Este tópico pode ser um bocado non-sense. Já deram por vós a pensar que ainda ontem tinham 15 anos e estavam cheios de sonhos e objectivos e hoje com 25 ou 35 anos já nem se lembram deles, uns por não terem conseguido, outros porque "dava muito trabalho" outros por adversidades da vida, etc..
Eu por exemplo com 15 anos queria ser informático. Quando chegou a altura de entrar para o curso, este não tinha aberto nesse ano, o que me fez ir para o curso téc multimédia 12º ano, que também vim a gostar mais tarde tenho acabado o curso com muito boas notas e tendo sido o 2º melhor aluno nesse ano dos 3 cursos abertos com media final de 18,4 valores. Após isso esqueçamos a multimedia porque o mercado de trabalho nessa área no alentejo, mais vale esquecer.
Entrei então para um curso no IEFP que após 2 anos me abriu portas para entrar no mundo da fabricação de componentes aeronáuticos. Após 1 ano de trabalho tendo a minha mulher ficado desempregada e á espera de uma filha, vi-me forçado a abandonar o posto que ocupava e a ter de emigrar. Vim para França onde vivi durante 1 ano em condições que nunca na vida me passaria pela cabeça. 1 anoe sem a minha filha, sem os meus pais, sem a minha mulher num apartamento de 32m2, cheguei a jantar 3 latas de atum pois só queria ter o maximo de dinheiro possível para as poder ter cá. Fiz o máximo que pude para me adaptar aqui. Consegui emprego numa serralharia como ajudante, consegui inscrever-me numa escola para aprender o francês em pós laboral, mais tarde a empresa propôs enviar-me para um curso de 3 meses onde obtive o certificado de soldador de estruturas metálicas pesadas. Vi o meu salário duplicar, comprei o meu primeiro apartamento, a minha filha e a minha mulher estão comigo, vivo confortavelmente bem, consigo por de parte do meu salário mais do que ganhava em portugal.
Apesar de tudo arrependo-me de não ter estudado mais. De não ter tentado uma ultima vez uma oportunidade de trabalho no meu país. De não estar junto dos meus pais e amigos. De apesar de todas as posses, abrir a porta da rua e nunca me sentir em casa. De apesar de não desgostar, não fazer profissionalmente uma coisa que amo.
PS: não estou doente, nem deprimido, nem a precisar de ir ao quintino aires no goucha. Partilhem a vossa experiencia se quiserem, se não quiserem também me conformo
Eu por exemplo com 15 anos queria ser informático. Quando chegou a altura de entrar para o curso, este não tinha aberto nesse ano, o que me fez ir para o curso téc multimédia 12º ano, que também vim a gostar mais tarde tenho acabado o curso com muito boas notas e tendo sido o 2º melhor aluno nesse ano dos 3 cursos abertos com media final de 18,4 valores. Após isso esqueçamos a multimedia porque o mercado de trabalho nessa área no alentejo, mais vale esquecer.
Entrei então para um curso no IEFP que após 2 anos me abriu portas para entrar no mundo da fabricação de componentes aeronáuticos. Após 1 ano de trabalho tendo a minha mulher ficado desempregada e á espera de uma filha, vi-me forçado a abandonar o posto que ocupava e a ter de emigrar. Vim para França onde vivi durante 1 ano em condições que nunca na vida me passaria pela cabeça. 1 anoe sem a minha filha, sem os meus pais, sem a minha mulher num apartamento de 32m2, cheguei a jantar 3 latas de atum pois só queria ter o maximo de dinheiro possível para as poder ter cá. Fiz o máximo que pude para me adaptar aqui. Consegui emprego numa serralharia como ajudante, consegui inscrever-me numa escola para aprender o francês em pós laboral, mais tarde a empresa propôs enviar-me para um curso de 3 meses onde obtive o certificado de soldador de estruturas metálicas pesadas. Vi o meu salário duplicar, comprei o meu primeiro apartamento, a minha filha e a minha mulher estão comigo, vivo confortavelmente bem, consigo por de parte do meu salário mais do que ganhava em portugal.
Apesar de tudo arrependo-me de não ter estudado mais. De não ter tentado uma ultima vez uma oportunidade de trabalho no meu país. De não estar junto dos meus pais e amigos. De apesar de todas as posses, abrir a porta da rua e nunca me sentir em casa. De apesar de não desgostar, não fazer profissionalmente uma coisa que amo.
PS: não estou doente, nem deprimido, nem a precisar de ir ao quintino aires no goucha. Partilhem a vossa experiencia se quiserem, se não quiserem também me conformo
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