A corrupção entre funcionários públicos e políticos em Portugal aumentou no último ano, colocando o país em 28º lugar num ranking de 180 nações analisadas no relatório de 2007 da organização não-governamental Transparency Internacional divulgado hoje.
Portugal desceu dois lugares em relação ao relatório do ano passado, passando de 26º para 28º lugar, de acordo com o Índice de Percepção de Corrupção (IPC) da Transparency Internacional (TI), que classifica os países segundo o eventual grau de corrupção no sector público, tendo por base informações recolhidas e tratadas nos dois últimos anos por diversas instituições independentes.
Apesar da TI alertar para o facto de a descida no ranking poder não significar um eventual aumento de corrupção, até porque este ano o estudo avaliou mais 17 países do que no ano passado, a verdade é que a classificação atribuída a Portugal também baixou.
Numa pontuação de zero (altamente corrupto) a dez, Portugal passou de 6,6 para 6,5, de acordo com as "informações obtidas em sondagens a especialistas e empresas realizadas por 12 instituições independentes e creditadas", refere o documento disponível desde hoje na Internet.
Também os três países do topo da lista (os menos corruptos) tiveram pontuações mais baixas no relatório deste ano: Finlândia, Islândia e Nova Zelândia estão no topo do ranking de 2007, todas com 9,4 pontos.
No ano passado, os três primeiros - Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia - tiveram uma pontuação de 9,6.
A organização não-governamental explica que o Índice de Percepção de Corrupção pretende demonstrar o nível de abuso do serviço público para benefício particular, através de práticas como subornos a funcionários públicos, pagamentos irregulares nas contratações públicas ou a solidez de políticas anti-corrupção administrativa e política.
Segundo a TI, é cada vez mais flagrante a diferença dos níveis de percepção de corrupção entre os países ricos e os países pobres: "É patente a forte relação entre corrupção e pobreza".
Quarenta por cento dos países com uma pontuação inferior a três (sinal de corrupção desenfreada) estão classificados pelo Banco Mundial como nações de baixos recursos.
Advertindo para o facto de não se poder falar em "país mais corrupto do mundo", uma vez que foram analisadas apenas 180 das 200 nações soberanas, a TI coloca no fim da lista, com 1,4 pontos, Myanmar (antiga Birmânia) e Somália, país analisado pela primeira vez este ano.
Além da Somália, a listagem deste ano avalia outros 16 novos países, entre os quais três africanos de língua oficial portuguesa (PALOP): Cabo Verde (4,9), São Tomé e Príncipe (2,7) e Guiné-Bissau (2,2).
Consciente de que as baixas pontuações do IPC "indicam que as instituições públicas estão expostas a graves perigos", a TI defende a necessidade de melhorar a transparência na gestão financeira e de pôr fim à impunidade dos funcionários corruptos.
No dia da divulgação do relatório, a presidente da TI manifestou a sua preocupação com o facto de "a corrupção implicar uma enorme fuga de recursos vitais para a educação, saúde e infra-estruturas".
Apesar de, em muitos casos, se tratar de países habituados historicamente ao clientelismo e ao nepotismo, a TI acusa também alguns responsáveis de multinacionais de utilizarem a corrupção de funcionários públicos de países pobres como "uma estratégia empresarial legítima".
Do outro lado da barricada, estão os países considerados menos corruptos, "na sua maioria situados na Europa, Ásia Oriental e América do Norte".
Portugal desceu dois lugares em relação ao relatório do ano passado, passando de 26º para 28º lugar, de acordo com o Índice de Percepção de Corrupção (IPC) da Transparency Internacional (TI), que classifica os países segundo o eventual grau de corrupção no sector público, tendo por base informações recolhidas e tratadas nos dois últimos anos por diversas instituições independentes.
Apesar da TI alertar para o facto de a descida no ranking poder não significar um eventual aumento de corrupção, até porque este ano o estudo avaliou mais 17 países do que no ano passado, a verdade é que a classificação atribuída a Portugal também baixou.
Numa pontuação de zero (altamente corrupto) a dez, Portugal passou de 6,6 para 6,5, de acordo com as "informações obtidas em sondagens a especialistas e empresas realizadas por 12 instituições independentes e creditadas", refere o documento disponível desde hoje na Internet.
Também os três países do topo da lista (os menos corruptos) tiveram pontuações mais baixas no relatório deste ano: Finlândia, Islândia e Nova Zelândia estão no topo do ranking de 2007, todas com 9,4 pontos.
No ano passado, os três primeiros - Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia - tiveram uma pontuação de 9,6.
A organização não-governamental explica que o Índice de Percepção de Corrupção pretende demonstrar o nível de abuso do serviço público para benefício particular, através de práticas como subornos a funcionários públicos, pagamentos irregulares nas contratações públicas ou a solidez de políticas anti-corrupção administrativa e política.
Segundo a TI, é cada vez mais flagrante a diferença dos níveis de percepção de corrupção entre os países ricos e os países pobres: "É patente a forte relação entre corrupção e pobreza".
Quarenta por cento dos países com uma pontuação inferior a três (sinal de corrupção desenfreada) estão classificados pelo Banco Mundial como nações de baixos recursos.
Advertindo para o facto de não se poder falar em "país mais corrupto do mundo", uma vez que foram analisadas apenas 180 das 200 nações soberanas, a TI coloca no fim da lista, com 1,4 pontos, Myanmar (antiga Birmânia) e Somália, país analisado pela primeira vez este ano.
Além da Somália, a listagem deste ano avalia outros 16 novos países, entre os quais três africanos de língua oficial portuguesa (PALOP): Cabo Verde (4,9), São Tomé e Príncipe (2,7) e Guiné-Bissau (2,2).
Consciente de que as baixas pontuações do IPC "indicam que as instituições públicas estão expostas a graves perigos", a TI defende a necessidade de melhorar a transparência na gestão financeira e de pôr fim à impunidade dos funcionários corruptos.
No dia da divulgação do relatório, a presidente da TI manifestou a sua preocupação com o facto de "a corrupção implicar uma enorme fuga de recursos vitais para a educação, saúde e infra-estruturas".
Apesar de, em muitos casos, se tratar de países habituados historicamente ao clientelismo e ao nepotismo, a TI acusa também alguns responsáveis de multinacionais de utilizarem a corrupção de funcionários públicos de países pobres como "uma estratégia empresarial legítima".
Do outro lado da barricada, estão os países considerados menos corruptos, "na sua maioria situados na Europa, Ásia Oriental e América do Norte".
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