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Medicamento sujeito a receita sem ter receita...

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    #31
    Se há coisa que em portugal está acima da lei, são as farmácias. Isso é obviamente ilegal, mas é uma prática tão corrente, que estou a ver que mais vale fazer um referendo para a despenalização...

    Conto só uma experiência que se passou comigo: a pediatra receitou oraminax xarope à minha filha. A receita não estava trancada, o que permitia ao farmacêutico a dispensa de genérico. Era quase 1 da tarde, fui à farmácia aviar a receita, e o ajudante de farmácia diz-me, olhe, agora não há oraminax, tenho que mandar vir do armazém e só às 5 da tarde. Como, obviamente, respeitava a escolha da colega, mas queria começar a dar o antibiotico o mais cedo possivel, viro-me para ele e pergunto-lhe - se a receita não está trancada, porque é que não me dá a amoxicilina em xarope que tiver aí?? Ele abre muito os olhos, um bocado embarracado, e lá me vem com um frasco de amoxicilina labesfal, que custa 6 € PVP (o oraminax custa 11€). Querem então tornar as farmácias os paladinos da defesa dos medicamentos baratos... é óbvio que a eles lhes interessa vender sempre o mais caro... e se for sem receita, melhor ainda, que não têm que ficar à espera da comparticipação do estado (adiantada pela tentacular ANF).

    Quanto aos genéricos, como na verdade não existem genéricos em portugal, a questão nem se põe.

    E aos "especialistas em tudo", deixo a pergunta; se precisassem de tomar um antidepressivo, qual queriam que o médico receitasse, Psipax (marca), fluoxetina ratiopharm (genérico) ou fluoxetina farmoz (genérico)?

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      #32
      citação:Originalmente colocada por MrAnderson

      citação:Originalmente colocada por Eliselotus

      ha malta que acredita MESMO que as receitas sao apenas pra baixar o valor dos medicamentos!!!:D

      brutal:D

      a malta ta pior do que eu pensava....

      agua ras é que é! é agua, é transparente, e chega a ser mais barata que a "outra" agua. bebam um bocadito:D
      Na prática, quando já tens medicação pré-definida para certos tratamentos/doenças periódicas, não serve para muito mais que baixar o preço (caso seja comparticipado);)


      E o estado só se for estúpido é que vai fiscalizar isso, devem poupar pouco com isso devem..
      ha estados muito mais estupidos que verificam isso!!! veja-se so, sao neste momento a maior economia da UE! que otarios:D

      na pratica, quando ja tens medicaçao pre-definida seja por que razao for, tens receita para comprar a quantidade necessaria, nao precisas de comprar sem receita à espera do desconto do farmaceutico amigo.

      como qualquer pessoa bem intencionada percebe, sao medicamentos que teem que ter acesso limitado, dai ser necessario uma consulta ao medico a aconselhar tal medicamento. qualquer estado que queira ter um sistema de saude a funcionar em condiçoes, no minimo, más, tem TODO O INTERESSE em que esses medicamentos continuem a ter acesso restricto.

      Comentário


        #33
        É evidente que é uma ilegalidade, e um abuso do sistema, dada a prevalência desta pratica por parte das farmácias...

        Compreendo e aceito( pelo menos moralmente), que esta pratica possa ser realizada a doentes crónicos, clientes de determinada farmácia cujo historial de receitas e o conhecimento das pessoas leve a que seja previsível a renovação da receita, e cuja não apresentação se tenha devido a problemas logísticos por parte dos clientes ( distancia á farmácia, falta do medico, falta de dinheiro...), no entanto, dada a ilegalidade, é compreensível em casos pontuais,mas NUNCA ao nível da generalização de actuação que se verifica...

        Quanto aos genéricos e á qualidade dos mesmos, é evidente que estão devidamente regulamentados e estudados, quer pelas equipas técnicas dos laboratórios que os produzem( e que são alvo de inspecções regulares pelas autoridades competentes) quer por laboratórios independentes que procedem á sua certificação...

        No entanto, a venda de genéricos, leva a que as empresas farmacêuticas que desenvolveram o principio activo original,e mais tarde utilizado pelos genéricos, se vejam com menores lucros, ou com menor retorno do investimento realizado no desenvolvimento de determinado fármaco, algo que o produtor de genéricos não teve que realizar...

        Isto leva a que se tente rentabilizar o fármaco original, realizando algumas modificações no produto final, de modo a implementarem um maior valor acrescentado ao produto que originalmente desenvolveram, isto porque a produção de genéricos é sobre o PRINCIPIO ACTIVO, e não sobre a totalidade do que constitui o medicamento.

        Para alem de um principio activo, um medicamento é constituído por um substrato, um meio que permite a que a substancia activa esteja protegida das agressões do meio enquanto o medicamento está armazenado, e que proteja o principio activo das "agressões" de um organismo sobre o mesmo, de modo a que a acção do fármaco se realize no tecido alvo, e não perca esta capacidade ao ser metabolizado antes da sua acção.

        Na certificação do principio activo generico, é dada alguma "liberdade" quanto á utilização de determinado substrato, pelo que para medicamentos com o mesmo principio activo possam existir diferenças no meio de protecção/manutenção.

        Evidentemente que estes substratos estão submetidos a longos e dispendiosos processos de desenvolvimento, em conjunto com determinado principio activo para optimizar a sua actuação, e por consequência minimizar as doses necessárias e os consequentes efeitos secundários...

        um caso concreto é o da empresa Bayer, que desenvolveu recentemente e patenteou ou novo tipo de substrato medicamentoso, que pode aplicar numa larga game de princípios activos, alguns dos quais já existentes em genéricos, que melhora a resistência aos sucos gástricos e melhora a absorção intestinal do medicamento.

        Neste caso, apesar do principio activo poder ser produzido por empresas de genéricos, este substrato em concreto não pode, pelo que a bayer ganhou uma significativa vantagem no seu fármaco original, fazendo com que seja substancialmente diferente do genérico ao ponto de ser em alguns casos recomendado o medicamento Bayer em detrimento do genérico.

        Na minha opinião uma manobra bastante inteligente todos os níveis ( marketing, comercial, imagem de marca, económica) juntamente com o de colocar uma vantagem num produto já desenvolvido e que estava a perder mercado melhorando-o, e garantindo para si mais um período temporal de exclusividade sobre um componente do mesmo.

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          #34
          Mais uma vez, em Portugal não existem genéricos...

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            #35
            A situação pode ser chocante, mas é verdade que muitas farmácias vendem medicamentos sem receita a que supostamente não não deveria ser permitido.
            Mas e porque é que isso acontece ? Por uma razão muito simples, 99% por culpa dos próprios médicos, porque ao longo dos anos, milhares de médicos transformaram-se nuns meros farmacéuticos, ou pior, nuns meros secretários a passar receitas ao som da caixa registadora. Obviamente que há muitas excepções, mas apenas confirmam a regra. Em medicamentos e doenças mais comuns, hoje em dia o farmaceutico está muito mais bem informado das doenças e dos medicamentos que o próprio médico, sempre distraído no seu gabinete a contar as notas.

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              #36
              citação:Originalmente colocada por Liberal

              Em medicamentos e doenças mais comuns, hoje em dia o farmaceutico está muito mais bem informado das doenças e dos medicamentos que o próprio médico, sempre distraído no seu gabinete a contar as notas.
              Isso é o maior disparate que já ouvi nos últimos tempos. Conheço bastantes farmacêuticos e choca-me um bocado a falta de conhecimentos a nível de patologias e mesmo de farmacologia... o que tu disseste aplica-se como uma luva aos farmacêuticos que depois de acabarem o curso tornam-se gestores de stocks...

              Para além disso, a maior parte das "prescrições" nas farmácias são feitas pelos ajudantes de farmácia, o que acho sempre uma coisa simpática.

              Comentário


                #37
                citação:Originalmente colocada por Avant
                Isso é o maior disparate que já ouvi nos últimos tempos. Conheço bastantes farmacêuticos e choca-me um bocado a falta de conhecimentos a nível de patologias e mesmo de farmacologia... o que tu disseste aplica-se como uma luva aos farmacêuticos que depois de acabarem o curso tornam-se gestores de stocks...
                A mim choca-me muito mais ver médicos com 20/30/40 anos de carreira transformados em máquinas de massagens e palmadinhas nas costas com o som da caixa registadora ao fundo, do que recém licenciados de farmácia a fazer gestão de stocks. É muito mais grave a primeira situação ...

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                  #38
                  Então mas afinal "hoje em dia o farmaceutico está muito mais bem informado das doenças e dos medicamentos que o próprio médico" ou não?

                  Não estou muito bem a ver essa do "máquinas de passar receitas". Se for no público, sim, há gente assim, agora na medicina privada não estou a ver grande sucesso para quem "só passe receitas"...

                  Comentário


                    #39
                    citação:Originalmente colocada por Avant


                    Isso é o maior disparate que já ouvi nos últimos tempos. Conheço bastantes farmacêuticos e choca-me um bocado a falta de conhecimentos a nível de patologias e mesmo de farmacologia... o que tu disseste aplica-se como uma luva aos farmacêuticos que depois de acabarem o curso tornam-se gestores de stocks...

                    Para além disso, a maior parte das "prescrições" nas farmácias são feitas pelos ajudantes de farmácia, o que acho sempre uma coisa simpática.
                    E que direito tens tu de meter toda uma classe de profissionais no mesmo saco só porque conheces bastantes farmacêuticos com falta de conhecimentos a nível de patologias e mais não sei quê? Se calhar se só conheces esse tipo de gente talvez devesses avaliar melhor o teu círculo de conhecimentos. É que se for para ir buscar exemplos desses "à lá" Oraminax, arranja-se já aqui umas quantas historietas de médicos de bradar aos céus. Não concordo com o que disse o Liberal mas isso não te dá o direito de disparares a torto e a direito nas farmácias.
                    Aqui ninguém altera prescrições, ninguém dá o mais caro. E somos sete "gestores de stocks" como nos chamas. Se o médico receita medicamentos de marca e a receita não está trancada, dizemos à pessoa que o médico receitou este mas também temos genérico. E a maior parte das pessoas prefere o que o médico receitou, apesar de mais caro.

                    Está ainda por explicar porque é que uma receita com "genéricos" pode vir trancada numa determinada marca de genéricos. Também deve ser culpa do farmacêutico não?

                    Quanto aos medicamentos sem receita, os doentes crónicos é óbvio que os adquirem com facilidade, uma pessoa com uma recomendação médica que depois traz a receita, etc. Quanto ao resto estão à espera que mande uma pessoa ao médico buscar Ben-U-Ron? Quando pode ir a um supermercado buscar Panadol?
                    Obviamente que não vendemos certos grupos terapêuticos sem receita pelos riscos envolvidos (o exemplo mais flagrante são os antibióticos que as pessoas pedem até à exaustão). Há quem ainda se lembre bem das Químicas Farmacêuticas e das Farmacologias e Microbiologias.

                    Comentário


                      #40
                      citação:Originalmente colocada por PowerSlide
                      E que direito tens tu de meter toda uma classe de profissionais no mesmo saco só porque conheces bastantes farmacêuticos com falta de conhecimentos a nível de patologias e mais não sei quê? Se calhar se só conheces esse tipo de gente talvez devesses avaliar melhor o teu círculo de conhecimentos. É que se for para ir buscar exemplos desses "à lá" Oraminax, arranja-se já aqui umas quantas historietas de médicos de bradar aos céus. Não concordo com o que disse o Liberal mas isso não te dá o direito de disparares a torto e a direito nas farmácias.
                      Aqui ninguém altera prescrições, ninguém dá o mais caro. E somos sete "gestores de stocks" como nos chamas. Se o médico receita medicamentos de marca e a receita não está trancada, dizemos à pessoa que o médico receitou este mas também temos genérico. E a maior parte das pessoas prefere o que o médico receitou, apesar de mais caro.

                      Está ainda por explicar porque é que uma receita com "genéricos" pode vir trancada numa determinada marca de genéricos. Também deve ser culpa do farmacêutico não?

                      Quanto aos medicamentos sem receita, os doentes crónicos é óbvio que os adquirem com facilidade, uma pessoa com uma recomendação médica que depois traz a receita, etc. Quanto ao resto estão à espera que mande uma pessoa ao médico buscar Ben-U-Ron? Quando pode ir a um supermercado buscar Panadol?
                      Obviamente que não vendemos certos grupos terapêuticos sem receita pelos riscos envolvidos (o exemplo mais flagrante são os antibióticos que as pessoas pedem até à exaustão). Há quem ainda se lembre bem das Químicas Farmacêuticas e das Farmacologias e Microbiologias.
                      Portanto, como pudeste demonstrar, todas as generalizações são perigosas.
                      E eu que pensava que era só na classe médica que havia maus profissionais.

                      Mas já agora, podes-me responder à pergunta das fluoxetinas. E se consideras que existem de facto genéricos em portugal?

                      Comentário


                        #41
                        E também me poderás responder sobre uma situação que me causa algumas dúvidas: é sabido que por vezes, há compras de medicamentos, por parte das farmácias, com bónus incluido, ou seja, x embalagens grátis por cada lote comprado. Nada de mal, é uma prática corrente em muitas vendas a retalho. Agora, considerando que essas embalagens são vendidas pelo PVP, que legitimidade têm as farmácias de ir reclamar ao estado a comparticipação entre 30-95% de uma coisa que lhes custou... 0 euros? Como é feita a contabilidade dessas situações?

                        Comentário


                          #42
                          citação:Originalmente colocada por Avant


                          Portanto, como pudeste demonstrar, todas as generalizações são perigosas.
                          E eu que pensava que era só na classe médica que havia maus profissionais.

                          Mas já agora, podes-me responder à pergunta das fluoxetinas. E se consideras que existem de facto genéricos em portugal?
                          Não encontras nenhum post meu a fazer generalizações quanto aos médicos. Nunca o fiz nem o farei até por respeito aos muitos bons médicos que existem no nosso país. Cada vez mais acho que a "pseudo-guerrinha" medicina/farmácia não faz nenhum sentido nos dias de hoje. Como profissionais de saúde queremos a melhoria do estado de saúde do utente/paciente e claro que no meio de tudo isto lá se apanham umas ovelhas negras como em todas as profissões.

                          Quanto ao facto dos genéricos, tu sabes a definição de medicamento genérico tão bem como eu e sabes a situação que está de meomento em vigor em Portugal. Temos que jogar com as cartas que nos colocam na mesa.

                          Quanto às fluoxetinas, queria que o médico me receitasse precisamente isso: Fluoxetina. Depois na farmácia queria que me dissessem quais as alternativas, qual o preço de cada uma e mediante isso tomava a minha decisão.

                          Comentário


                            #43
                            citação:Originalmente colocada por PowerSlide

                            Não encontras nenhum post meu a fazer generalizações quanto aos médicos. Nunca o fiz nem o farei até por respeito aos muitos bons médicos que existem no nosso país. Cada vez mais acho que a "pseudo-guerrinha" medicina/farmácia não faz nenhum sentido nos dias de hoje. Como profissionais de saúde queremos a melhoria do estado de saúde do utente/paciente e claro que no meio de tudo isto lá se apanham umas ovelhas negras como em todas as profissões.
                            Pois não, mas eu estava a responder na mesma moeda ao Liberal.

                            citação:Quanto ao facto dos genéricos, tu sabes a definição de medicamento genérico tão bem como eu e sabes a situação que está de meomento em vigor em Portugal. Temos que jogar com as cartas que nos colocam na mesa.
                            Pois, mas a generalidade das pessoas não sabe e graças à campanha de desinformação que a ANF e o governo anterior levaram a cabo, parece que eram medicamentos bons e muito mais baratos que os mauzões dos médicos não queriam receitar. Como sabes, isso caiu por terra quando este ministro (e bem) decidiu acabar com o acréscimo de comparticipação de mais 10%, que no fundo era concorrência desleal. O sistema de preço de referência é correcto, e também sabes que há muitas cópias ao preço de referência, como os genéricos.

                            citação:Quanto às fluoxetinas, queria que o médico me receitasse precisamente isso: Fluoxetina. Depois na farmácia queria que me dissessem quais as alternativas, qual o preço de cada uma e mediante isso tomava a minha decisão.
                            Também eu, mas para isso tem que se criar verdadeiros genéricos - fluoxetina é fluoxetina, e quem a produziria durante x tempo seria o laboratório que, em concurso público, apresentasse o preço mais barato. Mas em portugal não há genéricos, há uns medicamentos que têm o nome do principio activo e do laboratório à frente.
                            Agora o que não poderia tolerar é que o poder de decisão do medicamento a dispensar estivesse em quem, inevitavelmente, tem interesses comerciais na sua venda. E à mulher de César não basta ser séria, é preciso parecê-la.

                            Os exemplos que dei foram propositados. A fluoxetina da farmoz é muito mais barata do que a fluoxetina ratiopharm. Caixa de 60 capsulas de 20mg. Porquê? E então se receitar ratiopharm, um genérico, estou a prestar um bom serviço ao doente?

                            Comentário


                              #44
                              citação:Originalmente colocada por Avant

                              E também me poderás responder sobre uma situação que me causa algumas dúvidas: é sabido que por vezes, há compras de medicamentos, por parte das farmácias, com bónus incluido, ou seja, x embalagens grátis por cada lote comprado. Nada de mal, é uma prática corrente em muitas vendas a retalho. Agora, considerando que essas embalagens são vendidas pelo PVP, que legitimidade têm as farmácias de ir reclamar ao estado a comparticipação entre 30-95% de uma coisa que lhes custou... 0 euros? Como é feita a contabilidade dessas situações?
                              Contabilisticamente é assim: o bónus não entra a custo zero. O que se passa é que o preço dilui-se pelas outras embalagens. Por exemplo: compra-se dez caixas de um medicamento que custa dez euros e vem uma de bónus. As onze caixas entram na farmácia a custar 9,09 cada. Sei de um caso de uma farmácia que metia os bónus a custo zero na contabilidade e levaram uma multa que não foi nada meiga. Como sabes, a margem é fixada pelo estado (vai descer agora em Fevereiro) assim como o PVP. Os bónus são uma maneira de subir a margem de lucro.

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                                #45
                                E agora a pergunta inevitável; uma vez que a comparticipação do estado é em percentagem, até um determinado preço de referência, a comparticipação aplica-se aos 10€ ou aos 9,09€?

                                Comentário


                                  #46
                                  citação:Originalmente colocada por Avant



                                  Pois não, mas eu estava a responder na mesma moeda ao Liberal
                                  Eu percebi. Daí ter dito que não concordava com a opinião dele.

                                  citação:Pois, mas a generalidade das pessoas não sabe e graças à campanha de desinformação que a ANF e o governo anterior levaram a cabo, parece que eram medicamentos bons e muito mais baratos que os mauzões dos médicos não queriam receitar. Como sabes, isso caiu por terra quando este ministro (e bem) decidiu acabar com o acréscimo de comparticipação de mais 10%, que no fundo era concorrência desleal. O sistema de preço de referência é correcto, e também sabes que há muitas cópias ao preço de referência, como os genéricos.
                                  Também não tenho nada contra o sistema de preços de referência que está agora em vigor. Os tais 10% não faziam sentido. Muitos farmacêuticos não concordam com as posições da ANF mas a ANF era até há bem pouco tempo praticamente a única alternativa que uma farmácia tinha para receber o dinheiro das comparticipações a tempo e horas. É triste mas é verdade.


                                  citação:Também eu, mas para isso tem que se criar verdadeiros genéricos - fluoxetina é fluoxetina, e quem a produziria durante x tempo seria o laboratório que, em concurso público, apresentasse o preço mais barato. Mas em portugal não há genéricos, há uns medicamentos que têm o nome do principio activo e do laboratório à frente.
                                  Agora o que não poderia tolerar é que o poder de decisão do medicamento a dispensar estivesse em quem, inevitavelmente, tem interesses comerciais na sua venda. E à mulher de César não basta ser séria, é preciso parecê-la.
                                  Os exemplos que dei foram propositados. A fluoxetina da farmoz é muito mais barata do que a fluoxetina ratiopharm. Caixa de 60 capsulas de 20mg. Porquê? E então se receitar ratiopharm, um genérico, estou a prestar um bom serviço ao doente?
                                  E quem disse que não concordo com o que disseste? Como podes ver, disse que queria que o médico receitasse Fluoxetina e não escrevi mais nada à frente. A situação dos "genéricos de marca" é estranha desde o início. Por norma temos o genérico mais barato e mais alguns mas temos que ter a Fluoxetina da Ratiopharm porque há receitas que estão trancadas e não podemos dar outra. Obviamente que dar a mais cara sem informar a pessoa de que há uma mais barata não é correcto. Nós ao fim ao cabo, na farmácia não decidimos nada. O médico como prescritor é que vai dizer o medicamento que pretende e se permite ou não a substituição. Eu não altero prescrições. Se outros o fazem tenho pena que andem a destruir o bom nome de uma classe profissional.

                                  Comentário


                                    #47
                                    citação:Originalmente colocada por Avant

                                    E agora a pergunta inevitável; uma vez que a comparticipação do estado é em percentagem, até um determinado preço de referência, a comparticipação aplica-se aos 10€ ou aos 9,09€?
                                    A comparticipação aplica-se sempre ao PVP. Os 10 ou 9,09 são os PVF (preço de venda à farmácia). O estado vai desembolsar o mesmo. O armazenista é que me fez o desconto.

                                    Comentário


                                      #48
                                      citação:Originalmente colocada por PowerSlide

                                      citação:Originalmente colocada por Avant



                                      Pois não, mas eu estava a responder na mesma moeda ao Liberal
                                      Eu percebi. Daí ter dito que não concordava com a opinião dele.

                                      citação:Pois, mas a generalidade das pessoas não sabe e graças à campanha de desinformação que a ANF e o governo anterior levaram a cabo, parece que eram medicamentos bons e muito mais baratos que os mauzões dos médicos não queriam receitar. Como sabes, isso caiu por terra quando este ministro (e bem) decidiu acabar com o acréscimo de comparticipação de mais 10%, que no fundo era concorrência desleal. O sistema de preço de referência é correcto, e também sabes que há muitas cópias ao preço de referência, como os genéricos.
                                      Também não tenho nada contra o sistema de preços de referência que está agora em vigor. Os tais 10% não faziam sentido. Muitos farmacêuticos não concordam com as posições da ANF mas a ANF era até há bem pouco tempo praticamente a única alternativa que uma farmácia tinha para receber o dinheiro das comparticipações a tempo e horas. É triste mas é verdade.


                                      citação:Também eu, mas para isso tem que se criar verdadeiros genéricos - fluoxetina é fluoxetina, e quem a produziria durante x tempo seria o laboratório que, em concurso público, apresentasse o preço mais barato. Mas em portugal não há genéricos, há uns medicamentos que têm o nome do principio activo e do laboratório à frente.
                                      Agora o que não poderia tolerar é que o poder de decisão do medicamento a dispensar estivesse em quem, inevitavelmente, tem interesses comerciais na sua venda. E à mulher de César não basta ser séria, é preciso parecê-la.
                                      Os exemplos que dei foram propositados. A fluoxetina da farmoz é muito mais barata do que a fluoxetina ratiopharm. Caixa de 60 capsulas de 20mg. Porquê? E então se receitar ratiopharm, um genérico, estou a prestar um bom serviço ao doente?
                                      E quem disse que não concordo com o que disseste? Como podes ver, disse que queria que o médico receitasse Fluoxetina e não escrevi mais nada à frente. A situação dos "genéricos de marca" é estranha desde o início. Por norma temos o genérico mais barato e mais alguns mas temos que ter a Fluoxetina da Ratiopharm porque há receitas que estão trancadas e não podemos dar outra. Obviamente que dar a mais cara sem informar a pessoa de que há uma mais barata não é correcto. Nós ao fim ao cabo, na farmácia não decidimos nada. O médico como prescritor é que vai dizer o medicamento que pretende e se permite ou não a substituição. Eu não altero prescrições. Se outros o fazem tenho pena que andem a destruir o bom nome de uma classe profissional.
                                      Então afinal estamos de acordo em muita coisa...

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                                        #49
                                        citação:Originalmente colocada por PowerSlide
                                        Muitos farmacêuticos não concordam com as posições da ANF mas a ANF era até há bem pouco tempo praticamente a única alternativa que uma farmácia tinha para receber o dinheiro das comparticipações a tempo e horas. É triste mas é verdade.
                                        Mas qual é a outra alternativa?

                                        Comentário


                                          #50
                                          Já o escrevi anteriormente e volto a referir, bons e maus profissionais existem em todas as actividades mas da mesma forma que não concordo que se diga que todos os farmacêuticos são uns corruptos e gananciosos também não vou escrever que a maioria da classe médica, no acto da prescrição, só pensa é nos laboratórios que lhe dão mais via...vantagens. Acredito que não seja assim.

                                          E lamento que, por vezes, para "defender a nossa dama" haja necessidade de recorrer a situações menos agradáveis por parte dos outros. Poderíamos passar o dia todo a referir situações em que um ou outro fez algo que não devia e provavelmente na maioria delas haveria base para recriminação. Será que isso seria o reflexo de toda uma classe? Na minha boa fé espero que não. E aliás, tenho a convicção- correcta ou não- de que os médicos conhecem mais casos de má conduta de outros colegas do que de farmacêuticos e estes dos seus colegas.

                                          A mim não me faz muita diferença se a receita estiver trancada ou não. O problema só se coloca quando não é possível, num intervalo de tempo razoável, que esse mesmo medicamento esteja disponível. E aí é que coloquei as situações das farmácias de serviço. Mas também sou sincero, se a data da receita não for daquele dia, que culpa tem o médico do doente não ter sido mais responsável e ter ido à farmácia atempadamente?

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                                            #51
                                            citação:Originalmente colocada por Avant

                                            citação:Originalmente colocada por PowerSlide
                                            Muitos farmacêuticos não concordam com as posições da ANF mas a ANF era até há bem pouco tempo praticamente a única alternativa que uma farmácia tinha para receber o dinheiro das comparticipações a tempo e horas. É triste mas é verdade.
                                            Mas qual é a outra alternativa?
                                            O Estado paga directamente às farmácias que quiserem correr esse risco. O ministério da saúde está agora a tentar convencer as farmácias a saírem da ANF uma vez que dizem que conseguem garantir o pagamento das comparticipações a tempo e horas. A ver vamos.
                                            Existem algumas (poucas) farmácias em Portugal que não estão associadas à ANF. Antes da criação da ANF haviam farmácias que estavam com atrasos de cerca de 2 anos no pagamento das comparticipações. Existe também uma outra associação (que agora não me recordo o nome) que também paga comparticipações às farmácias. Pelo menos pagava, não sei se agora com as novas leis se continua a pagar. A diferença para a ANF era que esta associação não cobrava o tal 1,5%.
                                            A ANF já contornou a nova legislação. Oficialmente não é a ANF que paga as comparticipações.

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                                              #52
                                              Tenho algum conhecimento de Farmácia. E já aqui o disse muitas vezes. Algumas coisas, mas posso repetir...

                                              1º Cerca de 90% dos médicos "tranca" a receita!!! E "teoricamente" a farmácia não pode fazer nada! Se fizer "teoricamente" está a ajudar o utilizador.

                                              Dou um exemplo. O meu irmão precisou de um antibiótico. O Médico receitou XXXXX YYYY Caixa de 24comp. SEM possibilidade de Genérico. Eram para tomar apenas 3 comprimidos antes de um pequena cirurgia. Só 3, o próprio médico o disse!. O meu irmão chega a farmácia e dão-lhe a caixa e paga os 12€. Mas o farmacêutico diz: O médico trancou a receita por isso não posso fazer nada. Mas há o genérico a 5€ e pior que isso sem genérico há o ORIGINAL caixa de 12! A 6€!!! E como só tem de tomar 3, pq leva é que o médico receitou de 24????

                                              2º - Uma Farmácia não Enriquece a vender medicamentos... (como é obvio ganha dinheiro com isso), mas não enriquece.! Se virem bem as farmácias grandes e que vendem bem, enriquecem a vender os NÃO MEDICAMENTOS! perfumes, tretas de bébé, cremes etc etc. Esses sim são comprados a 10€ e vendidos a 20€ um medicamento é comprado a 3€ e vendido a 3,30€.... Há medicamentos com taxas de lucro irrisórias.

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                                                #53
                                                citação:Originalmente colocada por Avant

                                                Não estou muito bem a ver essa do "máquinas de passar receitas". Se for no público, sim, há gente assim, agora na medicina privada não estou a ver grande sucesso para quem "só passe receitas"...
                                                [:0][:0]Sim senhor[^][^].
                                                Grande evolução;).

                                                Comentário


                                                  #54
                                                  citação:Originalmente colocada por J.R.

                                                  citação:Originalmente colocada por Avant

                                                  Não estou muito bem a ver essa do "máquinas de passar receitas". Se for no público, sim, há gente assim, agora na medicina privada não estou a ver grande sucesso para quem "só passe receitas"...
                                                  [:0][:0]Sim senhor[^][^].
                                                  Grande evolução;).
                                                  Então mas alguma vez coloquei isso em causa? Ovelhas negras há em todo o lado...

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                                                    citação:Originalmente colocada por Keyser_Soze

                                                    também não vou escrever que a maioria da classe médica, no acto da prescrição, só pensa é nos laboratórios que lhe dão mais via...vantagens. Acredito que não seja assim.
                                                    Mas podes, pois agora posso-te mostrar um estudo que IGS se deu ao trabalho de fazer ao relacionar as precrições dos médicos que mais prescreviam com as idas a congressos no estrangeiro - conclusão: não acharam relação nenhuma.

                                                    citação:A mim não me faz muita diferença se a receita estiver trancada ou não. O problema só se coloca quando não é possível, num intervalo de tempo razoável, que esse mesmo medicamento esteja disponível. E aí é que coloquei as situações das farmácias de serviço. Mas também sou sincero, se a data da receita não for daquele dia, que culpa tem o médico do doente não ter sido mais responsável e ter ido à farmácia atempadamente?
                                                    Se a receita for trancada e a farmácia de serviço não tiver o medicamento, a farmácia telefona ao médico. Simples, correcto, e já me aconteceu algumas vezes.

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                                                      #56
                                                      E na farmácia onde estive a estagiar esse é o procedimento habitual mas estando tu no ramo da saúde, saberás tão bem como eu, que por vezes o circuito entre o centro de saúde e a farmácia não é linear. E depois quando se tenta estabalecer o contacto já é tarde de mais. Não é o habitual mas é uma hipótese plausível. Claro que não me custa admitir que estou a relatar exemplos que tentam de alguma forma ajudar a compreender que nem sempre tudo é feito para prejudicar o utente e sacar-lhe dinheiro.

                                                      As outras situações menos correctas que foram colocadas são também elas verdadeiras. Não me parece é justa generalização porque tal como escrevi anteriormente, saberei eu melhor de certas artimanhas que os farmacêuticos fazem e não estão correctas. Mas lá por eles o fazerem não quer dizer que todos o façam e felizmente das vezes que tive ocasião de falar com outros colegas verifiquei que não é regra.

                                                      E para finalizar, volto a repetir, que acho piada a essa pseudo-moralidade de algumas pessoas que criticam os procedimentos incorrectos por parte da classe farmacêutica, mas quando lhes dá jeito são os primeiros a fechar os olhos e a mendigar a venda de determinados medicamentos na farmácia. Como se costuma dizer, dão a chapada e depois escondem a mão.

                                                      Enfim...

                                                      Comentário


                                                        #57
                                                        O que é que vocês acham de o estado passar a controlar um a um, todos os medicamentos sujeitos a receita médica vendidos?
                                                        Para doentes crónicos ou urgências teríamos sempre as vendas suspensas. Eu sei que este assunto é polémico, mas como eu estou na área, verifico que existem imensas farmácias que recorrem à dispensa sem escrúpulos para conquistarem clientela. É doentio que se dispense um antibiótico (+ anti inflamatório) porque aparece um doente com dor de dentes na farmácia! Meus caros, eu nem quis acreditar quando soube! [8] Ora, se todos se regessem por regras mais apertadas, teríamos uma concorrência mais leal. E reparem, o que dispensa sem escrúpulos (por vezes apenas técnico) é precisamente aquele que menos conhecimento possui. Um medicamento é uma arma!É uma questão muito séria de saúde pública. Agora vamos lá ver, isto iria trazer custos para o estado e a indústria farmacêutica/distribuição não iam gostar.
                                                        No entanto estes custos poderiam ser recuperados pela diminuição de problemas relacionados com medicamentos nas pessoas (efeitos secundários, medicamento errado para determinada doença, resistências a antibióticos, insuficiências renais/hepáticas, entre outras coisas).

                                                        Comentário


                                                          #58
                                                          Peço imensa desculpa por estar a interromper a vossa conversa, mas tenho uma dúvida sobre um medicamento, e já vi que vocês aqui percebem disso, por isso não achei necessário abrir um novo tópico..

                                                          Na semana passada fui a uma daquelas parafarmacias que agora há (calculo que parafarmacias vs farmacias daria outra discussão) e ia apenas comprar uns cremes, quando ouvi uma senhora à minha frente a pedir algo para a consitpação. A vendedora (não farmaceutica) deu-lhe o antigripine. A senhora então pergunta se o antigripine não tinha sido retirado do mercado por conter uma substância que poderia provocar AVCs? A rapariga não soube responder e eu fiquei com essa curiosidade.

                                                          Foi retirado? Se sim, como está à venda? E se está à venda, alteraram a dita substância? Ou eu e a senhora estamos a fazer confusão e nunca houve problema nenhum com o antigripine?

                                                          desculpem lá o testamento, mas fiquei mesmo curiosa

                                                          Comentário


                                                            #59
                                                            O que eu acho é que os medicamentos deviam era ser unidose; e eu prescrevo fluoxetina 20mg 1 caps ao peq. almoço durante 3 meses. E o farmacêutico dispensa quantidade suficiente para 3 meses, de uma ou repartido por mais ida à farmácia. Assim não tenho que me preocupar se os remédios chegam ou não até à próxima consulta... Mas enquanto continuarem a ser vendidadas caixas de 10,14,28,30,40,56,60,90,100 comprimidos, é claro que ninguém consegue ter de cor a quantidade de comprimidos que tem cada caixa de cada medicamento.

                                                            Aliás, a farmácia hospitalar funciona assim, medicamentos de uso hospitalar que se dispensam para o domicílio só tenho que escrever o nome do medicamento, a posologia e a data da próxima consulta, e o farmacêutico trata do resto...

                                                            É claro que nada tenho contra a venda suspensa de medicamentos a doente crónicos, que posteriormente entregam a receita; é bem melhor do que deixarem de tomar a medicação porque se acabou e só têm consulta dentro de um mês.

                                                            As situações que me fazem confusão é cederem medicamentos sem receita, e ficar a coisa por aí, como se fosse a coisa mais natural do mundo. E é claro que compreendo que que não o queira fazer está em desvantagem pela concorrência desleal de outras farmácias; acaba por ser quase como o negócio dos stands de usados, quem quiser ser sério não tem a mínima hipótese, pois as pessoas vão comprar no stand ao lado onde têm um carro semelhante pelo mesmo preço, com metade dos km, e com uma pintura e jantes novas...

                                                            Comentário


                                                              #60
                                                              citação:Originalmente colocada por Jfamendes

                                                              Peço imensa desculpa por estar a interromper a vossa conversa, mas tenho uma dúvida sobre um medicamento, e já vi que vocês aqui percebem disso, por isso não achei necessário abrir um novo tópico..

                                                              Na semana passada fui a uma daquelas parafarmacias que agora há (calculo que parafarmacias vs farmacias daria outra discussão) e ia apenas comprar uns cremes, quando ouvi uma senhora à minha frente a pedir algo para a consitpação. A vendedora (não farmaceutica) deu-lhe o antigripine. A senhora então pergunta se o antigripine não tinha sido retirado do mercado por conter uma substância que poderia provocar AVCs? A rapariga não soube responder e eu fiquei com essa curiosidade.

                                                              Foi retirado? Se sim, como está à venda? E se está à venda, alteraram a dita substância? Ou eu e a senhora estamos a fazer confusão e nunca houve problema nenhum com o antigripine?

                                                              desculpem lá o testamento, mas fiquei mesmo curiosa
                                                              Não, acho que não foi retirado; http://www.infarmed.pt/prontuario/fr...ippine&x=0&y=0
                                                              Mas saliento a parte que diz "Não se recomenda o seu uso."; E não é o único... são medicamento aprovados pelo infarmed, mas depois no prontuário terapêutico da autoria do infarmed vem que não se deve usar... brutal.

                                                              O que foi retirado acho que foi outro que continha efedrina, mas não me lembro agora qual foi. Também não são coisas que receite.

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