Despistou-se devido a areia no pavimento e foi multada por excesso de velocidade
Oficial das Relações Públicas da PSP de Santarém reconhece que a situação não é muito habitual e admite que possa ter havido algum excesso de zelo.
O dia 13 de Dezembro de 2006 foi de azar a dobrar para Maria Antónia Lança.
A funcionária dos Serviços de Higiene e Limpeza (SHL) da Câmara de Santarém despistou-se e caiu da sua motorizada, poucos metros após deixar as instalações dos SHL no Campo Emílio Infante da Câmara.
Passavam poucos minutos do meio-dia e a trabalhadora ia almoçar quando caiu de mota devido à areia que existia no piso. Do acidente resultaram apenas ferimentos ligeiros e o veículo nada sofreu.
Pior foi a surpresa que a PSP lhe reservava.
Um mês depois, acompanhada “com os melhores cumprimentos” do comandante da esquadra, Maria Antónia recebe uma notificação de infracção e uma coima de 120 euros para pagar.
_ Excesso de velocidade_ , alega a polícia.
Embora nenhum agente tenha presenciado o acidente.
A PSP só tomou conhecimento da ocorrência através de comunicação feita pelo Hospital de Santarém, onde a condutora recebeu tratamento e prestou declarações a um agente.
Maria Antónia diz que não tem forma de pagar os 120 euros e admite deixar o caso seguir para tribunal, convencida que está da sua razão. “Tenho uma filha a estudar na faculdade, não tenho possibilidade de pagar esse valor”, desabafa com indignação a queixosa. Que estranha como é possível ser-lhe passada uma multa por excesso de velocidade quando a polícia não presenciou o despiste nem sequer se deslocou ao local para apurar as circunstâncias do acidente.
Foi a descrição feita por Maria Antónia Lança no Hospital de Santarém - onde teve ainda de soprar no balão para aferir a taxa de alcoolemia (que não acusou álcool no sangue) – que suportou a argumentação da polícia. A vítima referiu na altura ao agente que a interrogou que a queda deveu-se a areia existente no piso. Uma situação que levou a PSP a invocar o Artigo 25º do Código de Estrada nº. 1 para justificar a coima. Diz o mesmo artigo que “a velocidade deve ser especialmente moderada” numa série de situações, entre elas “nos troços de via em mau estado de conservação, molhados, enlameados ou que ofereçam precárias condições de aderência”.
Contactado por O MIRANTE, o sub-comissário Jorge Soares, oficial das relações públicas da PSP de Santarém, manifestou-se surpreendido com o caso, reconhecendo que não é muito usual esse tipo de procedimento. “Já basta a chatice de se ter um acidente, quanto mais ainda ser-se autuado por isso”, afirmou o oficial, admitindo que “esta situação aparentemente denota algum excesso de zelo”.
Jorge Soares diz que é habitual proceder-se a averiguações para saber o que se passou, seguindo-se depois dois caminhos: o arquivamento do processo ou a proposta de autuação. Declara ainda que não tem conhecimento concreto da ocorrência, pelo que não pode pronunciar-se de modo definitivo. Adianta ainda que Maria Antónia Lança pode recorrer da decisão para a delegação da Direcção Geral de Viação.
Há cada caso.....Passou hoje nas notícias na sic.
Oficial das Relações Públicas da PSP de Santarém reconhece que a situação não é muito habitual e admite que possa ter havido algum excesso de zelo.
O dia 13 de Dezembro de 2006 foi de azar a dobrar para Maria Antónia Lança.
A funcionária dos Serviços de Higiene e Limpeza (SHL) da Câmara de Santarém despistou-se e caiu da sua motorizada, poucos metros após deixar as instalações dos SHL no Campo Emílio Infante da Câmara.
Passavam poucos minutos do meio-dia e a trabalhadora ia almoçar quando caiu de mota devido à areia que existia no piso. Do acidente resultaram apenas ferimentos ligeiros e o veículo nada sofreu.
Pior foi a surpresa que a PSP lhe reservava.
Um mês depois, acompanhada “com os melhores cumprimentos” do comandante da esquadra, Maria Antónia recebe uma notificação de infracção e uma coima de 120 euros para pagar.
_ Excesso de velocidade_ , alega a polícia.
Embora nenhum agente tenha presenciado o acidente.
A PSP só tomou conhecimento da ocorrência através de comunicação feita pelo Hospital de Santarém, onde a condutora recebeu tratamento e prestou declarações a um agente.
Maria Antónia diz que não tem forma de pagar os 120 euros e admite deixar o caso seguir para tribunal, convencida que está da sua razão. “Tenho uma filha a estudar na faculdade, não tenho possibilidade de pagar esse valor”, desabafa com indignação a queixosa. Que estranha como é possível ser-lhe passada uma multa por excesso de velocidade quando a polícia não presenciou o despiste nem sequer se deslocou ao local para apurar as circunstâncias do acidente.
Foi a descrição feita por Maria Antónia Lança no Hospital de Santarém - onde teve ainda de soprar no balão para aferir a taxa de alcoolemia (que não acusou álcool no sangue) – que suportou a argumentação da polícia. A vítima referiu na altura ao agente que a interrogou que a queda deveu-se a areia existente no piso. Uma situação que levou a PSP a invocar o Artigo 25º do Código de Estrada nº. 1 para justificar a coima. Diz o mesmo artigo que “a velocidade deve ser especialmente moderada” numa série de situações, entre elas “nos troços de via em mau estado de conservação, molhados, enlameados ou que ofereçam precárias condições de aderência”.
Contactado por O MIRANTE, o sub-comissário Jorge Soares, oficial das relações públicas da PSP de Santarém, manifestou-se surpreendido com o caso, reconhecendo que não é muito usual esse tipo de procedimento. “Já basta a chatice de se ter um acidente, quanto mais ainda ser-se autuado por isso”, afirmou o oficial, admitindo que “esta situação aparentemente denota algum excesso de zelo”.
Jorge Soares diz que é habitual proceder-se a averiguações para saber o que se passou, seguindo-se depois dois caminhos: o arquivamento do processo ou a proposta de autuação. Declara ainda que não tem conhecimento concreto da ocorrência, pelo que não pode pronunciar-se de modo definitivo. Adianta ainda que Maria Antónia Lança pode recorrer da decisão para a delegação da Direcção Geral de Viação.
Há cada caso.....Passou hoje nas notícias na sic.
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