A culpa é dos lisboetas. muitos não sabem nem querem saber conduzir. hoje na marginal e logo em cima no ic17 ao fim do dia a sair de lisboa ia naquela zona dos tuneis em que se tem que circular a 70 salvo erro e na saida muitos parecia que iam a brincar aos joguinhos ou num genero de carrocel de chanfradinhos em que alguns tentavam evitar ao maximo que o do lado podesse passar e ir a sua vida, depois é travagens para ver se o outro bate por trás e buzinadelas á vez até deixarem de se ver, tristes figuras. Dificultar a vida e atrasar o transito parece ser um passatempo para muitos lisboetas, não devem ter mulher/marido em casa para gastar a energia só pode
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Lisboa a cidade mais congestionada da Península Ibérica
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Originalmente Colocado por Karma Ver PostNem de perto nem de longe. Há lancos da A5 com quase 5x mais tráfego do que o lanco com mais tráfego da A9. As AEs mais importantes, como seria de esperar sao as radiais e nao as circulares porque é pelas radiais que se entra efectivamente dentro da cidade.
Retirar as portagens iria beneficiar em muito a 2ª circular... Não há qualquer dúvida.
Claro que não ia resolver os problemas de transito para dentro da cidade.
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Originalmente Colocado por SilverArrow Ver PostA CREL não tem mais trafego precisamente porque é paga. As pessoas preferem ir pela CRIL ou 2ª Circular em vez de ir pela CREL.
Retirar as portagens iria beneficiar em muito a 2ª circular... Não há qualquer dúvida.
Claro que não ia resolver os problemas de transito para dentro da cidade.
Aliás a CREL tem 3 faixas...uma capacidade gigante para absorver tráfego sem entupir.
E já agora retirar portagens da A5 e A16 para aliviar transito no IC19.
Mas isso não rende nada, claro.
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Faltam, a meu ver, mais e melhores alternativas a vias como a A5, IC19, Pontes sobre o tejo (as 2 não chegam), CRIL, marginal, Calçada da carriche.
O problema é que isso é estrutural e tem a ver com a forma como a cidade foi crescendo ao longo das décadas. Não será facil implementar algumas melhorias.
A juntar a isso, todos os dias os movimentos pendulares de fora para dentro de Lisboa, com transportes publicos ineficazes e insuficientes, levam a este estado de coisas.
Comentário
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Originalmente Colocado por ricardop Ver PostFaltam, a meu ver, mais e melhores alternativas a vias como a A5, IC19, Pontes sobre o tejo (as 2 não chegam), CRIL, marginal, Calçada da carriche.
O problema é que isso é estrutural e tem a ver com a forma como a cidade foi crescendo ao longo das décadas. Não será facil implementar algumas melhorias.
A juntar a isso, todos os dias os movimentos pendulares de fora para dentro de Lisboa, com transportes publicos ineficazes e insuficientes, levam a este estado de coisas.
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Originalmente Colocado por Etcetera Ver PostNão sei é do que estão à espera para fazer uma ponte entre a Trafaria (A33) e Algés (CRIL).
A quantidade de empresas a desloca(liza)r-se para a parte Ocidental de Lisboa/linha de Cascais começa a ser surreal. Mas ainda mais surreal é acharem que a 25 de Abril chega para dar vazão às ligações entre Lisboa e a margem sul...
Ainda não percebi qual é esta "tara" de estar no Centro de Lisboa com custos de implantação e manutenção absolutamente absurdos!
Quer dizer...eu percebi...mas prefiro não apontar o dedo e mencionar a obsessão pelo investimento público em Lisboa que banaliza qualquer "obra" feita na periferia e não deixa outra solução que não seja a capital para estar perto de todos os serviços e rede de Tp's minimamente adequada aos funcionários/colaboradores e necessidades das empresas.
Pronto....já apontei o dedo....Editado pela última vez por orator; 05 June 2019, 08:25.
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Originalmente Colocado por orator Ver PostPois, e eu por exemplo não sei do que estão à espera as empresas para se deslocalizarem para a Margem Sul/Vale do Tejo.
Ainda não percebi qual é esta "tara" de estar no Centro de Lisboa com custos de implantação e manutenção absolutamente absurdos!
Quer dizer...eu percebi...mas prefiro não apontar o dedo e mencionar a obsessão pelo investimento público em Lisboa que banaliza qualquer "obra" feita na periferia e não deixa outra solução que não seja a capital para estar perto de todos os serviços e rede de Tp's minimamente adequada aos funcionários/colaboradores e necessidades das empresas.
Pronto....já apontei o dedo....
A solução não passa por construir mais estradas e pontes em redor e em direcção a Lisboa. Mas antes fomentar a deslocalização das empresas e o trabalho remoto.
Mas uma ponte e uma estrada dão mais votos, e mais construção da mais dinheiro (de diversas formas)
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Originalmente Colocado por SilverArrow Ver PostA CREL não tem mais trafego precisamente porque é paga. As pessoas preferem ir pela CRIL ou 2ª Circular em vez de ir pela CREL.
Retirar as portagens iria beneficiar em muito a 2ª circular... Não há qualquer dúvida.
Claro que não ia resolver os problemas de transito para dentro da cidade.
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creio que a principal razão é o excesso de centralismo do estado português
enquanto o sistema fiscal e o aparelho do estado tiverem a estrutura que têm irão afluir cada vez mais pessoas a Lisboa
a partir de determinado nível o custo para manter uma fluidez minima no transporte de pessoas torna-se cada vez maior
será preciso investir cada vez mais dinheiro para garantir um transporte de pessoas e mercadorias minimamente eficaz porque o congestionamento é cada vez maior
creio que a melhor solução seria descentralizar o estado, deslocalizar para a periferia ou para outras cidades alguns serviços do estado
isso aliviaria a pressão e faria baixar estes custos de congestionamento
tem incomodos transitórios, implica um pensamento politico de longo prazo, bem estruturado, bem planeado e que vá para além do cálculo das próximas legislativas
e nós por cá não somos muito dados a estas coisas, preferimos atirar cada vez mais dinheiro para cima dos problemas e deixá-los agravarem-se cada vez mais
Estudo da UMinho. Portugal é "o país mais centralizado da Europa"
A doença do centralismo
mas se só quiserem ler um texto leiam este:
Um dos países mais centralizados da Europa
No gráfico, pode o leitor ver que temos um dos mais elevados graus de centralismo orçamental no conjunto dos países europeus da OCDE.Em Portugal, 87% da despesa pública está centralizada.
Registemos o facto: foi pela mão do centralismo, pois, que chegámos ao colapso das finanças públicas de 2011. E interroguemo-nos. Como é que o Estado centralizado se revelou, afinal, um desmesurado gastador? Como é que ocentralismo não impediu - ao invés, fomentou - a indisciplina financeira, o descontrolo, o despesismo, o défice, o endividamento, a insustentabilidade?
O Estado centralista é auto-reformável?
O centralismo tem sido sinónimo de despesismo. O Estado centralista precisa de uma reforma profunda. Dificilmente, porém, o Estado centralista se auto-reforma. Quando muito, o Estado passa de uma a outra forma de centralismo. Ora, esta longa tradição portuguesa, que é centrípeta e despesista, poderia mudar se o Reformador assumisse uma reforma estrutural do Estado orientada por princípios de subsidiariedade e vigilância. Seria uma outra filosofia da reforma, em que o Reformador veria na "descentralização política" e na contenção de gastos a sua grande motivação.
Se fosse bem feita, se fosse sujeita a apertado enquadramento legal e a bons controlos centrais (sim, digo centrais), se fosse dotada de instituições de qualidade, descentralizadas e centralizadas (sim, digo centralizadas), a "descentralização política" poderia revelar-se o melhor caminho para a reforma do Estado macrocéfalo e incontido que nos rege. É o caminho da "regionalização" que a Constituição manda, em vão, seguir há quase 40 anos.
A descentralização é despesista?
Sei que muita gente pensa que descentralizar é criar mais despesa, mas a minha mais firme convicção é que isso depende do modo de descentralizar. Defendo que não há boa descentralização política sem boas regras orçamentais e sem bons controlos centrais. Uma rigorosa e temível vigilância central é um aliado da "descentralização política", num quadro de regras europeias das finanças públicas. Regras que, aliás, convivem com o facto de quase todos os países da UE serem politicamente descentralizados aos níveis municipal e regional.
A vigilância central é, assim, um alicerce. Tentemos aprender com o passado. Quando a vigente "descentralização política" (municípios e regiões autónomas) derrapou financeiramente, a falha foi também, e antes de mais, das instituições de vigilância da República, que são "centrais". Foi o centro político e institucional da República, foi o seu sistema de justiça e foi a separação constitucional de poderes, quem teve falhas de efectividade nos mecanismos de controlo da despesa descentralizada.
A descentralização piora o uso dos recursos?
Respondo que não. É o contrário. Entendo que não háboa afectação de recursos públicos no território sem bons contra-balanços políticos. Não temos, no Continente, um contra-balanço orçamental à altura da poderosa Administração Central, nem das reivindicativas Regiões Autónomas. Aquela e estas são relativamente fortes perante todo o resto nacional que se encontra pulverizado na "descentralização municipal". Entre o nível municipal, por meritório que ele seja (e é), e o nível central, o território continental não tem voz política independente e audível, legitimada por eleições. Tem vozes nomeadas, ou um misto de vozes, não tem vozes eleitas pelos cidadãos. O nomeado depende do nomeador, numa relação essencialmente hierárquica. O eleito depende dos eleitores, numa relação essencialmente democrática. Se existissem as cinco "regiões" desenhadas para o Continente, certas despesas públicas seriam muito mais escrutinadas e talvez fossem mais travadas. O poder central seria interpelado pelos poderes regionais, e todos entre si, por causa da boa, má, péssima afectação dos recursos escassos. De que, infelizmente, temos demasiados exemplos.
Além dos contra-balanços, há a razão da descontinuidade institucional e democrática entre a visão central e a visão local. Sem "regiões", perde-se justeza e sensibilidade. É mais um corolário do princípio da subsidiariedade.
este centralismo provoca custos de congestionamento (custos que surgem quando a concentração de pessoas é demasiado elevada e provoca ineficiências economicas) cada vez mais elevados
a solução não é atirar mais dinheiro para cima deste problema, nem paliar este problemas com soluções pontuais que irão aliviar um pouco aqui ou ali mas mais à frente irão provocar ainda mais custos de congestionamento
a solução passaria por começar a aliviar este congestionamento descentralizando o estado
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Originalmente Colocado por EscapeLivre Ver PostNão faria milagres mas era uma grande ajuda. O eixo Loures-CalçadaCarriche-Cril-Estádio Nacional incluindo claro, as vias que referiste, teriam uma grande ajuda.
Aliás a CREL tem 3 faixas...uma capacidade gigante para absorver tráfego sem entupir.
E já agora retirar portagens da A5 e A16 para aliviar transito no IC19.
Mas isso não rende nada, claro.
Poucas pessoas de S. Domingos de Rana preferem ir pelo IC19, fazer mais kms e perder mais tempo do que ir pela A5 e gastar os 60 centimos de portagem.
Do fim da A16 até ao centro de Lisboa ainda sao perto de 20Km, o transito a entrar/sair de Lisboa nao aliviava assim tanto.Editado pela última vez por Karma; 05 June 2019, 09:35.
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Originalmente Colocado por orator Ver PostPois, e eu por exemplo não sei do que estão à espera as empresas para se deslocalizarem para a Margem Sul/Vale do Tejo.
Ainda não percebi qual é esta "tara" de estar no Centro de Lisboa com custos de implantação e manutenção absolutamente absurdos!
Quer dizer...eu percebi...mas prefiro não apontar o dedo e mencionar a obsessão pelo investimento público em Lisboa que banaliza qualquer "obra" feita na periferia e não deixa outra solução que não seja a capital para estar perto de todos os serviços e rede de Tp's minimamente adequada aos funcionários/colaboradores e necessidades das empresas.
Pronto....já apontei o dedo....
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Originalmente Colocado por lll Ver Posteste centralismo provoca custos de congestionamento (custos que surgem quando a concentração de pessoas é demasiado elevada e provoca ineficiências economicas) cada vez mais elevados
a solução não é atirar mais dinheiro para cima deste problema, nem paliar este problemas com soluções pontuais que irão aliviar um pouco aqui ou ali mas mais à frente irão provocar ainda mais custos de congestionamento
a solução passaria por começar a aliviar este congestionamento descentralizando o estado
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Originalmente Colocado por Karma Ver PostVamos mandar o Infarmed para o Porto.
o santana lopes quando foi primeiro ministro ía mandar o ministerio da agricultura para leiria
e ía mesmo
mas no caso dele parecia muito voluntarismo sem a devida reflexão
mas não tenho grandes duvidas que o país teria muito a beneficiar em descentralizar muitos dos serviços do estado, o que não passa apenas por mandar direções gerais para outras cidades
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Originalmente Colocado por Karma Ver PostEm Oeiras tens bastantes empresas e funciona praticamente sem transportes públicos.
Na altura que estive no TagusPark, a empresa até tinha autocarros de manhã e ao fim do dia mas quem precisasse de ficar mais um bocado ou ir um pouco mais tarde só mesmo com carro. E para outras empresas suponho que fosse igual ou pior.
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O assunto do tráfego é um daqueles em que o senso comum mais falha. Quando vemos uma cidade congestionada tendemos a achar que a coisa se resolve com mais acessos, estradas mais largas, etc, quando na verdade isso só serve para atrair mais viaturas e aumentar ainda mais o congestionamento, porque estaríamos a aumentar o fluxo de objectos para dentro de uma área que não estica. A partir de um certo nível de saturação, a solução para reduzir o congestionamento passa por reduzir as vias de acesso (reduzir fisicamente ou reduzir economicamente, com portagens ou estacionamentos caros, por exemplo), criando assim incentivos para que várias coisas comecem a acontecer: as pessoas usarem mais transportes públicos, as empresas deslocalizarem-se para fora dos centros das cidades, etc.
A mesma coisa com os limites de velocidade, por exemplo. Em certas condições, reduzir os limites de velocidade melhora o escoamento do tráfego, por causa sobretudo do efeito de harmónio, da ocorrência de menos acidentes, entre outros.
Há uma coisa que é incontornável e qualquer pessoa percebe: a deslocação de automóvel é uma coisa extremamente ineficiente do ponto de vista da ocupação do espaço. Um automóvel médio ocupa cerca de 8,5m2 quando parado, quando uma pessoa, mesmo sentada, ocupa menos de 1m2. E todos sabemos que a maioria das viaturas nas nossas cidades transporta apenas uma pessoa. Mas isto é parado! Um carro em andamento no transito compacto ocupa cerca de 40m2! Se for em autoestrada a velocidade constante sem congestionamento já passa para mais de 100m2! Ora, isto é brutalmente ineficiente, e tem custos muito elevados para todos, que se traduzem, entre outras coisas, em congestionamentos de trânsito.
Estes assuntos do tráfego automóvel têm muito que se lhe diga.
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Originalmente Colocado por lll Ver Posto santana lopes quando foi primeiro ministro ía mandar o ministerio da agricultura para leiria
e ía mesmo
mas no caso dele parecia muito voluntarismo sem a devida reflexão
mas não tenho grandes duvidas que o país teria muito a beneficiar em descentralizar muitos dos serviços do estado, o que não passa apenas por mandar direções gerais para outras cidades
Infarmed. Só 7% dos trabalhadores admitem transferir-se para o Porto
https://observador.pt/2018/06/19/inf...-para-o-porto/
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Originalmente Colocado por Matt84 Ver PostPois tem e para ir para lá sem carro próprio ou boleia é muito complicado.
Na altura que estive no TagusPark, a empresa até tinha autocarros de manhã e ao fim do dia mas quem precisasse de ficar mais um bocado ou ir um pouco mais tarde só mesmo com carro. E para outras empresas suponho que fosse igual ou pior.
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Originalmente Colocado por lll Ver Posto santana lopes quando foi primeiro ministro ía mandar o ministerio da agricultura para leiria
e ía mesmo
mas no caso dele parecia muito voluntarismo sem a devida reflexão
mas não tenho grandes duvidas que o país teria muito a beneficiar em descentralizar muitos dos serviços do estado, o que não passa apenas por mandar direções gerais para outras cidades
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Originalmente Colocado por Karma Ver PostA CREL nao é alternativa á 2a circular, é alternativa á CRIL. Mesmo gratuita o tráfego nao iria diminuir muito em Lisboa visto que existe uma outra alternativa gratuita (CRIL). Quando a CREL foi feita (e era gratuita) a CRIL ainda nao estava concluída, daí existir bastante mais tráfego pela CREL.
Assim como a A16 acaba por não ser alternativa ao IC19 porque para além de paga acaba na CREL que também é paga.
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Originalmente Colocado por SilverArrow Ver PostA CREL não é alternativa directa à segunda circular. Mas a CRIL é, e a CREL é alternativa à CRIL.
Assim como a A16 acaba por não ser alternativa ao IC19 porque para além de paga acaba na CREL que também é paga.
Para entrar no centro de Lisboa (ir para o Saldanha, Marques ou Baixa), a CREL é irrelevante.
O tempo que se gasta para ir de Cascais para o Parque das Nacoes usando a CREL ou a CRIL é praticamente o mesmo (diferenca de uns 10 minutos).
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Originalmente Colocado por Karma Ver PostTirar portagens da A5 nao alivia transito do IC19.
Poucas pessoas de S. Domingos de Rana preferem ir pelo IC19, fazer mais kms e perder mais tempo do que ir pela A5 e gastar os 60 centimos de portagem.
Do fim da A16 até ao centro de Lisboa ainda sao perto de 20Km, o transito a entrar/sair de Lisboa nao aliviava assim tanto.
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Originalmente Colocado por Karma Ver PostÁ medida que te afastas do centro deixas de ter menos tráfego.
Para entrar no centro de Lisboa (ir para o Saldanha, Marques ou Baixa), a CREL é irrelevante.
O tempo que se gasta para ir de Cascais para o Parque das Nacoes usando a CREL ou a CRIL é praticamente o mesmo (diferenca de uns 10 minutos).
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Estamos a viver uma fase de transição aguda na economia do trabalho, e como estamos no olho da revolução, não damos conta que as coisas se estão a passar. Mas elas acontecem na mesma, e nós vamos ter que acompanhar, infelizmente se calhar mais tartde que cedo. Hoje em dia, no sector dos serviços que é o que mais peso tem nas economias avançadas e é aquele que mais consequências tem na forma como ocupamos o espaço nas cidades (as fábricas tendem a ser fora das cidades, portanto é o terciário que mais pesa), continuamos a insistir maioritariamente no modelo do escritório físico para onde se deslocam diariamente as pessoas. Pessoas essas que, uma vez chegadas ao escritório, trabalham em cubículos separados por biombos em frente a computadores, comunicando com os colegas maioritariamente através desses computadores ou dos telefones. Ou seja, aquilo que fazem no escritório todos juntos podia ser feito de forma igualmente produtiva todos em separado, cada um onde bem lhes apetecesse, incluindo em casa. Ora este modelo começa a tornar-se absurdo, até e sobretudo do ponto de vista económico. As pessoas gastam muito dinheiro para irem trabalhar, dinheiro esse que hoje em dia é escusado. Falo de viaturas, combustível, pagar horários alargados nas escolas para os filhos, almoçar fora todos os dias, etc, etc.
É logico que este novo modelo não é só vantagens. Mas a transição também não tem que ser radical. Não faz sentido passar do 8 para o 80. Os escritórios podem e devem continuar a promover o contacto pessoal entre os colegas, mas apenas 1 dia por semana, por exemplo, e de forma alternada por equipas, e não de forma sistemática diária.
Suspeito que o maior entrave que ainda subsiste à adopção crescente destes novos modelos de trabalho tem que ver com uma confusão que ainda persiste nas cabeças das organizações, que eu chamo de controleirismo. As administrações ainda acham que os trabalhadores têm que estar todos arrebanhados num espaço físico único, com um “capataz” no topo da sala a controlar, porque se assim não for ninguém faz nada. Mas isso faz cada vez menos sentido porque o novo modelo de trabalho já pode e deve contar com métricas de produtividade elas próprias novas, que passam muito mais por uma avaliação dos resultados produzidos pelo trabalho realmente efectuado, e não pela quantidade trabalho aparente, medida na maioria das vezes em número de horas sentado no posto de trabalho.
É claro que isto não se aplica a todos os sectores de actividade. Um logista tem que deslocar-se sempre à loja, por exemplo. Mas a pessoa que gere as compras não tem que ir para lá todos os dias, muito menos o contabilista e o financeiro. Estou cada vez mais convencido que quanto mais depressa migrarmos para estes novos modelos de trabalho, mais depressa começamos a resolver problemas como os do congestionamento de tráfego pelas vias menos óbvias, mas provavelmente mais eficazes. E ainda por cima este tipo de soluções não requer nenhum tipo de “subsidiação” especial, porque são medidas economicamente eficientes que permitem reduzir custos quer ao nível dos trabalhadores, quer ao nível das entidades empregadoras.
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Originalmente Colocado por Vocsa Ver PostAlegremente a caminho do terceiro mundo.
Vão ver como é o transito de uma capital em diversos países sub-desenvolvidos. E depois vão ver como o resto do país está às moscas.
Lisboa não tem problema nenhum enquanto cidade. O problema é o país e o seu modelo de desenvolvimento.
Os países escandinavos sao quase todos assim, Copenhaga tem 5x mais populacao do que a 2a maior cidade. Estocolmo tem quase 3x mais populacao do que Gotemburgo, Oslo tem quase 4x mais populacao do que a 2a maior cidade, Helsinquia tem quase 4x mais populacao do que a 2a maior cidade.
Viena tem quase 7x mais populacao do que a 2a maior cidade.
Budapest tem quase 15x mais populacao do que a 2a maior cidade.
Exemplos nao faltam.
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Originalmente Colocado por Karma Ver PostExistem bastantes países desenvolvidos com uma cidade grande. Irlanda, por exemplo.
Os países escandinavos sao quase todos assim, Copenhaga tem 5x mais populacao do que a 2a maior cidade. Estocolmo tem quase 3x mais populacao do que Gotemburgo, Oslo tem quase 4x mais populacao do que a 2a maior cidade, Helsinquia tem quase 4x mais populacao do que a 2a maior cidade.
Viena tem quase 7x mais populacao do que a 2a maior cidade.
Budapest tem quase 15x mais populacao do que a 2a maior cidade.
Exemplos nao faltam.
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