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"Quantos mais quilómetros mais mortos". Consequência do encerramento das urgências...

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    #31
    Originalmente Colocado por Karma Ver Post
    E dar incentivos monetários aos médicos resolve esse problema?
    Mas quem é que falou em incentivos monetários??

    Vou dar-te um exemplo:
    Sabemos que há uma elevada concertação de médicos em algumas localidades, logo há uma grade concorrência para atingir determinados postos e cargos, que dão acesso a importantes meios técnicos...

    Imagina então que para uma posição, existem 10 candidatos que tão cedo não poderão ascender ao cargo devido a este estar ocupado por um colega mais velho...

    Se abrissem um centro hospitalar de qualidade, no interior, o que não faltariam eram profissionais a querer o cargo, não pelo dinheiro (que seria basicamente o mesmo, ou um pouco superior mas não o suficiente para fazer uma mudança de vida brusca) mas pelas possibilidades que um cargo destes trás a nível curricular e de desenvolvimento clínico...

    Há muita malta "nova" com grandes ideias e ideais, com vontade de fazer melhor trabalho, com capacidade de fazer mais trabalho, mas não conseguem devido á falta de locais devidamente equipados e desocupados para os fazer...

    não seria uma questão de incentivos monetários, seria uma de acesso a tecnologias e equipamentos, que de outra forma tão cedo não poderiam utilizar...
    Editado pela última vez por Foliv; 03 September 2007, 22:22.

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      #32
      Originalmente Colocado por André Ver Post
      Esse chavão do interior esquecido já cheira mal.
      Cheira-te mal a ti, já agora, onde moras? Só assim para termos uma ideia da tua realidade.

      Comentário


        #33
        Foliv, acho que ocorre (e é natural que ocorra) exactamente o contrário. E contra isso há pouco a fazer, a não ser repovoar o interior.

        Um dos handicaps de largar um grande hospital num grande centro urbano e ir para um meio mais pequeno, é perder a diversidade de casos clínicos, ou pelo menos, o "centro da acção", por assim dizer.

        Um médico, nomeadamente com poucos anos de trabalho, quer é ter possibilidades de aprender.

        E isso que estás a dizer, é um pouco utópico. Nunca no interior terás as tecnologias de ponta.

        A única coisa para além de beneficíos monetários, directos ou indirectos, é a possibilidade de ser arranjar um posto mais alto que nunca se conseguirá no centro urbano, ou que pelo menos, leverá muito mais tempo a ser atingido...

        Comentário


          #34
          Eu acho que toda a gente sabe disso... ou se calhar, o PM no seu fraco bom senso (no caso, falta dele), nao se lembrou que isto podia acontecer!!

          Será...?

          Comentário


            #35
            Eu posso falar do que conheço:
            Na minha terra existem umas urgências, onde só são tratadas as coisas básicas. Qualquer coisa complicada, toca a mandar para o Hospital, de ambulância. Ou seja, na maioria das vezes, só se vai perder tempo em passar primeiro pela urgência (SAP). Já para não referir o facto de, de noite, ainda se ter que espera que o médico acorde, e ter que gramar com a sua indisposição por o termos acordado.

            Quanto à reforma em si, a ideia foi melhorar as condições para a maioria dos Portugueses. Posso dizer que na minha terra vamos passar da "tanga" do SAP que tinhamos para uma urgência com mais médicos e mais condições. O que vai fazer com que as pessoas que estavam antes a 70km do Hospital, possam agora ser assistidas convenientemente a 20km de casa. Outros tinham um SAP "da tanga" à porta de casa, mas agora têm a 20km uma urgência capaz.
            No processo, acredito que alguns tenham perdido. Mas isto é assim com todas as reformas.

            Comentário


              #36
              http://www.correiodamanha.pt/noticia...Canal=10&p=200

              ...

              Comentário


                #37
                Aumentam as distâncias, carrega-se no pedal...

                Comentário


                  #38
                  Segundo a ViaMichelin são 29 minutos

                  Comentário


                    #39
                    A conduzirem como conduzem, não me espanta que mais gente morra na estrada.

                    Mas de acidente de viação.

                    E já agora, pegando no tema, sabem quantas pessoas morrem em acidentes de viação? E quantas morrem a caminho de uma Urgência Hospitalar?

                    Comentário


                      #40
                      Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
                      E já agora, pegando no tema, sabem quantas pessoas morrem em acidentes de viação?
                      Mais do que nas turras entre Palestianos e Israelitas...

                      Comentário


                        #41
                        Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
                        A conduzirem como conduzem, não me espanta que mais gente morra na estrada...
                        Concordo. Parece faltar formação em condução avançada, ou seja, em marcha de urgência!

                        Comentário


                          #42
                          Originalmente Colocado por André Ver Post
                          Mais do que nas turras entre Palestianos e Israelitas...
                          O que dá para ver que o que falta por vezes é bom senso.

                          Certo, que se o Estado tivesse mais dinheiro, todos nós gostaríamos de ter uma unidade de Urgência ao pé de casa. Mas uma coisa como deve ser, com pessoal qualificado e bem apetrechado de equipamento.

                          Mas vocês insistem que a despesa Pública deve servir maioritáriamente manter no activos os 700,000 FP. A opção é vossa.

                          Eu preferia que o dinheiro fosse gasto de outro modo.

                          Mas não dá.

                          Comentário


                            #43
                            Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
                            O que dá para ver que o que falta por vezes é bom senso.

                            Certo, que se o Estado tivesse mais dinheiro, todos nós gostaríamos de ter uma unidade de Urgência ao pé de casa. Mas uma coisa como deve ser, com pessoal qualificado e bem apetrechado de equipamento.

                            Mas vocês insistem que a despesa Pública deve servir maioritáriamente manter no activos os 700,000 FP. A opção é vossa.

                            Eu preferia que o dinheiro fosse gasto de outro modo.

                            Mas não dá.
                            Só para ficarmos esclarecidos, quais são esses modos em que gostarias que o dinheiro fosse gasto? Podes dar exemplos?

                            Comentário


                              #44
                              Originalmente Colocado por K2000 Ver Post
                              Só para ficarmos esclarecidos, quais são esses modos em que gostarias que o dinheiro fosse gasto? Podes dar exemplos?
                              Sim, era interessante saber!...

                              Comentário


                                #45
                                2007-09-22 - 00:00:00

                                Urgência : Mãe deu à luz no caminho entre Fátima e Leiria
                                Mais partos na estrada

                                Os Bombeiros Voluntários de Fátima ajudaram ontem uma mãe a dar à luz uma menina, na berma da auto-estrada do Norte (A1), próximo de Leiria, contribuindo para o número anormal de partos em ambulâncias que se está a verificar este ano.

                                “Não tenho memória de haver tantos partos em ambulâncias, como agora”, afirma Rui Rama da Silva, do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).

                                A única explicação para este aumento – embora não seja esse o caso de Fátima – é a reestruturação do sistema de saúde e consequente encerramento de várias maternidades.

                                Segundo dados da Liga, só os Voluntários de Resende ajudaram a nascer seis bebés nas suas ambulâncias nos últimos seis meses.

                                No ranking de partos em ambulâncias, a corporação da Lourinhã surge em segundo lugar, com três nascimentos, seguindo-se a da Figueira da Foz, irandela, Ansião e Penafiel. “Estamos a viver uma situação anómala e não desejada, que cria enormes dificuldades aos bombeiros”, refere o dirigente da LBP.

                                A redução do número de maternidades obrigam as corporações a percorrer “muito mais quilómetros e a demorar quase o dobro do tempo nos serviços”, diz Rama da Silva.

                                E o problema é que “a compensação do aumento dos custos não está ainda definida”. Para o dirigente, “não houve uma avaliação correcta” do que se passa no terreno, antes da reestruturação, e os prejudicados são os bombeiros.

                                “Estamos a pagar caro em custos financeiros e humanos”, refere Rama da Silva, salientando, no entanto, que a resposta dos soldados da paz a este ‘fenómeno’ tem sido tecnicamente irrepreensível.

                                GOVERNO RESPONSABILIZA MÃES

                                O Governo acredita que os partos nas auto-estradas têm menos que ver com o fecho de maternidades e mais com a falta de informação das grávidas.

                                “Vão nascer mais crianças em ambulâncias se as mulheres não tiverem cuidado aos primeiros sinais de trabalho de parto e não tomarem medidas”, disse o director-geral da Saúde, Francisco George, numa entrevista ao CM.

                                Segundo este responsável, “não há nenhuma criança que nasça em minutos” e “o trabalho de parto não é instantâneo”, pelo que assume sem hesitações a defesa da reforma da rede das maternidades portugueses.

                                “Vamos descer o número de mortes infantis e perinatais. Dentro de cinco anos, podemos ganhar 200 crianças, que vão deixar de morrer, e para isso teremos de concentrar os especialistas em neonatologia, os pediatras, os anestesistas e os equipamentos”, disse Francisco George.

                                EXPERIÊNCIA INESQUECÍVEL

                                É com um brilhozinho nos olhos e a felicidade estampada no rosto que Cristina Pereira, socorrista nos Bombeiros Voluntários de Fátima, recorda o bebé que ajudou a nascer ontem de manhã, a caminho do Hospital de Leiria.

                                A parturiente, de 42 anos, chegou de carro ao quartel com o marido e pediu para ser levada para Coimbra, onde estava a ser seguida por um obstetra. Como as contracções chegavam de cinco em cinco minutos, Cristina e Paulo Vieira, o condutor da ambulância, decidiram transportá-la para Leiria, por indicações do Centro de Orientação de Doentes Urgentes.

                                A quatro quilómetros do destino, em plena auto-estrada, rebentaram-se as águas e a mulher entrou em trabalho de parto. A ambulância encostou e “não deu tempo para mais nada”.

                                “A mãe fez força duas vezes e a bebé saiu”, conta Cristina, com a ternura de quem também já foi mãe por três vezes. A bebé, quarta do casal, nasceu às 39 semanas, com 3,4 quilos e uma “cara laroca”. “Foi um momento lindo”, garantiu a socorrista.

                                PREPARAÇÃO

                                KIT PARTO

                                As ambulâncias de emergência médica estão equipadas com o kit parto, que contém artigos esterilizados. O pacote disponibiliza máscaras, lençóis, compressas, desinfectantes, luvas e molas para o cordão umbilical, entre outros artigos.

                                TÉCNICA

                                A maioria dos tripulantes das ambulâncias tem preparação técnica para auxiliar um parto de urgência. Mesmo os bombeiros mais novos “têm apuro técnico para essas situações”, garante a Liga dos Bombeiros.

                                MORAL

                                O nascimento de um bebé numa ambulância serve de estímulo psicológico aos bombeiros, considera Costa Pereira, comandante dos Voluntários de Fátima. “É um bom incentivo moral para toda a corporação”.

                                Francisco Pedro

                                Fonte
                                Espero que não haja um parto mais complicado e sem um medico presente, pq se fosse um filho meu a morrer na estrada o ministro não se ficava a rir.

                                Comentário


                                  #46
                                  nthor, e se o teu filho morresse em casa, ias chatear o ministro por não ter posto um médico em cada casa?

                                  Comentário


                                    #47
                                    Originalmente Colocado por Luis Capelo Ver Post
                                    nthor, e se o teu filho morresse em casa, ias chatear o ministro por não ter posto um médico em cada casa?
                                    Como queres que te responda a isso?Que idade tens?

                                    Não me leves a mal mas não pensaste muito bem antes de postar pois não?

                                    Comentário


                                      #48
                                      e tu, pensaste que se calhar esse tipo acusações é infundado?
                                      faz lembrar os médicos que são acusados gratuitamente de negligência, parece que ninguém pode morrer num hospital, os médicos têm de ser todos-poderosos.
                                      já agora, se o teu filho morrer numa ambulancia, vais processar o motorista por não ter ido mais depressa? processar o governo por não ter ambulâncias mais rápidas? por não ter uns batedores a abrir caminho para as ambulancias? por não ter helicopteros para levar toda a gente mais depressa para o hospital?

                                      enfim.

                                      Comentário


                                        #49
                                        Esta história do encerramento de algumas pseudo-urgências faz-me vir sempre á memória o caso daquela pessoa que sofreu um acidente de viação grave na A6, o qual lhe provocou a quase amputação de um membro superior.

                                        Socorrida no local pelos Bombeiros, teve que andar uns kms para trás de ambulância até ao centro de saude local. Ai o médico saiu á rua, foi á ambulância, observou-a e disse "levem-na para o H. de Évora".

                                        Felizmente que ainda foi a tempo e hoje está bem, mas a ida aquele centro de saude podia ter corrido mal!

                                        Ou então a outra história num centro de saude próximo desse, onde um sexagenário deu entrada duas vezes após uma queda e a médica lhe disse que estava dorido. Não satisfeito, o filho levou-o por sua conta e risco ao H. de Évora e, pasme-se, tinha uma fractura.

                                        Comentário


                                          #50
                                          Originalmente Colocado por Vanquish Ver Post
                                          Esta história do encerramento de algumas pseudo-urgências faz-me vir sempre á memória o caso daquela pessoa que sofreu um acidente de viação grave na A6, o qual lhe provocou a quase amputação de um membro superior.

                                          Socorrida no local pelos Bombeiros, teve que andar uns kms para trás de ambulância até ao centro de saude local. Ai o médico saiu á rua, foi á ambulância, observou-a e disse "levem-na para o H. de Évora".

                                          Felizmente que ainda foi a tempo e hoje está bem, mas a ida aquele centro de saude podia ter corrido mal!

                                          Ou então a outra história num centro de saude próximo desse, onde um sexagenário deu entrada duas vezes após uma queda e a médica lhe disse que estava dorido. Não satisfeito, o filho levou-o por sua conta e risco ao H. de Évora e, pasme-se, tinha uma fractura.
                                          Curiosamente tb conheço algumas histórias dessas e relacionadas precisamente com o hospital de Évora.

                                          Comentário


                                            #51
                                            Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                                            Curiosamente tb conheço algumas histórias dessas e relacionadas precisamente com o hospital de Évora.
                                            Naturalmente que as há, como há de qualquer unidade de saude publica ou privada.

                                            Mas parece-me indiscutível que alguns centros de saude com serviço de urgência existem apenas para tratar constipações e dores de barriga pois para tudo o resto não possuem as valências necessárias.

                                            Comentário


                                              #52
                                              Originalmente Colocado por Vanquish Ver Post
                                              Naturalmente que as há, como há de qualquer unidade de saude publica ou privada.

                                              Mas parece-me indiscutível que alguns centros de saude com serviço de urgência existem apenas para tratar constipações e dores de barriga pois para tudo o resto não possuem as valências necessárias.
                                              Consequência dos exagerados cortes orçamentais nesta área.

                                              O que vale a quem toma este tipo de decisões é que o Português come e cala, se começassem a cair queixas nos tribunais quer dos médicos, quer dos utentes isto não era assim.

                                              Mas para os médicos, a abertura de clínicas privadas onde fecham serviços públicos, até é melhor e os utentes enterram os familiares e fazem o luto que a nossa pouca formação e condições de vida muitas vezes não dá para mais...

                                              Comentário


                                                #53
                                                Sabem o que vos digo?? Tanto é culpado os ministros e directores de hospitais como é o povo!!!

                                                Hoje fui a uma manifestação contra o fecho das urgências do hospital lá da zona (cerca de 25 mil habitantes no concelho) e sabem quantas pessoas lá estavam?? Se estivessem 100 pessoas era uma sorte!! E muito por culpa de quem organizou! Sim, porque estive no medico esta semana e não vi nenhum cartaz no hospital (oops, hospital não, centro de saúde! Visto que retiraram de lá os equipamentos todos! Para os hospitais vizinhos), nem na radio da zona foi anunciado...Foi preciso minha mãe ir comprar ração para os coelhos para saber da manifestação...(mas algo me diz que mesmo que fosse anunciado, não deveria ter muito mais gente...).

                                                Nesse mui nobre centro de saúde onde receitam sacos de cimento aos doentes, doses para adultos a crianças, ou então quando sabem que vem uma pessoa que sofreu um enfarte a caminho, quem está de plantão pisga-se provocando assim a morte da senhora....


                                                Welcome to the jungle motherfucker!
                                                Editado pela última vez por TiZeDasCoives; 22 September 2007, 22:35.

                                                Comentário


                                                  #54
                                                  O problema no ministro da saúde é falta de...



                                                  Comentário

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