O QI e o Sucesso/Felicidade

[oscarcc]

a sorte dá imenso trabalho!

Quem se dá ao trabalho de a procurar, por vezes tem a "sorte" de a encontrar.....

[Vocsa]

a sorte dá imenso trabalho!

Isso dava um tópico. A sorte.

É raro encontrar alguém bem sucedido usar essa palavra tabu. Depois é raro alguém mal-sucedido não passar por aí, ainda que levemente.

É algo bastante curioso.

[chiclet]

Isso dava um tópico. A sorte.

É raro encontrar alguém bem sucedido usar essa palavra tabu. Depois é raro alguém mal-sucedido não passar por aí, ainda que levemente.

É algo bastante curioso.

Por acaso acho que não é assim tão causa efeito, trabalho = sorte.
Eu acho que a sorte é mesmo sorte, obra do acaso, de estar no sitio certo à hora certa, óbvio que podemos ir lá ao sitio 1000x (trabalho) a ver se encontramos a sorte, mas basta 1x para a encontrar.

É tão simples quanto isto, nasceste nos anos 60/70 fizeste uma licenciatura de ensino (às 3 pancadas), estás nos quadros da FP, nasceste nos anos 80/90 fizeste uma licenciatura de ensino, estás no desemprego. Apenas e só sorte.

[Vocsa]

Por acaso acho que não é assim tão causa efeito, trabalho = sorte.
Eu acho que a sorte é mesmo sorte, obra do acaso, de estar no sitio certo à hora certa, óbvio que podemos ir lá ao sitio 1000x (trabalho) a ver se encontramos a sorte, mas basta 1x para a encontrar.

Sim, faz sentido.

Eu estava apenas a referir-me aos egos, que são bastante difíceis de gerir.

É um pouco como quando perguntas a uma pessoa o seu pior defeito e ela responde que é !teimosa".

[JDEM]

Sim, faz sentido.

Eu estava apenas a referir-me aos egos, que são bastante difíceis de gerir.

É um pouco como quando perguntas a uma pessoa o seu pior defeito e ela responde que é !teimosa".

nas entrevistas que faço essa pergunta é obrigatória (se bem que me anda a irritar imenso o cliché), e vou logo avisando que teimoso não conta

[Vocsa]

nas entrevistas que faço essa pergunta é obrigatória (se bem que me anda a irritar imenso o cliché), e vou logo avisando que teimoso não conta

I've been there... (felizmente poucas vezes, não é trabalho meu).

É uma epidemia... "sou muito teimoso". É um defeito a roçar a qualidade. Deve ser daí, não sei. Mas os Egos, é como digo, é complicado...

Edit:

lembrei-me!

Podes sempre dizer o mesmo que eu uma vez:

" A sério? Sabe quem era conhecido por ser extremamente teimoso? José Socrates!"

O pessoal fica completamente desorientado... tipo, isso é bom ou mau?...

[chiclet]

nas entrevistas que faço essa pergunta é obrigatória (se bem que me anda a irritar imenso o cliché), e vou logo avisando que teimoso não conta

Não entendo essa pergunta numa entrevista nesta altura do campeonato... acham que alguém vai dizer a verdade???? Estão à espera que vos digam ah eu falto muito ao trabalho e chego atrasado!!!!!! obviamente que vai tudo preparado com clichés... Se eu fosse entrevistador faria outro tipo de perguntas, para chegar ao mesmo.

[sgtscales]

A minha questão é, a inteligência/QI influencia o sucesso? Por exemplo no vosso caso particular, sentem que o facto de terem um QI elevado ou medio ou baixo influenciou onde chegaram e quem são? No meu caso sinto que não influenciou em nada, mas como ainda sou estudante univ. não consigo responder totalmente, porque ainda não tenho uma vida independente nem um emprego..

Não. O meu QI é elevado, o que significa que tenho grande poder de resolução de problemas lógicos. Mas na vida vale-me zero: não estudei, não tive um curso superior, tenho um emprego de chacha a ganhar tostões, e a minha "inteligência superior" afasta-me das pessoas e das mulheres. Trocava metade do "fantástico QI" por mais determinação, mais desenrascanço, mais força de vontade. Isso é que nos faz ser alguém na vida.

[TheMoBsTeR]

Em determinadas "cadeiras" de determinados cursos em determinadas faculdades gostava mesmo de ver isso a acontecer.

Talvez um aluno em cada 200 consiga isso, e mesmo assim aposto que é a estudar pelo menos uma semana a sério e com acompanhamento regular na mesma.

É claro que há excepções mas o grosso do mundo académico não é a análise matemática nem o direito das obrigações, etc etc...

[TheMoBsTeR]

nas entrevistas que faço essa pergunta é obrigatória (se bem que me anda a irritar imenso o cliché), e vou logo avisando que teimoso não conta

Obrigatório as in és obrigado a perguntar? É que é uma pergunta da tanga que raramente é respondida com sinceridade. Ou são "teimosos" ou "demasiado exigentes" ou "insistentes" ou qualquer coisa estúpida assim. Dentro de dois ou três meses descobre-se logo o defeito: ou é intriguista, ou tem o rei na barriga, ou é um baldas, ou não tem soft skills nenhumas, por aí fora...

[JDEM]

Não entendo essa pergunta numa entrevista nesta altura do campeonato... acham que alguém vai dizer a verdade???? Estão à espera que vos digam ah eu falto muito ao trabalho e chego atrasado!!!!!! obviamente que vai tudo preparado com clichés... Se eu fosse entrevistador faria outro tipo de perguntas, para chegar ao mesmo.

Irrita-me o cliché é verdade.
Óbvio que não respondem verdade, mas é para perceber como ficam sob pressão a falar deles próprios, numa situação desconfortável
Só questiono em Malta nova para primeiro ou segundo.
Não ligo ao conteúdo mas sim à forma

Da mesma maneira que peço para falarem do que se orgulham profissional ou académico e do que se arrependem (ou correu mal) e porque

[ahmhsb]

Não. O meu QI é elevado, o que significa que tenho grande poder de resolução de problemas lógicos. Mas na vida vale-me zero: não estudei, não tive um curso superior, tenho um emprego de chacha a ganhar tostões, e a minha "inteligência superior" afasta-me das pessoas e das mulheres. Trocava metade do "fantástico QI" por mais determinação, mais desenrascanço, mais força de vontade. Isso é que nos faz ser alguém na vida.

ora aqui esta um caso semelhante ao meu colega (a única diferença é que ele apesar de sem vontade estudou, porque era "obrigado")... ou seja és um caso dos que eu falei e que um pseudo-doutor aqui disse que não existiam... pessoas com um potencial fantástico, como elevada inteligência... mas que por falta de vontade, motivação, etc. não conseguiram alcançar um nível de satisfação pessoal condizente com as suas capacidades!

tal como eu tinha dito antes, "pode-se ter uma **** grande e não ser actor porno!"

[Adams]

Isso dava um tópico. A sorte.

É raro encontrar alguém bem sucedido usar essa palavra tabu. Depois é raro alguém mal-sucedido não passar por aí, ainda que levemente.

É algo bastante curioso.

A Psicologia e a Sociologia explicam isso muito bem. Em termos correntes, ou seja, psicologia barata:

O bem sucedido, ainda que tenha beneficiado de doses generosas da tal "sorte", não está disposto a explicar com essa aleatoridade o seu percurso. Arrasava-lhe o ego, sobretudo. Mas, de igual forma, beliscava também a integridade, reputação e competência.

Já o mal-sucedido, da mesma forma, também não quer chamar a si todas as responsabilidades, pelos mesmos motivos, daí que invoque com mais ênfase os caprichos da fortuna, ou falta dela.

Das duas partes, muitas vezes, há exageros quando o assunto toca a quantificar a sorte e o papel efectivo que teve. Uma nem quer ouvir falar dela, outra dá-lhe uma importância desmedida.

Algures a meio caminho estará a realidade.

[Karma]

Isso dava um tópico. A sorte.

É raro encontrar alguém bem sucedido usar essa palavra tabu. Depois é raro alguém mal-sucedido não passar por aí, ainda que levemente.

É algo bastante curioso.

Podes justificar tudo com sorte e com trabalho, depende da perspectiva que analisas.

[Adams]

Podes justificar tudo com sorte e com trabalho, depende da perspectiva que analisas.

Quase...

Há um ditado que diz: "Ser advogado em causa própria é ter um burro como cliente".

Recomendo também a leitura das obras do António Damásio, que abordam o termo do self.

[MMdC]

A Psicologia e a Sociologia explicam isso muito bem. Em termos correntes, ou seja, psicologia barata:

O bem sucedido, ainda que tenha beneficiado de doses generosas da tal "sorte", não está disposto a explicar com essa aleatoridade o seu percurso. Arrasava-lhe o ego, sobretudo. Mas, de igual forma, beliscava também a integridade, reputação e competência.

Já o mal-sucedido, da mesma forma, também não quer chamar a si todas as responsabilidades, pelos mesmos motivos, daí que invoque com mais ênfase os caprichos da fortuna, ou falta dela.

Das duas partes, muitas vezes, há exageros quando o assunto toca a quantificar a sorte e o papel efectivo que teve. Uma nem quer ouvir falar dela, outra dá-lhe uma importância desmedida.

Algures a meio caminho estará a realidade.

O conceito de locus de controlo manda cumprimentos.

[Adams]

O conceito de locus de controlo manda cumprimentos.

Isso mesmo...

A parte mais complicada, como saberás, é alocar na real medida o peso que cada uma delas tem sobre o indivíduo. Aliás, entre pares o tema é tudo menos convergente.

[Vocsa]

O conceito de locus de controlo manda cumprimentos.

A "observação" que fiz ali atrás é que esses tais "locus de controlo" são predominantemente externos ou internos conforme os "resultados"... isso é bastante interessante.

Parece-me uma forma de gestão do ego, daí ter associado a tal resposta típica do "sou muito teimoso"...

De qualquer forma, como diria qualquer jogador de futebol, estamos todos nas mãos de Deus.... (J/K!)

[Adams]

A "observação" que fiz ali atrás é que esses tais "locus de controlo" são predominantemente externos ou internos conforme os "resultados"... isso é bastante interessante.

Parece-me uma forma de gestão do ego, daí ter associado a tal resposta típica do "sou muito teimoso"...

De qualquer forma, como diria qualquer jogador de futebol, estamos todos nas mãos de Deus.... (J/K!)

E é disso que se fala.

O gajo que caiu nas boas graças de alguém, sendo igual a tantos outros, ou que pura e simplesmente estava no sítio certo à hora certa, tem (quase) sempre uma concepção de si próprio a roçar o perfeito. Pode aliás causar um entrave à inovação em muitas organizações, mas isso são contas de outro rosário.

O mal sucedido vira-se contra a sorte, a Lua, o Sol ou uma qualquer malapata e (quase) nunca reconhece os seus erros.

Paradoxalmente são uma face da mesma moeda, e os efeitos podem ser muito semelhantes sobre os mais próximos.

[sgtscales]

ora aqui esta um caso semelhante ao meu colega (a única diferença é que ele apesar de sem vontade estudou, porque era "obrigado")... ou seja és um caso dos que eu falei e que um pseudo-doutor aqui disse que não existiam... pessoas com um potencial fantástico, como elevada inteligência... mas que por falta de vontade, motivação, etc. não conseguiram alcançar um nível de satisfação pessoal condizente com as suas capacidades!

tal como eu tinha dito antes, "pode-se ter uma **** grande e não ser actor porno!"

Exactamente isso, a metáfora é fantástica. Potencial tenho imenso, mas acabo por conseguir 5% do que outros com vontade conseguem.

[AlexKarelin]

Um grande amigo meu de infância tinha capacidades de inteligência e físicas claramente acima da média.

Nos estudos e nas brincadeiras isso era evidente, na adolescência com os pais separados começou a impor-se em casa (vivia com a mãe) e cedo conquistou um nível de liberdade invulgar para a sua idade.

Sempre foi apologista de viver a vida ao máximo, assim na fase dos copos e drogas sempre foi dos que abusava mais, enquanto eu e outros nos ficámos pelas drogas leves, ele começou esporadicamente a consumir pesadas, normalmente quando fazia uma saída mais especial. muito cedo também percebeu que podia ganhar muito dinheiro no tráfego e assim fez (apesar de se ter ficado sempre por pequenas quantidades 125/250 gr de haxixe de cada vez que comprava) embora como "retalhista" apenas.

Portanto entre drogas, mulheres, alcool, festas fez até aos primeiros anos da idade adulta mais do que a maior parte fará na vida toda, os estudos onde tinha facilidades foram deixados para 2º plano.

Já não me lembro bem com que idade fez primeira desintoxicação e quantas mais fez, ou seja quantas recaídas teve, a verdade é que começou a ter problemas de saúde como diabetes, dentes estragados e outros.

Morreu próximo dos 40 anos.

Numa avaliação convencional não foi uma pessoa bem sucedida, mas lembro-me de sempre ter dito que preferia uma vida intensa do que um constante "banho maria".

[ahmhsb]

Um grande amigo meu de infância tinha capacidades de inteligência e físicas claramente acima da média.

Nos estudos e nas brincadeiras isso era evidente, na adolescência com os pais separados começou a impor-se em casa (vivia com a mãe) e cedo conquistou um nível de liberdade invulgar para a sua idade.

Sempre foi apologista de viver a vida ao máximo, assim na fase dos copos e drogas sempre foi dos que abusava mais, enquanto eu e outros nos ficámos pelas drogas leves, ele começou esporadicamente a consumir pesadas, normalmente quando fazia uma saída mais especial. muito cedo também percebeu que podia ganhar muito dinheiro no tráfego e assim fez (apesar de se ter ficado sempre por pequenas quantidades 125/250 gr de haxixe de cada vez que comprava) embora como "retalhista" apenas.

Portanto entre drogas, mulheres, alcool, festas fez até aos primeiros anos da idade adulta mais do que a maior parte fará na vida toda, os estudos onde tinha facilidades foram deixados para 2º plano.

Já não me lembro bem com que idade fez primeira desintoxicação e quantas mais fez, ou seja quantas recaídas teve, a verdade é que começou a ter problemas de saúde como diabetes, dentes estragados e outros.

Morreu próximo dos 40 anos.

Numa avaliação convencional não foi uma pessoa bem sucedida, mas lembro-me de sempre ter dito que preferia uma vida intensa do que um constante "banho maria".

O teu amigo é mais um caso daquilo que aqui falamos, porque simplesmente nunca foi bem sucedido... e pior ainda é um caso extremo. (Neste caso, o dinheiro não lhe serve de muito se não tiver saúde para o gozar, alem das questões morais... para mim dinheiro da droga (e conheço (de vista) alguns que fazem disso vida, mas já sei que mais dia menos dia... deixa de conduzir o Porsche dele, para sempre...) não é dinheiro, nem sinonimo de sucesso... é um atalho que acaba por ser também um atalho para o termo da vida (como se viu, infelizmente no caso do teu amigo).
Eu sou apologista de aproveitar a vida, mas q.b. caso contrario não a estamos a aproveitar... mas sim a desperdiçar. Usando mais uma metáfora, não adianta ir todos os dias nas put** e sair de la com a SIDA, podes ir la de vez em quando e sair de dela sem SIDA...
Ou seja não adianta andares a consumir ou vender droga, quando isso mais cedo ou mais tarde "is gonna catch you down".
Uma coisa é ter uma vida enfadonha, outra é ser desregrado... entre uma e outra, venha o diabo e escolha...
Na vida temos que ter uma postura "q.b", dando outra metáfora... eu adora mcdonalds, não é por isso como la todos os dias, para ficar obeso... como ocasionalmente (tipo 1/2 vezes por mês), isto aplica-se a drogas e tudo mais.
De facto essa historia é triste, pois contempla o lado mais "extremo" das coisas. Mas a vida é feita de escolhas...