No tempo da ditadura existia a censura instituída, hoje existe a autocensura. Estamos bem pior.
Existe a censura grupal, social se quisermos, que é muito mais grave e com consequências que, em tempos de democracia, já deveriam ter sido banidas há décadas, diria...! Exemplo? Ok,... Se (como mero e simples exemplo) disseres que és contra o 25 de Abril e, sobretudo, se o publicares aí numa qualquer rede social, levas, seguramente, um bloqueio efectivo, um "mimo" como fascista" e um "arrumo" social e moral definitivo...
E isto se ficares só por aí e não fores insultado... E, aqui, estou novamente a evocar o que tenho visto numa das maiores redes sociais da actualidade em matéria de adjectivação levada a cabo por uma qualquer "voz" (...) sobre quem tenha a ousadia de discordar...
No tempo da ditadura existia a censura instituída, hoje existe a autocensura. Estamos bem pior.
Só uma adenda para dizer que antigamente (antes de 1974) sabíamos quem eram os "bufos" da pide (eu vivi nesse tempo), hoje não sabemos que faz papel similar...
Tu tens noção que o TikTok, uma rede social de origem chinesa, é proibida na própria China, certo?
Epá... Tenho.
Leste o que que escrevi ou também queres fazer a mesma figura do prelúdio?
o TikTok não tem, nem de longe nem de perto, os mesmos mecanismos de moderação e filtro que as outras redes.
Os critérios de filtração são muito pouco apertados. Por este mesmo motivo (não é porque eu quero) tem maior liberdade de expressão por definição do termo "liberdade".
Para já.
Obviamente isto pode vir a mudar e vai seguramente.
Tu tens noção que o TikTok, uma rede social de origem chinesa, é proibida na própria China, certo?
Tenho ideia que o Tiktok também existe na China, mas vi algures que os conteúdos são completamente diferentes, muito mais virado para conteúdos educacionais.
Tenho ideia que o Tiktok também existe na China, mas vi algures que os conteúdos são completamente diferentes, muito mais virado para conteúdos educacionais.
Não. O TikTok é mesmo proibido na China. Não existe por lá.
A resposta elaborada é que, hoje podemos falar a verdade e são poucos os que a conseguem entender, na verdade, a grande maioria não consegue entender o que vê, não entende o que ouve, percebe mal o que lê nos livros, nos jornais e na tv.
Hoje podemos gritar a verdade a plenos pulmões, argumentar de forma sustentada, apresentar exemplos e demonstrar, que, ainda assim, haverá sempre e parece que cada vez mais, quem não o entenda.
Na realidade, o culto da ignorância, o movimento anti-vacinas, da terra plana, dos antigos extraterrestres e do ocultismo, do extremismo religioso e anti-ciência, demonstram, que liberdade sem educação, tornam irrelevante a liberdade de expressão.
Podemos ter água canalizada em casa, mas de pouco serve se não souberem usar uma torneira.
Na realidade, o culto da ignorância, o movimento anti-vacinas, da terra plana, dos antigos extraterrestres e do ocultismo, do extremismo religioso e anti-ciência, demonstram, que liberdade sem educação, tornam irrelevante a liberdade de expressão.
Podemos ter água canalizada em casa, mas de pouco serve se não souberem usar uma torneira.
Mas a educação, o ensino, o conhecimento andam aí para quem os quiser adquirir. A maioria das pessoas dos movimentos que referes são só burras por opção (ou por interesse).
Mas a educação, o ensino, o conhecimento andam aí para quem os quiser adquirir. A maioria das pessoas dos movimentos que referes são só burras por opção (ou por interesse).
Andam mesmo?
Platão teria alguma coisa a dizer sobre o assunto, acho eu.
Platão teria alguma coisa a dizer sobre o assunto, acho eu.
Relativamente à maioria dos assuntos que referiste, sim, não me parece nada difícil saber se a terra é plana ou não, por exemplo. Óbvio que o fácil acesso à informação também tem agarrado o fácil acesso à desinformação, mas caramba... há malta que parece que faz questão de não saber.
O secretário-geral do PCP considerou este sábado que o problema da liberdade de expressão é não se saber qual é o seu limite, numa referência à posição do presidente da Assembleia da República sobre as opiniões de deputados.
"Eu agora chego lá na próxima quarta-feira ao plenário, peço a palavra e digo o que me apetecer, sem limite. Não parece que seja um bom caminho", afirmou Paulo Raimundo, vincando que os deputados "tiveram de jurar cumprir e fazer cumprir a Constituição da República" e que esta "é muito clara".
Recorde-se que Aguiar-Branco considerou que não lhe compete censurar as posições ou opiniões de deputados, remetendo para o Ministério Público uma eventual responsabilização criminal do discurso parlamentar.
"Não queria menosprezar esse acontecimento, mas acho que ele deve ser colocado no devido sítio", disse Paulo Raimundo, lembrando que foi convocada uma conferência de líderes para abordar o caso e que o PCP lá estar para dar a sua opinião.
O secretário-geral dos comunistas sublinhou que não quer "dar centralidade" ao assunto, mas considerou que a questão está nos limites da liberdade de expressão.
"Livre expressão é livre expressão, agora a livre expressão não é um direito em si mesmo, não pode ser distanciado dos outros direitos consagrados na Constituição e há um que é muito evidente", disse, vincando que o problema decorre de não terem sido estabelecidos limites para a liberdade de expressão.
"Qual é o limite? Qual é o freio? Não há", concluiu.
Será que neste assunto estaremos perante um "problema" relacionado com a "liberdade de expressão"?
Não só, mas também.
Até o Raimundo já percebeu a coisa...
Obviamente que é um problema de liberdade de expressão, que acaba quando começa a de outrem. Liberdade VS libertinagem. É saber onde fica esse limite.
É para isso que existe a lei e os juízes.
Como diria Marcelo: "se não é ilegal: é porque se pode fazer"
Acho que o problem é mais político do que legal. Politicamente ( política externa neste caso) as palavras de Ventura são pouco apropriadas.
Legalmente: não vejo impedimentos também.
"São opiniões. Os deputados são livres de as exprimir. Não cabe ao senhor Presidente da Assembleia República opinar, censurar, limitar, as expressões de opiniões dos senhores deputados", refere Cardoso da Costa em declarações à Renascença. "Elas serão naturalmente objeto de controvérsia no próprio ambiente parlamentar", considera.
O antigo presidente do Tribunal Constitucional diz que a posição de Aguiar Branco é "juridicamente correta e sensata". Cardoso da Costa considera "injustificadas" as críticas feitas pelo PS, PCP, Bloco de Esquerda, PAN e Livre ao presidente da Assembleia da República.
Cardoso da Costa lembra ainda que a constituição protege os deputados de cometerem crimes durante o exercício de funções, uma posição que também já tinha sido defendida na Renascença pelo constitucionalista Jorge Bacelar Gouveia.
"A Constituição garante a inviolabilidade penal das opiniões emitidas pelos deputados no debate parlamentar", esclarece.
E usa da jurisprudência para esvaziar este caso: "Naturalmente pode haver situações limite", começa por reconhecer, mas diz que é da "tradição constitucional que a palavra dos deputados nos parlamentos seja insusceptível do ponto de vista criminal".
Não só, mas também. Até o Raimundo já percebeu a coisa...
Obviamente que é um problema de liberdade de expressão, que acaba quando começa a de outrem. Liberdade VS libertinagem. É saber onde fica esse limite.
É para isso que existe a lei e os juízes.
Como diria Marcelo: "se não é ilegal: é porque se pode fazer"
Acho que o problem é mais político do que legal. Politicamente ( política externa neste caso) as palavras de Ventura são pouco apropriadas.
Legalmente: não vejo impedimentos também.
Um deputado deve pode dizer tudo o que quiser, mesmo as maiores alarvidades como esta que o Ventura disse e já agora a que o Marcelo disse sobre o Costa. O limite da sua liberdade é o limite da lei: incitamento à violência ou a crime, discurso de ódio, etc.
Mas há o reverso da medalha para a qual um deputado, em coerência, deve estar preparado, que é o de ouvir tudo o que não quer ouvir e combater essa tentaçãozinha que tantos têm de apresentar queixa no MP sempre que se sentem criticados.
Como até se vê neste próprio fórum em certos elementos, este discurso do AV reflecte o verdadeiro pensamento de muita gente (mas que até agora, tendencialmente, tendiam a "esconder") e daí se chamar a esta corrente, muito acertadamente, populismo.
Acho "giro" esta conversa vir na sequência de um partido que pensa que o PR deve ser considerado um traidor da pátria e, portanto, cumprir uma pena de 10 a 20 anos de prisão por causa de uma opinião sobre reparações coloniais, é o mesmo que bate palmas por o PAR lhes defender a liberdade de expressão.
E isto sem entrar no debate sobre a alarvice que ele disse sobre os turcos.
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