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Apito dourado - Noticia e mais trancrições na Pág 4. 15.04.07

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    #61


    Começo a acreditar agora com a nomeação da Dra Maria José Morgado que estes casos infelizes de corrupção desportiva, podem andar!

    Será que no final do processo esta Senhora continuará a ser considerada como tal????

    Quanto aos "chorudos ordenados", não ganhará mais que qualquer outro juíz, não percebo onde possa estar algum eventual problema...

    Comentário


      #62
      Esta nomeação é a prova que nunca devia ter saido do cargo que ocupava na luta á corrupção e aos crimes de colarinho branco.

      Esperemos que esta travessia do deserto lhe tenha dado uma argucia e um discernimento ainda maior para levar a bom porto esta missão.

      Comentário


        #63


        mas não o Sr. Jorge Nuno Pinto da Costa inocente?;)

        Comentário


          #64
          Perfil da Srª.


          Retrato da magistrada
          Mulher de armas

          A escolha de Maria José Morgado para coordenar a investigação dos processos conexos ao caso ‘Apito Dourado’ é uma péssima notícia para todos os envolvidos. Será suficiente escrever que assim o é porque não há magistrada mais experiente no combate no terreno à corrupção, mas ficar por aqui será evidenciar apenas uma muito pequena parte do que passa a estar em jogo.


          A bem do rigor será preciso acrescentar, e continuamos ainda nas componentes iniciais do cenário, que arguidos, suspeitos e outros terão pela primeira vez pela frente alguém que domina melhor do que eles as especificidades do cenário mediático, e que goza de uma popularidade rara, gerada pela imagem de justiceira sem compromissos.

          Aliás, convém relembrar, por uma vez a imagem corresponde à realidade, já que Morgado é dos poucos membros da elite portuguesa – que, grosso modo, inclui políticos, magistrados e empresários – a quem nenhum compromisso compromete a prática.

          Uma aproximação cuidada ao que está em causa, não pode pôr de lado o facto de que a Procuradora é um dos escassos magistrados portugueses com um domínio teórico do fenómeno da corrupção, o que lhe permite penetrar com exactidão nos mecanismos técnicos do triângulo autarquias – clubes desportivos – financiamento dos partidos, ou seja as matérias-primas do que chama “a economia do saco azul”. É este saber que a leva a ter um programa de acção investigativa específica, iniciado na Polícia Judiciária, e interrompido até agora.

          A interrupção referida é igualmente importante para compreender o que representa a nomeação de Maria José Morgado. Foi aquela que impediu o desenvolvimento de uma das mais originais relações da Justiça portuguesa: a de plena confiança e admiração mútua entre uma magistrada do Ministério Público e os investigadores da Polícia Judiciária. O reatar de uma relação profunda, no contexto de uma investigação, poderá ser terrível para os investigados.

          No entanto, todos estes elementos da nomeação, sendo de uma importância decisiva, não devem impedir a concentração no facto fundamental. Maria José Morgado é uma militante, cuja causa é o combate com as armas da Lei contra as múltiplas dimensões da corrupção. Por outras palavras, é fatal ignorar que o essencial da militância é classificar todos os obstáculos como desafios naturais ao triunfo da causa.

          O ESPÍRITO MILITANTE

          O espírito de militante, a marca crucial da personalidade da magistrada, começou a ser forjado muito cedo. Maria José Morgado nasceu nas terras do Norte de Angola, em 1951, e aí viveu parte da infância, por força das obrigações profissionais paternas, mas o horizonte infinito de África não lhe deixou recordações de deslumbramento, ao contrário do que aconteceu com alguns amigos seus de toda a vida.

          Pelo contrário, o racismo e a injustiça da sociedade colonial foram das primeiras realidades a afectá-la e contribuíram decisivamente para a formação da sua consciência política inicial.

          Já em Lisboa, especialmente a partir da entrada na Faculdade de Direito, no fim dos anos 60, estava mais do que pronta para não ser apenas uma imatura oposicionista solidária com a contestação.

          As influências ideológicas dominantes na altura no meio estudantil e burguês, misturadas com o ardor que molda tudo o que faz, levaram-na naturalmente a aderir a algumas das organizações de extrema-esquerda, que passaram à história com a designação genérica de MRPP. É preciso destruir tudo radicalmente, para tudo mudar era uma mensagem que lhe servia muito bem.

          Em relação a esta época, que nos parece hoje tão distante e estranha, as biografias que lhe traçam não deixam nunca de revelar a incendiada ‘Mizé Tung’, alcunha ganha a partir das suas intervenções explosivas, em nome da referência máxima da sua organização, o líder Mao.

          A superfície não nos deve impedir de ver o subterrâneo. Os anos do envolvimento político radical marcaram-na para sempre, sem dúvida, mas tal aconteceu pela força das experiências da prisão e da clandestinidade.

          Na primeira, os agentes da PIDE começaram por ver apenas uma miúda minúscula, frágil e deslavada, mas de seguida, quando a detida abriu a boca, não conseguiram conter a surpresa de ter pela frente uma militante que tinha o desplante de levar a retórica política proibida ao limite. Encheram-na de pancada, e depois de tortura, já no tempo de cela, mas não obtiveram grandes resultados. A atitude da detida – um triplo de convicção, estratégia e autoprotecção – manteve-se até ao fim.

          A clandestinidade foi ainda mais determinante. A existência permanente na sombra, para usar aqui uma expressão do livro de Pacheco Pereira sobre o tema, a lentidão desesperante do desenrolar do tempo, a paranóia, a dedicação total à causa, o apagamento de todos os sentimentos e desejos comuns, criaram-lhe traços pessoais, comportamentos e uma visão do mundo que jamais a abandonaram. Ou seja, são elementos maiores do seu património intelectual e existencial. Paradoxalmente, foi também nesta forja que foi gerada a sua relação com José Luís Saldanha Sanches, que era um dos ideólogos do seu sector político, e talvez seja este património comum a fazer com que continuem juntos.

          A Revolução de 1974 não lhe trouxe liberdade e a sociedade por que lutava não foi bem acolhida pelo povo. Os anos da brasa, especialmente 1975 e 1976, foram de confrontos pessoais, ideológicos e políticos violentos, e acabaram em derrota, pelo menos a nível da imposição de ideias, e da sua afirmação pelo voto. Foi um fim de percurso triste.

          A VIDA COMO ELA É

          A vida como ela é teve de ser encarada, e cada um dos militantes teve de procurar o seu caminho comum. Para Maria José Morgado só havia a opção do Direito. O penoso regresso à faculdade foi cumprido, já com o objectivo de prosseguir o combate por outro trilho, o do Ministério Público, formalmente uma das estruturas que se opõe a algumas das perversões maiores da democracia.

          Em 1979 entrou para a carreira, com excelente classificação, tentando, ao mesmo tempo, controlar o excesso de adrenalina, como a própria diz, injectado pelos anos da militância, que continuava a jorrar na sua mente, sem encontrar objecto de aplicação.

          O Tribunal da Boa-Hora, em Lisboa, onde são julgados a maioria dos principais processos-crime em Portugal, apareceu-lhe como o destino natural. Os mais de dez anos que passou nas Varas Criminais foram a sua outra escola, nas disciplinas óbvias, e noutras mais pessoais. Na Boa-Hora tomou contacto directo com as tipologias do crime portuguesas, e acompanhou a sua evolução, directamente dependente das mudanças sociais e económicas do País.

          Mais importante, os inúmeros processos que lhe couberam, permitiram--lhe descobrir e consolidar aquela que é porventura a sua maior paixão: o estudo e a escrita da narrativa processual. Antes de tudo o mais, garante-lhe o isolamento da solidão, e nada lhe é mais caro. Depois, permite-lhe a redução da vida a um contexto racional e estanque, o do crime, formado por acto, prova e punição, o que lhe traz segurança. E é, finalmente, o anfiteatro principal de conhecimento da arena onde se trava o combate que melhor domina, o da tentativa de aplicação da Lei.

          FOI COM ESTA BAGAGEM PSICOLÓGICA

          Foi com esta bagagem filosófica e profissional que desembarcou na Alexandre Herculano, em Lisboa, a meio de Novembro de 2000, para chefiar a direcção da PJ de investigação da corrupção e do crime económico.

          Poderá ter tido durante um breve lapso de tempo a ilusão de que a função não lhe traria nada para além das competências definidas, mas rapidamente a perdeu. O lugar permitiu-lhe executar no terreno um modelo teórico de investigação, capaz de destruir o que classificou de “rotina soporífera do papel”, e de permitir o que antes, naquele sector da PJ, era considerado uma miragem: resultados, ou seja condenações.

          Em traços muito largos, o modelo, que Morgado continua a defender, substitui a análise passiva da documentação ordinária – como a contabilidade das empresas – pelas técnicas da investigação criminal de eficácia testada: informação preventiva, intercepções telefónicas, informadores, vigilâncias, perícias financeiras, acesso a ‘off-shores’, confissões. Tudo isto, pormenor essencial, em tempo útil.

          A VALIDAÇÃO REAL DO MODELO

          A validação real do modelo, medida pelo sucesso nas condenações, como as de Vale e Azevedo, ou dos funcionários da Brisa, provocou dois efeitos. O primeiro foi o da criação de uma cultura naquela direcção da Judiciária, assente no paradigma de que os autores de crimes de corrupção e económicos não estão livres da investigação e da condenação. Desta cultura, nasceu um forte laço entre Morgado e os investigadores, que ainda hoje é pouco compreendido em muitos lados, a começar pelo da magistratura, e uma prática de trabalho intensa, que lhe permitiu aplacar em parte a adrenalina que faz parte dela.

          Não admira pois que o seu pedido de demissão, em Agosto de 2002, devido a uma incompatibilidade profissional grave com o director da altura, o juiz Adelino Salvado, seja um golpe que nunca esquecerá.

          Fora do circuito da decisão criminal, voltou às suas funções habituais de procuradora, assentes na elaboração de pareceres técnicos, voltou também a almoçar em casa, um luxo tradicional português, e perdeu-se nos prazeres da pintura e da natação, duas fraquezas burguesas irresistíveis. Como são também a atracção pelas roupas da estilista Ana Salazar, ou pela cosmética facial densa.

          ENCONTRO MARCADO

          Agora, mais de quatro anos depois, tem encontro marcado no seu território de eleição. No que é visível, parte em desvantagem. A investigação está já fria, há muito que se esgotou o tempo útil de recolha de indícios e provas, e muitos dos investigados pertencem ao grupo do que o calão policial chama ‘terciário’, isto é cidadãos que se julgam impunes e influentes.

          No entanto, ela e os que a acompanham têm do seu lado a experiência, e a mestria no uso das ferramentas de um modelo que permite desenterrar testemunhos, pormenores e informação que poderão conduzir a novas provas. Têm igualmente em si a obsessão por uma causa que é concreta, a da imposição da Lei aos que se julgam para além dela. No fundo, para Maria José Morgado, o teste dos processos conexos do ‘Apito Dourado’ é apenas um degrau de uma luta maior, em que por vezes tem oportunidade de intervir.

          FASHION VICTIM

          ANA SALAZAR SÓ MUDARIA O PENTEADO A MARIA JOSÉ

          Maria José Morgado é ‘moderna’. Palavras de Ana Salazar, a estilista que desde os anos 70 veste a magistrada e que de resto só mudaria uma coisa na imagem da coordenadora das investigações ligadas ao processo ‘Apito Dourado’: “Talvez o cabelo, o que é impossível pois, como é do conhecimento geral, pratica natação no quotidiano.” No caminho entre o Metro da Avenida de Roma e a sua casa, Morgado é semanalmente tentada a entrar na loja de Ana Salazar, para umas vezes comprar, outras para só cumprimentar as lojistas.

          E são os tons escuros que mais procura, embora Ana Salazar conte à Domingo que a magistrada compra “uma vasta panóplia” de roupa das suas colecções. Às vezes até opta por colecções como o branco ou o xadrez em tons de vermelho. Pelos vistos, só os acessórios e o calçado não a tentam. Para quem anda de Metro o conforto impõe-se. Morgado chega mesmo a optar por conjugar a ‘griffe’ Ana Salazar com ténis. Usa também relógios modernos e, principalmente, juvenis.

          DE METRO PELA CIDADES

          CONFUNDIDA NOS TRANSPORTES PÚBLICOS

          Não tendo carta de condução, Maria José Morgado utiliza frequentemente os transportes públicos. Há poucas viagens onde permanece sozinha. O mais comum é os populares fazerem-lhe perguntas, incentivá-la, ou mesmo darem-lhe conselhos.

          Existem, no entanto, duas situações particularmente curiosas com que a magistrada tem de lidar. A primeira é deparar-se com cidadãos que condenou em processo-crime, que, no geral, lhe falam com civilidade. Mas a mais cómica é ir sentada ao lado de um passageiro que não pára de olhar para ela, e que acaba por perguntar: “De onde é que eu conheço a senhora?”

          MAGISTRADA NADADORA

          O TERROR DOS BANHEIROS

          Na faixa do Litoral português onde costuma passar as férias do Verão, Maria José Morgado é conhecida como o terror dos banheiros. Sendo uma nadadora de excepção, com uma enorme resistência, desafia diariamente a forte ondulação e as correntes perigosas da zona, por vezes afastando-se da praia mais de um quilómetro. Em dias especialmente perigosos, quando a ondulação é mais alta que o normal, ou as correntes estão muito fortes, os banheiros tentam fazê-la desistir da rotina habitual. Mas a nadadora raramente acede aos pedidos, afastando-se em braçadas vigorosas. Os banheiros ficam de prevenção, e só descansam quando a magistrada volta à areia.
          José Vegar

          Diário de Referência

          Comentário


            #65
            As noticias avolumam-se



            2006-12-29 - 00:00:00

            Falsificação - 55.ª certidão do processo tem 73 arguidos
            Árbitros beneficiados para ajudarem clubes

            Dezenas de árbitros de futebol, de todos os escalões, terão sido beneficiados nas suas classificações anuais por terem ajudado as equipas dos clubes aos quais estavam ligados os dirigentes que os favoreciam.


            De acordo com a 55.ª certidão do processo ‘Apito Dourado – que envolve 73 arguidos suspeitos de crimes de falsificação de documentos e corrupção passiva – os dirigentes dos clubes pediam aos dirigentes da arbitragem que pressionassem os observadores dos árbitros. Tais pressões, ocorridas nas épocas de 2002/03 e 2003/04, visavam a melhoria das notas dos árbitros. Se estes não fossem permeáveis, as notas eram falsificadas durante a inserção nos computadores da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), conforme consta no processo ao qual o CM teve acesso.

            Maria José Morgado, a magistrada nomeada pelo procurador-geral da República para investigar os processos conexos ao ‘Apito Dourado’, vai começar a trabalhar neste dossiê, no qual os dirigentes são suspeitos de crimes de falsificação de documentos. Os árbitros, por sua vez, são arguidos em alegados crimes de corrupção passiva.

            Entre os 73 arguidos constam Pinto da Costa, Valentim Loureiro, Pinto de Sousa, João Loureiro, Isabel Damasceno, assim como os árbitros Paulo Paraty, Lucílio Baptista, Augusto Duarte, Carlos Xistra, António Resende, João Vilas Boas, Paulo Pereira, Nuno Almeida, Martins dos Santos e Mário Mendes, entre árbitros das três categorias nacionais, totalizando mais de 30 suspeitos.

            Este processo não poupa alguns árbitros. Pinto de Sousa, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, confidenciou a um árbitro auxiliar, António Perdigão, que Valentim Loureiro, no final da época, ajudava alguns árbitros em risco de descerem de escalão, contando com o apoio de Mário Graça, da Comissão de Arbitragem da Liga de Clubes de Futebol.

            ATÉ AOS JUNIORES

            Os jogos com resultados alegadamente viciados não se resumiam à Super Liga. Segundo a investigação da PJ do Porto, a situação também se verificava na II Divisão B, na III Divisão e nos Juniores.

            Na certidão enviada ao DIAP de Lisboa o magistrado do Ministério Público de Gondomar, Carlos Teixeira, aponta o dedo a alguns dirigentes e também a árbitros de futebol, que todos os anos subiam ou desciam de escalão, à revelia das normas que tinham sido estatuídas pela FPF. “Por essa razão, foram inúmeras as situações em que Pinto de Sousa falou com Carlos Carvalho, presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol do Porto, para combinarem quais os árbitros que iriam subir e descer de categoria”, salienta o procurador adjunto Carlos Teixeira no seu despacho final. Esta forma de actuar vai contra os regulamentos da FPF, sendo ainda suspeitos os presidentes dos conselhos de arbitragem de Portalegre e Leiria.

            Os observadores de árbitros tinham aqui um papel fundamental. Alguns estariam combinados com os dirigentes da arbitragem para “fecharem os olhos” aos “erros intencionais” dos árbitros. É que os próprios observadores também queriam subir de categoria ou até ascender ao estatuto de assessores, o mais alto cargo no sector da arbitragem.

            Segundo as conclusões do magistrado, quando os observadores não tinham a “confiança” dos dirigentes da arbitragem, falsificavam-se os seus relatórios, com a cumplicidade de Paulo Torrão, o engenheiro informático da FPF.

            Pinto de Sousa, em conversa com Pinto da Costa, já transcrita, referiu-se às preocupações quanto aos árbitros que iriam subir e descer de divisão, afirmando: “É uma questão de fazer pequenos ajustes a ver se isto de resolve.”

            O Ministério Público não tem quaisquer dúvidas que existiam “árbitros ajudados a subir, árbitros ajudados a manter-se na respectiva categoria e árbitros obrigados a descer, independentemente das suas verdadeiras capacidades. Na base deste esquema estava um sistema de vassalagem entre árbitros e dirigentes da arbitragem federativa e da Liga.

            AS ESCUTAS A PINTO DE SOUSA

            A PJ registou uma conversa entre Pinto de Sousa e Carlos Carvalho, presidentes da arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol e da Associação de Futebol do Porto, em 20 de Março de 2004, um mês antes da operação ‘Apito Dourado’, na qual se constata a forma como se contornavam regulamentos para ajudar árbitros, prejudicando outros. Para Sérgio Pereira ficar na 2.ª categoria teria de descer Pinto Miranda, mas acabou por ser despromovido José Mesquita. Todos estes árbitros são do Porto. As escutas falam por si:

            - Pinto de Sousa – “ e os outros três do Porto são também Joaquim Cunha, Aníbal Gonçalves e quem é o terceiro?... José Mesquita!”

            - Carlos Carvalho – “José Mesquita!”

            - Pinto de Sousa – “Exacto!”

            - Carlos Carvalho – “O senhor Pinto de Sousa agora faça a gestão como o senhor entender!”

            - Pinto de Sousa – “Está já já tenho tomado nota desses dois! Já está Olhe e da II para descer? Está para descer o Sérgio Pereira, eu tenho pena do Sérgio Pereira!”

            - Carlos Carvalho – “Eu acho que o senhor devia poupar o Sérgio Pereira e descer o Pinto Miranda!”

            - Pinto de Sousa – “Sim, isso é definitivo, não é?”

            PEDRO PROENÇA QUEIXOU-SE

            O processo da falsificação das classificações dos árbitros é o que tem mais prova documental para se acusar os elementos do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Os árbitros Pedro Proença e José Mesquita já apresentaram queixa-crime por terem sido prejudicados. De acordo com o Ministério Público de Gondomar, nas buscas da PJ à sede da FPF “recolheu-se prova documental que confirma as suspeitas de falsificação dos relatórios dos árbitros por, em vários casos, as pontuações dos observadores dos árbitros não corresponderem às lançadas nas bases de dados do sistema informático da arbitragem, em Lisboa”.

            DAMASCENO EVITOU DESCIDA

            Isabel Damasceno, presidente da Câmara Municipal de Leiria, surge no processo ‘Apito Dourado’ porque pediu a Pinto de Sousa, presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que evitasse a descida de divisão do árbitro Carlos Amado, de Leiria, na época 2003/2004. Segundo consta no processo, Isabel Damasceno conhecia Carlos Amado dos tempos da Portugal Telecom, onde o árbitro trabalha, e, como era amiga também de Pinto de Sousa, terá intercedido a favor de Carlos Amado, que acabou por não descer de divisão em prejuízo de outro árbitro. O Ministério Público entende que o pedido de Isabel Damasceno, gravado nas escutas da PJ do Porto, constituirá um crime de tráfico de influência pois a autarca social-democrata terá utilizado a sua influência política para alterar a classificação. Maria José Morgado vai agora enquadrar a conduta atribuída a Isabel Damasceno com vista à eventual acusação da autarca.

            OS NÚMEROS DO 'APITO DOURADO'

            - 201arguidos

            - 25 detenções

            - 370 testemunhas

            - 10 inspectores a tempo inteiro

            - 25 meses de investigação da PJ

            - 55 volumes

            - 60 apensos

            - 21 telemóveis escutados

            - 14.947 telefonemas gravados

            - 15.912 folhas no processo
            Joaquim Gomes

            Diário de Referência

            Comentário


              #66
              As noticias avolumam-se e de que maneira, e sucedem-se a ritomo que ameaça tornar-se alucinante, esperemos é que dê resultados e não se traduza em nenhum fiasco, dadas as tentativas de calar, limpar e manipular que habilmente foram realizadas nos ultimos dois anos.


              Ontem no Expresso:

              Alípio Ribeiro, director-nacional da PJ
              "Liga e Federação não têm colaborado"
              Ana Isabel Abrunhosa

              Entrevista do director-nacional da Polícia Judiciária ao EXPRESSO.


              As competências e composição dos órgãos da ‘justiça desportiva’ devem ser alteradas, para tornar a Liga de Clubes e a Federação Portuguesa de Futebol mais responsáveis na prevenção da corrupção. A proposta é do director da Judiciária, Alípio Ribeiro, que chefiava o Ministério Público do Porto antes de liderar os destinos da polícia.

              Uma das vertentes da corrupção prende-se com as ligações entre autarquias e clubes de futebol. É possível fazer acções de prevenção a esse nível? Quais?

              As generalizações são perigosas, nomeadamente em matéria penal e quando não se tem ainda um trabalho sedimentado sobre essa realidade. No entanto, precisamos de esclarecer algumas situações de uma vez por todas. Uma delas é a da incapacidade de sobrevivência de um grande número de clubes de futebol desde que não tenham o apoio das autarquias. Essa incapacidade de sobrevivência, só por si, pode levar à prática de actos penal ou administrativamente ilícitos. Um outro aspecto que se afigura relevante diz respeito ao clima de impunidade social que tem envolvido tal fenómeno. Ele existe há muitos anos e há muitos anos que havia instrumentos, ainda que não os criminais, que teriam possibilitado acções formais de correcção. A verdade é que não foram utilizados. Neste contexto, podemos e devemos desenvolver uma actividade, a um tempo, preventiva e prospectiva. Creio que também nesta área a cooperação com a autoridade tributária é fundamental.

              A nova organização da PJ vai privilegiar esta vertente da criminalidade económica?

              Não há privilégios no âmbito das competências funcionais da Polícia Judiciária. Mas também é óbvio que estaremos em consonância com as prioridades que vierem a ser definidas pela Assembleia da República. Uma e outra afirmação não invalidam que a Polícia Judiciária se estruture em função do leque de crimes que fazem parte das suas atribuições, criando mecanismos de especialização face à natureza muito específica de alguns desses crimes. Como já foi anunciado pelo Ministro da Justiça, a nova lei orgânica da Polícia Judiciária determinará a criação de uma unidade, de nível nacional, para a área da corrupção. Dentro desta unidade, e à semelhança do já ocorre, haverá uma diferenciação de tarefas em função da natureza das entidades públicas em causa.

              Seria útil tornar incompatível o exercício de funções políticas com a participação em clubes futebol ou outras organizações desportivas?
              As incompatibilidades políticas devem ser avaliadas politicamente.
              E em relação aos magistrados, é prudente haver juízes e procuradores nos órgãos de jurisdição do desporto?

              É uma questão em aberto e sobre a qual ouço opiniões diversas. Neste momento, nas actuais circunstâncias, não se me afigura prudente que haja magistrados nos órgãos jurisdicionais desportivos. Talvez fosse oportuno equacionar a estrutura desses órgãos atribuições e composição , sendo de especial relevância, para o teor da pergunta que me é proposta, o modo como a composição se deverá operar.

              Os conselhos disciplinares do futebol (da Liga e da Federação) têm colaborado com a PJ no combate à corrupção desportiva?
              Não têm colaborado. Mas também é verdade que não seria expectável que colaborassem. Não penso que esses conselhos sejam interlocutores da Polícia Judiciária. Isto não afasta a ideia de que o muito que há a fazer na prevenção da corrupção no desporto deva ser da responsabilidade dos órgãos das respectivas estruturas. Não podem alijar, continuadamente, as suas responsabilidades para a polícia e para os tribunais.

              Leia mais na edição do EXPRESSO em banca


              Algo vai mal, parece que muitos não desejam é ver.

              Comentário


                #67
                citação:Originalmente colocada por mário silva

                citação:Originalmente colocada por Vehicle
                Até porque toda a gente sabe que o PC e major estão inocentes :D
                Atençã que o major já disse "conscientemente, não cometi nenhum crime"!!

                Olhando para os seus cabelos brancos, ponho de lado a possibilidade de ele ser um 'jovem rebelde e inconsciente'..
                Logo, se ele cometeu algum crime só podia estar bem bêbedo.. [}][}][}]
                Eu tb reparei neste pormenor! É q o gajo já está a fazer a caminha para não ser provado o dolo sendo certo q alguns crimes (não fui ver se é o caso dos crimes de q ele é acusado) apenas são puníveis se forem praticados com dolo!

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                  #68
                  Eu admiro a mulher pela coragem que tem em enfrentar certos poderes instalados... E acho que se ela souber manter-se no seu canto e não vir falar demais como é seu habito pode ser uma excelente escolha..

                  Mas tenham calma.. Acho que se está a criar uma expectativa desmesurada sobre o que ela poderá fazer. E expectativas desmesuradas normalmente levam à desilusão..


                  E já agora, acho que ao contrario do que os teoricos da conspiração logo afirmaram, nem é bem o livro que mudou as coisas. O novo Procurador é que tem mudado muita coisa. O Apito Dourado estava quase esquecido, com tudo a ser arquivado e agora tem um novo rumo. A operação furacão que envolve algumas das maiores empresas nacionais, está ai.. É claro que posso estar redondamente enganado porque ele ainda nem aqueceu a cadeira, mas parece-me que este Procurados nã oserá de forma alguma uma nódoa como os ultimos dois.

                  Comentário


                    #69
                    citação:Colocado - 15/12/2006 : 19:10:29 Mostrar Perfil Email Editar Resposta Send Torque a Private Message Responder com citação Apagar resposta
                    Aqui que ninguém nos ouve: GRANDE GOLPE DE MARKETING do Sr. Procurador.


                    «Agora é que vai "for"»
                    Afinal o José António Saraiva também vê as coisas deste modo. Basta lerem a coluna de hoje no SOL:

                    "Uma escolha hábil

                    Um coro de aplausos rodeou a nomeação de Maria José Morgado para responsável pelo processo 'Apito Dourado'.
                    ...
                    Confesso que a imagem que tenho da pessoa em causa não coincide exactamente com a maioria.
                    ...
                    A ideia que formei dos magistrados foi a de pessoas rectas, equilibradas, que não fazem acusações sem provas e não lançam suspeitas de forma generalizada.
                    Ora, em várias entrevistas na televisão, vi Maria José Morgado lançar suspeitas sobre dirigentes do futebol ou os presidentes das câmaras sem sentir necessidade de as fundamentar.
                    Sempre que lhe pediam para concretizar o que dizia, fazia aquela expressão irónica e sofrida que é tão sua, encolhia os ombros - e não abria a boca.
                    ...
                    A nomeação de Maria José Morgado foi, pois um acto 'politicamente' hábil.
                    Se houver condenações, o país ficará contente.
                    Se não houver, ficará a ideia de que não foi por falta de empenho enm por cumplicidade com os tubarões do futebol que isso aconteceu.
                    Há casos em que se é preso por ter cão e preso por não ter; neste caso passa-se o contrário: qualquer que seja o desfecho do 'Apito Dourado', o procurador terá ganho com esta nomeação"

                    Comentário


                      #70
                      Fuga de Informação e quebra do Segredo de Justiça.

                      Será que existe alguém empenhado em minar o trabalho que está a ser desenvolvido ?

                      Se não é, parece, a isto tendo em conta esta noticia.


                      Despacho de Maria José Morgado sobre Pinto da Costa divulgado na Net
                      Carlos Lima e Eduardo Dâmaso

                      O despacho de Maria José Morgado a reabrir o inquérito que envolve Pinto da Costa e o árbitro Jacinto Paixão está integralmente publicado na internet, no site www.sportugal.pt. A divulgação deste documento em segredo de justiça deverá determinar a abertura de um inquérito pela Procuradoria Geral da República, que já prometeu ir apurar o que se passou. O documento apareceu naquele site de desporto na noite de sexta-feira mas só ontem esse facto foi conhecido publicamente.

                      O episódio caiu mal na equipa de investigadores liderada por Maria José Morgado, que entregou o documento aos advogados de defesa dos arguidos, cerca de uma dezena, nos passados dias 17 e 18. Fonte da equipa de Maria José Morgado assegura que a divulgação não partiu de nenhum elemento deste grupo de investigadores.

                      O depoimento de Carolina Salgado perante a equipa de Maria José Morgado teve um efeito clarificador para as dúvidas levantadas por um procurador do Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto (DIAP) que decidiu arquivar as suspeitas sobre Pinto da Costa e o empresário António Araújo quanto à contratação de serviços de prostitutas para o árbitro Jacinto Paixão e para os seus auxiliares depois de um jogo entre o FC Porto e o Estrela da Amadora (época 2003/2004). Este é o ponto central do despacho.

                      Da leitura do documento, fica claro uma intenção da magistrada nomeada pelo procurador-geral da República, Pinto Monteiro, em não beliscar os fundamentos da decisão do seu colega do DIAP do Porto. Para Morgado, as dúvidas expressas pelo magistrado, sobretudo relacionadas com a certeza de uma condenação dos arguidos em julgamento, acabaram por ser ultrapassadas pela "nova prova" produzida: o depoimento de Carolina Salgado. E o que disse a ex-companheira de Pinto da Costa? "Salientou que era o António Araújo quem tratava de contactar directamente com os árbitros, mas sempre a mando do Jorge Nuno".

                      Carolina Salgado declarou ainda que termos como "fruta", "fruta de dormir" e "café com leite" correspondiam "além de entregas em dinheiro, a serviços de acompanhamento sexual, praticados por raparigas contratadas por António Araújo". "Também o Reinaldo Teles [administrador da SAD do FC Porto] e o Joaquim Pinheiro [irmão de Reinaldo Teles] intermediariam este tipo de serviços, indo buscar as 'meninas' a bares da cidade do Porto", descreveu ainda Carolina Salgado. Ora, no caso do jogo entre o FC Porto e o Estrela da Amadora, três mulheres brasileiras afirmaram no processo, em declarações para memória futura, terem sido contratadas por António Araújo e pernoitado com a equipa de arbitragem num hotel do Porto. Questionada pelos investigadores da equipa de Maria José Morgado, a ex-companheira de Pinto da Costa não teve dúvidas em afirmar no processo que os "serviços de prostituição tinham como objectivo pagar arbitragens favoráveis ao FCP". E diz ainda o despacho: "Aliás, [Carolina Salgado] esclarece que os favores das arbitragens favoráveis eram pagos em dinheiro, sendo as meninas um complemento". Ora, foi perante este depoimento que Morgado considerou que o Ministério Público estava perante "factos novos".

                      Diário de Referência


                      [xx(]

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                        #71
                        Será que desta se apura de onde veio a fuga de informação?

                        Ainda sou crente...

                        Comentário


                          #72
                          Entregando a «coisa» aos advogados de defesa dos arguidos, o que esperavam?!...

                          Comentário


                            #73
                            citação:Aliás, [Carolina Salgado] esclarece que os favores das arbitragens favoráveis eram pagos em dinheiro, sendo as meninas um complemento". Ora, foi perante este depoimento que Morgado considerou que o Ministério Público estava perante "factos novos".
                            estes árbitros são como os funcionários públicos, estão cheios de regalias...[}]

                            Comentário


                              #74

                              FPF: Onze árbitros alvo de processos disciplinares por indícios de corrupção
                              2007-01-23 11:17:40


                              Lisboa - O conselho de disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou ontem, segunda-feira, ter instaurado inquéritos a 11 árbitros, por «indícios de corrupção em jogos oficiais», lê-se num comunicado do organismo.
                              Manuel Mendes, Fausto Marques, Jorge Marques, Rui Silva, Pedro Sanhudo, Hugo Silva, João Macedo, Ricardo Pinto, Cosme Machado, Licínio Santos e José Rodrigues são os juízes sob investigação, estando as suspeitas relacionadas com jogos da época 2003/2004.

                              Hoje, falando à margem da cerimónia de entrega das insígnias da FIFA a 29 árbitros portugueses, o presidente da FPF, Gilberto Madaíl, não quis tecer muitos comentários sobre o assunto, declarando que «os processos abertos são da responsabilidade de quem está à frente da investigação», cita o «Diário Digital».

                              «Espero que correspondam às expectativas de todos, ou seja, que sejam rapidamente resolvidos», acrescentou o dirigente, admitindo que o futebol português está a viver um «período difícil».

                              O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Hermínio Loureiro, sublinhou ainda esperar que «rapidamente tudo seja esclarecido, para que quem tiver de ser culpado que o seja, mas que quem tiver de ser ilibado que o seja também».
                              (c) PNN Portuguese News Network


                              11 árbitros alvo de processos disciplinares

                              Comentário


                                #75
                                Jogadores suspeitos

                                Agente FIFA suspeito
                                Morgado investiga aliciamento a jogadores

                                O eventual aliciamento a jogadores, alegadamente ‘corrompidos’ para ajudarem ‘rivais’ a atingir determinados fins – vitórias, claro –, está, apurou o Correio Sport, a ser investigado pela equipa liderada por Maria José Morgado.

                                Desta feita, o caso ultrapassa em muito o tráfico de influências que marca a grande maioria dos episódios sobre os quais versa o processo ‘Apito Dourado’. Em causa estarão pagamentos suspeitos feitos a atletas, sempre através de intermediários, em dias que antecederam jogos de especial relevância. Mesmo admitindo a existência de outros exemplos semelhantes, o Correio Sport sabe que a final da Supertaça entre FC Porto e União de Leiria, referente à temporada 2002/2003 – o jogo disputou-se a 12 de Agosto – é uma das partidas que está sob suspeita.

                                DOCUMENTO SUSPEITO NA PJ

                                A sustentar a investigação da Polícia Judiciária, além de eventuais testemunhos e, admite-se, escutas telefónicas, estão, segundo apurámos, alguns documentos que comprovam o pagamento de avultadas verbas – fala-se mesmo num pagamento de 25 mil euros – a pelo menos um jogador, então ao serviço da União de Leiria. Por saber, e será isso que importa esclarecer às autoridades, está a razão de ser deste pagamento. Afinal, e mesmo que o jogador se tenha recusado a ‘entrar na jogada’, só a simples tentativa de aliciamento, cenário possível, já constitui crime.

                                A atenção das autoridades está centrada na conduta de um conhecido agente FIFA, à data com excelentes relações no universo portista e que terá, de acordo com informações recolhidas, assumido o referido pagamento, considerado suspeito pela equipa de Maria José Morgado. Contudo, atente-se, nenhum dos indícios de corrupção, activa e passiva, está provado. Aliás, admite-se que só o resultado de futuras inquirições, caso as mesmas não tenham ainda sido efectuadas mas estejam na calha, se revele fundamental no apuramento de toda a verdade relacionada com este caso.

                                MAIS DENÚNCIAS

                                Refira-se ainda que a equipa de Maria José Morgado tem vindo a desenvolver várias diligências e, depois da estreita colaboração de Carolina Salgado – testemunha chave para a reabertura de alguns processos que haviam sido arquivados, nomeadamente relacionados com o presidente do FC Porto, Pinto da Costa –, tem contado também com outras ajudas preciosas. É que, sabe o Correio Sport, nem só a ex-companheira do líder portista entregou documentos à equipa de investigadores. Sob anonimato, vários ex-dirigentes e outros agentes relacionados de forma mais ou menos directa com o futebol aproveitaram o momento para entregar documentação às autoridades e fazer novas denúncias. Alguns sem sequer, porventura com receio, darem a cara.

                                Certo mesmo é que depois de muito se falar sobre condutas de árbitros, ex-árbitros, observadores e vários outros agentes desportivos, chegou a vez de também (alguns) jogadores se perfilarem na mira das autoridades. O rastilho da corrupção está aceso. A bomba, desde que as suspeitas se confirmem, pode estar para rebentar, numa altura em que estão espalhadas pelo País várias certidões relacionadas com a corrupção no futebol português.

                                25 MIL EUROS

                                Este terá sido o valor pago a pelo menos um jogador, que então representava a União de Leiria. Desconhece-se o fundamento.

                                VITÓRIA PORTISTA

                                A partida da Supertaça em 2003 foi ganha pelo FC Porto (1-0). Costinha foi o autor do único golo.


                                Pedro Rita

                                http://www.correiomanha.pt/noticia.a...dCanal=181&p=0

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                                  #76
                                  O começo !! Uma carta de um Arbitro !!

                                  Corrupção
                                  Apito Dourado começou com carta de árbitro

                                  "Nunca me passou pela cabeça que a carta que enviei a Valentim Loureiro desse origem ao processo ‘Apito Dourado’”, disse ontem ao CM o ex-árbitro Rui Mendes, que deu origem ao processo ‘Apito Dourado’ ao denunciar uma alegada tentativa de aliciamento para favorecer uma equipa de futebol.

                                  A carta, que o CM publica hoje, conta uma conversa entre Rui Mendes e um vogal do Conselho de Arbitragem da Liga (Nemésio de Castro), que ocorreu numa estação de serviço na A6, perto de Campo Maior, no dia 1 de Outubro de 2000, domingo, às 11h00. Nesse dia, Rui Mendes e os seus auxiliares José Borges e Vítor Oliveira, mais o quarto árbitro Luís Miranda, tinham sido designados para dirigirem o jogo Campomaiorense-União de Leiria, a contar para a 6.ª jornada da I Liga.

                                  Segundo Rui Mendes, Nemésio de Castro disse-lhe que a arbitragem precisava de árbitros jovens como ele e alertou-o para o facto de o treinador Carlos Manuel poder ser despedido caso o Campomaiorense perdesse. O encontro terminou empatado (1-1) e a actuação de Rui Mendes foi mesmo elogiada por Manuel José, técnico dos leirienses. O observador do jogo, no entanto, teve opinião diferente e deu uma nota fraca ao árbitro. Rui Mendes não gostou e decidiu falar com Valentim Loureiro.

                                  Só o conseguiu no dia 2 de Abril de 2001, quando recebeu um telefonema de José Luís Oliveira, vice-presidente da Câmara de Gondomar, convocando-o para uma reunião na autarquia com o major.

                                  Rui Mendes contou então ao major a abordagem de Nemésio de Castro. Durante a conversa, assegura o árbitro, Valentim telefonou a um funcionário da Liga a solicitar que fossem feitas averiguações sobre o Campomaioremse-U. Leiria: “Disse também que a minha situação na classificação era preocupante, mas recuperável, e que mais tarde me informaria do resultado das diligências que ia fazer.”

                                  Nesse encontro, Rui Mendes garante que José Luís Oliveira lhe perguntou se “estava preparado” para dirigir o Gondomar-Trofense, da II Divisão B. O árbitro aceitou e, por isso, também acabou arguido no processo ‘Apito Dourado’, indiciado por um crime de corrupção passiva, punível com pena até dois anos de prisão.

                                  Em Maio de 2001, Rui Mendes afirma que relatou ao amigo Pimenta Machado, na altura presidente do V. Guimarães, tudo o que se tinha passado com Nemésio de Castro e o encontro com Valentim em Gondomar: “Pimenta aconselhou-me a falar à Comunicação Social e a escrever uma carta ao major. Foi o que fiz. As declarações aos media tiveram como consequência final o abandono da arbitragem.”

                                  A carta de Rui Mendes foi enviada por Valentim Loureiro para a Comissão Disciplinar, passou pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto e acabou nas mãos do procurador do Tribunal de Gondomar, Carlos Teixeira. O magistrado mandou ouvir Rui Mendes, soube do encontro com o major, do pedido que José Luís Oliveira lhe fez para dirigir o Gondomar-Trofense e deu início ao processo ‘Apito Dourado’.

                                  Quando mandou a carta para a Comissão Disciplinar da Liga, Valentim previu que nada lhe aconteceria: “Uma coisa é certa, de certeza que não serei beliscado com nada disto.”

                                  Três anos depois (2 de Dezembro de 2004), Valentim Loureiro foi detido e, mais tarde, acusado da prática de 26 crimes dolosos de corrupção activa sob a forma de cumplicidade e dois crimes dolosos de prevaricação. Além do major, foram ainda constituídos mais 170 arguidos, dos quais 27 vão saber amanhã, no Tribunal de Gondomar, se irão ou não ser julgados, a maioria por crimes de corrupção.

                                  “Não me importo de apanhar dois anos de prisão. Se isso suceder, os tubarões têm de apanhar 200 anos”, sublinha Rui Mendes.

                                  PERFIL

                                  Rui Mendes chegou à arbitragem em 1989. Tinha 21 anos. Natural do Marco de Canaveses, casado, sem filhos, bancário, atingiu a 1.ª categoria na época 1999/2000, onde apenas dirigiu dois jogos: Alverca-Estrela da Amadora e Campomaiorense-União de Leiria. Deixou o futebol em 2004. Estava na 3.ª categoria.

                                  SISTEMA

                                  O árbitro Rui Mendes deu início ao processo ‘Apito Dourado’ numa carta que escreveu a Valentim Loureiro em que diz que o “sistema” (...) “continua vivo e bem vivo” e em que denuncia uma tentativa de aliciamento.

                                  CARTA

                                  Rui José de Sousa Viera Mendes

                                  Ao Exmo. Sr. Presidente da Liga P.F.P

                                  Major Valentim Loureiro

                                  Marco de Canaveses 09 de Maio de 2001

                                  Exmo. Sr. Presidente,

                                  Estou a escrever estas duas letras, no sentido de o alertar e à opinião pública do chamado “SISTEMA”, que continua vivo e bem vivo, apesar das boas intenções das pessoas responsáveis e acima de tudo de uma certa mágoa das “situações” não tomarem outro rumo.

                                  Conforme conversa pessoal, e na presença do Sr. José Oliveira, na Câmara Municipal de Gondomar, no dia 2 de Abril de 2001, ao fim da tarde, alertei V/Exa. que tive uma abordagem numa área de serviço na auto-estrada a caminho de Campo Maior, por um elemento do CA da Liga aquando do jogo Campomaiorense / União de Leiria. Esse mesmo elemento do Conselho disse-me que era de árbitro jovens, como eu, que a arbitragem precisava, prevendo-se um jogo difícil, e que caso o Campomaiorense não vencesse o treinador poderia ser despedido.

                                  Mais tarde apercebi-me da ousadia na abordagem desse Sr. do CA, não me falando sobre a minha actuação. Mais tarde, tive conhecimento que o Observador era do distrito da equipa da casa...

                                  No dia 10 de Novembro, em Leiria, abordei esse Sr. do CA dizendo-lhe que o relatório do jogo não era coincidente, com a opinião da, comunicação social, treinador da União de Leiria, etc. respondendo-me que não esteve muito atento à minha actuação, mas sim aos dos Árbitros Assistentes.

                                  No dia 2 de Abril, durante a nossa conversa, foi abordada a minha posição classificativa,, e o Sr. Presidente disse-me que era preocupante mas recuperável.

                                  De imediato fez um telefonema para um funcionário da Liga a solicitar averiguações dos factos ocorridos no jogo em causa e que, posteriormente, me comunicaria qualquer coisa.

                                  Como deve calcular ainda estou à espera de uma palavra sua, para que a VERDADE DESPORTIVA ímpere na nossa sociedade e não hajam posições pré-definidas antes dos campeonatos terminarem.

                                  Aguardo serenamente, pois isto que escrevo é só um capítulo...

                                  Grato desde já pela atenção dispensada.

                                  Saudações Desportivas,

                                  Rui José de Sousa Vieira Mendes



                                  Continua

                                  Comentário


                                    #77
                                    Continuação


                                    REFERÊNCIAS A PINTO DA COSTA

                                    Quando foram detidos as primeiras 16 pessoas do processo ‘Apito Dourado’, no dia 20 de Abril de 2004, o nome de Pinto da Costa já constava nos mandatos de detenção que foram exibidos aos arguidos, o que indicava que as investigações do procurador Carlos Teixeira não iriam ficarr pela 2ª Divisão B.

                                    Mas só no dia 2 de Dezembro de 2004 é que o Mnistèrio Público decidiu deter o presidente do FC Porto, suspeito de crimes de corrupção e tráfico de influências. No entanto, quando a PJ foi a casa de Pinto da Costa para o deter, não o encontrou. O arguido tinha sido avisado das buscas e ausentou-se para Espanha, acompanhado pela sua namorada da altura, Carolina Salgado. Um dia depois, apresentou-se no Tribunal de Gondomar escoltado por adeptos da claque do FC porto, mas a juíza de instrução Ana Cláudia Nogueira não o quis ouvir, marcando a inquirição para 7 de Dezembro.

                                    O QUE ELES DISSERAM NO 1.º INTERROGATÓRIO

                                    PINTO DA COSTA

                                    "Era impensável que Jacinto Paixão solicitasse ‘meninas’, pois corria no mundo do futebol que ele seria homossexual e é um mau árbitro, que no jogo com o Estrela da Amadora, no Dragão, prejudicou o Futebol Clube do Porto com as suas asneiras."

                                    PINTO DE SOUSA

                                    "Os factores de correcção nas classificações finais dos árbitros constituíam prática corrente na Federação para reparar certas injustiças das notas dadas pelos observadores aos árbitros, mas também para o maior número possível de associações de futebol manterem árbitros na primeira categoria nacional."

                                    VALENTIM LOUREIRO

                                    "Antes de eu ser confrontado com quaisquer conversas telefónicas, asseguro a este tribunal que nunca mantive contactos com árbitros, com observadores ou com outros agentes desportivos, no sentido de influenciar o seu trabalho a favor do Gondomar."

                                    58 BUSCAS E 200 INSPECTORES DA PJ

                                    A partir das sete horas da madrugada de 20 de Abril de 2004, entre Bragança e Setúbal, duas centenas de investigadores da PJ desencadearam 58 buscas simultâneas em residências, sedes de clubes, empresas, na Liga e na Federação Portuguesa de Futebol. Apreenderam documentos que confirmaram suspeitas sobre corrupção e tráfico de influências no futebol e detiveram 16 pessoas, entre as quais Valentim Loureiro, presidente da Liga, e Pinto de Sousa, líder do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol.

                                    O objecto da investigação – desencadeada por uma denúncia do árbitro Rui Mendes (ver peça principal) –, que ficou conhecida como processo ‘Apito Dourado’, era desde o início a 2.ª Divisão B, mais concretamente o Gondomar Sport Clube, que na época de 2003/2004 ascendeu à Liga de Honra, mas acabou por atingir clubes da I Liga e mais de 170 arguidos.

                                    Valentim Loureiro foi, desde o início, o suspeito mais mediático do caso e ainda hoje jura a pés juntos “ter a consciência” de que nunca cometeu “qualquer crime”, quando questionado sobre o alegado envolvimento na adulteração de resultados dos jogos de futebol do Gondomar e do Boavista.

                                    O major deixou a presidência da Liga, mas as investigações continuaram e incluíram a Câmara Municipal do Porto, nomeadamente o chefe de gabinete de Rui Rio, Manuel Pinto Teixeira, suspeito de dar apoio a pretensões imobiliárias do Boavista e do empreiteiro Joaquim Camilo, nas imediações do Estádio do Bessa.

                                    Os mais altos responsáveis da Polícia Judiciária e da Procuradoria – Adelino Salvado e Souto Moura – foram apanhados de surpresa pela operação desencadeada no dia 20 de Abril de 2004. Esta situação terá levado à demissão do director da PJ do Porto, o juiz Artur Oliveira, e dos seus adjuntos Teófilo Santiago e Massano de Carvalho.

                                    DATAS-CHAVE DO PROCESSO DE CORRUPÇÃO DO FUTEBOL PORTUGUÊS

                                    1/10/2000

                                    Rui Mendes é abordado por Nemésio de Castro, da Comissão de Arbitragem da Liga, horas antes do jogo que ia dirigir: Campomaiorense-U. Leiria. Nemésio diz ao juiz que o treinador Carlos Manuel podia ser despedido se o Campomaiorense perdesse.

                                    2/4/2001

                                    Rui Mendes conta a Valentim Loureiro e José Luís Oliveira, na Câmara de Gondomar, o encontro com Nemésio de Castro. José Luís Oliveira pergunta-lhe se estava preparado para dirigir o Trofense-Gondomar.

                                    9/5/2001

                                    Rui Mendes escreve uma carta a Valentim Loureiro onde relata a abordagem de Nemésio de Castro e menciona o encontro na Câmara de Gondomar.

                                    10/5/2001

                                    Valentim anuncia que a Liga enviou a carta de Rui Mendes para o Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto.

                                    30/8/2001

                                    DIAP do Porto manda a PJ ou- vir Rui Mendes. Árbitro começa a ser ouvido como testemunha e acaba arguido por ter aceite o pedi- do de José Luís Oliveira para dirigir o Gondomar-Trofense.

                                    24/1/2003

                                    DIAP do Porto envia processo de Rui Mendes para o Tribunal de Gondomar.

                                    3/2/2003

                                    Processo chega às mãos do procurador Carlos Teixeira, do Tribunal de Gondomar.

                                    24/3/2003

                                    Juíza de Instrução, Ana Cláudia Nogueira, faz a primeira diligência no processo.

                                    18/4/2003

                                    1.ª escuta do processo ‘Apito Dourado’. José Luís Oliveira é apanhado a dizer a Pinto de Sousa que tinha nomeado árbitros para jogos do Gondomar que não constavam de uma lista que lhe dera três semanas antes.

                                    20/4/2004

                                    Valentim Loureiro, Pinto de Sousa, José Luís Oliveira e mais 13 pessoas, a maioria árbitros, são detidas.

                                    2/12/2004

                                    Buscas em casa de Pinto da Costa. Presidente do FC Porto estava em Espanha por ter sido avisado das buscas.

                                    3/12/2004

                                    Pinto da Costa é detido para interrogatório no Tribunal de Gondomar.

                                    7/12/2004

                                    Pinto da Costa volta ao Tribunal de Gondomar. Depois de ter sido ouvido pela juíza de instrução Ana Cláudia Nogueira, pagou caução de 200 mil euros para ficar em liberdade.

                                    31/1/2006

                                    É deduzida a acusação do processo de Gondomar contra Valentim Loureiro e Pinto de Sousa, mais 25 arguidos, a maioria por crimes de corrupção.

                                    6/3/2007

                                    Os 27 arguidos do processo de Gondomar vão saber se são, ou não, julgados.

                                    NOTAS

                                    ADVOGADO

                                    Valentim Loureiro pensou em não levar o seu advogado à PJ do Porto no dia em que foi detido. O major disse aos que lhe são próximos que estava inocente.

                                    LADRÕES

                                    O árbitro José Manuel Rodrigues, aquando da busca a sua casa, em Barcelos, disse aos vizinhos que os inspectores da PJ eram “ladrões”.

                                    ANIVERSÁRIO

                                    O então subdirector da PJ do Porto, Teófilo Santiago, fazia anos (49) no dia (20/04/2004) em que coordenou a operação do ‘Apito Dourado’.

                                    FALECIMENTO

                                    O árbitro Jorge Saramago, de Aveiro, foi o primeiro arguido a ser interrogado, porque soube entretanto que o seu pai tinha falecido.

                                    CALABOUÇOS

                                    Os arguidos do ‘Apito Dourado’ inauguraram as novas celas da PJ. Os antigos calabouços estavam preparados para os adeptos do Euro 2004.

                                    DINHEIRO

                                    A juíza Ana Cláudia Nogueira esteve vários meses para receber as ajudas de custo das deslocações realizadas por causa do caso ‘Apito Dourado’.

                                    SANITA

                                    A PJ encontrou vária documentação bancários de José Luís Oliveira na sanita da casa do vice-presidente da Câmara de Gondomar.
                                    Octávio Lopes / Joaquim Gomes


                                    Diário de referência

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                                      #78
                                      Apito Dourado: Valentim e Pinto de Sousa vão a julgamento

                                      O Tribunal de Gondomar decidiu esta terça-feira levar a julgamento 24 dos 27 acusados do processo «Apito Dourado», incluindo Valentim Loureiro, José Luís Oliveira e Pinto de Sousa.
                                      No final da leitura da decisão instrutória do caso «Apito Dourado», uma funcionária do Tribunal de Gondomar informou que o juiz Pedro Miguel Vieira decidiu que não vão a julgamento apenas os árbitros Rui Mendes, Sérgio Pereira e Aníbal Gonçalves.

                                      O juiz validou as escutas telefónicas feitas na investigação.

                                      O tribunal decidiu pronunciar para julgamento o ex-presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional Valentim Loureiro, sob a acusação de cumplicidade em 26 crimes dolosos de corrupção activa e autoria de um crime doloso de prevaricação.

                                      Valentim Loureiro apenas não foi pronunciado quanto a um crime de prevaricação relacionado com o processo de licenciamento de uma moradia particular.

                                      O ex-presidente do Gondomar Sport Clube José Luís Oliveira foi pronunciado como autor de 26 crimes dolosos de corrupção activa e 21 crimes dolosos de corrupção desportiva activa.

                                      O antigo presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol Pinto de Sousa vai responder como autor de 26 crimes dolosos de corrupção passiva para acto ilícito.

                                      O tribunal considerou ainda que Pinto de Sousa é susceptível de ser qualificado como funcionário público, rejeitando o argumento em sentido contrário apresentado pela defesa, com base num parecer do professor universitário Damião da Cunha.

                                      O juiz considerou ainda as cerca de 16 mil escutas telefónicas «não padecem de qualquer inconstitucionalidade, nulidade ou irregularidade», como alegava a defesa, com várias argumentações, entre as quais a de que terão sido feitas sem controlo do juiz de instrução e transcritas fora dos prazos legais.

                                      Diário Digital / Lusa

                                      Pinto da Costa não foi indiciado. Curioso...

                                      Pois agora é que gostava de ouvir a opinião dos que sempre defenderam que Pinto da Costa deveria ir a julgamento (porque aqui no fórum temos pessoas que para além de treinadores de bancada e de outras 1001 profissões, também são juristas) e que sempre disseram que Maria José Morgado iria por isto em ordem.



                                      Afinal aqui se vê quem canta de poleiro...

                                      Comentário


                                        #79
                                        Originalmente Colocado por MrGrieves Ver Post
                                        Agora gostava de ouvir a opinião dos que sempre defenderam que Pinto da Costa deveria ir a julgamento (porque aqui no fórum temos pessoas que para além de treinadores de bancada e de outras 1001 profissões, também são juristas) e que sempre disseram que Maria José Morgado iria por isto em ordem.



                                        Afinal aqui se vê quem canta de poleiro...

                                        Mas o que é que o gondomar têm haver com o pinto da costa?? Este foi um caso, há mais, neste o pinto da costa não está metido ao barulho noutro está.

                                        Comentário


                                          #80
                                          Originalmente Colocado por ricardohdi Ver Post
                                          Mas o que é que o gondomar têm haver com o pinto da costa?? Este foi um caso, há mais, neste o pinto da costa não está metido ao barulho noutro está.
                                          Desculpa mas "processo apito dourado" só há um. Não me venham cá com essas tretas...
                                          E isto foi a decisão instrutória do caso «Apito Dourado».

                                          Comentário


                                            #81
                                            Originalmente Colocado por MrGrieves Ver Post
                                            Desculpa mas "processo apito dourado" só há um. E isto foi a decisão instrutória do caso «Apito Dourado».

                                            Há varios processos do apito dourado este foi um.

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                                              #82
                                              Originalmente Colocado por MrGrieves Ver Post

                                              Pois agora é que gostava de ouvir a opinião ...

                                              Acha que já acabou tudo o que é relacionado com o Apito Dourado ?

                                              As diversas certidões extraidas , etc, etc.



                                              Eu não sei !! Você Sabe ?

                                              Comentário


                                                #83
                                                Eu vejo as cenas dos próximos capitulos aqui http://blogdabola.blogspot.com/2007/03/um-beijo-com-sabor-salgado-carolina.html#links

                                                "...Posso garantir, que depois desta investida do Tribunal de Gondomar, a equipa de Maria José Morgado, está muito mais activa e confiante, ao contrário do que está a acontecer com os “maus”, que começam a olhar para o lado e a pensar que afinal o engenheiro chefe, já está fora do projecto e a obra pode não ser concluída.
                                                Segundo algumas informações de que disponho, alguns já começam a pensar em saltar do trilho, porque já se aperceberam, que está na hora do salve-se quem puder."

                                                Comentário


                                                  #84
                                                  Um até já andou a comprar casa em Forteleza! Diz que é para oferecer á nova namorada

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                                                    #85
                                                    Originalmente Colocado por kolchak Ver Post
                                                    Um até já andou a comprar casa em Forteleza! Diz que é para oferecer á nova namorada

                                                    e vocês a sonhar...

                                                    Comentário


                                                      #86
                                                      Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
                                                      Corrupção
                                                      Apito Dourado começou com carta de árbitro

                                                      "Nunca me passou pela cabeça que a carta que enviei a Valentim Loureiro desse origem ao processo ‘Apito Dourado’”, disse ontem ao CM o ex-árbitro Rui Mendes, que deu origem ao processo ‘Apito Dourado’ ao denunciar uma alegada tentativa de aliciamento para favorecer uma equipa de futebol.

                                                      A carta, que o CM publica hoje, conta uma conversa entre Rui Mendes e um vogal do Conselho de Arbitragem da Liga (Nemésio de Castro), que ocorreu numa estação de serviço na A6, perto de Campo Maior, no dia 1 de Outubro de 2000, domingo, às 11h00. Nesse dia, Rui Mendes e os seus auxiliares José Borges e Vítor Oliveira, mais o quarto árbitro Luís Miranda, tinham sido designados para dirigirem o jogo Campomaiorense-União de Leiria, a contar para a 6.ª jornada da I Liga.

                                                      Segundo Rui Mendes, Nemésio de Castro disse-lhe que a arbitragem precisava de árbitros jovens como ele e alertou-o para o facto de o treinador Carlos Manuel poder ser despedido caso o Campomaiorense perdesse. O encontro terminou empatado (1-1) e a actuação de Rui Mendes foi mesmo elogiada por Manuel José, técnico dos leirienses. O observador do jogo, no entanto, teve opinião diferente e deu uma nota fraca ao árbitro. Rui Mendes não gostou e decidiu falar com Valentim Loureiro.

                                                      Só o conseguiu no dia 2 de Abril de 2001, quando recebeu um telefonema de José Luís Oliveira, vice-presidente da Câmara de Gondomar, convocando-o para uma reunião na autarquia com o major.

                                                      Rui Mendes contou então ao major a abordagem de Nemésio de Castro. Durante a conversa, assegura o árbitro, Valentim telefonou a um funcionário da Liga a solicitar que fossem feitas averiguações sobre o Campomaioremse-U. Leiria: “Disse também que a minha situação na classificação era preocupante, mas recuperável, e que mais tarde me informaria do resultado das diligências que ia fazer.”

                                                      Nesse encontro, Rui Mendes garante que José Luís Oliveira lhe perguntou se “estava preparado” para dirigir o Gondomar-Trofense, da II Divisão B. O árbitro aceitou e, por isso, também acabou arguido no processo ‘Apito Dourado’, indiciado por um crime de corrupção passiva, punível com pena até dois anos de prisão.

                                                      Em Maio de 2001, Rui Mendes afirma que relatou ao amigo Pimenta Machado, na altura presidente do V. Guimarães, tudo o que se tinha passado com Nemésio de Castro e o encontro com Valentim em Gondomar: “Pimenta aconselhou-me a falar à Comunicação Social e a escrever uma carta ao major. Foi o que fiz. As declarações aos media tiveram como consequência final o abandono da arbitragem.”

                                                      A carta de Rui Mendes foi enviada por Valentim Loureiro para a Comissão Disciplinar, passou pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto e acabou nas mãos do procurador do Tribunal de Gondomar, Carlos Teixeira. O magistrado mandou ouvir Rui Mendes, soube do encontro com o major, do pedido que José Luís Oliveira lhe fez para dirigir o Gondomar-Trofense e deu início ao processo ‘Apito Dourado’.

                                                      Quando mandou a carta para a Comissão Disciplinar da Liga, Valentim previu que nada lhe aconteceria: “Uma coisa é certa, de certeza que não serei beliscado com nada disto.”

                                                      Três anos depois (2 de Dezembro de 2004), Valentim Loureiro foi detido e, mais tarde, acusado da prática de 26 crimes dolosos de corrupção activa sob a forma de cumplicidade e dois crimes dolosos de prevaricação. Além do major, foram ainda constituídos mais 170 arguidos, dos quais 27 vão saber amanhã, no Tribunal de Gondomar, se irão ou não ser julgados, a maioria por crimes de corrupção.

                                                      “Não me importo de apanhar dois anos de prisão. Se isso suceder, os tubarões têm de apanhar 200 anos”, sublinha Rui Mendes.

                                                      PERFIL

                                                      Rui Mendes chegou à arbitragem em 1989. Tinha 21 anos. Natural do Marco de Canaveses, casado, sem filhos, bancário, atingiu a 1.ª categoria na época 1999/2000, onde apenas dirigiu dois jogos: Alverca-Estrela da Amadora e Campomaiorense-União de Leiria. Deixou o futebol em 2004. Estava na 3.ª categoria.

                                                      SISTEMA

                                                      O árbitro Rui Mendes deu início ao processo ‘Apito Dourado’ numa carta que escreveu a Valentim Loureiro em que diz que o “sistema” (...) “continua vivo e bem vivo” e em que denuncia uma tentativa de aliciamento.

                                                      CARTA

                                                      Rui José de Sousa Viera Mendes

                                                      Ao Exmo. Sr. Presidente da Liga P.F.P

                                                      Major Valentim Loureiro

                                                      Marco de Canaveses 09 de Maio de 2001

                                                      Exmo. Sr. Presidente,

                                                      Estou a escrever estas duas letras, no sentido de o alertar e à opinião pública do chamado “SISTEMA”, que continua vivo e bem vivo, apesar das boas intenções das pessoas responsáveis e acima de tudo de uma certa mágoa das “situações” não tomarem outro rumo.

                                                      Conforme conversa pessoal, e na presença do Sr. José Oliveira, na Câmara Municipal de Gondomar, no dia 2 de Abril de 2001, ao fim da tarde, alertei V/Exa. que tive uma abordagem numa área de serviço na auto-estrada a caminho de Campo Maior, por um elemento do CA da Liga aquando do jogo Campomaiorense / União de Leiria. Esse mesmo elemento do Conselho disse-me que era de árbitro jovens, como eu, que a arbitragem precisava, prevendo-se um jogo difícil, e que caso o Campomaiorense não vencesse o treinador poderia ser despedido.

                                                      Mais tarde apercebi-me da ousadia na abordagem desse Sr. do CA, não me falando sobre a minha actuação. Mais tarde, tive conhecimento que o Observador era do distrito da equipa da casa...

                                                      No dia 10 de Novembro, em Leiria, abordei esse Sr. do CA dizendo-lhe que o relatório do jogo não era coincidente, com a opinião da, comunicação social, treinador da União de Leiria, etc. respondendo-me que não esteve muito atento à minha actuação, mas sim aos dos Árbitros Assistentes.

                                                      No dia 2 de Abril, durante a nossa conversa, foi abordada a minha posição classificativa,, e o Sr. Presidente disse-me que era preocupante mas recuperável.

                                                      De imediato fez um telefonema para um funcionário da Liga a solicitar averiguações dos factos ocorridos no jogo em causa e que, posteriormente, me comunicaria qualquer coisa.

                                                      Como deve calcular ainda estou à espera de uma palavra sua, para que a VERDADE DESPORTIVA ímpere na nossa sociedade e não hajam posições pré-definidas antes dos campeonatos terminarem.

                                                      Aguardo serenamente, pois isto que escrevo é só um capítulo...

                                                      Grato desde já pela atenção dispensada.

                                                      Saudações Desportivas,

                                                      Rui José de Sousa Vieira Mendes



                                                      Continua

                                                      Em relação a isto:

                                                      http://blogdabola.blogspot.com/2007/...cia.html#links

                                                      Comentário


                                                        #87
                                                        Curioso Ninguém Comenta este facto!!!

                                                        Uma manhã inteirinha !!!!!

                                                        E nada !!??



                                                        A noticia foi colocada nos Orgãos de comunicação escrita, é 1ª página, e aqui no forum um silencio sepulcral .... curioso que os que gostam de comentar noticias ligadas aos outros clubes ... não tenham comentado esta ... curioso ....




                                                        Pinto da Costa constituído arguido no caso das agressões a Ricardo Bexiga
                                                        14.03.2007 - 10h06


                                                        O presidente do FC Porto voltou a ser interrogado ontem pela equipa de magistrados liderada pela procuradora Maria José Morgado e terá sido ouvido enquanto arguido no caso das agressões a Ricardo Bexiga. Segundo a edição de hoje do Correio da Manhã, Pinto da Costa é suspeito de ter ordenado as agressões ao antigo vereador da Câmara Municipal de Gondomar.
                                                        O presidente do FC Porto é o terceiro arguido neste processo, juntando-se a Carolina Salgado e a Fernando Madureira, o líder da claque Super Dragões.

                                                        Contactado pela TSF, o advogado do presidente do FC Porto, Gil Moreira dos Santos, não confirma nem desmente a informação de que o presidente do FC Porto foi constituído arguido, limitando-se a recordar que o caso está em segredo de justiça. “Não cometerei a ilegalidade deontológica de falar sobre um processo que está em segredo de justiça."

                                                        Sobre a acusação de Pinto da Costa ser o mandante das agressões a Ricardo Bexiga, o advogado afirma que só sabe o que foi escrito no livro de Carolina Salgado: "relativamente a essa imputação ao senhor Pinto da Costa (...) é um facto que já foi publicitado por uma escritora que foi promovida recentemente em público. Essa escritora, não sei se em texto que corresponde a romance ou se a autobiografia, terá referido esses factos. Esses factos foram já tratados na comunicação social em vários momentos e, portanto, relativamente a isso, eu sei, como cidadão, o mesmo que sabe qualquer cidadão que teve acesso à comunicação social. É evidente que não posso confirmar nem desmentir, porque isso seria, efectivamente, uma forma enviezada de violar o segredo de justiça, que eu preservo".


                                                        Diário de referência

                                                        Comentário


                                                          #88
                                                          perfeitamente normal dps do que a Carolina disse no livro...

                                                          esperemos pela sentença, se tal houver...

                                                          mas como sempre se for inocente vão dizer que ele até os juízes compra, por isso este assunto deixa de fazer sentido logo desde o início...

                                                          Comentário


                                                            #89
                                                            No dia em que conseguirem sentar o Pinto da Costa no banco dos réus, aí acredito que a Justiça vai começar a funcionar neste País.

                                                            Comentário


                                                              #90
                                                              Arguido... Arguidos até podemos ser nós todos. Provar é que vai ser o caraças.

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