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Cancro: "Uma planta ... consegue matar até 98% de células cancerígenas" - FAKE
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Originalmente Colocado por Sweden Ver PostAi o jornalismo científico em Portugal.... que miséria. Respeito muito o trabalho desses investigadores, mas então a nova terapia contra o cancro é publicada numa revista científica que nunca ninguém ouviu falar e de impacto baixíssimo? Mania de empolar as coisas para causar espanto na opinião pública. É como os tipos que há uns dias diziam ter controlado um drone com a mente...
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Originalmente Colocado por Sweden Ver PostAi o jornalismo científico em Portugal.... que miséria. Respeito muito o trabalho desses investigadores, mas então a nova terapia contra o cancro é publicada numa revista científica que nunca ninguém ouviu falar e de impacto baixíssimo? Mania de empolar as coisas para causar espanto na opinião pública. É como os tipos que há uns dias diziam ter controlado um drone com a mente...
2014 I.F. (Expected) ≥ 3.225Ranked #30/202 Oncology
Não é assim tão desconhecida....
Claro que não é high impact factor.... mas mostra-me o teu caixote de lixo... lol
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PeLeve foi uma clarissíma argolada com a abertura deste topico, e depois estás à espera que venham credenciados darem-te razão? Dás améns a quem concorda contigo, os outros ja têm que provar que é fraude? E tu o que sabes disto? Como eu, ZERO !!!
Ninguém aqui é cientista para perceber como sequer funciona a fotossintese quanto mais a cura para o cancro, daí este tipo de topico não ter razão de existir.
Ps: por acaso ja ouviste falar na planta Aloé Vera e nos seus beneficios contra o cancro? Não??? Ok, no teu pc/tabuleta/smartphone (tudo ambiente Windows) googla por "aloé vera cancro" e ficarás surpreso.Editado pela última vez por PugGT; 08 March 2015, 00:54.
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Originalmente Colocado por Lipuro Ver Post2013 Impact Factor: 2.773
2014 I.F. (Expected) ≥ 3.225Ranked #30/202 Oncology
Não é assim tão desconhecida....
Claro que não é high impact factor.... mas mostra-me o teu caixote de lixo... lol
Been there, done that.
E sim, um factor de impacto superior a 2, é bastante bom em qualquer parte do mundo.
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Originalmente Colocado por Avant Ver PostOs cientistas portugueses têm alguma dificuldade em publicar nas revistas de topo. Se um trabalho muito inferior, mas de um serviço internacional conhecido, e que leve um último nome de um peso pesado da coisa, e que se calhar até é do corpo editorial da revista, for submetido, é publicado mais facilmente.
Been there, done that.
E sim, um factor de impacto superior a 2, é bastante bom em qualquer parte do mundo.
Been there, done that, as well...
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Voltando ao tema e respondendo ao PeLeve:
Há n exemplos de uso de plantas na medicina. Começando pela aspirina... no tratamento do cancro, algumas substâncias foram descobertas nas plantas, como por exemplo a vimblastina, que é um alcaloide vegetal, e que inibe o fuso mitótico das células (impedindo a multiplicação rápida, característica das células cancerígenas).
Agora tudo o que "notícia" destas na internet, garanto-te que 99,9% são inventadas, ou pelo menos altamente distorcidas (a boa mentira tem sempre um fundo de verdade), com um objectivo muito simples: levar as pessoas a clicar, a por likes, em páginas que lucram com publicidade e funcionam à base de click-baits...
Indo à notícia em si: começam sempre da mesma maneira: um nome qualquer de um cientista estrangeiro, preferencialmente americano, com "estudos" em universidades americanas.
Indo à pubmed, uma das maiores bases de dados de artigos científicos médicos, podes ver que o dito cujo não tem um único artigo publicado:
No items found - PubMed - NCBI
Começa logo a cheirar mal.
Agora o fundo de verdade está lá, de facto existem alguns pequenos estudos in-vitro (e parece-me que um in vivo, que faz questão de salientar o intervalo terapêutico muito estreito) acerca de derivados da tal Momordica charantia com células neoplásicas
Momordica charantia cancer - PubMed - NCBI
Como toda a ciência de um modo geral, o avanço faz-se em pequeníssimos passos incrementais, e muito, muito raramente com um break-through. É interessante a descoberta de novas substâncias com potencial actividade anti-neoplásica, mas a tradução em termos práticos é provavelmente nula ou perto disso.
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Originalmente Colocado por Sweden Ver PostNão concordo. Tenho vários amigos investigadores que publicam em revistas de topo. Ainda há umas semanas um grupo português publicou um artigo na Cell (e estão em Portugal) e está para sair outro também na Cell de autores portugueses. Assim de repente lembro-me de pelo menos 2 Nature e um Science publicados no último ano. Tudo feito em Portugal. E também não concordo que 2 seja um bom factor de impacto. Acho mesmo que é bastante mau. Principalmente numa área como a Oncologia em que o impacto é superior.
Been there, done that, as well...
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Originalmente Colocado por Avant Ver PostSe a matéria for muito boa, também se consegue publicar, e temos vários exemplos disso. Onde eu quero chegar é que muitas vezes (pelo menos no campo das revistas médicas) saem artigos em revistas de topo, que se o mesmo artigo fosse submetido por autores portugueses, de uma instituição portuguesa, seria logo rejeitado.
Ainda em relação ao impacto, um factor de 2 indica que, em média, os papers daquela revista atraem 2 citações por ano. Como não se excluem self-citations, é bastante provável que muitas dessas citações sejam dos próprios autores em trabalhos seguintes. Logo o interesse que o artigo despertou na comunidade foi bastante reduzido. Em áreas mais "fashion" com uma comunidade científica enorme, como a oncologia, facilmente se atingem factores de impacto a rondar os 8-10, que eu já considero muito bons.
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Originalmente Colocado por Avant Ver PostVoltando ao tema e respondendo ao PeLeve:
Há n exemplos de uso de plantas na medicina. Começando pela aspirina... no tratamento do cancro, algumas substâncias foram descobertas nas plantas, como por exemplo a vimblastina, que é um alcaloide vegetal, e que inibe o fuso mitótico das células (impedindo a multiplicação rápida, característica das células cancerígenas).
Agora tudo o que "notícia" destas na internet, garanto-te que 99,9% são inventadas, ou pelo menos altamente distorcidas (a boa mentira tem sempre um fundo de verdade), com um objectivo muito simples: levar as pessoas a clicar, a por likes, em páginas que lucram com publicidade e funcionam à base de click-baits...
Indo à notícia em si: começam sempre da mesma maneira: um nome qualquer de um cientista estrangeiro, preferencialmente americano, com "estudos" em universidades americanas.
Indo à pubmed, uma das maiores bases de dados de artigos científicos médicos, podes ver que o dito cujo não tem um único artigo publicado:
No items found - PubMed - NCBI
Começa logo a cheirar mal.
Agora o fundo de verdade está lá, de facto existem alguns pequenos estudos in-vitro (e parece-me que um in vivo, que faz questão de salientar o intervalo terapêutico muito estreito) acerca de derivados da tal Momordica charantia com células neoplásicas
Momordica charantia cancer - PubMed - NCBI
Como toda a ciência de um modo geral, o avanço faz-se em pequeníssimos passos incrementais, e muito, muito raramente com um break-through. É interessante a descoberta de novas substâncias com potencial actividade anti-neoplásica, mas a tradução em termos práticos é provavelmente nula ou perto disso.
Era este tipo de explicação que pedi com a criação deste tópico e espero que ela surja profusas vezes a todos os que, como eu, procurem por essa net fora mais esclarecimento sobre o tema. Deste modo, googlar sobre esta alegada planta milagrosa já conduz, também, a um concludente, e suficientemente esclarecedor, resultado no FAHO. E era também isso que se pretendia!
Obrigado.
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Bem as vossas opiniões sobre o artigo em questão não me convenceram de uma forma geral. Como também não me convence tudo o que aparece na net (aliás neste momento dúvido de toda essa m€rda que por aí aparece!) ou me é enviado por email. Esperava uma explicação mais científica de todos os que opinaram que era fake. Mas "prontos"...
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Originalmente Colocado por PeLeve Ver PostDeste modo, googlar sobre esta alegada planta milagrosa já conduz, também, a um concludente, e suficientemente esclarecedor, resultado no FAHO. E era também isso que se pretendia!
Ps: não me respondeste sobre o Aloé Vera que essa sim tem dado que falar.
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[QUOTE=Sweden;1068402004]Isso eu concordo completamente e senti-o na pele...[/
QUOTE]
Sim, era exactamente isso que eu queria dizer.
Ainda em relação ao impacto, um factor de 2 indica que, em média, os papers daquela revista atraem 2 citações por ano. Como não se excluem self-citations, é bastante provável que muitas dessas citações sejam dos próprios autores em trabalhos seguintes. Logo o interesse que o artigo despertou na comunidade foi bastante reduzido. Em áreas mais "fashion" com uma comunidade científica enorme, como a oncologia, facilmente se atingem factores de impacto a rondar os 8-10, que eu já considero muito bons.
Publiquei vários artigos derivados da minha tese e quando conseguia que fossem aceites em revistas com IF > 2 já ficava todo contente... apesar de todos os meses sairem artigos na Hepatology e no Journal of Hepatology que, no meu enterder, não são superiores, mas lá fiz o meu calvário de submissão às mais conceituadas e ir baixando a fasquia à medida que eram recusados.
Mas também tive uma história gira: recusaram-me um artigo na Acta Médica Portuguesa (Indexada com um fantástico IF de 0.09 ou coisa que o valha), que mandei para lá porque queria um artigo da tese publicado numa revista portuguesa. A seguir traduzi-o para inglês e foi aceite no Scandinavian Journal of Gastroenterolgy com um IF perto de 3...
Até nas guerrinhas internas somos autodestrutivos, e acabei por publicar tudo em revistas estrangeiras.
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Originalmente Colocado por PugGT Ver PostQueres é aparecer então .
Ps: não me respondeste sobre o Aloé Vera que essa sim tem dado que falar.
Quanto à Aloé Vera não é novidade alguma para mim até porque é conhecida há milhares de anos e tem sido utilizada das mais variadas formas, em cremes diversos, champô, bebida, complemento alimentar, etc. Mas mesmo esta planta não é consensual e foi mesmo proibida a sua utilização integrada em bebidas e alimentos em alguns países!
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Originalmente Colocado por Avant Ver Post...
Mas também tive uma história gira: recusaram-me um artigo na Acta Médica Portuguesa (Indexada com um fantástico IF de 0.09 ou coisa que o valha), que mandei para lá porque queria um artigo da tese publicado numa revista portuguesa. A seguir traduzi-o para inglês e foi aceite no Scandinavian Journal of Gastroenterolgy com um IF perto de 3...
Até nas guerrinhas internas somos autodestrutivos, e acabei por publicar tudo em revistas estrangeiras.
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Originalmente Colocado por Jagudi Ver PostBem as vossas opiniões sobre o artigo em questão não me convenceram de uma forma geral. Como também não me convence tudo o que aparece na net (aliás neste momento dúvido de toda essa m€rda que por aí aparece!) ou me é enviado por email. Esperava uma explicação mais científica de todos os que opinaram que era fake. Mas "prontos"...
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Originalmente Colocado por Avant Ver PostTem paciência e lê os artigos todo que coloquei no 2o link. Não dá para ser muito mais científico do que isso...
Repara que na tua resposta "Voltando ao tema e respondendo ao PeLeve:" eu até dei um like. Porquê? Pareceu-me a mais objectiva e com algum conhecimento.
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