Gostei muito desta peça que aqui deixo à vossa consideração:
Pedro Mateus
Empresa Portugal
Temos muitas vezes olhado para “nuestros hermanos” e com alguma inveja vemos que ir a Espanha é muito mais que ir comprar caramelos ou ver touradas de morte. Nessa altura, olhamos para o nosso umbigo e perguntamos: O que nos aconteceu? Como foi possível passarem-nos assim?
Não é uma questão de serem melhores ou piores, é uma questão de que são melhor liderados, têm um objectivo comum, uma visão de país e uma missão da Espanha no mundo. Nós andamos ao sabor da maré ou, como alguém disse, “andamos por aí”?.
O exemplo claro é a questão dos aeroportos na Península Ibérica.
Em 1992 a Espanha, à boleia do Jogos Olímpicos e da Expo 92, apresentou um plano de quatro fases para transformar o aeroporto de Barajas, no “hub” intermodal, a porta de entrada e saída da ponte Europa para a América Latina.
Nós, também, tínhamos interesse nesse posicionamento. Era um factor de redução da nossa insularidade em relação ao centro europeu e tínhamos condições geográficas e culturais para o fazer.
15 anos depois: Barajas está a meio da fase quatro, nós andamos a discutir o que fazer e qual o interesse do projecto: Portela+1, Alcochete, OTA alimentado com “Síndrome de cenários aguda”... Porquê?
Nos últimos 30, e depois das eleições de 1976, nós tivemos 17 Governos e 13 primeiros-ministros os espanhóis tiveram 5 primeiros-ministros.
No final dos anos 80, a Espanha definiu como missão afirmar-se no mundo como uma potência top-10. Independentemente da cor política do governo é um desígnio, um valor não negociável. Os exemplos são vários: a Expo92, Jogos Olímpicos, o apoio do Estado espanhol à construção de grupos metanacionais sedeados em Espanha como o Santander, Zara ou BBVA.
Em Portugal quantos exemplos temos de uma visão de país, o que queremos ser enquanto país, e como vamos colocar a tão badalada marca Portugal como “umbrella” das empresas nacionais? Muito poucos. Andamos em discussões fúteis sobre os centros de decisão em Portugal.
Qualquer livro de gestão básico diz-nos que antes de se definir marca e forma de a vendermos, define-se o produto e o seu posicionamento. Nós, definimos a marca mas não sabemos qual é o produto e quais as suas vantagens competitivas!
O nosso problema não são só os nossos políticos, somos nós, com a ideia de que o destino está feito à moda do fado que nos percorre a alma.
Nós, na sua grande maioria, somos a imagem de marca do Gato Fedorento “falamos, falamos, mas não fazemos nada”?
Sim, porque apesar de tímidas tentativas da sociedade civil em dar sinais de vitalidade como o Compromisso Portugal, ou algumas ONG, lamentamo-nos mas não agimos.
Nós, Portugueses, somos accionistas do nosso país pois investimos o nosso capital intelectual e as nossas vidas, mas não participamos na construção da nossa Missão nem exigimos resultados à nossa Administração (Governo).
Temos todos que melhorar, ou alternativamente, continuarmo-nos a convencer que somos um país sem futuro a definhar, que dia a dia perde o seu talento para outras empresas (leia-se países).
A decisão é nossa, ou vamos acabar como o anúncio em que vamos ter meia-conversa, meia-reforma e provavelmente meio-país?.
Nós, também, tínhamos interesse nesse posicionamento. Era um factor de redução da nossa insularidade em relação ao centro europeu e tínhamos condições geográficas e culturais para o fazer.
15 anos depois: Barajas está a meio da fase quatro, nós andamos a discutir o que fazer e qual o interesse do projecto: Portela+1, Alcochete, OTA alimentado com “Síndrome de cenários aguda”... Porquê?
Nos últimos 30, e depois das eleições de 1976, nós tivemos 17 Governos e 13 primeiros-ministros os espanhóis tiveram 5 primeiros-ministros.
No final dos anos 80, a Espanha definiu como missão afirmar-se no mundo como uma potência top-10. Independentemente da cor política do governo é um desígnio, um valor não negociável. Os exemplos são vários: a Expo92, Jogos Olímpicos, o apoio do Estado espanhol à construção de grupos metanacionais sedeados em Espanha como o Santander, Zara ou BBVA.
Em Portugal quantos exemplos temos de uma visão de país, o que queremos ser enquanto país, e como vamos colocar a tão badalada marca Portugal como “umbrella” das empresas nacionais? Muito poucos. Andamos em discussões fúteis sobre os centros de decisão em Portugal.
Qualquer livro de gestão básico diz-nos que antes de se definir marca e forma de a vendermos, define-se o produto e o seu posicionamento. Nós, definimos a marca mas não sabemos qual é o produto e quais as suas vantagens competitivas!
O nosso problema não são só os nossos políticos, somos nós, com a ideia de que o destino está feito à moda do fado que nos percorre a alma.
Nós, na sua grande maioria, somos a imagem de marca do Gato Fedorento “falamos, falamos, mas não fazemos nada”?
Sim, porque apesar de tímidas tentativas da sociedade civil em dar sinais de vitalidade como o Compromisso Portugal, ou algumas ONG, lamentamo-nos mas não agimos.
Nós, Portugueses, somos accionistas do nosso país pois investimos o nosso capital intelectual e as nossas vidas, mas não participamos na construção da nossa Missão nem exigimos resultados à nossa Administração (Governo).
Temos todos que melhorar, ou alternativamente, continuarmo-nos a convencer que somos um país sem futuro a definhar, que dia a dia perde o seu talento para outras empresas (leia-se países).
A decisão é nossa, ou vamos acabar como o anúncio em que vamos ter meia-conversa, meia-reforma e provavelmente meio-país?.
Retirado de http://www.jornaldenegocios.pt/defau...ntentId=307049
Curiosamente hoje almocei com um espanhol que desconhecia a realidade portuguesa e para além de negócios, conversámos sobre Portugal, falei-lhe do governo, sociedade, estado... enfim da vida em geral em Portugal, a resposta dele era quase sempre a mesma "há uns anos era assim em Espanha", esses anos poderiam variar de 5 a 20 anos... conforme o tema. só para terem noção Espanha em final dos anos 80 tinha cerca de 17% de tx desemprego, hoje têm cerca de 10~11% e são um dos grande europeus e mundiais, e: Crise? Qual Crise responde-me ele. Interessante!
Pedro Mateus
Empresa Portugal
Temos muitas vezes olhado para “nuestros hermanos” e com alguma inveja vemos que ir a Espanha é muito mais que ir comprar caramelos ou ver touradas de morte. Nessa altura, olhamos para o nosso umbigo e perguntamos: O que nos aconteceu? Como foi possível passarem-nos assim?
Não é uma questão de serem melhores ou piores, é uma questão de que são melhor liderados, têm um objectivo comum, uma visão de país e uma missão da Espanha no mundo. Nós andamos ao sabor da maré ou, como alguém disse, “andamos por aí”?.
O exemplo claro é a questão dos aeroportos na Península Ibérica.
Em 1992 a Espanha, à boleia do Jogos Olímpicos e da Expo 92, apresentou um plano de quatro fases para transformar o aeroporto de Barajas, no “hub” intermodal, a porta de entrada e saída da ponte Europa para a América Latina.
Nós, também, tínhamos interesse nesse posicionamento. Era um factor de redução da nossa insularidade em relação ao centro europeu e tínhamos condições geográficas e culturais para o fazer.
15 anos depois: Barajas está a meio da fase quatro, nós andamos a discutir o que fazer e qual o interesse do projecto: Portela+1, Alcochete, OTA alimentado com “Síndrome de cenários aguda”... Porquê?
Nos últimos 30, e depois das eleições de 1976, nós tivemos 17 Governos e 13 primeiros-ministros os espanhóis tiveram 5 primeiros-ministros.
No final dos anos 80, a Espanha definiu como missão afirmar-se no mundo como uma potência top-10. Independentemente da cor política do governo é um desígnio, um valor não negociável. Os exemplos são vários: a Expo92, Jogos Olímpicos, o apoio do Estado espanhol à construção de grupos metanacionais sedeados em Espanha como o Santander, Zara ou BBVA.
Em Portugal quantos exemplos temos de uma visão de país, o que queremos ser enquanto país, e como vamos colocar a tão badalada marca Portugal como “umbrella” das empresas nacionais? Muito poucos. Andamos em discussões fúteis sobre os centros de decisão em Portugal.
Qualquer livro de gestão básico diz-nos que antes de se definir marca e forma de a vendermos, define-se o produto e o seu posicionamento. Nós, definimos a marca mas não sabemos qual é o produto e quais as suas vantagens competitivas!
O nosso problema não são só os nossos políticos, somos nós, com a ideia de que o destino está feito à moda do fado que nos percorre a alma.
Nós, na sua grande maioria, somos a imagem de marca do Gato Fedorento “falamos, falamos, mas não fazemos nada”?
Sim, porque apesar de tímidas tentativas da sociedade civil em dar sinais de vitalidade como o Compromisso Portugal, ou algumas ONG, lamentamo-nos mas não agimos.
Nós, Portugueses, somos accionistas do nosso país pois investimos o nosso capital intelectual e as nossas vidas, mas não participamos na construção da nossa Missão nem exigimos resultados à nossa Administração (Governo).
Temos todos que melhorar, ou alternativamente, continuarmo-nos a convencer que somos um país sem futuro a definhar, que dia a dia perde o seu talento para outras empresas (leia-se países).
A decisão é nossa, ou vamos acabar como o anúncio em que vamos ter meia-conversa, meia-reforma e provavelmente meio-país?.
Nós, também, tínhamos interesse nesse posicionamento. Era um factor de redução da nossa insularidade em relação ao centro europeu e tínhamos condições geográficas e culturais para o fazer.
15 anos depois: Barajas está a meio da fase quatro, nós andamos a discutir o que fazer e qual o interesse do projecto: Portela+1, Alcochete, OTA alimentado com “Síndrome de cenários aguda”... Porquê?
Nos últimos 30, e depois das eleições de 1976, nós tivemos 17 Governos e 13 primeiros-ministros os espanhóis tiveram 5 primeiros-ministros.
No final dos anos 80, a Espanha definiu como missão afirmar-se no mundo como uma potência top-10. Independentemente da cor política do governo é um desígnio, um valor não negociável. Os exemplos são vários: a Expo92, Jogos Olímpicos, o apoio do Estado espanhol à construção de grupos metanacionais sedeados em Espanha como o Santander, Zara ou BBVA.
Em Portugal quantos exemplos temos de uma visão de país, o que queremos ser enquanto país, e como vamos colocar a tão badalada marca Portugal como “umbrella” das empresas nacionais? Muito poucos. Andamos em discussões fúteis sobre os centros de decisão em Portugal.
Qualquer livro de gestão básico diz-nos que antes de se definir marca e forma de a vendermos, define-se o produto e o seu posicionamento. Nós, definimos a marca mas não sabemos qual é o produto e quais as suas vantagens competitivas!
O nosso problema não são só os nossos políticos, somos nós, com a ideia de que o destino está feito à moda do fado que nos percorre a alma.
Nós, na sua grande maioria, somos a imagem de marca do Gato Fedorento “falamos, falamos, mas não fazemos nada”?
Sim, porque apesar de tímidas tentativas da sociedade civil em dar sinais de vitalidade como o Compromisso Portugal, ou algumas ONG, lamentamo-nos mas não agimos.
Nós, Portugueses, somos accionistas do nosso país pois investimos o nosso capital intelectual e as nossas vidas, mas não participamos na construção da nossa Missão nem exigimos resultados à nossa Administração (Governo).
Temos todos que melhorar, ou alternativamente, continuarmo-nos a convencer que somos um país sem futuro a definhar, que dia a dia perde o seu talento para outras empresas (leia-se países).
A decisão é nossa, ou vamos acabar como o anúncio em que vamos ter meia-conversa, meia-reforma e provavelmente meio-país?.
Retirado de http://www.jornaldenegocios.pt/defau...ntentId=307049
Curiosamente hoje almocei com um espanhol que desconhecia a realidade portuguesa e para além de negócios, conversámos sobre Portugal, falei-lhe do governo, sociedade, estado... enfim da vida em geral em Portugal, a resposta dele era quase sempre a mesma "há uns anos era assim em Espanha", esses anos poderiam variar de 5 a 20 anos... conforme o tema. só para terem noção Espanha em final dos anos 80 tinha cerca de 17% de tx desemprego, hoje têm cerca de 10~11% e são um dos grande europeus e mundiais, e: Crise? Qual Crise responde-me ele. Interessante!
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