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Pequena estória para quem julga que a vida lhe corre mal

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    #31
    Originalmente Colocado por manucas Ver Post
    Boas.
    Antes de mais faço votos para que a tua vida entre nos eixos o mais depressa possivel. Tenta não te deixares abater e mesmo que te deites à noite sem perspectivas de futuro e sem saber como será o dia seguinte, arranja força no que mais gostas (namorada, recordações da familia) para te levantares no dia seguinte e ires á luta.

    É importante tb que nao estabeleças metas ou objectivos dificeis ou impossiveis de conseguir, senao ainda ficas mais abatido. És novo (ninguem tem 23 anos, pá!) tenta fazer algo do género: "até aos 30 anos tenho que arranjar um emprego estável e começar a pagar a minha casa". Ou seja, objectivos a curto prazo que sejam possiveis de atingir e objectivos a medio/longo prazo aqueles que exigem mais energia/dinheiro/estabilidade. Certamente nao estarias à espera de em 2-3 anos arranjares uma emprego fantastico, comprar casa e teres um Mercedes...as coisas nem sempre são como idealizamos ou gostariamos mas...diabo!, tens uma vida inteira á tua frente para vencer!

    As coisas nao estão faceis para quem sai do país, apesar do que se diz. e, por vezes somos enganados na canção do bandido, em que lá fora é que é bom e é mais facil e depois a realidade prega-nos uma rasteira...
    O esforço que se faz no estrangeiro é tao ou maior que o que se faz cá, com a diferença que esse esforço lá, se formos preserverantes, é bem melhor recompensado monetariamente que neste país.
    Eu tenho colegas a trabalhar na Suiça e em França e que sairam a pensar num futuro melhor alem-fronteiras. E mesmo sendo profissionais qualificados (enfermeiros) e já tendo emprego mais ou menos garantido nos locais para onde iam e qd sairam de Portugal, continuam a dizer-me que mesmo lá a vida não é nada facil...
    Abraço e vai desabafando por cá, se isso te fizer sentir melhor...
    Concordo que seja importante estabelcer objectivos na vida. Mas há que ter cuidado com o estabelecimento rígido dos mesmos. O estabelecimento do objectivo pode ajudar-se a teres força para o atingir. Mas, por outro lado, se vires que começa a ser difícil atingi-lo, podes desanimar mais ainda.

    Quando se está mal, acho que se deve preocupar em dar todos os passos na mesma direcção, por muito pequenos que sejam. Em vez de almejar um emprego estável aos 30 (a mim parece-me ambicioso), deves preocupar-te e sentir feliz por arranjares um trabalho que pague as tuas contas e que te permita sentir minimamente feliz.

    Comentário


      #32
      "Estava em casa triste porque não tinha sapatos...fui para a rua e encontrei um homem... sem pés!” Isto resume bem aquilo que nós temos tendência a fazer da nossa vida: desvalorizá-la por julgar que é pior do que ela é na realidade.

      Damos pouco valor àquilo que temos porque julgamos que os outros têm sempre mais do que nós e estão melhor na vida. Esse é o maior obstáculo à nossa felicidade: a ideia falsa que temos da felicidade dos outros. E se é fácil alicerçar essa ideia, pois haverá sempre alguém que em alguma condição esteja melhor do que nós, quem não tiver uma visão moldada pelo pessimismo e inveja ao alheio, facilmente se acercará que esta não é a verdadeira realidade do mundo. A realidade, por mais simples que seja, acaba sempre por nos dar uma grande lição de vida.

      A realidade é que há sempre alguém que está em pior situação do que nós. As pessoas é que têm a tendência de se vitimizarem achando que são umas desgraçadas acabando por achar legítimo cobiçar outros que aparentemente julgam estar melhor na vida.
      Quem tem pouco dinheiro acha que quem tem muito é mais feliz. Mas quantos não há com muito numerário mas com falta de saúde? Quantos não estão cheios de preocupações e de trabalho que nem tempo têm para estar com a família, quanto mais vir até aqui à net? Quantos não têm os dias contados? Quantos desses não dariam tudo para estar na pele daqueles que os cobiçam?

      Todos temos problemas, mas numa sociedade cada vez mais materialista, apenas nos fixamos no exterior dos outros, e daí construímos suposições e tiramos as nossas conclusões precipitadas.
      Cobiçar é fácil. Sempre foi fácil acharmo-nos uns desafortunados. Porque somos gordos ou magros; porque temos pouco dinheiro ou dinheiro demais; porque não temos saúde, ou somos feios, ou temos uma deficiência, ou temos muitos filhos ou não temos nenhum, ou não temos emprego ou não gostamos do emprego que temos, ou porque…

      Sim, todos temos problemas. E, sim. Todos temos, não só o direito como a obrigação, de procurar um futuro melhor. Mas deveríamos dar mais valor àquilo que temos, por pouco que nos possa parecer. Mesmo eu perdi demasiado tempo com o que agora vejo terem sido apenas pequenas coisas da vida, esquecendo-me que a minha maior riqueza não tem preço. Olhando para mim, posso-me ver como um homem financeiramente um tanto ou quanto pobre, ou um homem rico no capítulo da família e dos afectos. Cumpre-me apenas a mim escolher. Cabe-me somente a mim definir aquilo a que dou mais valor. Entendem-me?

      Somos pessoas que, por natureza, damos mais valor às tristezas do que às alegrias. Achamos que o bem-estar é natural e o desconforto é contra-natura, pelo que não somos capazes de saber lidar com os dissabores. Não fomos educados a saber conviver com os problemas e revezes que a vida nos traz.

      Tenho alunos que vêm maldispostos logo de manhã por motivos superficiais. Logo lhes pergunto, se não vêm, escutam e falam?! Se não têm mãos para apalpar e pés para andar?! Lembro-lhes que existe muito boa gente que daria tudo para também os ter. Paraplégicos, cegos, surdos ou mudos que mesmo dentro das suas dificuldades não praguejam constantemente contra a sua sorte por tudo e por nada.

      Recordo-lhes que isso, por si só, é razão mais do que suficiente para estarmos todos felizes e nos considerarmos sortudos, constituindo motivo para (pelo menos) tentarmos começar o dia com um sorriso nos lábios.
      Por isso, em vez de ficar triste quando não tenho «sapatos», procuro ficar feliz porque tenho «pés».

      Comentário


        #33
        acho de extremo mau gosto alguém ficar contente consigo mesmo só porque há quem esteja em pior situação.

        Comentário


          #34
          nunca percebi este pensamento de me sentir melhor com a minha má situação só porque alguém está pior, ou pelo menos sentir me menos triste. Cada um tem os seus problemas, e estes têm a dimensão que cada um lhes dá, não quer dizer que sejam menos ou mais importantes.
          Por esta perspectiva não se evoluía, não se trabalhava mais para conseguir mais, se tivéssemos uma ponte para viver por baixo e comida do caixote pronto estávamos bem porque no mundo existem pessoas que nem a ponte têm.

          Comentário


            #35
            Originalmente Colocado por LuisCapelo Ver Post
            acho de extremo mau gosto alguém ficar contente consigo mesmo só porque há quem esteja em pior situação.
            VLADERUNNER: Tenho alunos que vêm maldispostos logo de manhã por motivos superficiais
            Como eu disse, todos nós temos o dever e a obrigação de lutarmos por ter um futuro melhor. Mas as pessoas têm a mania de se queixarem por tudo e por nada com a ideia de que os outros são sempre mais felizes; que estão sempre melhor do que nós. E o que é isso de estar melhor? Alguém me poderá explicar? Existe algum prisma mais acertado do que outro para definir quem é mais feliz?

            Por isso, mau gosto é cobiçar o alheio e esquecer o que se tem. Mau gosto é gastar toda uma vida só a queixar-se da sua sorte. A sorte não acontece: faz-se. E cada um faz a sua sorte.

            Mau gosto é dizer o que acabaste de dizer. Eu não fico contente com a desgraça dos outros. Apenas dou valor àquilo que tenho, por pouco que seja. Conheço quem por mais que tenha nunca esteja satisfeito. Esses são aqueles que não sabem verdadeiramente viver. Esses são aqueles que não sabem realmente aquilo que querem.
            Se calhar se tivesses experiências de morte ou a vida por um fio como eu já tive, pensasses muito naquilo que disseste antes de o proferires. O valor que eu dou à vida como um prolongamento que tive a felicidade de ter da mesma, fez-me ver as coisas de maneira diferente.

            Não. Na minha consciência não fico contente comigo mesmo apenas porque há quem esteja em pior situação. Lido diariamente com crianças deficientes na escola e sei das dificuldades por que elas passam. Tenho familiares deficientes e sei do que falo. Só me apercebo é de que o povo português passa a vida a lamentar-se, «se não é do cu é das calças».

            Lendo o teu breve comentário, fico com a impressão de que não leste o post todo que escrevi ou não o entendeste, mas tiveste logo o mau gosto de assim o comentar desta forma.
            É típico dos fóruns. A minha vénia, senhor perfeito.

            Comentário


              #36
              Originalmente Colocado por BLADERUNNER Ver Post
              Lendo o teu breve comentário, fico com a impressão de que não leste o post todo que escrevi ou não o entendeste, mas tiveste logo o mau gosto de assim o comentar desta forma.
              É típico dos fóruns. A minha vénia, senhor perfeito.
              e onde é que eu comentei APENAS o teu post? está lá alguma citação? aquela é a minha posição geral relativamente aos vários posts que vi a dizer o mesmo: que devemos ficar contentes pelo que temos, porque há gente que está pior do que nós.
              epá, há SEMPRE alguém pior do que nós. mas nós devemos ficar contentes com o que temos realmente na nossa vida, e não ficar contentes porque há um gajo qualquer que é mais desgraçado do que nós.

              assinado, o tal senhor perfeito, seja lá o que isso for. mas se calhar deve querer dizer que eu devia ser muito feliz porque se sou perfeito há sempre gente em pior condição do que eu. que felicidade que isso me traz!

              Comentário


                #37
                Não retirando o que disse, julguei que o comentário fosse só ao que escrevi, pois pelo que leste do post, deves ter-te apercebido que me irritam as pessoas que se fazem constantemnte passar por desgraçadinhas sem motivo aparente. Mas, desde já, lamento o mal entendido.

                Olhar para quem está pior nunca foi solução dos nossos problemas, mas serve perfeitamente para (de vez em quando) pararmos para pensar naquilo que temos. Sim, que na maior parte do tempo gastamo-lo a pensar apenas naquilo que não temos ou que queremos ter.

                Escrevi um post inteiro a demonstrar que as pessoas muitas vezes se queixam e não dão valor àquilo que têm. O que disse foi só em consonância com o post de abertura do tópico para reflectirmos mais sobre tantas coisas que temos e muitas vezes nos esquecemos de dar valor.

                Poucos aqui no fórum têm escrito tantos posts de política contra a passividade do nosso povo. Não acho que as pessoas se devam acomodar rendidas à sua sorte. Mas também um povo que só se sabe queixar e nada faz para melhorar a sua vida já enjoa. As pessoas preferem queixar-se para assim se justificarem daquilo que não têm; se justificarem dos seus fracassos.

                Comentário


                  #38
                  Originalmente Colocado por LuisCapelo Ver Post
                  acho de extremo mau gosto alguém ficar contente consigo mesmo só porque há quem esteja em pior situação.
                  Bem vindo às escalas cinzas.....

                  É decadente(?)... mas legítimo.....

                  Nós por norma, ficamos satisfeitos por sabermos que estamos numa situação melhor que a média que nos rodeia ou pelo contrário ficamos infelizes por sabermos que estamos piores. Creio que é um sentimento legítimo.

                  Comentário


                    #39
                    Eu penso que não é sentir melhor porque os outros estão piores.
                    Duvido que isso aconteça.

                    Eu penso é que as pessoas aceitam melhor quando vêem que é normal.

                    O ser humano detesta errar. Ate que alguém diz que para se aprender é preciso falhar.

                    Eu não vou ficar contente porque o meu vizinho nao tem electricidade mas se acontecer a 1 de nós perguntamo-nos: "Porquê só a mim?"

                    Se vou espreitar o quarteirão e não há electricidade fico mais aliviado. Claro que não é do mal dos outros que fico aliviado.

                    É por ser normal. Nós gostamos de nos identificar e lidamos mal com a mudança e com desvios.

                    Quando é normal já não estranhamos mas entranhamos,

                    Comentário


                      #40
                      Tudo é relativo. Só conseguimos estar satisfeitos com uma coisa se ela for melhor que outros exemplos comparáveis. Só estamos contentes por ter uns sapatos, se podermos comparar com o "andar sem sapatos". E só podemos estar satisfeitos por ter uns "bons sapatos" se anteriormente experimentarmos uns "maus sapatos". Tudo neste mundo é por comparação.

                      Portanto, para mim não é de forma nenhuma de mau gosto estar satisfeito, contente ou feliz por ter algo que muita gente não tem.
                      Para mim é muito pior estar infeliz e insatisfeito com a vida porque há pessoas que têm mais.

                      É claro que não é ser feliz porque os outros não têm, é ser feliz porque se tem algo de que se pode gozar. O problema é que só temos noção de que temos coisas boas na vida quando "conseguimos" ver que há muitos outros no mundo que não têm o que nós temos. Pensar nesses e não nos que estão melhores que nós torna-nos mais felizes, é a minha opinião.

                      Mas também acho que isto não é suficiente, para se ser feliz também é necessário contribuir para o bem estar da humanidade, ser honesto, correcto, simpático para com os que nos rodeiam.
                      O problema é que quem acha que os outros estão melhores e sente-se infeliz por isso também não consegue ser simpático e correcto com os outros, nem acha que deve contribuir para o bem estar da humanidade, porque sente-se um prejudicado.

                      Eu tento pensar sempre naqueles que têm uma vida pior que eu, e não me sinto injustiçado neste mundo, sinto-me até bastante bem com a qualidade de vida que tenho e bastante agradecido, porque sei que neste momento há centenas de milhões de pessoas que dariam tudo para ter uma vida igual à minha.

                      Mas o que eu vejo na maior parte dos portugueses é um queixume constante, encontro pessoas que estão melhores que eu na vida e o que falam é só para se queixar, queixam-se para pessoas que estão piores do que ela, isso para mim é uma atitude muito má. É que nem sequer aproveitam aquilo que têm porque não acham que sejam coisas boas, e portanto não aproveitam a vida que têm.
                      E provavelmente é por isso que nos estudos que são feitos os portugueses são os mais infelizes da Europa, apesar do Sol...

                      Comentário


                        #41
                        Mais uma coisa que me esqueci de colocar no post anterior.
                        Segundo alguns estudos, ser rico ou ganhar muito dinheiro não torna as pessoas mais felizes. Mesmo com pessoas que ganharam grandes prémios da lotaria ou outros, passado 1 ano tinham o mesmo grau de felicidade do que antes de ganharem o prémio. Ou seja, em termos de felicidade ficaram na mesma.
                        E tanta gente por aí a pensar que se ganhassem o Euromilhões iam ficar mais felizes...
                        A felicidade depende essencialmente da atitude da pessoa perante a vida, ser rico ou pobre não influência em nada.

                        Comentário


                          #42
                          Originalmente Colocado por BLADERUNNER Ver Post
                          Não acho que as pessoas se devam acomodar rendidas à sua sorte. Mas também um povo que só se sabe queixar e nada faz para melhorar a sua vida já enjoa. As pessoas preferem queixar-se para assim se justificarem daquilo que não têm; se justificarem dos seus fracassos.[/FONT]
                          Blade Runner, tens que ler aquilo que escreves, é que eu concordo com isto, mas tu concordas ?

                          Eu só vos vejo a lamentarem-se pelos cantos aqui do fórum

                          Comentário


                            #43
                            Não confundas criticar com lamentar … embora saibamos que o nosso povo é demasiado queixoso. Mas talvez tenha razões para isso, não achas? Afinal, somos os últimos de entre os últimos e isso não traz alegria a ninguém quando tal se sente no dia-a-dia na pele.

                            Estamos numa sociedade em que sabemos o preço de tudo mas o valor de nada. Eu, em criança, brincava com uma lata e um pau a fazer de carrinho correndo com os outros pela rua fora… e era feliz.
                            Hoje, as crianças sentem-se infelizes se não tiverem o telemóvel de última geração, a novidade em consolas, ou o brinquedo xpto.

                            Entrou-se numa tal ideia (patrocinada pela sociedade de consumo) em que a felicidade tem de ser instantânea conseguindo-se acedendo a certos objectos, que em virtude de estarem sempre a saírem novos modelos, levam as pessoas a sentirem-se sempre insatisfeitas e infelizes. Isto acontece porque a sua felicidade é muito materialista. Isso acontece porque temos a mania de nos compararmos.

                            Sim, todos nós olhamos para os outros: para os que estão pior e para os que estão melhor. Não para nos sentirmos bem ou mal com isso, mas para darmos o valor ao que temos e ambicionarmos o que gostaríamos de ter, ajudando-nos a conseguirmo-nos situar; não para deixar de sonhar e lutar por aquilo que queremos, mas para sabermos aproveitar o que temos e somos, e ter paciência para esperar por aquilo que pretendemos vir a ter ou vir a ser no futuro. E ter, é uma palavra com o peso que lhe quisermos dar, pois o parecer de Epicuro diz muito acerca disso: “A verdadeira riqueza não consiste em ter grandes posses, mas em ter poucas necessidades.”

                            Por isso, importa essencialmente sabermos aquilo que realmente somos. Por isso, encontramos indígenas felizes a viverem debaixo de uma árvore porque as colheitas correram bem, e um empresário multimilionário a quem não lhe falta nada, infeliz porque perdeu algum dinheiro na bolsa.
                            Quem poderá, pois, garantir que aquelas crianças a brincarem com latas eram menos felizes do que as actuais?

                            Talvez por isso, queixarmo-nos é sempre relativo... depende daquilo que cada um quer... ser ou ter.

                            Comentário


                              #44
                              Originalmente Colocado por XlPower Ver Post
                              Mais uma coisa que me esqueci de colocar no post anterior.
                              Segundo alguns estudos, ser rico ou ganhar muito dinheiro não torna as pessoas mais felizes. Mesmo com pessoas que ganharam grandes prémios da lotaria ou outros, passado 1 ano tinham o mesmo grau de felicidade do que antes de ganharem o prémio. Ou seja, em termos de felicidade ficaram na mesma.
                              E tanta gente por aí a pensar que se ganhassem o Euromilhões iam ficar mais felizes...
                              A felicidade depende essencialmente da atitude da pessoa perante a vida, ser rico ou pobre não influência em nada.
                              Completamente de acordo.Sei prefeitamente que se me saisse o euromilhões não iría ficar mais feliz,mas que ficava com um bom carro,uma boa casa e outras coisas boas,lá isso ficava.
                              Fáz-me lembrar quando ouço um gajo qualquer cheio de papel vir dizer prós coitadinhos que o dinheiro para eles não é importante,pudera,não lhes falta.

                              Comentário


                                #45
                                Não considero que o haver alguém pior que nós e chamar à atenção para isso seja com o intuito de nos sentirmos mais felizes por esse acontecimento, mas sim uma maneira de colocar as coisas em perspectiva para que possamos compreender que pior é sempre possível e o estarmos mal pode assim não ser tão terrível como julgámos. É como acharmos que ganhamos pouco, mas depois saber que há quem ganhe metade. Não nos dá mais dinheiro mas faz pensar.

                                Comentário


                                  #46
                                  Eu duvido seriamente que qualquer um de nós, na azafama do dia a dia, quando se irrita ou desilude com algo perca 10 seg a pensar que até é um beneficiado e que afinal a vida é bela...
                                  Como o rapaz do meu post inicial, só qd somos confrontados pessoalmente, na família, em nós próprios, no trabalho ou no círculo amigos... é que nos dá um nó no estômago.
                                  Quem não encara de perto com situações destas é perfeitamente natural que a desgraça alheia lhe passe mais ao lado...não considero que seja frieza, egoísmo ou qq outra atitude egocentrica. Simplesmente não há o clique para pensar que há pessoal bem pior que nós. É compreensível.
                                  Da mesma forma que somos um dos povos mais altruistas qd "nos falam ao coração" (vejam o exemplo dos dadores medula óssea ou da quantidade de utentes que acorreu para dar sangue qd foi solicitado) tb somos capazes de ser dos mais individualistas em relação à comunidade em que nos inserimos (esperamos que o vizinho do lado não nos venha tocar à porta por causa de problemas de condomínio ou questões sociais).

                                  Comentário


                                    #47
                                    Originalmente Colocado por v7 Ver Post
                                    Nós somos guerreiros, temos que ser guerreiros, nunca devemos desistir.

                                    Morrer só quando vier a senhora de preto com a ceifeira e mesmo assim ela que se prepare para ter a luta da vida dela
                                    Originalmente Colocado por ruymoreira Ver Post
                                    Noutro dia estava a ver uma série e lá disseram uma grande verdade:

                                    São os nossos falhanços e arrependimentos que nos fazem crescer e nos tornam quem nós somos. E é de facto verdade: quantas histórias nós conhecessemos de pessoas que viveram misérias/infernos e deram a volta por cima? Temos que acima de tudo acreditar em nós, mesmo quando tudo corre mesmo muito mal.

                                    celo: desejos sinceros de melhor sorte para o futuro.

                                    Comentário


                                      #48
                                      Seja la o que for que estejam a sentir, por muito mal que seja, por muito forte que seja é temporário! Não deixem que sejam criados bloqueios, um muro ao vosso redor, vida tem muito para vos dar, vocês tem coisas magníficas para alcançar, milhares de experiências magníficas para viver. Vocês são sempre mais fortes do que julgam, segredo está dentro da vossa cabeça.

                                      Comentário


                                        #49
                                        Originalmente Colocado por ruymoreira Ver Post
                                        Noutro dia estava a ver uma série e lá disseram uma grande verdade:

                                        São os nossos falhanços e arrependimentos que nos fazem crescer e nos tornam quem nós somos. E é de facto verdade: quantas histórias nós conhecessemos de pessoas que viveram misérias/infernos e deram a volta por cima? Temos que acima de tudo acreditar em nós, mesmo quando tudo corre mesmo muito mal.

                                        celo: desejos sinceros de melhor sorte para o futuro.
                                        Já Friedrich Nietzsche dizia, "tudo aquilo que não nós mata fortalece-nos"

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                                          #50
                                          Não consigo ganhar força a pensar que está alguém pior que eu quando estou com problemas. Pensar dessa forma deixa-me apenas triste por saber que existem pessoas a sofrer, mas não altera em nada os meus problemas.

                                          Quando os tenho limito-me a pensar neles, e a tentar encontrar maneira de os amenizar ou extinguir, se consigo sempre? não, não consigo mas tenho tido uma % elevada de sucesso.

                                          Vivo seguindo o "Carpe Diem", não tenho planos a longo prazo, tenho planos a curto prazo, depois de ter passado por uns quantos obstáculos nestes curtos 25 anos ( sei que ainda viram muitos mais, deparo-me com eles todos os dias ) acredito que as coisas acontecem porque têm de acontecer e pouco ou nada podemos fazer para impedir isso mesmo, podemos sim fazer para dar a volta por cima ao que de mau nos acontece.

                                          Sinto-me mais descontraído desde que adoptei esta postura perante a vida, e sei que venha o que vier por ai eu vou estar de pé a espera para resolver.

                                          Como se costuma dizer " só não há remédio para a morte ", esta sim uma enorme verdade, e por acreditar nisto e saber que hoje estamos cá cheios de saúde e amanhã podemos estar " com os pés frios " é que vivo todos os dias como se fossem o ultimo.

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                                            #51
                                            Não passo a minha vida a julgar o mal dos outros para me sentir bem, muito antes pelo contrário, desejo sempre o melhor que podemos alcançar e aquilo que desejamos, mais que a nós, acima de tudo aos outros.

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                                              #52
                                              São muitas as vezes que chego a casa depois das 00:00 a lamentar de cansaço e azia do ritmo frenético que são 2 trabalhos.

                                              Nos tempos em que reflito congratulo-me por estes mesmos 2 trabalhos que mantenho e me permitem não fazer parte das estatisticas de desemprego.

                                              Penso : " há quem não tenha (trabalho) .....eu tenho 2 )


                                              Há que lutar, pois não sabemos até quando o podemos continuar a fazer

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                                                #53
                                                Originalmente Colocado por celo Ver Post
                                                Olá a todos!

                                                Sei que este topico vai com 3 anos mas estava pelo google a perguntar "o que fazer quando a vida corre mal" e ca apareceu!!!
                                                É certo que a vida corre mal a muita gente cada qual com seus problemas e divergencias mas é dos "outros" que falamos quando se passa connosco é bem diferente, isso dos medicamentos aconteceu-me quando tinha 18 anos pela mesma razao, a namorada.
                                                Há 3 anos atrás faleceu minha mãe com um tumor cerebral nem tive oportunidade de me despedir visto que ela estava ausente em trabalho, no ano a seguir um tio bem proximo suicidou-se... "tentou parar o comboio" se é que me entendem.
                                                Ainda no final do ano 2008 eu e a minha namorada aceitamos o convite de um casal amigo de longa data para trabalhar na alemanha ele ofereceu alojamento e trabalho par nós 2, nada aconteceu assim... ficamos sem o que tinhamos em portugal e nunca tivemos nada lá, hoje 2 anos depois estou na bélgica ainda a tentar recuperar desse erro. já passamos de tudo tivemos de dormir em casa de gente desconhecida, quase passamos fome!
                                                Estou com 23 e a minha companheira com 22 mas parece que ja temos 50 depois de tanto que vivemos!

                                                E sinceramente, como referido em cima os pés frios seram realmente uma soluçao...
                                                Caro celo, espero que as palavras que te vou deixar te ajudem a entender que não estás só nem a vida são só rosas para os outros. Que te ajude a ganhar forças para dares a volta por cima.

                                                Tirei o curso com imensos sacrifícios, cuja odisseia inacreditável dava para fazer um filme. Tenho muito orgulho na minha formação, ainda para mais obtida com dificuldades surreais (horas às boleias diárias ao sol, frio e chuva; alguma fome para poupar para as despesas escolares; muitos kms a pé; trabalhos artísticos e publicitários para empresas, autarquias, Governos Civis; ajudar os meus pais; muitas noites sem dormir; muito stress e desespero; …). Ainda hoje não sei como o consegui (nem como terminei o curso com a melhor média).

                                                As empresas exploravam-me até mais não por saber que aquele dinheiro era para mim como pão para a boca. Pagavam-me mal e porcamente e com meses de atraso. Passava horas a fio para receber e diziam sempre que não tinham tempo para me atender (isto depois de correrem atrás de mim para lhes fazer trabalhos urgentes). Os meus pais, sem culpa, retiram-me por diversas vezes dos estudos por falta de dinheiro, passando a vida a dizer que não tinham como pagar os meus estudos. Regressava depois quando o dinheiro dos meus trabalhos chegava. Devido a uma bolsa de estudos prometida por uma autarquia, mas nunca dada, acabei por passar grande parte do curso sem possibilidade de ter bolsa.
                                                Foram tempos muitíssimo difíceis que me ensinaram que nesta vida nada cai do céu. Eu não estava predestinado a poder tirar um curso superior e contrariei esse destino tendo pago uma factura com um preço muito alto.

                                                Só para veres como era relato-te como vulgarmente era um desses dias.
                                                Levantava-me às 6h30 e andava 4 kms a pé até ao sítio onde ficava à boleia na minha aldeia. Quando tinha sorte apanhava boleia e chegava mais cedo à Escola Superior de Educação ficando ali à espera por vezes mais de 1h. Outras vezes demorava a conseguir uma boleia e apanhava frio de morrer (no interior) ou calor e chegava tarde às aulas.
                                                Durante o dia, muitas vezes tinha de ir ter com as entidades que me deviam dinheiro para me pagarem, ficando tardes inteiras à espera de ser atendido. Noutras, para ser atendido para me encomendarem trabalho, tendo depois de arranjar maneira de adquirir o material para o fazer. Como não tinha dinheiro, raramente comia algo durante todo o dia, sendo que ao fim da tarde ia para a beira da estrada pedir boleia para casa (outros 30km), fizesse chuva ou sol, calor ou frio. A média era de 2 horas até conseguir por vezes mais do que uma boleia até chegar a casa, sendo que nunca ficava à porta, havendo sempre kms de caminhada. Quando não conseguia, o meu pai ia-me buscar arreliado, pois aquilo não era vida… e eu sabia-o, mas não desistia.
                                                Em casa comia a única refeição de jeito do dia, mas não lhes dizia nada, senão nem voltava às aulas no dia seguinte. No tempo livre tinha de os ajudar numa pequena quinta que tinham e nas horas livres fazia banda desenhada para cumprir o sonho de um dia me tornar profissional (embora tenha alguns livros publicados, a vida deixou esse sonho para trás). Tinha trabalhos a fazer para ganhar algum dinheiro e o estudo e trabalhos da escola para tirar o curso. As horas de sono eram muito poucas, e podes crer que isso tornou-me numa fortaleza incapaz de tombar a qualquer dificuldade. Cada rasteira da vida, eu lamentava, mas depois levantava-me ainda mais forte.

                                                Nunca pensei vir a conseguir terminar a minha formação. Mas terminei. E como eu, muitas outras pessoas terão passado pelo mesmo.
                                                E podes ter a certeza que muitas vezes à beira da estrada me perguntei “O quê que estou eu aqui a fazer?”, mas sabes que mais? A resposta é simples: a tentar viver; a fazer por mim aquilo que mais ninguém faz.
                                                Devo parecer-te uma pessoa extremamente forte mas sou apenas como qualquer um de vós, arranjando forças nas tantas e tantas quedas que me tornaram apenas mais um sobrevivente. Mas desengana-te, pois também eu, ainda hoje, muitas vezes me queixo da minha sorte. Mas a cada queda, levanto-me a seguir ainda mais obstinado. A vida coloca-nos constantemente à prova, mas nunca devemos desistir. Todos nós iremos morrer um dia, mas estamos cá para ocuparmos da melhor maneira o tempo que medeia o dia em que nascemos e o desse fatídico e inevitável fim. Nunca te esqueças

                                                Se isto serve para mostrar que sou melhor do que os outros? Não, pois também desesperei muitas vezes. O desespero e a revolta tomaram conta da minha juventude, mas nunca me dei por derrotado. Fui enganado, vigarizado, explorado, humilhado, mas nunca desisti. Isso era o mínimo que eu poderia fazer pela minha pessoa: nunca desistir de mim.
                                                Talvez por isso, quando eu digo que se estou mal tenho de dar valor ao pouco que tenho, pois existe alguém que esteja pior do que eu, se calhar não estou a fazer mais do que olhar para aquilo por que passei. Para aquela pessoa que esteve pior do que eu. Se tenho que comer, já passei fome antes; se tenho um carro velho, houve altura em que andava a pé e às boleias; se não tenho muito dinheiro, houve tempos em que não tinha nenhum. Mas hoje tenho uma família que me ama pelo que sou e não pelo que tenho, e isso foi coisa que nunca tive e constitui a minha maior riqueza. Continuo agora alutar, não só por mim, mas também por ela.

                                                Por isso, caro celo, continua a lutar e a acreditar em ti, pois se assim o fizeres podes estar certo que mais cedo ou mais tarde melhores dias virão. Qualquer coisa, dispõe. Afinal, é para isso que cá estamos. Para termos uma palavra uns para os outros quando é preciso.

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                                                  #54
                                                  Este meu exemplo representa unicamente uma pequena parte das dificuldades e surpresas amargas que a vida me reservou. Mas, como eu, todos nós tivemos bons e maus momentos na vida. Há que lutar para os ultrapassarmos almejando que o futuro possa vir a ser melhor. E nestas alturas, a ajuda de todos é fundamental. Às vezes basta uma palavra na hora certa para nos dar a força de que precisamos.

                                                  Olharmos para os que estão pior valorizando o que temos para pararmos de nos lamentar e ganharmos forças para lutarmos é um ponto de partida. Olharmos para aquilo que queremos e acreditarmos que conseguiremos alcançá-lo é uma estratégia. Termos a esperança de o conseguirmos é o sonho. O tal sonho que comanda a vida.

                                                  Por isso, o dinheiro não traz felicidade, mas ajuda. Seriamos hipócritas em não dizê-lo, pois dele dependemos.
                                                  Por isso, a miséria dos outros não nos traz felicidade, mas faz-nos ver sermos menos miseráveis.
                                                  Por isso, tudo e todos os que nos rodeiam, de uma ou de outra forma constituem o nosso mundo. Um mundo onde teremos de encontrar o nosso lugar, com mais ou menos luta, para conseguirmos ser felizes. Uma palavra à volta da qual giram todas as vidas sem sequer nos apercebermos.

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