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É sustentável o Estado continuar a financiar os partidos políticos?

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    #91
    "“Uma das invenções mais estúpidas que a Assembleia da República fez nos últimos anos”. Quem o disse foi António Costa, antes de ser primeiro-ministro e antes de ser secretário-geral do PS, a propósito da criação de debates quinzenais. Era autarca de Lisboa e comentador no programa da SIC Notícias Quadratura do Círculo. Segundo argumentava Costa, num raciocínio que continua a manter, os debates de 15 em 15 dias “são coreografados para serem um duelo entre matadores”, “quem faz essas coreografias ou é o primeiro-ministro que mata o interpelante líder da oposição, ou é o interpelante líder da oposição ou é ainda algum dos outros líderes que matam o primeiro-ministro” e “isto só serve para a deterioração cada vez mais acentuada das relações entre os principais actores políticos”.

    “A democracia e os consensos não se conseguem com duelos”, acrescentava na altura, sobre uma alteração introduzida durante o primeiro Governo de José Sócrates que encarregou o então deputado do PS, António José Seguro, de promover uma revisão das regras parlamentares

    Os debates, que eram mensais, passaram a quinzenais e os partidos passaram a ter menos tempo para intervir mas com a possibilidade de guardar tempo para fazer réplicas ao primeiro-ministro. Foi a partir dessa altura que Paulo Portas, então líder do CDS, começou a fazer perguntas de 15 segundos ao primeiro-ministro para poder disparar várias vezes. Antes disso, as perguntas dos deputados sucediam-se como se fossem meros discursos em paralelo.

    Sim, é certo que este novo modelo que tem mais de dez anos torna mais vivos os debates e aumenta o risco de crispação, uma vez que permite o pingue-pongue. Mas foi inaugurado com um Governo de maioria absoluta, resistiu a maiorias relativas e a nova maioria absoluta, desta vez de direita, e ainda a um Governo com um inédito apoio parlamentar.

    Eis que é agora, quando os pequenos partidos reclamaram com razão o direito a intervir nessas “coreografias” quinzenais, que o PS, pela voz do senador Carlos César, sugere que o primeiro-ministro só faça um debate por mês como antigamente.

    E não é que o PSD de Rui Rio acha isto uma muito boa ideia? “Sinceramente, eu penso que [debate quinzenal] é uma perda de tempo, a não ser que o Governo não precise de tanto tempo para governar e precise de mais tempo para estar presente na Assembleia”, apoiou o vice-presidente, David Justino, no programa de comentário político com Carlos César na TSF.

    Mais: o socialista chegou a revelar que isso já anda a ser negociado nos bastidores com Rui Rio e outros líderes partidários: “A nossa ideia, que, aliás, no passado já foi conversada com o líder do PSD, entre outros, é justamente tornar os debates quinzenais alternadamente com a presença do primeiro-ministro e com outros ministros que sejam requeridos”.

    Isto significa que Rui Rio está prestes a conseguir a sua primeira reforma de regime com o PS? Parece que sim, embora não seja uma reforma de regime mas uma reforma de regimento que servirá para proteger (este e o futuro) primeiro-ministro, principalmente, de alegados “duelos” com alegados “matadores” dos pequenos partidos.

    É que, na verdade, a alegada profusão de debates quinzenais não beliscou os entendimentos que a “geringonça” precisou fazer na última legislatura. Aliás, a “coreografia” tem mostrado, como mostrou esta semana, que os partidos à esquerda também se souberam adaptar e controlar as crispações quando há negociações mais ou menos discretas a decorrer.

    Tal como o PÚBLICO noticia esta sexta-feira, até deverá ser o PSD a apresentar a proposta para o primeiro-ministro passar a responder uma vez por mês às perguntas dos deputados. O PSD de Rui Rio, que ainda só apresentou um projecto de lei nesta legislatura (regular o lobbying, projecto da JSD), mostra um especial empenho nesta matéria e mostra como já começou a dar a mão a António Costa.""

    Rio dá a mão a Costa sobre “uma das invenções mais estúpidas”

    Comentário


      #92
      "O princípio de consenso está encontrado, mas os partidos estreantes no Parlamento prometem dar luta. Com um projeto de alteração ao regimento que contempla já um consenso entre os partidos maiores em cima da mesa, o Iniciativa Liberal avançou com uma proposta de alteração que reclama mais direitos para os deputados únicos.

      Reconhecendo que na proposta mais consensualizada há ganhos e perdas para o Iniciativa Liberal, Livre e Chega!, os liberais, que têm assento no grupo de trabalho que se está a debruçar sobre as mudanças às regras da Assembleia da República, querem insistir no assento em Conferência de Líderes. O órgão que reúne os líderes das bancadas, e que faz os agendamentos de projetos e debates nas sessões plenárias, é “vital na vida parlamentar” - e talvez, sublinha o documento entregue pelo IL, “mais importante para um deputado único” do que para outro grupo parlamentar, uma vez que lhe permite estar a par e, tanto quanto possível, controlar a agenda política.

      Outro ponto que o IL quer resolver é a “importante restrição de direitos” que existe no caso da discussão das petições, em que os deputados únicos não podem intervir . Problema maior é que, quando ao debate sobre uma petição se juntam outros projetos dos partidos sobre o mesmo tema, os deputados únicos perdem o direito a participar em toda a discussão.

      São duas soluções para vir corrigir o que os liberais consideram ser falhas na proposta que está agora em ponderação, sendo que a presença em conferência de líderes já foi reivindicada por Chega! e Livre também. Até agora, o que existe é um projeto desenhado pelo socialista Pedro Delgado Alves com base nos pontos que reuniam maior consenso entre os partidos e que inclui o direito dos deputados únicos a fazer cinco declarações políticas por sessão legislativa (até agora eram três) e a falar um minuto e meio em cada debate quinzenal.

      Mas a revisão do regimento não ficará por aqui. Por agora, o trabalho - cujos resultados vão ser votados numa reunião agendada para a próxima quarta-feira - vem dar resposta ao pedido de revisão do regimento feito por Ferro Rodrigues para resolver a questão dos tempos de intervenção. Mas essa revisão será depois alargada a outras matérias. E é aí, apurou o Expresso, que o Iniciativa Liberal avançará com outras propostas, nomeadamente para “encontrar forma de tratar os votos com parcimónia”.

      Os votos - de saudação, de pesar, de condenação, etc - têm sido tema de debate depois de uma multiplicação de declarações deste tipo ter dado entrada na Assembleia neste arranque de legislatura, mesmo que estas iniciativas tenham um carácter meramente simbólico. Na sessão desta quinta-feira, por exemplo, os deputados decidiram sobre 39 votos, incluindo 17 só do Chega!, o que levou o presidente da Assembleia a pedir que os partidos usassem do seu “bom senso político” para dignificar a imagem do Parlamento e que houvesse “contenção e qualificação destes votos”. “Infelizmente, não foi isso que aconteceu e não tenho qualquer poder para impedir que sejam entregues e votados", lamentou Ferro.

      Ora é essa a intenção dos liberais: a ideia passa por propor que o presidente possa avaliar se os temas dos votos são apropriados ou se são, por exemplo, assunto para projeto de resolução. Outra solução pode ser obrigar a que os votos passem primeiro pelas respetivas comissões parlamentares antes de chegarem a plenário. O problema já tinha sido, aliás, reconhecido pela líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, que pediu uma "consciência muito grande" desta questão no grupo de trabalho encarregado de rever o regimento. Esta semana, o resultado dos votos em catadupa foi um prolongamento da sessão plenária em quase uma hora."

      Que direitos para os deputados únicos? Há princípio de consenso, mas o IL pede mais (incluindo impedir a catadupa de votos simbólicos)

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        #93
        Originalmente Colocado por PeLeve Ver Post
        Por contraponto com, por mero exemplo, o sistema de pensões, para o qual, mesmo que parcialmente, as pessoas descontaram, mas que, não obstante, isso não parece ser suficiente, dizem, a pergunta impõem-se:

        É sustentável o Estado continuar a financiar os partidos políticos, que até estão isentos de alguns impostos (...) em comparação com os contribuintes em geral e que até não descontam proporcionalmente para o "bolo" onde vão buscar as suas verbas, ou seria preferível os partidos sustentarem-se a si próprios com recurso, apenas e só, aos respectivos militantes?


        "Até agora, já foram declaradas prescrições de todos os processos relativos às contas anuais dos partidos de 2009 e 2010 e ainda os relativos aos mandatários financeiros das campanhas autárquicas de 2013", diz o jornal "Público" na sua edição de domingo.

        Num artigo sob o título "Prescrições livram partidos de pagar coimas de milhares de euros", o jornal explica que a nova lei de financiamento dos partidos, aprovada em janeiro de 2018, fez prescrever os processos de contra-ordenação. Mais: alguns dos responsáveis financeiros abrangidos pelas prescrições eram deputados que "estiveram na linha da frente da revisão da lei em 2018".

        Os mandatários financeiros das campanhas para a Assembleia Regional dos Açores em 2012 também viram as suas contra-ordenações prescritas, mas ainda antes da entrada em vigor da lei orgânica.

        Deputados como Luís Marques Guedes (PSD), João Almeida (CDS), João Olveira (PCP) e José Luís Ferreira (PEV) estão entre os mandatários e responsáveis financeiros que beneficiaram da alteração legislativa que eles próprios ajudaram a preparar no Parlamento. De acordo com o "Público", cada um deles incorria numa coima entre 5 e 200 IAS (indexante de apoios sociais), "o que aos valores de 2019 equivalem a montantes entre 2.175 euros e 87 mil euros por cada irregularidade".

        No total, são 25 mandatários ou responsáveis financeiros que viram prescritas multas que somariam mais de 54 mil euros, no mínimo, mas poderiam chegar aos 2,157 milhões se fosse aplicada a moldura mais alta (200 IAS).

        No caso dos partidos, há 12 partidos - BE, CDS, PS, PSD, PEV e PCP, PND, MMS, PCTP MRPP, MPT, PDA e PPV aos quais tinham sido imputadas infrações que significam coimas entre os 10 e os 400 IAS (4.350 a 174 mil euros). E a isto acrescem contra-ordenações a que tinham sido condenados PSD, PCP e PEV e que somariam 110 mil euros a 4,2 milhões de euros só no que respeita às contas de 2009."

        Multas de centenas de milhares de euros a partidos prescreveram

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          #94

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            #95
            Originalmente Colocado por TURBO Ver Post
            "Até agora, já foram declaradas prescrições de todos os processos relativos às contas anuais dos partidos de 2009 e 2010 e ainda os relativos aos mandatários financeiros das campanhas autárquicas de 2013", diz o jornal "Público" na sua edição de domingo.

            Num artigo sob o título "Prescrições livram partidos de pagar coimas de milhares de euros", o jornal explica que a nova lei de financiamento dos partidos, aprovada em janeiro de 2018, fez prescrever os processos de contra-ordenação. Mais: alguns dos responsáveis financeiros abrangidos pelas prescrições eram deputados que "estiveram na linha da frente da revisão da lei em 2018".

            Os mandatários financeiros das campanhas para a Assembleia Regional dos Açores em 2012 também viram as suas contra-ordenações prescritas, mas ainda antes da entrada em vigor da lei orgânica.

            Deputados como Luís Marques Guedes (PSD), João Almeida (CDS), João Olveira (PCP) e José Luís Ferreira (PEV) estão entre os mandatários e responsáveis financeiros que beneficiaram da alteração legislativa que eles próprios ajudaram a preparar no Parlamento. De acordo com o "Público", cada um deles incorria numa coima entre 5 e 200 IAS (indexante de apoios sociais), "o que aos valores de 2019 equivalem a montantes entre 2.175 euros e 87 mil euros por cada irregularidade".

            No total, são 25 mandatários ou responsáveis financeiros que viram prescritas multas que somariam mais de 54 mil euros, no mínimo, mas poderiam chegar aos 2,157 milhões se fosse aplicada a moldura mais alta (200 IAS).

            No caso dos partidos, há 12 partidos - BE, CDS, PS, PSD, PEV e PCP, PND, MMS, PCTP MRPP, MPT, PDA e PPV aos quais tinham sido imputadas infrações que significam coimas entre os 10 e os 400 IAS (4.350 a 174 mil euros). E a isto acrescem contra-ordenações a que tinham sido condenados PSD, PCP e PEV e que somariam 110 mil euros a 4,2 milhões de euros só no que respeita às contas de 2009."

            Multas de centenas de milhares de euros a partidos prescreveram
            o jornal explica que a nova lei de financiamento dos partidos, aprovada em janeiro de 2018, fez prescrever os processos de contra-ordenação. Mais: alguns dos responsáveis financeiros abrangidos pelas prescrições eram deputados que "estiveram na linha da frente da revisão da lei em 2018".
            Vergonha é uma coisa que realmente não existe na classe política...

            Estamos a chegar a um ponto que já só lá vai quando o zé povinho se passar e começar á paulada pela AR a dentro...

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              #96
              #vergonha

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                #97
                "(...)João Cotrim de Figueiredo, da Iniciativa Liberal, usou o argumento da “dignidade” de os deputados terem o direito a ter assento na conferência de líderes e aceitou, logo ali, a sugestão de Pureza. Tanto António Filipe (PCP) como Pedro Rodrigues (PSD) consideraram que deve haver “uma diferenciação” entre grupo parlamentar e os deputados únicos. E Joacine Katar Moreira, do Livre, assinalou a “resistência enorme” em alterar o que está em vigor, por parte dos partidos, e recordou que os novos deputados são “cidadãos escolhidos por milhares de cidadãos” nas eleições.

                Na hora da votação, a proposta do Chega, para dar plenos direitos aos deputados únicos, a exemplo do que acontece com os grupos parlamentares, foi chumbada pelos votos do PS, PSD e PCP e registou os votos contra do IL e Livre e a abstenção do Bloco. A polémica em torno dos tempos e direitos dos deputados únicos arrasta-se desde o início da sessão legislativa, em 24 de outubro.(...)"

                Deputados únicos fora da conferência de líderes

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                  #98
                  João Cotrim Figueiredo criticou ainda o PSD por ter votado, ao lado do PS e do PCP, a norma que não dá direito aos deputados únicos de terem assento na conferência de líderes nem a ter um estatuto de observador, como chegou a sugerir o BE, mas foi chumbado na reunião de hoje.

                  Comentário


                    #99
                    Originalmente Colocado por TURBO Ver Post
                    João Cotrim Figueiredo criticou ainda o PSD por ter votado, ao lado do PS e do PCP, a norma que não dá direito aos deputados únicos de terem assento na conferência de líderes nem a ter um estatuto de observador, como chegou a sugerir o BE, mas foi chumbado na reunião de hoje.
                    Há pior, muito pior. No sistema dos uninominais, tipo inglês, se for a uma volta é possível um partido ter 10 ou 20% dos votos e 100% dos lugares no parlamento. Se for a duas, é possível ter 50,1% dos votos e 100% dos lugares no parlamento. Os dois grandes já ameaçaram avançar pra isso pra varrer do parlamento a "arraia miúda".

                    Comentário


                      Originalmente Colocado por TURBO Ver Post
                      "(...)João Cotrim de Figueiredo, da Iniciativa Liberal, usou o argumento da “dignidade” de os deputados terem o direito a ter assento na conferência de líderes e aceitou, logo ali, a sugestão de Pureza. Tanto António Filipe (PCP) como Pedro Rodrigues (PSD) consideraram que deve haver “uma diferenciação” entre grupo parlamentar e os deputados únicos. E Joacine Katar Moreira, do Livre, assinalou a “resistência enorme” em alterar o que está em vigor, por parte dos partidos, e recordou que os novos deputados são “cidadãos escolhidos por milhares de cidadãos” nas eleições.

                      Na hora da votação, a proposta do Chega, para dar plenos direitos aos deputados únicos, a exemplo do que acontece com os grupos parlamentares, foi chumbada pelos votos do PS, PSD e PCP e registou os votos contra do IL e Livre e a abstenção do Bloco. A polémica em torno dos tempos e direitos dos deputados únicos arrasta-se desde o início da sessão legislativa, em 24 de outubro.(...)"

                      Deputados únicos fora da conferência de líderes
                      Neste caso até a joacine tem razão, é uma vergonha.

                      Cada deputado único tem uma representação popular quase equivalente a 4x deputados do PS, por exemplo.

                      É vergonhoso os atropelos que estão a fazer depois da porta aberta que deram ao pan na última legislatura.

                      Parece que há portugueses de primeira e de segunda. Uma vergonha.

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                        Os pequenos partidos agradecem serem discriminados

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                            Originalmente Colocado por TURBO Ver Post
                            "“Uma das invenções mais estúpidas que a Assembleia da República fez nos últimos anos”. Quem o disse foi António Costa, antes de ser primeiro-ministro e antes de ser secretário-geral do PS, a propósito da criação de debates quinzenais. Era autarca de Lisboa e comentador no programa da SIC Notícias Quadratura do Círculo. Segundo argumentava Costa, num raciocínio que continua a manter, os debates de 15 em 15 dias “são coreografados para serem um duelo entre matadores”, “quem faz essas coreografias ou é o primeiro-ministro que mata o interpelante líder da oposição, ou é o interpelante líder da oposição ou é ainda algum dos outros líderes que matam o primeiro-ministro” e “isto só serve para a deterioração cada vez mais acentuada das relações entre os principais actores políticos”.

                            “A democracia e os consensos não se conseguem com duelos”, acrescentava na altura, sobre uma alteração introduzida durante o primeiro Governo de José Sócrates que encarregou o então deputado do PS, António José Seguro, de promover uma revisão das regras parlamentares

                            Os debates, que eram mensais, passaram a quinzenais e os partidos passaram a ter menos tempo para intervir mas com a possibilidade de guardar tempo para fazer réplicas ao primeiro-ministro. Foi a partir dessa altura que Paulo Portas, então líder do CDS, começou a fazer perguntas de 15 segundos ao primeiro-ministro para poder disparar várias vezes. Antes disso, as perguntas dos deputados sucediam-se como se fossem meros discursos em paralelo.

                            Sim, é certo que este novo modelo que tem mais de dez anos torna mais vivos os debates e aumenta o risco de crispação, uma vez que permite o pingue-pongue. Mas foi inaugurado com um Governo de maioria absoluta, resistiu a maiorias relativas e a nova maioria absoluta, desta vez de direita, e ainda a um Governo com um inédito apoio parlamentar.

                            Eis que é agora, quando os pequenos partidos reclamaram com razão o direito a intervir nessas “coreografias” quinzenais, que o PS, pela voz do senador Carlos César, sugere que o primeiro-ministro só faça um debate por mês como antigamente.

                            E não é que o PSD de Rui Rio acha isto uma muito boa ideia? “Sinceramente, eu penso que [debate quinzenal] é uma perda de tempo, a não ser que o Governo não precise de tanto tempo para governar e precise de mais tempo para estar presente na Assembleia”, apoiou o vice-presidente, David Justino, no programa de comentário político com Carlos César na TSF.

                            Mais: o socialista chegou a revelar que isso já anda a ser negociado nos bastidores com Rui Rio e outros líderes partidários: “A nossa ideia, que, aliás, no passado já foi conversada com o líder do PSD, entre outros, é justamente tornar os debates quinzenais alternadamente com a presença do primeiro-ministro e com outros ministros que sejam requeridos”.

                            Isto significa que Rui Rio está prestes a conseguir a sua primeira reforma de regime com o PS? Parece que sim, embora não seja uma reforma de regime mas uma reforma de regimento que servirá para proteger (este e o futuro) primeiro-ministro, principalmente, de alegados “duelos” com alegados “matadores” dos pequenos partidos.

                            É que, na verdade, a alegada profusão de debates quinzenais não beliscou os entendimentos que a “geringonça” precisou fazer na última legislatura. Aliás, a “coreografia” tem mostrado, como mostrou esta semana, que os partidos à esquerda também se souberam adaptar e controlar as crispações quando há negociações mais ou menos discretas a decorrer.

                            Tal como o PÚBLICO noticia esta sexta-feira, até deverá ser o PSD a apresentar a proposta para o primeiro-ministro passar a responder uma vez por mês às perguntas dos deputados. O PSD de Rui Rio, que ainda só apresentou um projecto de lei nesta legislatura (regular o lobbying, projecto da JSD), mostra um especial empenho nesta matéria e mostra como já começou a dar a mão a António Costa.""

                            Rio dá a mão a Costa sobre “uma das invenções mais estúpidas”
                            "(...)"É apenas mais um exemplo, entre muitos recentes, de como o PSD opta sistematicamente por estar ao lado do PS, seja em matérias regimentais – que nem deviam estar nas prioridades de ninguém nesta altura –, seja em matérias orçamentais em que o seu voto muitas vezes viabiliza as intenções dos socialistas numa reedição do Bloco central, sem o ser", afirma Cotrim de Figueiredo.

                            Para o presidente dos liberais, a diminuição do número de debates com o António Costa no Parlamento corresponderá a uma "redução do escrutínio democrático" e a uma "menorização do papel da oposição". "Se o PSD não quer nem sabe fazer oposição, que não incomode e deixe para quem quer e sabe fazer", acrescentou.(...)"

                            Cotrim de Figueiredo diz que PSD desistiu definitivamente de fazer oposicao

                            Comentário


                              "(...)Na ótica do líder do PAN, “esta tipologia de debate, que levou tantos anos a conquistar pelo Parlamento, correr o risco de ser agora afastado é um mau sinal para a democracia”.

                              Não percebemos o desnorte do PSD, enquanto partido da oposição, a estar no fundo a criar aqui impedimentos para que o primeiro-ministro e o Governo venham ao Parlamento serem fiscalizados e escrutinados”, critica André Silva, que adianta que “o PAN não irá seguramente pronunciar-se favoravelmente” sobre esta proposta.(...)"

                              PAN diz que acabar com debates quinzenais no Parlamento é "mau sinal para a democracia"

                              Comentário


                                BE e Chega criticam eventual apoio do PCP ao fim dos debates quinzenais

                                Comentário


                                  Comentário


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                                      Palpita-me que vai bater na parede do chumbo... O que é sintomático!...

                                      Comentário


                                        Originalmente Colocado por TURBO Ver Post

                                        Sem mais comentários!

                                        Comentário


                                          Originalmente Colocado por PeLeve Ver Post
                                          Palpita-me que vai bater na parede do chumbo... O que é sintomático!...


                                          Comentário


                                            Quanto vale o seu voto nestas eleições legislativas? 12,88 euros

                                            Comentário


                                              Pois é...

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                                                A ideia, na verdade, era que já o fizessem desde 2018, quando foi votada a revogação da norma que até essa altura isentava os partidos de pagar pelos lugares de estacionamento que detêm, nomeadamente junto às sedes. Mas a medida nunca foi implementada.
                                                Durante anos, os partidos políticos não pagaram estacionamento em Lisboa. Agora, a CML quer mudar isso

                                                Chega-lhe.

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                                                  A nova nobreza tem direito a tudo, mesmo que prestem fraco serviço. Estacionamento à borla e Isenção de IMI.

                                                  Comentário


                                                    A Iniciativa Liberal (IL) vai pedir ao ministro das Finanças, Fernando Medina, a lista de despesas e benefícios fiscais concedidos a cada partido entre 2017 e 2022, discriminada por força política, por imposto e por ano.

                                                    De acordo com o requerimento enviado à agência Lusa, os deputados liberais pedem ao ministro das Finanças que apresente “dados desagregados por partido político beneficiário, por imposto e por ano, das despesas e benefícios fiscais concedidos a partidos políticos no período decorrido entre o ano fiscal de 2017 e o ano fiscal de 2022”.
                                                    IL quer lista discriminada dos benefícios fiscais concedidos aos partidos

                                                    Valente.

                                                    Comentário


                                                      Não sei bem onde colocar isto.

                                                      Aqui porque se fala tambem de desperdício de dinheiro, que poderia melhor utilizado, parece ser um bom local, mas há outros tópicos onde também cabia.



                                                      " What if everyone were entitled to a universal basic income?


                                                      The impact would be behavioural and social as well as financial. But we won’t know until we try it



                                                      Paul Mason

                                                      Photo: Getty Images News that a universal basic income (UBI) is to be trialled at two locations in England, paying 30 people £1,600 a month regardless of their work, has sent shockwaves through the tabloids.

                                                      “Something for nothing” is the way working-class Conservatives have always described out-of-work benefits, with the implication that those receiving them were “spongers”. The idea of actually paying people a good subsistence wage, whether they work or not, is – well – just not capitalism.

                                                      And in a way they’re right. The idea of work for wages has been burned deeply into our collective consciousness by 250 years of industrialisation. The eight-hour shift; the hierarchical team; work for piece rates; work to targets; after-work drinks – so many rituals and rhythms of life assume work is compulsory and for ever.

                                                      So why are we suddenly talking about the idea of a universal, or unconditional, basic income? And why are trials much bigger and more advanced than the one proposed by the Autonomy think tank happening all over the world?

                                                      It’s a response to the idea of rapid automation, due to digitisation, robotics and artificial intelligence.

                                                      In every industrial revolution until now, new machines have made old skills redundant. But new technologies always created new skills and new demands: the automobile put the coachman and the farrier out of business, but it created the motor mechanic, the used-car salesman and the taxi driver.

                                                      In 1990 the economist Paul Romer realised the digital revolution might be different. Digital goods need almost no labour to reproduce them, and in a market economy their price will fall towards zero, he said – unless specific laws are passed to make information scarce.

                                                      A visit to what remains of the EMI factory in west London shows the effect: in the rock’n’roll era it was a mass production line producing music on vinyl discs, to be sold in stores and – of course – made on actual guitars, drums and amplifiers.

                                                      Today, not only are the record shops and the factory redundant, but large parts of music production take place using electronic instruments, played in simulated concert halls. There is still a music business; there are still pop stars; but music is basically rented, not bought, and the workforce needed to bring it to the consumer is much smaller.

                                                      And what the MP3 file did for vinyl, computers did for office admin assistants and electronic ticketing did for the bus conductor. It’s no longer futurology to argue that a mixture of robotics, artificial intelligence and big data could begin to perform tasks like medical triage, basic legal work or – take a deep breath here – tabloid journalism.

                                                      There are three basic responses to this prospect. The first is denial. There’ll always be new kinds of jobs created and the task of progressive politics is to make sure they’re highly skilled and well remunerated, say the trade unions. That’s why there’s usually scant support for basic income schemes in the traditional labour movement.

                                                      But as the late anthropologist David Graeber argued, in a book entitled Bullshit Jobs, what we’re actually creating are jobs that don’t need to exist.

                                                      The person who delivers a single bottle of milk to your door on a bike at midnight; the graduate frothing your cappuccino; the store greeter; the in-house magazine journalist… are all doing jobs that they are glad to have, and demand respect for doing, but, said Graeber, people know, deep down, that they don’t need to be done.

                                                      For its left wing supporters, the UBI is not intended merely as a fairer or simpler form of welfare benefits. People who need these should get money on top of any basic payment.

                                                      Instead, the idea is to gradually and purposefully separate work from wages. To mitigate what Graeber called the “profound psychological violence” of a culture that defines everybody’s virtue through work.

                                                      Instead of automation producing a small elite of skilled people and a mass of low-paid people doing de-skilled jobs, it could then produce more leisure time and wellbeing.

                                                      The basic income, for its left wing advocates, is a way of subsidising the transition to a society where fewer work hours are done. It is a way of overcoming our resistance to automation. Since it would make poverty impossible, it should – over time – eradicate some of the diseases and mental stress of poverty. That’s why Autonomy, which is pioneering the proposal, has developed it by working with some of Britain’s poorest communities.

                                                      But here’s the quid pro quo. With a basic income, more human-to-human services would have to be done voluntarily and for free. We would need to transition to a less frenetic, less energy-intensive lifestyle.

                                                      And that’s why you need trials. What they’re trialling is not just greater financial security: it’s the way humans behave if they are not compelled to work all day every day. Do they volunteer for stuff? Are they healthier and happier? Do they produce and consume culture in different ways? Do they manage their work-life balance actively, developing new skills? Do they take a more active part in their children’s education?

                                                      To the tabloid writers such questions sound outlandish: but they’re the practical questions faced by any retired person with a decent pension scheme. In fact, the most constructive way to think of basic income schemes is as “pensions paid early”.

                                                      Of course, the cost of paying every adult of working age £1,600 a month would be unbearable. But what if everyone were entitled to claim it for a year of their life, or maybe two? The fact is, because the costs and benefits would be behavioural and social, not just financial, we won’t know until we try it.​"

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                                                        Parece, ser off-topic óbvio, do tema do tópico, é contra as regras de funcionamento do FMG...

                                                        Comentário

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