Decisão difícil

[Sansoni7]

Admiro esta «malta nova» que desde cedo investe na Formação Académica....
No meu tempo não era nada disso e só uma «meia dúzia» se «aventurava» nas Especialidades....
Urge aproveitar esse Conhecimento.....
_______
Será que as nossas Instituições de Saúde sabem da Formação com que os seus técnicos estão capacitados?

[sgarcsa]

Admiro esta «malta nova» que desde cedo investe na Formação Académica....
No meu tempo não era nada disso e só uma «meia dúzia» se «aventurava» nas Especialidades....
Urge aproveitar esse Conhecimento.....
_______
Será que as nossas Instituições de Saúde sabem da Formação com que os seus técnicos estão capacitados?

Sabem, mas na maior parte das vezes nem quer saber..

É obvio que todo esse conhecimento deveria ter um reconhecimento..
No meu caso a rentabilização do meu trabalho dá um lucro tremendo ao SNS (sei isso porque já fizemos um trabalho sobre isso).. e ainda me dou por feliz por poder implementar programas na comunidade onde trabalho, e poder exercer a especialidade que gosto.. mas também acontece muito por força da Coordenadora que tenho, que tem uma visão que todas as chefias deviam ter..

Tirei o Mestrado na Escola Superior de Saúde de Bragança, onde fiz todo o meu percurso académico ( e voltava a fazer tudo de novo)..

Mas o que é certo é que paguei do meu bolso 5 anos de propinas (2 da especialidade + 3 do Mestrado) e ganho menos do que os meus colegas que não estudaram nada, que não têm competências específicas em nenhuma área e começaram a trabalhar à meia duzia de dias..

A minha sorte é não me acomodar, e trabalhar também para mim.. Aí sim, sou valorizado..

[Nuno156]

(...)
Escrevo e-mail e então o director do doutoramento explicou que fiquei empatada e não houve vaga. Enviou ata. É aqui que quero chegar.
A rapariga com quem vou a desempate não tinha mestrado, não era da área da saúde, até no inglês tinha menos pontuação que eu. (Tudo isto são intens valorizados)
(...)

A outra rapariga não usava o AO90 (muito menos misturava pré-AO com AO),
e por isso ficou melhor classificada.

Eu teria tomado a decisão com base no mesmo critério.

Quanto ao resto...
Eu aceitaria o Porto.
Caso tivesse entrada em Lisboa, daria ao Porto a mesma consideração...

[Nuno156]

Com 28 anos e a pensar num Doutoramento?

Oi??
Em teoria um doutoramento deveria ser feito quando alguém já domina uma área de trabalho e consegue trazer algo de útil ao mundo académico.
(...)

Trazer algo de novo à comunidade científica não implica idade avançada,
nem experiência. Nem tão pouco currículo académico.

Ou seja, desde que efectivamente exista um contributo, não vejo qualquer
razão para que um jovem sem bacharelato/mestrado e sem experiência
profissional/investigação não possa fazer um doutoramento.

Acho mais estranho haver quem consiga esse doutoramento apenas porque
fez seguiu um programa curricular (a que chamam de doutoramento),
participou num processo de investigação, e produziu um relatório (a que
chamaram tese), sem no entanto ter contribuído com nada de novo.

É tipo Relvas, mas sem as equivalências.

[Obtuso]

E isso está tão errado. Todos os hospitais públicos de média e grande dimensão (especialmente os que incluem faculdades de medicina integradas no hospital) deveriam ter laboratórios de R&D com pessoal doutorado em medicina, enfermagem, farmácia, microbiologia, etc. a trabalhar nesses laboratório em full time ou part time.

Em Portugal a investigação está restrita aos laboratórios associados e às universidades e isso é muito, muito errado.

Na verdade estão interligados e trabalham em parceria. Mas estas a falar de uma pequena franja que tem vida académica e prática ao mesmo tempo. Muita da investigação não era possível sem uma parceria estreita entre faculdade e hospital.

[Aenf2]

A outra rapariga não usava o AO90 (muito menos misturava pré-AO com AO),
e por isso ficou melhor classificada.

Eu teria tomado a decisão com base no mesmo critério.

Quanto ao resto...
Eu aceitaria o Porto.
Caso tivesse entrada em Lisboa, daria ao Porto a mesma consideração...

Caro Nuno156, não me lembro ter redigido qualquer documento na entrevista para que o júri tivesse oportunidade de ver a minha confusão com pré-AO e AO. De qualquer forma, grata pela correção.

[Vocsa]

Trazer algo de novo à comunidade científica não implica idade avançada,
nem experiência. Nem tão pouco currículo académico.

Claro que não!

Estava apenas a evidenciar uma das formas mais típicas de fazer doc noutras paragens ao invés do que se faz por cá e que, por acaso, bem documentaste...

[Nuno156]

Caro Nuno156, não me lembro ter redigido qualquer documento na entrevista para que o júri tivesse oportunidade de ver a minha confusão com pré-AO e AO. De qualquer forma, grata pela correção.

Correcção.

Foi uma piada.
O pessoal que me conhece já sabe que eu estou sempre a "picar" em 3 assuntos:
- AO90
- Sócrates
- Microsoft

[Nuno156]

Claro que não!

Estava apenas a evidenciar uma das formas mais típicas de fazer doc noutras paragens ao invés do que se faz por cá e que, por acaso, bem documentaste...

Sim, eu percebi...

Foi só mesmo para introduzir o tema dos "doutorados" de actualmente...

[Sansoni7]

Sabem, mas na maior parte das vezes nem quer saber..

...

Nas grandes instituições....duvido que saibam.

[sgarcsa]

Nas grandes instituições....duvido que saibam.

Na minha Instituição todos os anos temos que preencher um documento para enviar para a Ordem para saberem quantos Especialistas,mestres,etc têm na Instituição..

[Sansoni7]

Na minha Instituição todos os anos temos que preencher um documento para enviar para a Ordem para saberem quantos Especialistas,mestres,etc têm na Instituição..

Já é alguma coisa....

[Aenf2]

Correcção.

Foi uma piada.
O pessoal que me conhece já sabe que eu estou sempre a "picar" em 3 assuntos:
- AO90
- Sócrates
- Microsoft

Ah bom

Fica aqui o registo que sou contra o novo AO

[Aenf2]

Na minha Instituição todos os anos temos que preencher um documento para enviar para a Ordem para saberem quantos Especialistas,mestres,etc têm na Instituição..

No Hospital onde trabalho nunca tal aconteceu Sgcarsa. E olha que trabalho num Hospital de grande dimensão

[Vocsa]

Correcção.

Foi uma piada.
O pessoal que me conhece já sabe que eu estou sempre a "picar" em 3 assuntos:
- AO90
- Sócrates
- Microsoft

Isso quando te falta a medicação!!

Aliás aqui neste tópico deve haver quem te possa ajudar!!!

( Pá, estou a brincar, não me leves a mal... se bem que as obsessões... não sei... )

Também sou contra esse atentado cultural contra um dos nossos maiores patrimónios: A nossa língua

Quando uma pessoa pensa que há limites à estupidez de quem nos governa, saem-se com coisas destas.

[OffGirl]

Na minha Instituição todos os anos temos que preencher um documento para enviar para a Ordem para saberem quantos Especialistas,mestres,etc têm na Instituição..

Há uma coisa chamada IPCTN (Inquérito ao Potencial científico e tecnológico nacional), que geralmente pretende dar resposta a estas questões. Serve precisamente para fazer o levantamento destes dados.

[Aenf2]

Há uma coisa chamada IPCTN (Inquérito ao Potencial científico e tecnológico nacional), que geralmente pretende dar resposta a estas questões. Serve precisamente para fazer o levantamento destes dados.

Offgirl estive a ver isso do IPCTN e mesmo a título individual é possível preencher.

Obrigado pela informação

[Avant]

Correcção.

Foi uma piada.
O pessoal que me conhece já sabe que eu estou sempre a "picar" em 3 assuntos:
- AO90
- Sócrates
- Microsoft

Não és um mero espetador, portanto...

[Aenf2]

Uma pequena actualização...

Quando concorri e matriculei ao Doutoramento estaria apalavras uma possível redução de horário.

Ora ora, chegou a hora a verdade...
"Ah e tal Enfermeira X é completamente impossível lhe atribuir a redução de horario devido à falta de pessoal de enfermagem... Podemos e iremos tentar ajustar o horário as aulas" .

Eu adoraria saber como ,uma vez que, vão começar a tirar especialidade 6 colegas, 1 mestrado, 1 licenciatura e eu o Doutoramento e não esquecendo claro os horários especiais que o chefe faz questão de fazer a algumas pessoas e que eu e mais uns quantos ficamos com todas as tardes e mais de 100 h de saldo positivo.


Conclusão:
-tenho um chefe que está mais que fulo comigo; (estará ainda a gerir?)
-tenho que trabalhar 40h e as ter as aulas de doutoramento (4 dias - como já especifiquei no primeiro post).
- possivelmente como não aceito que durante mais de dois anos andei a "levar no lombo" para colegas meus serem beneficiados por causa das suas escovas, agora eu quero estudar e vão quase de certeza me transferir de serviço.

E pronto assim se vai fazer um Doutoramento com um mega sorriso nos lábios e provar que com todas adversidades não sou rapariga de desistir de nada.

[Omega]

E pronto assim se vai fazer um Doutoramento com um mega sorriso nos lábios e provar que com todas adversidades não sou rapariga de desistir de nada.

[Aenf2]

obrigado Omega

[MVA]

não sou rapariga de desistir de nada.

Não quero ser o mau da fita mas... não é possível realizar uma tese de doutoramento com um emprego full time de 40h. As cadeiras com algum sacrificio fazem-se, mas a tese não. Conheço quem tenha feito a tese com emprego de 40h, mas era pessoal que trabalhava em R&D e o emprego era da área da tese, pelo que juntava-se o útil ao agradável. Acima das 25h / 30h de carga horário de emprego é impossível conciliar com a tese. Uma tese de doutoramento exige um empenho muito superior a qualquer licenciatura ou mestrado, nem há comparação possível.

Não vejo outra hipótese senão:

realizares as cadeiras do doutoramento;
candidatares-te a bolsa da FCT;
após obteres bolsa pedires licença sem vencimento do emprego (se já tiveres efectiva à mais de 3 anos isso não te pode ser negado)

Caso contrário esquece o doutoramento.

[Hecho]

Também não quis ser o meu da fita, para estares a fazer o phD deves te ter lembrado do drama da tese de mestrado.

As cadeiras, aquilo faz-se, mas implica semanas e semanas a dormir mal, produtividade no trabalho cai a pique, vida social esquece, e fazer (nem é escrever.. é fazer..) uma tese de phd enquanto se trabalha em algo que não tem nada a ver, é muito optimismo, no mínimo. E sem apoio das chefias é ir a 200km/h contra uma parede.

Mas voltando Às cadeiras, aquilo normalmente supõe uma carga horaria + estudo autonomo para quem apenas estuda, se entre aulas, trabalho e dormir já tens 100% da semana ocupada, não estou a ver como vais estudar e passar às cadeiras todas.

[Aenf2]

Tenho noção que vai exigir de mim um esforço brutal.
Claro que estava a espera que me dessem a redução de horário para me dedicar mais afincadamente ao doutoramento mas quando as chefias não me estão a facilitar minimamente, muito pelo contrário?

Outra questão é que já prevejo ser impossível realizar o estudo fora de Portugal também.

Não entendo o porquê de para obtenção de grau académico o Hospital/chefia não facilitar o mínimo.

[OffGirl]

Não quero ser o mau da fita mas... não é possível realizar uma tese de doutoramento com um emprego full time de 40h. As cadeiras com algum sacrificio fazem-se, mas a tese não. Conheço quem tenha feito a tese com emprego de 40h, mas era pessoal que trabalhava em R&D e o emprego era da área da tese, pelo que juntava-se o útil ao agradável. Acima das 25h / 30h de carga horário de emprego é impossível conciliar com a tese. Uma tese de doutoramento exige um empenho muito superior a qualquer licenciatura ou mestrado, nem há comparação possível.

Não vejo outra hipótese senão:

realizares as cadeiras do doutoramento;
candidatares-te a bolsa da FCT;
após obteres bolsa pedires licença sem vencimento do emprego (se já tiveres efectiva à mais de 3 anos isso não te pode ser negado)

Caso contrário esquece o doutoramento.

Conheço quem fizesse o doutoramento com 100% de dedicação à tese, e mesmo assim não tenha conseguido.

Mas também conheço quem a tenha feito contra todas as probabilidades... Com outros empregos, e fez!

Acho que aqui é uma questão de estares preparada para não conseguires concluir no tempo a que te propões, e ires ajustando os teus objectivos à medida que o tempo for passando.

[Sansoni7]

Tenho noção que vai exigir de mim um esforço brutal.
Claro que estava a espera que me dessem a redução de horário para me dedicar mais afincadamente ao doutoramento mas quando as chefias não me estão a facilitar minimamente, muito pelo contrário?

Outra questão é que já prevejo ser impossível realizar o estudo fora de Portugal também.

Não entendo o porquê de para obtenção de grau académico o Hospital/chefia não facilitar o mínimo.

E requerer o Estatuto de Trabalhador Estudante, não é possível?

[Aenf2]

E requerer o Estatuto de Trabalhador Estudante, não é possível?

O estatuto trabalhar-estudante apenas me dá a véspera e dia de exames. (isto tenho indiscutivelmente direito)

Mas a flexibilidade de horário para assistir às aulas que está previsto no estatuto o Hospital alega que o serviço não permite devido a falta de pessoal

[Sansoni7]

O estatuto trabalhar-estudante apenas me dá a véspera e dia de exames. (isto tenho indiscutivelmente direito)

Mas a flexibilidade de horário para assistir às aulas que está previsto no estatuto o Hospital alega que o serviço não permite devido a falta de pessoal

Nesse caso, o Hospital «não é obrigado» a uma transferência interna para um serviço «compatível»?

[Aenf2]

Sim pode acontecer transferência. E o mais provável é eu ser transferida para outra unidade de intensivos com menos estudantes.

Se me agrada a ideia? Não de todo, pois somos 9 a estudar e só a mim é que me estão a pôr entraves. No entanto, apesar de adorar o serviço onde trabalho tenho que pensar primeiro nos meus objetivos pessoais e esses passam sem dúvida pelo doutoramento.

[Sansoni7]

É sempre muito difícil gerir Recursos Humanos com equidade...