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Entrar para medicina com média de 10 valores

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    Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
    Apenas um preciosismo, pois o que foi dito foi "in fine, há médicos que entraram..."

    Naturalmente.

    Ora nem mais. Daí a média de acesso, tão taxativa, ser tão, digamos, inútil no fim mas tão limitadora no princípio. É a isso que me refiro, percebes agora?...


    Sei perfeitamente disso, pois em todos os cursos há inúmeras desistências.
    É evidentemente limitadora pois não há recursos infinitos para albergar todos os candidatos a determinado curso...

    è esse objectivo dos numeros clausus

    Não é um sistema perfeito, mas é justo, igual para todos, com regras claras e definidas, é um concurso publico e a nível nacional, altamente aditado e fiscalizado, de confiança, que premeia o mérito individual...

    É um sistema de meritocracia.
    Quem quer determinado objectivo que trabalhe para isso.
    Se mesmo assim não consegue, é porque outros foram melhores do que essa pessoa...o que é justo.

    Comentário


      Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
      O que está em causa é um sistema que permite à priori uma média elevadíssima para entrar, quiçá limitando vocações
      Essa das vocações é mais para os Seminários e ao que parece, existem bastantes vagas.

      Neste caso, estamos a falar de um sistema que premeia o mérito. Imaginem que os médicos, que são como são, tivessem que ter apenas uma média de 10 para entrar.

      Estaríamos cheios de médicos Cubanos....

      Comentário


        Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
        Estás lá.
        Não é para medir a qualidade de alunos de anos diversos....e de concursos anteriores...esta nota não mede a qualidade dos alunos...

        é para SERIAR alunos de determinado ano! Não para aferir a sua qualidade. há uma relação, mas não é esse objectivo...

        Comentário


          Originalmente Colocado por Foliv Ver Post
          Vagas... que reflectem as condições logísticas e e recursos humanos disponíveis...

          A procura do curso, que em Portugal ainda oferece algumas garantias de empregabilidade e boa remuneração..

          Se o aluno tem 12 e quer medicina, então que estude mais, suba a sua média, se esforce como os outros, que se sacrifique e abdique de coisas como os outros, e se não conseguir é livre de ir para outro Pais estudar....

          Quem entra com 18 teve TODO o mérito de entrar, pois independentemente das razões que o levaram concorrer, atingiu o seu objectivo e evidentemente trabalhou para isso.

          Essa media alta reflecte um alto empenho, trabalho, determinação, que só quem realmente quer MESMO esse objectivo consegue ter....

          è um dos obstáculos a vencer...

          Não basta dizer:
          " sou um coitado que queria ser médico mas não quero trabalhar muito para isso e só tenho 12 de media, mas tenho muita vocação snif sniff"

          Se quer ser medico ou outra coisa qualquer que trabalhe para isso, que seja melhor que os outros que também querem, se o candidato não tem essa determinação, fibra, e capacidade, nunca seria um bom profissional independentemente da profissão...
          Não percebeste. Não há aqui lamentação nenhuma, como pareces sugerir. Nunca me interessou medicina.

          O que está em causa é que, por mero artificialismo dos critérios, díspares, uns entrem com 12 (consta-me que em Espanha se entra em medicina em algumas faculdades com essa média, sujeito a confirmação...) e outros com 19, ou mais, o que nos devolve a uma questão que aqui apresentei em tempos sobre as médias de acesso em medicina e as necessidades do país em número de médicos.

          É que estamos a dificultar a acesso aos nossos alunos e, na prática, estamos a "importar" médicos a países onde, quiçá, as regras de acesso serão mais, digamos, brandas...

          No final todos fazem a mesma coisa, certo?...

          Comentário


            Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
            Essa das vocações é mais para os Seminários e ao que parece, existem bastantes vagas.

            Neste caso, estamos a falar de um sistema que premeia o mérito. Imaginem que os médicos, que são como são, tivessem que ter apenas uma média de 10 para entrar.

            Estaríamos cheios de médicos Cubanos...
            .
            Não vejo porquê...até podiam entrar...agora sair era outra história

            Comentário


              Originalmente Colocado por André Ver Post
              Ano anterior

              ...
              Sim, a definição concreta é conhecida no ano anterior á candidatura...

              Mas desde se anda na escola que se sabe que as notas que vvão contar são as do 10, 11, e 12 anos, e sabe-se desde que se anda na escola que há especificas e vagas...

              Por isso o mecanismo geral de candidatura sabe-se anos antes de a realizar...

              Comentário


                Originalmente Colocado por Movyk Ver Post
                Não vejo porquê...até podiam entrar...agora sair era outra história
                Precisamente.

                Comentário


                  Originalmente Colocado por André Ver Post
                  As vagas não sobram para o ano seguinte...acho eu...
                  Sim, certo...

                  Não era bem isso que queria dizer....

                  As vagas que se definem todos os anos tem em consideração o numero de repetentes , dos que passaram para o 2, e dos que desistiram...

                  Se chumba muita gente no 1º ano, naturalmente que as vagas serão menores para o ano seguinte...

                  Se passam muitos ou desistem muitos, então no ano seguinte há mais vagas, conforme a logística da instituição...

                  Comentário


                    Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                    Não percebeste. Não há aqui lamentação nenhuma, como pareces sugerir. Nunca me interessou medicina.

                    ...
                    Nem me passou pela cabeça sugerir ou pensar sequer que te estás a lamentar... sei que esta não é a tua área...
                    estou a falar no geral não a particularizar em ti, apesar de te estar a interpelar nas respostas...

                    Comentário


                      Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                      Ou seja, e sê sincero, aceitas como justo que um candidato ao mesmo curso que tu entre (por exemplo) em Espanha com 14 e tu tenhas tido de ter (por exemplo, também) 19?! Mais tarde esse aluno poderá, em teoria, ir exercer no mesmo estabelecimento que tu, certo? Achas correcto, não é verdade?
                      Não é uma questão de estar correcto ou não e não vale a pena entrares por aí.

                      1. Como o Foliv já te explicou, a nota de entrada NADA influi na conclusão do curso, pois partes do zero logo que entras.

                      Aliás, como estás muito interessado em Medicina, fica sabendo que -nas actuais regras- a média do curso em Portugal só serve para critérios de desempate no exame de acesso à especialidade.

                      Ou seja, um aluno pode fazer o curso com média de 10 e outro com 16, o de 10 chega ao Harrisson's e tem melhor nota que o de 16 e tem AUTOMATICAMENTE preferência na escolha da especialidade

                      2. Os diferentes países têm diferentes estruturas universitárias, com diferentes cursos, cursos esses que se desenrolam com diferentes curricula. Isso é a consequência inerente da LIBERDADE e DIVERSIVIDADE no ensino universitário mundial, com faculdades mais especializadas nisto, outras naquilo, outras em nada e por aí fora. A Lei da Oferta e da Procura. Mercado. O mundo é assim (felizmente!).

                      3. Como já devias ter percebido as faculdades atraem alunos oferecendo o curso x, feito da maneira y. Naturalmente que é IMPOSSÍVEL que os cursos se desenrolem EXACTAMENTE nas mesmas condições, com os mesmos critérios de avaliação e por aí fora.

                      As críticas que fazes só podem ser resolvidas na ex-CCCP...

                      Comentário


                        Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                        Não percebeste. Não há aqui lamentação nenhuma, como pareces sugerir. Nunca me interessou medicina.

                        O que está em causa é que, por mero artificialismo dos critérios, díspares, uns entrem com 12 (consta-me que em Espanha se entra em medicina em algumas faculdades com essa média, sujeito a confirmação...) e outros com 19, ou mais, o que nos devolve a uma questão que aqui apresentei em tempos sobre as médias de acesso em medicina e as necessidades do país em número de médicos.

                        É que estamos a dificultar a acesso aos nossos alunos e, na prática, estamos a "importar" médicos a países onde, quiçá, as regras de acesso serão mais, digamos, brandas...

                        No final todos fazem a mesma coisa, certo?...
                        Há o numero de vagas que há, devido á logística das instituições...

                        Nós não queremos só mais médicos, isso era fácil de arranjar, nós queremos mais BONS médicos, e isso necessita de boas instalações, bons hospitais, bons equipamentos, bons e muitos professores, e muita pratica a cada aluno.... não se pode admitir que numa aula pratica com um doente estejam 30 ou 40 alunos a fazer um exame ao paciente, posi evidentemente só apenas 2 ou 3 desses alunos poderão fazer esse exame...

                        Não temos faculdades para mais, nem hospitais para mais, nem professores para mais, nem dinheiro para mais.

                        Comentário


                          Originalmente Colocado por Movyk Ver Post
                          Não vejo porquê...até podiam entrar...agora sair era outra história
                          Em 74/75 entraram todos os que se propuseram...e lá acabaram por sair, mais 10 ou 15 anos menos 10 ou 15 anos depois

                          Tinham todos vocação, diziam eles.

                          Na altura falava-se muito na auto-avaliação e coisas assim e um pouco por todo o ensino universitário houve gente que teve uns 3 primeiros anos de faculdade soberbos...cheios de ideais românticos de avaliação. Os saneamentos favoreceram muita e boa gente, como se sabe.

                          Talvez o PL ache mais justo este sistema ao actual...porque como disse o Foliv, o actual pode não ser perfeito mas é INDUBITAVELMENTE o mais sério, justo e meritocrático.

                          Quem não concorda com ele, proponha um que o substitua

                          Comentário


                            Originalmente Colocado por André Ver Post
                            Não é uma questão de estar correcto ou não e não vale a pena entrares por aí.
                            Claro que vale a pena. A pergunta é legítima e a resposta deveria ser fácil...

                            1. Como o Foliv já te explicou, a nota de entrada NADA influi na conclusão do curso, pois partes do zero logo que entras.
                            Já sei isso há muitas décadas. Na verdade dás-me razão, a média de acesso é, no desenrolar da licenciatura, inutil e apenas serve de crivo. Ora é esse crivo que questiono.

                            Aliás, como estás muito interessado em Medicina, fica sabendo que -nas actuais regras- a média do curso em Portugal só serve para critérios de desempate no exame de acesso à especialidade.
                            Não estou nada interessado em medicina e, que eu saiba, ninguém da família está. O exemplo é de limite e serve, precisamente por isso, para o exercício mental que sugeri!
                            Ou seja, um aluno pode fazer o curso com média de 10 e outro com 16, o de 10 chega ao Harrisson's e tem melhor nota que o de 16 e tem AUTOMATICAMENTE preferência na escolha da especialidade
                            Chegaste onde pretendia! Ou seja, caso não tenhas percebido, a média de acesso é, para efeitos do desenvolvimento do curso, inútil. Ora (idem, ibidem...) se apenas serve de crivo, a média de acesso, e usando o teu exemplo, tanto fazendo ser de 10 ou de 16 é, convenhamos, um sistema de selecção imperfeito e a carecer de ser aperfeiçoado. Percebes agora?

                            2. Os diferentes países têm diferentes estruturas universitárias, com diferentes cursos, cursos esses que se desenrolam com diferentes curricula. Isso é a consequência inerente da LIBERDADE e DIVERSIVIDADE no ensino universitário mundial, com faculdades mais especializadas nisto, outras naquilo, outras em nada e por aí fora. A Lei da Oferta e da Procura. Mercado. O mundo é assim (felizmente!).
                            Opiniões.
                            3. Como já devias ter percebido as faculdades atraem alunos oferecendo o curso x, feito da maneira y. Naturalmente que é IMPOSSÍVEL que os cursos se desenrolem EXACTAMENTE nas mesmas condições, com os mesmos critérios de avaliação e por aí fora.
                            Como já devias ter percebido não é de nada disso que estive a falar. A referenciação aos demais países (como por exemplo a Espanha) serve, apenas, para intelectualizarmos que existem diferenças demasiadamente grandes para, no final, justificarem uma diferenciação tão grande em vez de promoverem alterações no sentido da aproximação possível àqueles (afinal recebemos profissionais de lá) e da descomplicação do sistema de acesso cá.

                            Achas mesmo que se as médias de medicina baixassem para valores aceitáveis de 15/16 "toda a gente" tirava medicina? Já foi dito, e bem, que muita gente desiste algures pelo curso... Percebeste agora?

                            As críticas que fazes só podem ser resolvidas na ex-CCCP...
                            Porquê, já lá estiveste?

                            Comentário


                              Originalmente Colocado por Foliv Ver Post
                              Nós não queremos só mais médicos, isso era fácil de arranjar, nós queremos mais BONS médicos, e isso necessita de boas instalações, bons hospitais, bons equipamentos, bons e muitos professores, e muita pratica a cada aluno.... não se pode admitir que numa aula pratica com um doente estejam 30 ou 40 alunos a fazer um exame ao paciente, posi evidentemente só apenas 2 ou 3 desses alunos poderão fazer esse exame...

                              Não temos faculdades para mais, nem hospitais para mais, nem professores para mais, nem dinheiro para mais.
                              Precisamente!
                              Um curso de Medicina tem de ter uma componente prática muito forte, não é como um curso de linguas onde basta um anfiteatro gigante, enfiam-se lá 400 alunos e se dá a palestra cá de baixo, quem ouvir ouviu quem não ouvir paciência.
                              Para se aumentar o número de vagas em Medicina é preciso haver infraestruturas, pessoal docente, hospitais e tudo o mais preparados para os receber, não é enfiá-los todos num anfiteatro e explicar como curar as pessoas por videoconferência
                              Ainda assim, não há fome que não dê em fartura, e as vagas para Medicina tem aumentado um pouco todos os anos.
                              Não se espere é um número de vagas iguais à de Espanha, que é obviamente um país muito maior, com muitos mais habitantes, mais universidades, e onde naturalmente as coisas são à dimensão de cada país!

                              Cumprimentos

                              Comentário


                                Originalmente Colocado por Foliv Ver Post
                                Sim, certo...

                                Não era bem isso que queria dizer....

                                As vagas que se definem todos os anos tem em consideração o numero de repetentes , dos que passaram para o 2, e dos que desistiram...

                                Se chumba muita gente no 1º ano, naturalmente que as vagas serão menores para o ano seguinte...

                                Se passam muitos ou desistem muitos, então no ano seguinte há mais vagas, conforme a logística da instituição...
                                Sabes teoricamente pode ser assim mas na prática não me parece

                                As vagas resultam de um equilíbrio entre o que quer o ministério e o que pode oferecer a dita faculdade.

                                Em último grau é o ministério a decidir quantos entram, mas claro que tem de ter em conta as condições logísticas da faculdade. Se quer mais vagas, tem que alterar essas condições.

                                Agora chegando a um número x, esse número x manter-se-á para os anos seguintes (se subir isso resultará de alterações nas condições logísticas próprias da faculdade) independentemente de quantos chumbarem/desistirem/falecerem/desaparecerem . No fundo estabelece-se que a faculdade tem capacidade para x alunos por ano.

                                Por exemplo, a minha (FML), desde 2004 tem aumentado sistematica e substancialmente as vagas dado que se construiu todo um novo edifício (separado do Santa Maria) onde decorrem maioritariamente as aulas dos primeiros 3 anos do curso.

                                E continua a oferecer este ano as mesmíssimas 295 vagas (acho que é isto) que ofereceu no meu ano (2006) bem como no ano passado.

                                O número não diminuirá nem aumentará por maiores ou menores número de desistências

                                Até porque o número de docentes mantém-se. As desistências só beneficiam/dão folga aos recursos humanos dos anos seguintes certo...nunca ao 1º ano
                                Editado pela última vez por Andre; 15 September 2008, 00:08.

                                Comentário


                                  Originalmente Colocado por Foliv Ver Post
                                  Há o numero de vagas que há, devido á logística das instituições...

                                  Nós não queremos só mais médicos, isso era fácil de arranjar, nós queremos mais BONS médicos, e isso necessita de boas instalações, bons hospitais, bons equipamentos, bons e muitos professores, e muita pratica a cada aluno.... não se pode admitir que numa aula pratica com um doente estejam 30 ou 40 alunos a fazer um exame ao paciente, pois evidentemente só apenas 2 ou 3 desses alunos poderão fazer esse exame...

                                  Não temos faculdades para mais, nem hospitais para mais, nem professores para mais, nem dinheiro para mais.
                                  Será que não temos mesmo?

                                  Afinal, como dizes, e bem, queremos mais bons médicos, mais boas instalações, mais bons hospitais, mais bons equipamentos, mais e melhores professores e, claro, mais e melhor prática para cada aluno!

                                  Comentário


                                    Originalmente Colocado por Foliv Ver Post
                                    não se pode admitir que numa aula pratica com um doente estejam 30 ou 40 alunos a fazer um exame ao paciente, posi evidentemente só apenas 2 ou 3 desses alunos poderão fazer esse exame...
                                    Não se pode?

                                    Ora é isso que está a acontecer.

                                    O problema começa a verificar-se nos anos clínicos desde a subida considerável de vagas iniciada em 2002...

                                    Nos anos básicos e pré-clínicos, desde que consigas ter mais condições estruturais em termos de número de salas/auditórios, a coisa vai-se resolvendo...

                                    (é uma beleza teóricas à Direito...com 300 e tal pessoas no auditório ) e por video-conferência. Sim...aulas em vídeo-conferência.

                                    (os que estão a pensar "Só em Portugal", reprimam os pensamentos que em França, Alemanha, Bélgica, etc, também têm teóricas em vídeo-conferência).

                                    ...o problema é depois nos anos clínicos (e já nem falo na especialidade mais tarde...).

                                    E sim essas situações estão a acontecer

                                    E nem te passa pela cabeça o drama, como nós lhe chamamos, de fazeres a história clínica a um velhote que já teve 15 ou 20 imberbes a pedirem-lhe exactamente as mesmas informações nessa mesma manhã

                                    Ou o quão confortável é para um doente ter 10-15 alunos no quarto/enfermaria.

                                    Ou um tipo com uma apendicite ser palpado por 25 marmanjos (ou deveria dizer marmanjas que elas superam-nos em número que é uma beleza )...
                                    Editado pela última vez por Andre; 15 September 2008, 00:01.

                                    Comentário


                                      Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                                      O que está em causa é que, por mero artificialismo dos critérios, díspares, uns entrem com 12 (consta-me que em Espanha se entra em medicina em algumas faculdades com essa média, sujeito a confirmação...) e outros com 19, ou mais, o que nos devolve a uma questão que aqui apresentei em tempos sobre as médias de acesso em medicina e as necessidades do país em número de médicos.

                                      É que estamos a dificultar a acesso aos nossos alunos e, na prática, estamos a "importar" médicos a países onde, quiçá, as regras de acesso serão mais, digamos, brandas...

                                      No final todos fazem a mesma coisa, certo?...
                                      Engraçado que tudo o que mete médias altas, remunerações pouco merecidas e profissionais incompetentes, seja invariavelmente conduzido para medicina...

                                      Mais uma vez:
                                      -o país tem médicos suficientes, mas mal distribuídos.

                                      -a formação precisa de uma infra-estrutura física e humana muito grande e específica.

                                      -Mais médicos de qualidade só com estas condições.

                                      -P ex: 1 médico de cllínica geral recebe 600 euros para aturar 1 aluno de 6ºano durante 2 meses. Isto é um bocado contra o código deontológico que diz que médicos devem contribuir para a formação uns dos outros de borla... Queres 5000 alunos por faculdade a poderem entrar não é? Depois quem paga?

                                      Arranjas maneira de 1 aluno ver uma cirurgia num ano. Devem ficar bem formados...
                                      - Não entendo o paralelo com o estrangeiro: os espanhois têm 30 e tal faculdades e muito desemprego.... óbvio que as médias baixam.

                                      Só contínuo a participar nestes tópicos porque acho que é bom combater o desconhecimento e maledicência que a socidade no geral teima em ter neste tema, de forma mais ou menos bem intencionada.

                                      Comentário


                                        Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                                        Será que não temos mesmo?
                                        NÃO! Há muito tempo que as condições andam longe do ideal..

                                        Comentário


                                          Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post

                                          Porquê, já lá estiveste?
                                          Proponho-te o exercício seguinte.

                                          Como resolverias os problemas que levantas: como tornar o sistema mais justo.

                                          É simples.

                                          E estamos à espera, ansiosos

                                          E depois, veremos ou não, se não terás que exercer centralismo soviético para conseguires igualdades absolutas em relação a número de vagas, curricula universitários, critérios de avaliação, condições de acesso iguais nos diferentes países e universidades públicas e privadas, etc.

                                          Comentário


                                            Originalmente Colocado por mrmike Ver Post
                                            Engraçado que tudo o que mete médias altas, remunerações pouco merecidas e profissionais incompetentes, seja invariavelmente conduzido para medicina...
                                            Talvez haja aqui alguma desatenção... entre outras participações há esta, recentissima..

                                            Mais uma vez:
                                            -o país tem médicos suficientes, mas mal distribuídos.

                                            -a formação precisa de uma infra-estrutura física e humana muito grande e específica.

                                            -Mais médicos de qualidade só com estas condições.

                                            -P ex: 1 médico de cllínica geral recebe 600 euros para aturar 1 aluno de 6ºano durante 2 meses. Isto é um bocado contra o código deontológico que diz que médicos devem contribuir para a formação uns dos outros de borla... Queres 5000 alunos por faculdade a poderem entrar não é? Depois quem paga?

                                            Arranjas maneira de 1 aluno ver uma cirurgia num ano. Devem ficar bem formados...
                                            - Não entendo o paralelo com o estrangeiro: os espanhois têm 30 e tal faculdades e muito desemprego.... óbvio que as médias baixam.

                                            Só contínuo a participar nestes tópicos porque acho que é bom combater o desconhecimento e maledicência que a socidade no geral teima em ter neste tema, de forma mais ou menos bem intencionada.
                                            Todas as contribuições são boas, desde que bem intencionadas, mesmo na divergência de opiniões!

                                            Comentário


                                              Originalmente Colocado por mrmike Ver Post
                                              NÃO! Há muito tempo que as condições andam longe do ideal..
                                              Então a dúvida inicial, base do tópico, é pertinente, certo?

                                              Comentário


                                                [QUOTE=Pé Leve;2519573]
                                                Originalmente Colocado por Jeandré Ver Post
                                                Certo. Na verdade a "violação do princípio da igualdade", como base de raciocínio e não como motivo destruidor de uma análise (que tantos gostam por cá...), assenta, como mera opinião pessoal e não vinculada, na mera observação de que, in fine, há médicos que entraram com 17 e outros com 20. Há diferenças objectivas na triagem de acesso que por razões estruturais acaba por fazer-se subjectivamente...

                                                Certo, de novo. Mas o que me parece importar nesta discussão (que se não pretendia agarrada a derrapagens analíticas) é a diferença entre faculdades portuguesas e espanholas para, em teoria, um mesmo curso. O que nos leva a questionar o porquê de, por cá, as médias serem tão altas quando, na verdade, para se ser um bom médico o necessário é, mesmo, ser inteligente (demasiadas vezes diverso de ter médias altas) e gostar do curso, no fundo ter aptidão, aptidão que não se esgota nem se distingue na seriação que se verifica por cá.

                                                E a pergunta, cerne do tópico, surge de novo, é possível fazer aqui, circunstanciada e resumidamente, uma análise comparativa das principais discrepâncias nas médias de acesso ao ensino superior entre Portugal e Espanha (e eventualmente entre outros países da Europa a 27...) e, de algum modo, encontrar justificação?
                                                Antes de analisares sequer o acesso ao ensino superior, terias que analisar o ensino secundario.

                                                Nos diversos países, uma media de 14 não corresponde ao mesmo. Eu estudei no ensino frances e o melhor aluno da minha turma, teve 16 de media, nunca entraria em medecina ca, mas em paris foi convidado para uma das melhores escolas....
                                                Quem te diz que um 14 em Espanha não esquivale a um 18 cá?

                                                Segundo, analisando o acesso ao ensino ( e deixando de lado a pérola do principio da igualdade, que te vou fazer o favor de não a comentar em público...)
                                                As Universidades têm uma certa autonomia da Administração central, estabelecendo estas os critérios de acesso. De acordo com a capacidade, fisica e pessoal, e com a vontade, cada universidade pode estabelecer os critérios, as notas minimas, et... Para além disto o "mercado" com a oferta e a procura fazem as medias de cada ano.

                                                Comentário


                                                  Originalmente Colocado por André Ver Post
                                                  Proponho-te o exercício seguinte.

                                                  Como resolverias os problemas que levantas: como tornar o sistema mais justo.

                                                  É simples.

                                                  E estamos à espera, ansiosos

                                                  E depois, veremos ou não, se não terás que exercer centralismo soviético para conseguires igualdades absolutas em relação a número de vagas, curricula universitários, critérios de avaliação, condições de acesso iguais nos diferentes países e universidades públicas e privadas, etc.
                                                  Mas já propus, no decurso deste tópico, embora não tenhas reparado...

                                                  Vai lá ler o tópico todo, sobretudo tentando não te agarrares, como fizeste inicialmente, à primeira partícula que te pareceu uma falha para não ires à análise fulcral do tema!...

                                                  Bem, com o devido respeito por todos os intervenientes, agora vou retirar-me porque amanhã é dia de escola, como costumo dizer!

                                                  Boa noite a todos.

                                                  Comentário


                                                    Amanhã estamos à espera de propostas

                                                    Comentário


                                                      Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                                                      Será que não temos mesmo?

                                                      Afinal, como dizes, e bem, queremos mais bons médicos, mais boas instalações, mais bons hospitais, mais bons equipamentos, mais e melhores professores e, claro, mais e melhor prática para cada aluno!
                                                      Não são todos os médicos que aceitam ficar com os estudantes, e menos ainda os que realmente dão um bom acompanhamento ao aluno.

                                                      Já tive a acompanhar consultas em que parecia uma reunião de grupo, em que enchiamos o consultório. Isto obviamente acaba por perturbar o desenrolar do acto médico.

                                                      E numa autópsia? É uma sorte não ter que ficar atrás de dois ou três colegas a tentar espreitar por cima dos ombros deles.

                                                      Histologia: se calha de um ou dois microscópios estarem avariados, é um problema, porque os outros todos já estão ocupados.

                                                      Talvez até tenhamos hospitais suficientes para aumentar o número de vagas, sim. Mas se vamos distribuindo os alunos pelo vários, às tantas temos alunos a estagiar a 100km da faculdade e de casa (eu já o fiz a 60km e era complicado o tempo que perdia em estrada (e tenho a sorte de ter carro) e o custo disso). E não estou a falar do Estágio Clínico (6º ano), em que aí, realmente, se estagiamos longe, mais vale arranjar casa perto do estágio. Estou a falar de quando temos estágio e aulas/seminário/exames na faculdade, tudo na mesma altura.


                                                      Acho que o sistema actual é bastante justo: quem trabalha mais, entra. Claro, um aluno de uma escola problemática se calhar vai ter mais dificuldade em conseguir média de entrada, mas aí não é uma questão de deficiência no método de entrada. Aumentar substancialmente as vagas ia aumentar muito o número de alunos e piorar a qualidade de ensino nas faculdades actuais (sim, os menos vocacionados entretanto não conseguiam sequer acabar, mas primeiro que saíssem, íamos ter salas repletas, aulas práticas sem condições, etc).

                                                      Comentário


                                                        Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                                                        Talvez haja aqui alguma desatenção... entre outras participações há esta, recentissima..

                                                        Todas as contribuições são boas, desde que bem intencionadas, mesmo na divergência de opiniões!

                                                        Não quero dizer que sejam do user pé leve.
                                                        Se não consegue contrapor o que lhe expliquei com profundíssimo conhecimento de causa então esta discussão (que nem pretendo que seja) é estéril.

                                                        Arranje maneira de financiar ensino de qualidade a 5000 estudantes de medicina e pode ir pedir emprego ao nosso primeiro-ministro.
                                                        Quem diz 5000 diz 20.000, porque afinal o importante é querer estudar.

                                                        Não há condições para muito mais, nos moldes actuais.
                                                        Temos médicos que cheguem! É díficil de entender? vem nas estatísticas!

                                                        Mas como e que alguém não entende que se em espanha há uma razão de vagas/população superior a média desce????

                                                        Comentário


                                                          Li o tópico todo.

                                                          Resumindo:

                                                          1 - Fim dos números clausus
                                                          2 - Pé Leve não entende médias portuguesas vs espanholas
                                                          2 - Pé Leve defende sistema não exclusivamente baseado em médias aritméticas de exames iguais em todo o país.

                                                          Respostas:

                                                          1 - Proponha modelo de financiamento para um ensino prático independentemente do númeor de alunos (já nem peço de qualidade e nem é preciso ir além das condições físicas). Se não consegue---> passe ao ponto 3.

                                                          1- Mais que explicado e sem possibilidade de discussão: mais vagas, média mais baixa. Um user postou que os espanhóis podem entrar em todas. Não podem. Ainda o ano passado na universidade de Salamanca (penso u) se revoltaram porque ficara sem muitas vagas em prol dos portugueses---> vagas existem.

                                                          2 - Defende um processo de admissão "mais perfeito" com entrevistas, avaliação de aptidão medida com base não sei em quê. --> Caminho da subjectividade.

                                                          Conduziria a resultados diferentes mas se o filho do cidadão Pé-Leve com média de 18 e uma vocação desde o berço para a prática médica ficasse de fora do almejado curso de Medicina sendo preterido por causa da entrevista com o Dr.XPTO, em favor do menino J. PTO (com média de 12 e gosto por fazer graffitis em paredes, filho do amigo, parente da prima).... o AHO cá estaria para acolher as suas reflexões.

                                                          Comentário


                                                            Especificamente em relação à Medicina (que parece ser sempre o destino final destas conversas, acabando inevitavelmente no exemplo de todos os males )...

                                                            ....podemos discutir os critérios de entrada...

                                                            Comecemos pelo método belga (e acho que a França faz algo parecido...):

                                                            Fazer um 1º ano com 4-5x mais de vagas do que os restantes e no final desse 1º ano ocorrer selecção com base nas notas alcançadas já dentro da faculdade.

                                                            Género entrarem 1000 e no final serem escolhidos 200. Restantes 800 dirigidos para outros cursos de saúde.

                                                            Mas presumo que muitos achem este método pouco...humanista

                                                            Ou então sistema à americana...3 primeiros anos comuns a outros cursos de saúde e depois faz-se a selecção aí, na mesmíssima base de candidaturas às faculdades como ocorre na América, com cartas de recomendações e por aí fora.

                                                            Conclusão: a selecção é sempre feita

                                                            Só se põe a questão sobre a altura: início, final 1º ano, final 3º...

                                                            Quanto à entrevista para entrada na faculdade: oh amigos, isto não é a Inglaterra. Seria a cunha total Mas talvez haja quem encontre aí maior igualdade...

                                                            Comentário


                                                              Para mim, este método actual de seriação das candiaturas é o mais justo...


                                                              Para quem diz que deviam abrir mais vagas em Medicina para a média descer... Mesmo que duplicassem o número de vagas a média ia descer poucas décimas, tal a ferocidade da disputa... Deve-se aumentar a capacidade formativa mediante as necessidades do Pais, não para permitir que a miuda que até teve média de 18 consiga entrar e não ficar deprimida.


                                                              Vou dar um número que talvez muita gente não saiba. Nos ultimos 7 anos, o número de vagas em medicina aumentou 60%. As faculdades mais antigas já estão pelas costuras, porque não há nem instalações, nem orçamento para contractar docentes. Por isso opta-se por aumentar o número de alunos por turma/aula, com a respectiva diminuição da qualidade do ensino.


                                                              Relativamente a portugueses que se licenciam em Medicina no estrangeiro, acaba por ser um excelente negócio para o estado.
                                                              Editado pela última vez por Arturval; 15 September 2008, 03:07.

                                                              Comentário

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