Ver Post
          Não foi para mim a pergunta, mas na situação descrita, eu ainda pedia desculpa à médica. Afinal, ficaria muito envergonhado se um filho meu tivesse o comportamento descrito.
          A ver se me lembro, este ano, no ensino clínico de pediatria, de utilizar o estalo como medida terapÊutica, para "disciplinar" crianças, de forma a fazer os meus procedimentos.

          Vou sair de lá com um notão...

          Comentário


            Originalmente Colocado por HMartinho Ver Post
            A ver se me lembro, este ano, no ensino clínico de pediatria, de utilizar o estalo como medida terapÊutica, para "disciplinar" crianças, de forma a fazer os meus procedimentos.

            Vou sair de lá com um notão...
            Lá estás tu a deturpar o que eu disse.

            Perguntaste o qual seria a minha opinião se fosse o meu filho. Não perguntaste o que se deve fazer a uma criança no serviço de pediatria.

            Faz os esforço para não deturpares o que os outros dizem.

            Comentário


              Originalmente Colocado por zMax Ver Post
              Lá estás tu a deturpar o que eu disse.

              Perguntaste o qual seria a minha opinião se fosse o meu filho. Não perguntaste o que se deve fazer a uma criança no serviço de pediatria.

              Faz os esforço para não deturpares o que os outros dizem.
              Ai sim?

              Qual a diferença entre os pressupostos?

              Comentário


                Originalmente Colocado por HMartinho Ver Post
                Qual seria a tua opinião, se um terceiro, desse uma estalada a um filho teu?

                A isto é que ainda não me responderam...
                Mas quantas vezes é preciso dizer que aquilo não foi estalada nenhuma? E se fosse por estar a fazer birra e chamar filha da **** às pessoas (interessante saber como é que uma criança de 5 anos aprendeu isso, o meu mais novo tem essa idade e não sabe o que é ) a seguir a levar 2 tapas nos lábios levava uma palmada dada por mim e pedia desculpa à pessoa.

                HMartinho tu trabalhas em saúde, acreditas mesmo que um profissional mandasse uma galheta a sério só para calar uma criança? E não sabes as histórias que se contam sobre coisas que não aconteceram?

                Comentário


                  Originalmente Colocado por HMartinho Ver Post
                  Ai sim?

                  Qual a diferença entre os pressupostos?
                  Simples.

                  Como pai, se tivesse um filho com estes comportamentos e com esta falta de respeito significava que não sabia dar educação, transmitir valores e como tal estava a falhar redondamente na educação do meu filho. Afinal, ter um filho mal-educado não é algo que agrade aos pais, digo eu. Quero dizer, a mim não me agradaria nada ter um filho assim.

                  Obviamente, um profissional de saúde tem de lidar com a má educação dos outros e deverá saber ignorar.

                  Ou seja, como pai, que foi aquilo que perguntaste, sentiria-me envergonhada. Lamento, apenas que a médica não tenha conseguido ignorar a situação, que deveria ter sido a atitude a tomar.

                  Comentário


                    Originalmente Colocado por Avant Ver Post
                    Mas quantas vezes é preciso dizer que aquilo não foi estalada nenhuma? E se fosse por estar a fazer birra e chamar filha da **** às pessoas (interessante saber como é que uma criança de 5 anos aprendeu isso, o meu mais novo tem essa idade e não sabe o que é ) a seguir a levar 2 tapas nos lábios levava uma palmada dada por mim e pedia desculpa à pessoa.

                    HMartinho tu trabalhas em saúde, acreditas mesmo que um profissional mandasse uma galheta a sério só para calar uma criança? E não sabes as histórias que se contam sobre coisas que não aconteceram?
                    Mesmo por estar em saúde, é que já nada me admira. Contam-se muitas histórias que não aconteceram? Certamente!

                    No entanto, má-educação, má-conduta, má-prática por parte de alguns, e reitero, alguns, profissionais de saúde, médicos e não só, existe. E existe muito mais do que se possa pensar. E só não são mais casos denunciados, porque muitos se passam dentro de 4 paredes, longe dos olhares de familiares, e os profissionais de saúde encobrem-se todos uns aos outros. Vais dizer que é mentira?

                    Já assisti a casos, não vale a pena contar o seu teor, porque seria, também, pouco ético e quebra de sigilo profissional, mas que se tivessem, efectivamente, acontecido com um familiar meu, não descansava enquanto os enfermeiros/médicos em causa, não fossem exercer a profissão para o Burkina Faso.

                    Quanto ao IPO, não tenho experiência no âmbito clínico, mas já por várias vezes aqui referi que o meu Pai está a ser lá tratado, e nunca tivemos razões de queixa! Simpatia e competência a nível 5 estrelas.

                    Quanto ao resto, ainda que tenham sido ligeiras tapas no lábio, não vejo onde possa ser considerado uma medida de adesão ao regime terapeutico. Pelo menos, em todas as cadeiras de psicologia, ética, comunicação e relação, fundamentos e psiquiatria, é ensinado precisamente o contrário.

                    Para finalizar este post, já fui ameaçado várias vezes de porrada. Já tive utentes que me espezinharam e insultaram com os nomes mais baixos que possas imaginar. Uns desorientados, outros, nem tanto. Não foi por isso que deixei de cuidar deles da mesma forma e, muito menos, desatei Às tapas com quem quer que fosse.

                    Deixemos o corporativismo de lado, e se exacerbar a atitude desta senhora (custa-me a chamar-lhe de médica, porque acho, muito sinceramente, um ultraje À nobre profissão de medicina) é uma falácia, ignorar toda a questão, além de falacioso, é de preocupar.

                    E digo isto porque, efectivamente, os bons Médicos/Profissionais de saúde (ambos são a maioria, felizmente), não o merecem.
                    Editado pela última vez por HMartinho; 28 February 2015, 11:23.

                    Comentário


                      Originalmente Colocado por HMartinho Ver Post
                      Mesmo por estar em saúde, é que já nada me admira. Contam-se muitas histórias que não aconteceram? Certamente!

                      No entanto, má-educação, má-conduta, má-prática por parte de alguns, e reitero, alguns, profissionais de saúde, médicos e não só, existe. E existe muito mais do que se possa pensar. E só não são mais casos denunciados, porque muitos se passam dentro de 4 paredes, longe dos olhares de familiares, e os profissionais de saúde encobrem-se todos uns aos outros. Vais dizer que é mentira?

                      Já assisti a casos, não vale a pena contar o seu teor, porque seria, também, pouco ético e quebra de sigilo profissional, mas que se tivessem, efectivamente, acontecido com um familiar meu, não descansava enquanto os enfermeiros/médicos em causa, não fossem exercer a profissão para o Burkina Faso.

                      Quanto ao IPO, não tenho experiência no âmbito clínico, mas já por várias vezes aqui referi que o meu Pai está a ser lá tratado, e nunca tivemos razões de queixa! Simpatia e competência a nível 5 estrelas.

                      Quanto ao resto, ainda que tenham sido ligeiras tapas no lábio, não vejo onde possa ser considerado uma medida de adesão ao regime terapeutico. Pelo menos, em todas as cadeiras de psicologia, ética, comunicação e relação, fundamentos e psiquiatria, é ensinado precisamente o contrário.

                      Para finalizar este post, já fui ameaçado várias vezes de porrada. Já tive utentes que me espezinharam e insultaram com os nomes mais baixos que possas imaginar. Uns desorientados, outros, nem tanto. Não foi por isso que deixei de cuidar deles da mesma forma e, muito menos, desatei Às tapas com quem quer que fosse.
                      Então e em que parte me viste defender que a médica fez bem?

                      Comentário


                        Originalmente Colocado por zMax Ver Post
                        Simples.

                        Como pai, se tivesse um filho com estes comportamentos e com esta falta de respeito significava que não sabia dar educação, transmitir valores e como tal estava a falhar redondamente na educação do meu filho. Afinal, ter um filho mal-educado não é algo que agrade aos pais, digo eu. Quero dizer, a mim não me agradaria nada ter um filho assim.

                        Obviamente, um profissional de saúde tem de lidar com a má educação dos outros e deverá saber ignorar.

                        Ou seja, como pai, que foi aquilo que perguntaste, sentiria-me envergonhada. Lamento, apenas que a médica não tenha conseguido ignorar a situação, que deveria ter sido a atitude a tomar.
                        Originalmente Colocado por Avant Ver Post
                        Então e em que parte me viste defender que a médica fez bem?
                        Ora foi precisamente aí que quis chegar.

                        Eu não referi que tinham referido.

                        Quis apenas dizer que, tentar passar um pano quente por cima da questão (ora relÊ alguns dos teus posts), também não é a atitude mais correcta a ter.

                        Falam que estamos a ficar americanizados, mas vocÊs tÊm a noção do que acontece a um profissional de saúde, nos EUA, que tenha uma conduta destas?

                        Eu nem queria chamar os EUA para a conversa, porque esse país, em termos de saúde, não é exemplo para ninguém. Foi apenas no seguimento da vossa conversa...

                        Comentário


                          Não é passar um pano, é dar às coisas a importância que elas têm.

                          Comentário


                            Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
                            Continuas a passar uma atestado de ignorância a ti mesmo. Ignorância daquilo que já foi dito e que ignoras propositadamente, pois tira o sensacionalista da coisa.

                            A criança ter cancro, para a situação, é irrelevante.

                            O procedimento já foi dito que era uma Ressonância Magnética, implicando obrigatoriamente que ele permanecesse deitado e quieto por um determinado período de tempo.

                            A presença da anestesiologista foi requerida para acautelar a necessidade de ter de se sedar ou submeter a criança a uma anestesia geral.

                            A criança poderia e deveria estar "assustado, fragilizado, ansioso, etc etc", mas a reação de se atirar para o chão da maca, levar soros atrás (correndo o risco perder a via), espernear, etc mostra mais birra que outra coisa. Já atendi centenas de crianças com os estados de espíritos descritos e as bem educadas simplesmente procuram o colo / conforto dos pais.

                            A estalada foi uma palmada na boca após ter-se dirigido à enfermeira e médica como put@s.

                            Portanto, todo o teu mediatismo cai por terra se lançarmos o seguinte título à CM: "Criança mimada e birrenta, a perturbar a tranquilidade do IPO e incomodar outros doentes, leva palmada na boca após insultar corpo clínico que o tentava assistir, enquanto os pais assistiam impávidos e seremos."
                            Todas as ressonancias magnéticas em crianças são feitas sob anestesia geral.

                            Não imagino nenhuma situação em que uma chapada tivesse lugar.

                            Um profissional de saúde que seja agredido pode defender-se.
                            Mas não pode agredir.
                            Ponto.

                            Pode ser um bêbado.
                            Pode ser um paciente com um surto psicótico.

                            A única coisa que podem aplicar são medidas de contenção quando a agressividade é um perigo para o próprio.

                            A mim podem chamar-me que quer que seja, podem cuspir-me. Nunca irei entrar em agressão. Perderia toda a razão.

                            Comentário


                              Originalmente Colocado por HMartinho Ver Post
                              Volto a fazer a questão:

                              Permitias que desse um estalo a um filho teu, para o poder puncionar? Entubar?
                              1º - Certamente que eu me antecipava ao estalo e teria alguma atitude. Inclusive, caso visse necessidade, eu própria daria uma tapa no garoto para quebrar o ciclo de histerismo.

                              2º - Muitas vezes estas situações demoram meia dúzia de segundos a passar de um situação normal para um "teatro de guerra". Se por acaso eu assistisse a um filho meu a atirar-se para o chão da maca, levando consigo os soros atrás (com os riscos que tu bem sabes que existem), a espernear no chão e a tentar morder e pontapear o pessoal clínico (como parece que foi o caso), proferindo palavras insultuosas como chamar-te filho da ****, podes ter a certeza que até te ficaria agradecido de lhe teres dado um tapa na boca (algo diferente da ideia de agressão bárbara que tentam aqui passar). Posteriormente eu próprio te pediria desculpas pela sua atitude.

                              3º - Não confundas as situações que referes com o que se passou. Estando tu em saúde até te fica mal.

                              Uma RM é uma atitude inócua que só necessita que a pessoa em questão fique quieta. Caso esta premissa não seja possível não existe alternativa que não a sedação / anestesia geral (dependo do caso), algo que tem riscos enormes quanto falamos de crianças, os quais são 1000x maiores quando estamos fora de um bloco operatório / unidade de cuidados intensivos. Não é por acaso que normalmente existe uma diferenciação e especialização nas equipas alocadas aos sectores pediátricos.

                              Puncionar é uma atitude tudo menos inócua, apenas feita quando existe uma necessidade clara e justificável. Já para não falar que para o fazeres nem precisas da colaboração da criança, embora esta seja sempre uma mais valia. Quantas vezes não vez miúdos a serem embrulhados e imobilizados em lençóis à força (sim, porque essas aranhas e semelhantes sistema de retenção deixam bastante a desejar) ficando apenas o antebraço de fora.

                              Já o exemplo da entubação é de bradar aos céus. Tens noção da barbaridade que acabaste de dizer ? Achas que é um exemplo sério e honesto ? Portanto, num fórum de leitura pública acabaste de passar a ideia que existe viabilidade em entubar crianças conscientes, podendo ou não usar-se uma palmada na boca como recurso (com as respetivas críticas associadas) para elas se acalmarem e permitirem a atitude terapêutica.

                              Aviso público - ninguém é entubado consciente, expecto em situações muito específicas, com o recurso a fibroscopia, nos quais as pessoas no mínimo são sedadas com algum fármaco hipnótico e com componente amnésica. Falando especificamente da população pediátrica, normalmente recorre-se à indução inalatória (por gases), sendo que para o efeito até é vantajoso que haja berreiro, pois é da maneira que o fármaco atuará mais rápido. Mais uma vez a técnica do lençol pode fazer milagres.

                              Portanto, enquanto as aranhas, lençóis etc, funcionam para a grande maioria das procedimentos, nos quais a criança precisa de estar imobilizada, nenhum deles é eficaz quando falamos exames imagiológicos, uma vez que permitem sempre algum movimento. Isto leva a que haja sobreposição e arrastamento da aquisição das imagens, inviabilizando a sua posterior análise e interpretação.

                              Resumindo, para uma TC, RM, etc, ou a pessoa está consciente e imóvel por vontade própria ou terá de ser sedada para o efeito. Caso se opte pela segunda opção, são precisas estarem reunidas todas as condições para ser feito em segurança, algo que é bastante discutível quando falamos em cenários fora de blocos operatórios ou unidades equiparadas, o que claramente não é o caso de nenhum Serviço de Imagiologia que conheça.

                              Comentário


                                Originalmente Colocado por danger Ver Post
                                Estou curioso para saber como é enquadrada nestas cadeiras a estalada na boca em caso de miúdos que esperneiam e chamam de put* ao profissional de saúde. Podes esclarecer?
                                Existe um projeto em Portugal que dá formação especificamente para Anestesistas, e que tem uma componente de comunicação em anestesia.

                                Claro que provavelmente esta Anestesista nunca teve a sorte de poder ser formada nesses moldes.

                                Comentário


                                  Originalmente Colocado por danger Ver Post
                                  Ridículo é um médico querer encobrir o erro de outro médico, mesmo sabendo que o que está a encobrir esta errado.
                                  Pelo menos há que admitir que são Unidos.
                                  Já estão a misturar alhos com bugalhos.

                                  Não é erro médico.

                                  É agressão.

                                  Se não chamarem o nome correto as coisas ninguém consegue discutir isto de forma construtiva.

                                  Comentário


                                    Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post

                                    Uma RM é uma atitude inócua que só necessita que a pessoa em questão fique quieta. Caso esta premissa não seja possível não existe alternativa que não a sedação / anestesia geral (dependo do caso), algo que tem riscos enormes quanto falamos de crianças, os quais são 1000x maiores quando estamos fora de um bloco operatório / unidade de cuidados intensivos. Não é por acaso que normalmente existe uma diferenciação e especialização nas equipas alocadas aos sectores pediátricos.

                                    Puncionar é uma atitude tudo menos inócua, apenas feita quando existe uma necessidade clara e justificável. Já para não falar que para o fazeres nem precisas da colaboração da criança, embora esta seja sempre uma mais valia. Quantas vezes não vez miúdos a serem embrulhados e imobilizados em lençóis à força (sim, porque essas aranhas e semelhantes sistema de retenção deixam bastante a desejar) ficando apenas o antebraço de fora.

                                    Já o exemplo da entubação é de bradar aos céus. Tens noção da barbaridade que acabaste de dizer ? Achas que é um exemplo sério e honesto ? Portanto, num fórum de leitura pública acabaste de passar a ideia que existe viabilidade em entubar crianças conscientes, podendo ou não usar-se uma palmada na boca como recurso (com as respetivas críticas associadas) para elas se acalmarem e permitirem a atitude terapêutica.

                                    Aviso público - ninguém é entubado consciente, expecto em situações muito específicas, com o recurso a fibroscopia, nos quais as pessoas no mínimo são sedadas com algum fármaco hipnótico e com componente amnésica. Falando especificamente da população pediátrica, normalmente recorre-se à indução inalatória (por gases), sendo que para o efeito até é vantajoso que haja berreiro, pois é da maneira que o fármaco atuará mais rápido. Mais uma vez a técnica do lençol pode fazer milagres.
                                    Sublinho e subscrevo a maior parte deste post.

                                    Que fique muito bem sublinhado que executar entubação sem anestesia é bem mais grave do que dar estalada.
                                    Esta afirmação ó pode ser dita por alguém sem conhecimentos técnicos. É má prática.

                                    RElativamente à discussão técnica, todo este procedimento é feito de uma forma controlada com uma indução inalatória com a presença dos pais.Logo que a criança fica inconsciente os pais saem do local e de seguida é puncionada. É assim que este procedimento é feito. DE forma calma controlada, mesmo que a maior parte das vezes sob protesto da criança. Com a colaboração dos pais tudo é possível.

                                    Relativamente à segurança em anestesia em locais remotos, todos os serviços têm os procedimentos protocolados. Ou têm de ter. E existe a diferenciação das equipas e a necessidade de equipamento adequado. Os locais que conheço trabalham em segurança, porventura alguns existirão onde isso não acontece, mas não conheço nenhum.
                                    Editado pela última vez por Lipuro; 28 February 2015, 12:24.

                                    Comentário


                                      Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
                                      1º - Certamente que eu me antecipava ao estalo e teria alguma atitude. Inclusive, caso visse necessidade, eu própria daria uma tapa no garoto para quebrar o ciclo de histerismo.

                                      2º - Muitas vezes estas situações demoram meia dúzia de segundos a passar de um situação normal para um "teatro de guerra". Se por acaso eu assistisse a um filho meu a atirar-se para o chão da maca, levando consigo os soros atrás (com os riscos que tu bem sabes que existem), a espernear no chão e a tentar morder e pontapear o pessoal clínico (como parece que foi o caso), proferindo palavras insultuosas como chamar-te filho da ****, podes ter a certeza que até te ficaria agradecido de lhe teres dado um tapa na boca (algo diferente da ideia de agressão bárbara que tentam aqui passar). Posteriormente eu próprio te pediria desculpas pela sua atitude.

                                      3º - Não confundas as situações que referes com o que se passou. Estando tu em saúde até te fica mal.

                                      Uma RM é uma atitude inócua que só necessita que a pessoa em questão fique quieta. Caso esta premissa não seja possível não existe alternativa que não a sedação / anestesia geral (dependo do caso), algo que tem riscos enormes quanto falamos de crianças, os quais são 1000x maiores quando estamos fora de um bloco operatório / unidade de cuidados intensivos. Não é por acaso que normalmente existe uma diferenciação e especialização nas equipas alocadas aos sectores pediátricos.

                                      Puncionar é uma atitude tudo menos inócua, apenas feita quando existe uma necessidade clara e justificável. Já para não falar que para o fazeres nem precisas da colaboração da criança, embora esta seja sempre uma mais valia. Quantas vezes não vez miúdos a serem embrulhados e imobilizados em lençóis à força (sim, porque essas aranhas e semelhantes sistema de retenção deixam bastante a desejar) ficando apenas o antebraço de fora.

                                      Já o exemplo da entubação é de bradar aos céus. Tens noção da barbaridade que acabaste de dizer ? Achas que é um exemplo sério e honesto ? Portanto, num fórum de leitura pública acabaste de passar a ideia que existe viabilidade em entubar crianças conscientes, podendo ou não usar-se uma palmada na boca como recurso (com as respetivas críticas associadas) para elas se acalmarem e permitirem a atitude terapêutica.

                                      Aviso público - ninguém é entubado consciente, expecto em situações muito específicas, com o recurso a fibroscopia, nos quais as pessoas no mínimo são sedadas com algum fármaco hipnótico e com componente amnésica. Falando especificamente da população pediátrica, normalmente recorre-se à indução inalatória (por gases), sendo que para o efeito até é vantajoso que haja berreiro, pois é da maneira que o fármaco atuará mais rápido. Mais uma vez a técnica do lençol pode fazer milagres.

                                      Portanto, enquanto as aranhas, lençóis etc, funcionam para a grande maioria das procedimentos, nos quais a criança precisa de estar imobilizada, nenhum deles é eficaz quando falamos exames imagiológicos, uma vez que permitem sempre algum movimento. Isto leva a que haja sobreposição e arrastamento da aquisição das imagens, inviabilizando a sua posterior análise e interpretação.

                                      Resumindo, para uma TC, RM, etc, ou a pessoa está consciente e imóvel por vontade própria ou terá de ser sedada para o efeito. Caso se opte pela segunda opção, são precisas estarem reunidas todas as condições para ser feito em segurança, algo que é bastante discutível quando falamos em cenários fora de blocos operatórios ou unidades equiparadas, o que claramente não é o caso de nenhum Serviço de Imagiologia que conheça.
                                      Hã???

                                      Tu recorres a uma fibroscopia para realizar uma entubação nasogástrica? Corriqueiramente, que seja?

                                      Obviamente que não me estava a referir À entubação orotraqueal, porque esta, não é competencia minha, mas sim médica.

                                      Edit: Quanto À tentativa de tentar passar a ideia que se usa, de forma viável, a chapada como medida terapeutica, nem vou comentar, porque estava claramente a ser irónico quanto a isso. Ou melhor, a tentar ironizar o facto de haver aqui (mesmo não pessoas ligadas
                                      À saúde, que corroboram essa teoria).

                                      Se não tens a capacidade cognitiva de perceber isso, problema teu. Não meu.
                                      Editado pela última vez por HMartinho; 28 February 2015, 12:46.

                                      Comentário


                                        Originalmente Colocado por Lipuro Ver Post
                                        Todas as ressonancias magnéticas em crianças são feitas sob anestesia geral.

                                        Não imagino nenhuma situação em que uma chapada tivesse lugar.

                                        Um profissional de saúde que seja agredido pode defender-se.
                                        Mas não pode agredir.
                                        Ponto.

                                        Pode ser um bêbado.
                                        Pode ser um paciente com um surto psicótico.

                                        A única coisa que podem aplicar são medidas de contenção quando a agressividade é um perigo para o próprio.

                                        A mim podem chamar-me que quer que seja, podem cuspir-me. Nunca irei entrar em agressão. Perderia toda a razão.
                                        Não são todas, depende da RM, da idade da criança e do seu comportamento. É diferente uma RM de 20m (por exemplo um joelho) ou de 1.30h. Uma criança de 3 anos ou de 10.

                                        E quando necessária algum tipo de depressão da consciência, nem sempre é obrigatório ou exequível que seja anestesia geral (seja ela inalatória, endovenosa ou balanceada, já que a dissociativa aqui não costuma ter lugar), optando-se nestas situações por sedação consciente e analgesia (se necessária). Não é brincadeira nenhuma tirares ao doente a capacidade de respirar por si mesmo ou andares com ele em cima desse limbo, nomeadamente quando não podes estar ao lado do doente e tens de o ver e monitorizar na sala ao lado através de um monitor.



                                        Quanto ao resto tens toda a razão. É unânime que a médica errou e terá de responder por isso. Agora cada um está no seu direito de lhe dar a gravidade que acha que merece e atender as atenuantes que poderá ou não ter.

                                        Comentário


                                          O mundo real é tão diferente daquele que vem nos livros ou nos é transmitido nas salas de aulas..
                                          É claro que a médica agiu muito mal, mas há tantas mas tantas coisas bem piores com que as pessoas se deviam preocupar em vez de crucificar a médica em questão.. Até porque ela própria deve ter tido a consciência do ato e se deve ter arrependido. A criança partiu o maxilar ao levar a estalada? Ninguém lá estava mas a ideia que dão é que a mulher espancou uma criança..

                                          Se calhar serve bem mais para reflexão sobre descanso obrigatório , excesso de carga de trabalho, necessidade de aumentar formação específica em psicologia/comunicação/relações interpessoais em todos os profissionais de saúde,etc

                                          Comentário


                                            Toda a gente (medicos) vem aqui falar dos atenuantes da médica e da má educação do miúdo canceroso.

                                            Entao e os atenuantes do miúdo? Estaria o miúdo em burnout? Estará o miúdo a passar por circunstâncias stressantes que desculpem o comportamento errático?

                                            Tenham juízo e vergonha.
                                            Editado pela última vez por danger; 28 February 2015, 13:11.

                                            Comentário


                                              Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
                                              Não são todas, depende da RM, da idade da criança e do seu comportamento. É diferente uma RM de 20m (por exemplo um joelho) ou de 1.30h. Uma criança de 3 anos ou de 10.

                                              E quando necessária algum tipo de depressão da consciência, nem sempre é obrigatório ou exequível que seja anestesia geral (seja ela inalatória, endovenosa ou balanceada, já que a dissociativa aqui não costuma ter lugar), optando-se nestas situações por sedação consciente e analgesia (se necessária). Não é brincadeira nenhuma tirares ao doente a capacidade de respirar por si mesmo ou andares com ele em cima desse limbo, nomeadamente quando não podes estar ao lado do doente e tens de o ver e monitorizar na sala ao lado através de um monitor.



                                              Quanto ao resto tens toda a razão. É unânime que a médica errou e terá de responder por isso. Agora cada um está no seu direito de lhe dar a gravidade que acha que merece e atender as atenuantes que poderá ou não ter.
                                              Em todas as salas de ressonaria magnetica tens ventiladores.
                                              E tens as camaras de video, e o monitor.
                                              E algumas tu podes entrar que a sequência não para.

                                              E no dominar e controlar o limbo é que está o segredo.

                                              Comentário


                                                Que tempestade...a médica errou e deve ser sancionada na proporção do erro. Que na minha opinião passaria por uma advertência por parte da Ordem, por exemplo.

                                                E não mais que isto. É que nem percebo tanta celeuma em torno da questão. Só se for por ser um tema que, com parangonas sensacionalistas, desperta paixões.

                                                Como disse um user, há mais coisas e muito mais importantes com que possam indignar.

                                                Reclamem por terem de esperar tempo a mais nas urgências, nas consultas programadas de especialidade, por em alguns casos nem MdF terem, e por aí fora.

                                                Mas reclamem bem. Escrevam no livro. Enviem carta ao Ministério. Façam o que quiserem.

                                                Mas deixem-se de tretas sensacionalistas.

                                                Comentário


                                                  Originalmente Colocado por danger Ver Post
                                                  Toda a gente (medicos) vem aqui falar dos atenuantes da médica e da má educação do miúdo canceroso.

                                                  Entao e os atenuantes do miúdo? Estaria o miúdo em burnout? Terá o miúdo a passar por circunstâncias stressantes que desculpem o comportamento do puto?

                                                  Desculpa mas não vi aqui médicos a defenderem a médica.
                                                  Eu não estou a defender.

                                                  Comentário


                                                    Originalmente Colocado por Lipuro Ver Post
                                                    Desculpa mas não vi aqui médicos a defenderem a médica.
                                                    Eu não estou a defender.
                                                    Olha que eu vi. O que eu não vi foi um único médico a desculpabilizar o comportamento do miúdo, a contextualizar o comportamento do miúdo, não vi nenhum. Toda a gente a tratar o miúdo como um número que tem mais é que se comportar como melhor convém ao profissional.

                                                    Comentário


                                                      Originalmente Colocado por sgarcsa Ver Post
                                                      O mundo real é tão diferente daquele que vem nos livros ou nos é transmitido nas salas de aulas..
                                                      É claro que a médica agiu muito mal, mas há tantas mas tantas coisas bem piores com que as pessoas se deviam preocupar em vez de crucificar a médica em questão.. Até porque ela própria deve ter tido a consciência do ato e se deve ter arrependido. A criança partiu o maxilar ao levar a estalada? Ninguém lá estava mas a ideia que dão é que a mulher espancou uma criança..

                                                      Se calhar serve bem mais para reflexão sobre descanso obrigatório , excesso de carga de trabalho, necessidade de aumentar formação específica em psicologia/comunicação/relações interpessoais em todos os profissionais de saúde,etc
                                                      Quem é que referiu que ela a espancou? Onde viste isso escrito?

                                                      Fazemos o exercício ao contrário:

                                                      Um utente que se "passe" ou não goste da atitude de um médico, enfermeiro, auxiliar, fisioterapeuta, etc, também tem desculpa de partir para a estalada?

                                                      Pena não me ter lembrado disso quando era utente da energúmena da minha ex médica de família...
                                                      Editado pela última vez por HMartinho; 28 February 2015, 13:21.

                                                      Comentário


                                                        Originalmente Colocado por HMartinho Ver Post
                                                        Quem é que referiu que ela a espancou? Onde viste isso escrito?

                                                        Fazemos o exercício ao contrário:

                                                        Um utente que se "passe" ou não goste da atitude de um médico, enfermeiro, auxiliar, fisioterapeuta, etc, também tem desculpa de partir para a estalada?

                                                        Pena não me ter lembrado disso quando era utente da energúmena da minha ex médica de família...
                                                        Ninguém aqui defende a médica, pelo menos no ato que fez à criança.

                                                        Eu sou profissional de saude e pai, e se o meu filho se estivesse a comportar indevidamente e a complicar a vida dos profissionais que o estão a tratar, eu era o primeiro a acalmá-lo e pediria desculpa pelo meu filho. É claro que se a médica sem nenhuma razão lhe desse uma estalada era obvio que não me calaria..

                                                        A quantidade de profissionais de saúde que já foram agredidos ou alvo de tentativas de agressão por parte de utentes mais ou menos confusos e não lhes aconteceu rigorosamente nada, sabes porquê ? Eram doentes. Estão desculpados?

                                                        Uma vez no serviço onde trabalhei, entre um homem todo bebado, descontrolado à procura do médico que tinha operado a mae e tinha corrido mal. Agarrou-se ao primeiro que viu e encostou-o à parede para a seguir lhe tentar dar... Tivemos que o agarrar e tentar controlar, depois de explicar que aquele médico não era o que tinha operado a mãe, nem era sequer do serviço..estava no sitio errado à hora errada.. Que grande susto apanhou..

                                                        O que aconteceu ao homem? Veio a notícia para o jornal? A quantidade de agressões a profissionais ainda há pouco veio a publico, alguma noticia surgiu em particular? Não me lembro. Pois, nós temos que levar e calar. Há tanta coisa mais importante que a educação duma médica..

                                                        Comentário


                                                          Onde é que os médicos apreendem a ter este espírito de união? Em vez de defender o doente defendem o agressor, apenas porque é outro médico porque se fosse um maqueiro ou um auxiliar eram os primeiros a denunciar e a crucificar.

                                                          Comentário


                                                            Originalmente Colocado por danger Ver Post
                                                            Onde é que os médicos apreendem a ter este espírito de união? Em vez de defender o doente defendem o agressor, apenas porque é outro médico porque se fosse um maqueiro ou um auxiliar eram os primeiros a denunciar e a crucificar.
                                                            Que se note, eu não sou médico.

                                                            Apenas não gosto muito de sensacionalismos que encobrem problemas muito maiores que este. Só é pena é que as pessoas não o percebam.

                                                            Custa muito menos fazer rolar a cabeça da médica que perceber o que leva a profissionais de saúde a cometer este tipo de loucuras..

                                                            Mas isso ninguém quer saber, afinal esse tipo de notícias não aparece no CM..

                                                            Comentário


                                                              Originalmente Colocado por danger Ver Post
                                                              Onde é que os médicos apreendem a ter este espírito de união? Em vez de defender o doente defendem o agressor, apenas porque é outro médico porque se fosse um maqueiro ou um auxiliar eram os primeiros a denunciar e a crucificar.
                                                              Quando alguém pensa que não podes descer mais baixo lá surgem novas considerações estereotipadas ainda mais degradantes.

                                                              Mas pronto, de acordo com a tua localização, isto para ti é realmente o faroeste.

                                                              Pena é que os tiros saiam todos ao lado, pois a ânsia é tanta que estás longe da acutilância que desejarias.

                                                              Este tópico já teve bem mais enfermeiros a realçar que se está a fazer uma tempestade num copo de água, sem nenhum defender o ato, como tanto gostas de querer fazer parecer, que médicos. Até pessoas que nada têm a ver com a saúde já aqui vieram partilhar esta mesma opinião.

                                                              Da mesma forma que, habilmente, não reconheces também outros transferiram a situação para professores, forças da autoridade e outras classes cujo dia a dia poderá envolver o contacto com crianças e adolescentes.

                                                              Mas o que dá audiência e likes são os post onde gostas de meter tudo no mesmo saco e criar a ideia de cooperativismo entre pares.

                                                              Enfim, nisto do mal dizer nada bate a mesquinhez lusitana, só muda o terreno de jogo. Começa nas cores partidárias e só termina no futebol. Um dia são professores, no outro os polícias, depois os pilotos, médicos, enfermeiros, patrões, etc.

                                                              Não posso no entanto deixar de achar curioso o timing de tantas notícias e a propaganda, perdão, propagação que estas têm nas redes sociais, existindo sempre alguém que não deixa as brasas arrefecerem e que torna temáticas à partida insuspeitas, numa batalha contra toda uma classe ou grupo, qual multidão em fúria munidos de forquilhas a bater à porta das "bruxas".

                                                              Comentário

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