Boa Tarde,
O que vou aqui expor é algo que me aconteceu e que servirá para obter algum tipo de ajuda e informação como proceder...
Os meus avós paternos, tinham uma casa onde viviam. Eles tinham 2 filhos (o meu Pai e a minha Tia).
Quando o meu avô faleceu, ficou combinado entre a minha Tia o meu Pai que ambos iriam assumir o pagamento da casa da minha Avó até que a mesma estivesse paga.
Tal sempre aconteceu escrupulosamente, ambas as partes pagavam a casa da minha avó. Ficou também falado entre eles que a casa seria para um dia dividir entre ambos quando a minha avó falecesse.
No entanto esse minha tia e mais o meu tio, sempre foram pessoas ambiciosas e que queriam sempre mais do que podiam ter.
O que acontece é que em 2002, o meu pai faleceu repentinamente de um AVC. Isso sucedeu em Agosto desse ano. Escusado será dizer que foi uma bomba na minha casa.
Eu era um miúdo de 22 anos na altura e curiosamente estava de "ferias" em casa já que tinha saído de um trabalho temporário na altura.
O meu pai era quem trazia mais dinheiro para casa e era também a pessoa que geria praticamente tudo na casa.
A minha mãe entrou num estado de negação e de choque, andando durante algum tempo sem contacto com a realidade dos factos.
Essencialmente tive que "crescer" de um dia para o outro... Ver o que havia para pagar, as despesas que haviam, as dívidas, etc...
De repente tive que ir arranjar um trabalho (qualquer que ele fosse), para conseguir ajudar a minha mãe a pagar as despesas que haviam...
Por azar em Junho ambos tinham pedido um empréstimo de valor avultado para obras em casa, e apesar de ter sido pedido obrigatoriamente um seguro, na verdade a seguradora nunca assumiu nada... alegando que o meu pai sofria de uma doença pré-existente e que não tinha apresentado a eles provas disso (falavam de Hiper-Tensão e Obesidade).
Curiosamente deveriam ter sido eles a verificar isso se achavam que a pessoa estava de má fé. Andou-se ainda a tentar fazer alguma coisa... No entanto o resultado foram 4 anos de muito sacrifício e muitas vezes sem comida para comer (cheguei a ir pedir comida a uma igreja numa povoação próxima, daquela ajuda da EU para pessoas carenciadas).
O que aconteceu entretanto foi incrível... Depois do meu pai falecer, falou-se com a minha Tia que me perguntou como é que ficava os pagamentos da casa da minha avó... Eu disse que nada iria mudar, a palavra do meu pai era a mesma que eu tinha, continuaríamos a pagar metade do valor até a mesma estar paga.
A mesma acabou por ficar paga em Setembro de 2002. E assim que se recebeu o documento da hipoteca começaram as movimentações dos meus TIOS.
Primeiramente começaram por meter medo á minha Avó, dizendo que ela iria ficar sozinha e que nós não a iríamos apoiar em nada... Que ela (a filha) é que iria cuidar dela no futuro.
Depois vieram falar connosco a dizer que o prédio onde estava a casa precisava de obras e que iria cair 1000€ a cada condómino... E como a minha avó não tinha dinheiro e nós também não, que seria necessário vender a casa...
Achei isso tudo muito estranho, mas disse á minha Tia que não era preciso vender a casa por causa de umas obras... Eu iria arranjar a minha parte para cobrir os custos...
E apesar de toda a aflição que estávamos, acabei por pedir um crédito de 500€ na cofidis para poder assumir a parte que nos competia...
Assim que viram que íamos conseguir começaram logo a arranjar outra desculpa... Desta vez era que a minha avó queria fazer uma operação aos olhos e que não conseguia já ver e que teriam que vender a casa...
Eu nem queria acreditar no que estava a ouvir e fui á casa da minha Avó e fui a questionar sobre este assunto...
Perguntei-lhe o que se estava a passar e porque queria vender a casa... A resposta dela é que queria mesmo vender a casa e que precisava de fazer a operação aos olhos (falamos de uma Sra. de 80 anos na altura).
E eu disse-lhe que não era preciso vender a casa por uma operação aos olhos... Ao qual ela me continuou a dizer que queria vender a casa por causa disso...
Fiquei passado e disse-lhe que se o filho dela estivesse a ver o que se passava não iria gostar nada da situação e que ela teria que fazer contas com ele quando morresse...
Mas nada consegui dali... Claramente pareceu-me coagida pela filha...
Comecei a perceber o esquema deles... Eles queriam que a minha avó vendesse a casa em vida, para impedir que nós recebêssemos metade da casa quando ela morresse...
Aproveitaram na altura um momento em que estávamos no chão para fazer esta sacanisse...
Inicialmente opusemos-nos á situação, mas a constante pressão que era feita diariamente á minha mãe, com telefonemas, idas ao trabalho do meu tio, onde pressionava para ela assinar os documentos...
Foi algo que não teve explicação... O meu Tio chegou ele mesmo a gabar-se á frente da minha Mãe a dizer que tinha sido ele que queria que a casa fosse vendida...
Eventualmente e para poupar a minha mãe de mais sofrimento, acabei por lhe dizer para ela assinar a porra do documento que ele queria que ela assinasse.
Estávamos na altura sem qualquer tipo de apoio de ninguém... fosse família, amigos ou conhecidos... Não tivemos na altura ninguém que nós aconselhasse o que fazer...
Resultado a casa foi "avaliada" (ainda não sabemos como foi chegado ao valor), por 12.500 Contos. Sendo que desse valor Seria 8500 Contos para a minha avó, 2000 Contos para a minha Tia e 2000 Contos para a minha Mãe (e eu).
Em Outubro de 2002, eles dizem-nos que já havia comprador para a casa sendo que já estava marcada a escritura e tudo... Não fomos tidos nem achados no processo...
No dia da Escritura, quando lá chegamos já lá estava a minha Tia, o meu Tio a minha Avó e uma advogada deles...
Apareceu depois lá um casal (os interessados), que supostamente seriam uns emigrantes que queriam comprar aquela casa.
Fomos então para a escritura...
Lá foi feita pelo notário e onde os interessados (que não conhecíamos sequer), passaram 3 cheques um para a minha Avó (no valor dos 8000 contos) e dois cheques de 2000 contos cada para a minha Tia e para a minha Mãe.
A situação foi como seria de esperar tensa, já que eles tinham tudo na mão e nós estávamos a tentar realizarmos-nos da perda do meu Pai e também do facto de estarmos com a corda no pescoço (e que apesar de tudo esse dinheiro ia ajudar a conseguirmos sobreviver).
Eventualmente a coisa terminou e a partir dessa altura eu cortei todos os laços com os meus Tios e a minha Avó... Tendo-lhe dito antes da escritura que se ela fosse para a frente com aquilo poderia esquecer que tinha um neto, pois o que ela ia fazer o meu PAI nunca o faria se a situação fosse ao contrário.
Passaram-se alguns anos, a minha avó eventualmente foi viver com a minha Tia (deve ter sofrido bem nas mãos dela... pois ela era do mais cruel que havia), e um belo dia uma das vizinhas da minha Avó, vê que a casa dela estava novamente habitada e com os meus Tios...
Surpreendida pergunta a eles o que ali faziam... Ao que eles respondem que as pessoas que haviam comprado a casa, afinal não quiseram a casa e queriam desfazer-se dela... E eles não queriam perder a casa de família...
Isto passou-se e um belo dia a minha Mãe encontra-se com essa dita vizinha que lhe conta a novidade... A minha mãe fica incrédula... falou na altura comigo e eu tive logo a nitida ideia que aqui havia alguma coisa de estranho...
Através de uma conhecida dela na conservatória conseguiu-se uma cópia dessa segunda escritura...
Então pelos vistos ao fim de 4 meses da escritura onde a casa havia sido vendida aos novos donos, foi feita uma segunda escritura, onde a mesma era novamente vendida a eles!
Pelo que percebi 4 meses era o mínimo legal para se fazer uma nova escritura da casa...
Infelizmente e durante muitos anos não tivemos possibilidade de fazer o que fosse sobre este assunto... Anos mais tarde a minha mãe acabou por sofrer um AVC e sofre actualmente de problemas de Artitre Reumatóide (em estado avançado) e Lupus.
A minha ideia sobre este assunto é a seguinte (apesar de não ter provas)...
Assim que a minha tia percebeu que poderia fazer este esquema (já que ela tinha respeito pelo meu pai AKA MEDO), avançou logo...
Pensaram que tinham que fazer isto enquanto estávamos no chão e não tínhamos como fazer o que fosse...
Devem ter arranjado esse casal onde devem ter dado para ai 1000 contos ou algo, para se fazerem passar pelos tais interessados.
Depois eles é que avaliaram a casa ao jeito deles sempre com a cumplicidade de uma advogada que lhe explicou tudo o que teria que ser feito...
No dia da escritura de CERTEZA que o único cheque que tinha efectivamente dinheiro era o que foi dado á minha Mãe... Os outros nunca devem ter sido colocados no banco sequer...
Agora imaginem o que é ter que passar diáramente em frente daquela casa anos a fio e muitas vezes vendo-os lá na janela da casa... Uma casa que foi conseguida de forma desonesta e injusta...
Porque é que eu venho falar disto agora se as coisas aconteceram em 2002?
Porque o mundo dá muitas voltas...
E se na altura era um miúdo de 22 Anos, agora tenho 37 anos...
Se durante mais de 16 anos eu e a minha mãe tivemos que andar a pagar as despesas e dividas que havia (incluindo a casa da minha mãe), a mesma ficou paga no início deste ano.
E porque finalmente tenho os recursos necessários para mover o mundo para obter justiça para o meu Pai e para a minha Mãe.
Faço aqui algumas questões para quem souber me possa ajudar...
O que eu procuro e pretendo?
- Essencialmente JUSTIÇA... Justiça para o meu Pai, que viu o seu filho deserdado, Justiça para a minha Mãe, que sofreu por muitos anos, a perda do meu pai e o que lhe fizeram a seguir (em especial os danos á saúde dela).
- Anular o negócio e recolocar a casa repartida em 50% para cada lado, sendo que a avaliação da casa seria agora feita por um avaliador certificado ou alguma agência imobiliária.
- Compensações por danos a mim e á minha mãe...
Questões que procuro obter alguma ajuda...
- Existe prazos para contestar as escrituras, caso exista a suspeita de burla?
- É possível perceber se foi de facto feita uma burla, já que os cheques podem nunca ter sido levantados?
- Se efectivamente foram colocados em conta, é possível exigir saber onde os 8000 contos da minha avó foram?
De frisar que a minha avó não sabia nem ler nem escrever, e tão pouco percebia o valor do dinheiro.
Vim a saber posteriormente que a minha avó havia falecido a 12 de Março de 2012 e que haviam mexido no caixão e corpo do meu pai sem qualquer autorização da nossa parte.
Soube disto causalmente quando me encontrei com o coveiro numa estação de correios...
Ele diz-me que á várias semanas haviam estado lá a mexer no chão e que haviam lá colocado um corpo.
Eu fiquei parvo... Perguntei se ele tinha a certeza... Ele disse-me que sim, mas que estava de férias naquela altura...
No dia seguinte fui lá com a minha mãe ao cemitério e fui logo á zona onde o meu avô e pai estavam enterrados... ESTAVA tudo igual como anteriormente (de referir que a minha Avó faleceu em 12 de Março e eu soube disso em Agosto desse ano), pensei para mim...
O coveiro deve-se ter enganado... Não deve ter sido ali... Mas fui falar com um colega dele sobre a situação e ele também se recordava do facto.
Pedi então para ele verificar no livro de registo sobre isso...
E não é que era verdade! O nome da minha Avó estava de facto lá como a pessoa que havia morrido e sido enterrada...
Fiquei tão revoltado e indignado com a situação...
Nem nos disseram nada... Isso mostrava bem o quanto eles nos desprezavam e queriam que desaparecêssemos da face da terra...
Alias eles só não nos tiraram os 2000 Contos, porque a lei não permitia, porque pela vontade deles nem isso teríamos tido...
Isto só mostra como existe mesmo más pessoas no mundo...
Desculpem desde já o meu longo texto... Reviver tudo o que eu escrevi aqui é ainda um processo doloroso, mesmo já passados estes anos todos...
Sinto sempre aquela sensação de injustiça que não consigo esquecer e perdoar...
Sinto que a Ganância de uns é de tal forma desmedida que tudo serve para passar por cima dos outros...
Mas o mundo dá muitas voltas e eu quero ver se é ainda possível restituir a justiça á memória do meu Pai e á minha Mãe enquanto ela ainda for viva...
Obrigado a todos os que me puderem ajudar...
Se precisarem de alguma informação ou questão por favor façam-me...
Com os meus melhores cumprimentos,
LPC
O que vou aqui expor é algo que me aconteceu e que servirá para obter algum tipo de ajuda e informação como proceder...
Os meus avós paternos, tinham uma casa onde viviam. Eles tinham 2 filhos (o meu Pai e a minha Tia).
Quando o meu avô faleceu, ficou combinado entre a minha Tia o meu Pai que ambos iriam assumir o pagamento da casa da minha Avó até que a mesma estivesse paga.
Tal sempre aconteceu escrupulosamente, ambas as partes pagavam a casa da minha avó. Ficou também falado entre eles que a casa seria para um dia dividir entre ambos quando a minha avó falecesse.
No entanto esse minha tia e mais o meu tio, sempre foram pessoas ambiciosas e que queriam sempre mais do que podiam ter.
O que acontece é que em 2002, o meu pai faleceu repentinamente de um AVC. Isso sucedeu em Agosto desse ano. Escusado será dizer que foi uma bomba na minha casa.
Eu era um miúdo de 22 anos na altura e curiosamente estava de "ferias" em casa já que tinha saído de um trabalho temporário na altura.
O meu pai era quem trazia mais dinheiro para casa e era também a pessoa que geria praticamente tudo na casa.
A minha mãe entrou num estado de negação e de choque, andando durante algum tempo sem contacto com a realidade dos factos.
Essencialmente tive que "crescer" de um dia para o outro... Ver o que havia para pagar, as despesas que haviam, as dívidas, etc...
De repente tive que ir arranjar um trabalho (qualquer que ele fosse), para conseguir ajudar a minha mãe a pagar as despesas que haviam...
Por azar em Junho ambos tinham pedido um empréstimo de valor avultado para obras em casa, e apesar de ter sido pedido obrigatoriamente um seguro, na verdade a seguradora nunca assumiu nada... alegando que o meu pai sofria de uma doença pré-existente e que não tinha apresentado a eles provas disso (falavam de Hiper-Tensão e Obesidade).
Curiosamente deveriam ter sido eles a verificar isso se achavam que a pessoa estava de má fé. Andou-se ainda a tentar fazer alguma coisa... No entanto o resultado foram 4 anos de muito sacrifício e muitas vezes sem comida para comer (cheguei a ir pedir comida a uma igreja numa povoação próxima, daquela ajuda da EU para pessoas carenciadas).
O que aconteceu entretanto foi incrível... Depois do meu pai falecer, falou-se com a minha Tia que me perguntou como é que ficava os pagamentos da casa da minha avó... Eu disse que nada iria mudar, a palavra do meu pai era a mesma que eu tinha, continuaríamos a pagar metade do valor até a mesma estar paga.
A mesma acabou por ficar paga em Setembro de 2002. E assim que se recebeu o documento da hipoteca começaram as movimentações dos meus TIOS.
Primeiramente começaram por meter medo á minha Avó, dizendo que ela iria ficar sozinha e que nós não a iríamos apoiar em nada... Que ela (a filha) é que iria cuidar dela no futuro.
Depois vieram falar connosco a dizer que o prédio onde estava a casa precisava de obras e que iria cair 1000€ a cada condómino... E como a minha avó não tinha dinheiro e nós também não, que seria necessário vender a casa...
Achei isso tudo muito estranho, mas disse á minha Tia que não era preciso vender a casa por causa de umas obras... Eu iria arranjar a minha parte para cobrir os custos...
E apesar de toda a aflição que estávamos, acabei por pedir um crédito de 500€ na cofidis para poder assumir a parte que nos competia...
Assim que viram que íamos conseguir começaram logo a arranjar outra desculpa... Desta vez era que a minha avó queria fazer uma operação aos olhos e que não conseguia já ver e que teriam que vender a casa...
Eu nem queria acreditar no que estava a ouvir e fui á casa da minha Avó e fui a questionar sobre este assunto...
Perguntei-lhe o que se estava a passar e porque queria vender a casa... A resposta dela é que queria mesmo vender a casa e que precisava de fazer a operação aos olhos (falamos de uma Sra. de 80 anos na altura).
E eu disse-lhe que não era preciso vender a casa por uma operação aos olhos... Ao qual ela me continuou a dizer que queria vender a casa por causa disso...
Fiquei passado e disse-lhe que se o filho dela estivesse a ver o que se passava não iria gostar nada da situação e que ela teria que fazer contas com ele quando morresse...
Mas nada consegui dali... Claramente pareceu-me coagida pela filha...
Comecei a perceber o esquema deles... Eles queriam que a minha avó vendesse a casa em vida, para impedir que nós recebêssemos metade da casa quando ela morresse...
Aproveitaram na altura um momento em que estávamos no chão para fazer esta sacanisse...
Inicialmente opusemos-nos á situação, mas a constante pressão que era feita diariamente á minha mãe, com telefonemas, idas ao trabalho do meu tio, onde pressionava para ela assinar os documentos...
Foi algo que não teve explicação... O meu Tio chegou ele mesmo a gabar-se á frente da minha Mãe a dizer que tinha sido ele que queria que a casa fosse vendida...
Eventualmente e para poupar a minha mãe de mais sofrimento, acabei por lhe dizer para ela assinar a porra do documento que ele queria que ela assinasse.
Estávamos na altura sem qualquer tipo de apoio de ninguém... fosse família, amigos ou conhecidos... Não tivemos na altura ninguém que nós aconselhasse o que fazer...
Resultado a casa foi "avaliada" (ainda não sabemos como foi chegado ao valor), por 12.500 Contos. Sendo que desse valor Seria 8500 Contos para a minha avó, 2000 Contos para a minha Tia e 2000 Contos para a minha Mãe (e eu).
Em Outubro de 2002, eles dizem-nos que já havia comprador para a casa sendo que já estava marcada a escritura e tudo... Não fomos tidos nem achados no processo...
No dia da Escritura, quando lá chegamos já lá estava a minha Tia, o meu Tio a minha Avó e uma advogada deles...
Apareceu depois lá um casal (os interessados), que supostamente seriam uns emigrantes que queriam comprar aquela casa.
Fomos então para a escritura...
Lá foi feita pelo notário e onde os interessados (que não conhecíamos sequer), passaram 3 cheques um para a minha Avó (no valor dos 8000 contos) e dois cheques de 2000 contos cada para a minha Tia e para a minha Mãe.
A situação foi como seria de esperar tensa, já que eles tinham tudo na mão e nós estávamos a tentar realizarmos-nos da perda do meu Pai e também do facto de estarmos com a corda no pescoço (e que apesar de tudo esse dinheiro ia ajudar a conseguirmos sobreviver).
Eventualmente a coisa terminou e a partir dessa altura eu cortei todos os laços com os meus Tios e a minha Avó... Tendo-lhe dito antes da escritura que se ela fosse para a frente com aquilo poderia esquecer que tinha um neto, pois o que ela ia fazer o meu PAI nunca o faria se a situação fosse ao contrário.
Passaram-se alguns anos, a minha avó eventualmente foi viver com a minha Tia (deve ter sofrido bem nas mãos dela... pois ela era do mais cruel que havia), e um belo dia uma das vizinhas da minha Avó, vê que a casa dela estava novamente habitada e com os meus Tios...
Surpreendida pergunta a eles o que ali faziam... Ao que eles respondem que as pessoas que haviam comprado a casa, afinal não quiseram a casa e queriam desfazer-se dela... E eles não queriam perder a casa de família...
Isto passou-se e um belo dia a minha Mãe encontra-se com essa dita vizinha que lhe conta a novidade... A minha mãe fica incrédula... falou na altura comigo e eu tive logo a nitida ideia que aqui havia alguma coisa de estranho...
Através de uma conhecida dela na conservatória conseguiu-se uma cópia dessa segunda escritura...
Então pelos vistos ao fim de 4 meses da escritura onde a casa havia sido vendida aos novos donos, foi feita uma segunda escritura, onde a mesma era novamente vendida a eles!
Pelo que percebi 4 meses era o mínimo legal para se fazer uma nova escritura da casa...
Infelizmente e durante muitos anos não tivemos possibilidade de fazer o que fosse sobre este assunto... Anos mais tarde a minha mãe acabou por sofrer um AVC e sofre actualmente de problemas de Artitre Reumatóide (em estado avançado) e Lupus.
A minha ideia sobre este assunto é a seguinte (apesar de não ter provas)...
Assim que a minha tia percebeu que poderia fazer este esquema (já que ela tinha respeito pelo meu pai AKA MEDO), avançou logo...
Pensaram que tinham que fazer isto enquanto estávamos no chão e não tínhamos como fazer o que fosse...
Devem ter arranjado esse casal onde devem ter dado para ai 1000 contos ou algo, para se fazerem passar pelos tais interessados.
Depois eles é que avaliaram a casa ao jeito deles sempre com a cumplicidade de uma advogada que lhe explicou tudo o que teria que ser feito...
No dia da escritura de CERTEZA que o único cheque que tinha efectivamente dinheiro era o que foi dado á minha Mãe... Os outros nunca devem ter sido colocados no banco sequer...
Agora imaginem o que é ter que passar diáramente em frente daquela casa anos a fio e muitas vezes vendo-os lá na janela da casa... Uma casa que foi conseguida de forma desonesta e injusta...
Porque é que eu venho falar disto agora se as coisas aconteceram em 2002?
Porque o mundo dá muitas voltas...
E se na altura era um miúdo de 22 Anos, agora tenho 37 anos...
Se durante mais de 16 anos eu e a minha mãe tivemos que andar a pagar as despesas e dividas que havia (incluindo a casa da minha mãe), a mesma ficou paga no início deste ano.
E porque finalmente tenho os recursos necessários para mover o mundo para obter justiça para o meu Pai e para a minha Mãe.
Faço aqui algumas questões para quem souber me possa ajudar...
O que eu procuro e pretendo?
- Essencialmente JUSTIÇA... Justiça para o meu Pai, que viu o seu filho deserdado, Justiça para a minha Mãe, que sofreu por muitos anos, a perda do meu pai e o que lhe fizeram a seguir (em especial os danos á saúde dela).
- Anular o negócio e recolocar a casa repartida em 50% para cada lado, sendo que a avaliação da casa seria agora feita por um avaliador certificado ou alguma agência imobiliária.
- Compensações por danos a mim e á minha mãe...
Questões que procuro obter alguma ajuda...
- Existe prazos para contestar as escrituras, caso exista a suspeita de burla?
- É possível perceber se foi de facto feita uma burla, já que os cheques podem nunca ter sido levantados?
- Se efectivamente foram colocados em conta, é possível exigir saber onde os 8000 contos da minha avó foram?
De frisar que a minha avó não sabia nem ler nem escrever, e tão pouco percebia o valor do dinheiro.
Vim a saber posteriormente que a minha avó havia falecido a 12 de Março de 2012 e que haviam mexido no caixão e corpo do meu pai sem qualquer autorização da nossa parte.
Soube disto causalmente quando me encontrei com o coveiro numa estação de correios...
Ele diz-me que á várias semanas haviam estado lá a mexer no chão e que haviam lá colocado um corpo.
Eu fiquei parvo... Perguntei se ele tinha a certeza... Ele disse-me que sim, mas que estava de férias naquela altura...
No dia seguinte fui lá com a minha mãe ao cemitério e fui logo á zona onde o meu avô e pai estavam enterrados... ESTAVA tudo igual como anteriormente (de referir que a minha Avó faleceu em 12 de Março e eu soube disso em Agosto desse ano), pensei para mim...
O coveiro deve-se ter enganado... Não deve ter sido ali... Mas fui falar com um colega dele sobre a situação e ele também se recordava do facto.
Pedi então para ele verificar no livro de registo sobre isso...
E não é que era verdade! O nome da minha Avó estava de facto lá como a pessoa que havia morrido e sido enterrada...
Fiquei tão revoltado e indignado com a situação...
Nem nos disseram nada... Isso mostrava bem o quanto eles nos desprezavam e queriam que desaparecêssemos da face da terra...
Alias eles só não nos tiraram os 2000 Contos, porque a lei não permitia, porque pela vontade deles nem isso teríamos tido...
Isto só mostra como existe mesmo más pessoas no mundo...
Desculpem desde já o meu longo texto... Reviver tudo o que eu escrevi aqui é ainda um processo doloroso, mesmo já passados estes anos todos...
Sinto sempre aquela sensação de injustiça que não consigo esquecer e perdoar...
Sinto que a Ganância de uns é de tal forma desmedida que tudo serve para passar por cima dos outros...
Mas o mundo dá muitas voltas e eu quero ver se é ainda possível restituir a justiça á memória do meu Pai e á minha Mãe enquanto ela ainda for viva...
Obrigado a todos os que me puderem ajudar...
Se precisarem de alguma informação ou questão por favor façam-me...
Com os meus melhores cumprimentos,
LPC
Comentário