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Produtividade do trabalho em Portugal

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    #61
    Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
    E pronto, já descambou...
    É precisamente essa uma das criticas que tenho relativamente à moderação, a impunidade com que se flameja tópicos e se ofendem users por aqui.

    E como acusam de perseguição quem os tenta por na ordem.

    Comentário


      #62
      Voltando ao tema:

      O Banco de Portugal, abandonou a independência e o rigor técnico a que está obrigado. No seu Boletim Económico – Primavera 2007 entrou na campanha de propaganda em curso para baixar ainda mais os salários, liberalizar os despedimentos individuais e reduzir a protecção aos desempregados. Para o Banco de Portugal (BP) a "rigidez salarial" passou a ser um obstáculo que impede que as empresas se adaptem à situação actual; os elevados subsídios de desemprego bem como a sua excessiva duração (?) são a causa do desemprego; e a insuficiente flexibilidade do mercado do trabalho constitui uma razão para a diminuição do investimento empresarial. Tudo isto, na linha do neoliberalismo puro e duro de importação que domina actualmente o pensamento económico oficial, foi depois multiplicado acriticamente pelos media afectos ao poder económico e politico como fosse uma verdade absoluta numa clara manipulação da opinião pública.

      Num estudo recente do Banco Central Europeu (BCE), citado numa publicação do Ministério do Trabalho e da Segurança Social editada em 2006, sobre a rigidez salarial o BCE concluiu precisamente o contrário, ou seja que "o mercado de trabalho português está entre os menos rígidos da zona euro ao analisar a elasticidade dos salários reais no período de 1994-2001 relativamente à taxa de desemprego (-0,247)". De acordo com o próprio Boletim do Banco de Portugal os salários reais diminuíram -1% entre 2002 e 2006 (na Administração Pública a quebra foi muito maior). No entanto Victor Constâncio considera que é ainda insuficiente, e que a descida devia ser muito maior, e ser nos próprios salários nominais, ou seja, um "choque salarial" que foi defendido em Portugal, em Dezembro de 2006, pelo neoliberal Olivier Blanchard do MIT /USA.

      Em relação à rigidez do mercado de trabalho português também criticada pelo BP, a análise da evolução da população activa em situação precária, no período 2001-2006, mostra que a rigidez do mercado de trabalho também não corresponde à verdade. A confirmar isso, está o aumento significativo da precariedade em Portugal. Entre 2001 e 2006, a população activa na situação de precariedade aumentou de 35,8% para 38,4% da população activa total, tendo alcançado 2.155.100 no fim do 4º Trimestre de 2006, o que mostra que o mercado de trabalho é flexível à custa da estabilidade do emprego dos trabalhadores.

      Um dos argumentos mais utilizados para justificar a redução dos direitos aos trabalhadores tem sido a baixa produtividade do trabalho em Portugal. No entanto, fala-se sempre da baixa produtividade do trabalho, mas não se fala da baixa produtividade do capital, que é um dos problemas mais graves que o nosso País enfrenta actualmente, até devido à quebra acentuada do investimento verificada nos últimos 4 anos (-15%). Em relação à produtividade do capital o silêncio tem sido absoluto. E isto porque falar desta produtividade tornar-se-ia visível, a nível da opinião pública, a responsabilidade dos empresários. Entre 2000 e 2004, segundo o INE, a produtividade do capital diminuiu em Portugal nas empresas com menos de 100 trabalhadores em -36,8% e, nas com 100 ou trabalhadores, a quebra atingiu -43,2%. A produtividade do trabalho embora tenha aumentado pouco (0,6% ao ano), no entanto cresceu sempre.

      Quando se fazem comparações internacionais sobre produtividade esquece-se de comparar as remunerações, porque se isso fosse feito as conclusões já seriam muito diferentes. Por ex., em 2005, de acordo com dados do Eurostat, a produtividade do trabalho media comunitária era superior à portuguesa em 51%, mas o custo da mão-de-obra médio comunitário era superior ao português em 74%. Pode-se assim dizer, para aquilo que os trabalhadores portugueses recebem, eles ainda têm uma produtividade superior à média comunitária.

      A produtividade do trabalho é uma medida parcial como afirma a própria OCDE, porque nela se reflecte a influência de muitos outros factores (tecnologia, organização da empresa, etc.). A provar isso, está o facto de que num conjunto de 12 empresas pertencentes ao grupo das 500 maiores empresas que existem em Portugal, a produtividade na melhor (Petrogal) é superior em 24 vezes à verificada na última da escala (Yazaki). Fica assim claro que a produtividade do trabalho não depende fundamentalmente do trabalhador, porque se dependesse não se verificariam diferenças tão grandes na produtividade entre empresas que funcionam em Portugal como sucede.
      Podem ler o resto aqui

      Complementem com esta informação


      AUMENTO SIGNFICATIVO DA PRECARIEDADE EM PORTUGAL

      Contrariamente ao que afirma o Banco de Portugal, a rigidez do mercado do trabalho em Portugal não é elevada. O crescimento rápido da precariedade no nosso País prova isso. O quadro seguinte, construído com dados das Estatísticas do Emprego do INE, mostra o aumento significativo da precariedade em Portugal.

      Entre 2001 e 2006, a população activa aumentou 4,9%, mas a população activa precária cresceu 14,6%, ou seja, percentualmente 3 vezes mais. Em valor absoluto, a população precária atingia, no fim de 2006, já 2.151.100 portugueses, o que correspondia a 38,4% da população activa total, tendo aumentado 3,3 pontos percentuais entre 2001 e 2006. Afirmar, como faz o Banco de Portugal, que "o quadro institucional caracteriza-se por uma insuficiente flexibilidade nos mercados do trabalho" é fechar os olhos e procurara branquear a realidade.

      O CUSTO DO TRABALHO E A PRODUTIVIDADE DO TRABALHO EM PORTUGAL E NA UE25

      Para atacar os direitos dos trabalhadores, um dos argumentos mais utilizadas é a baixa produtividade do trabalho em Portugal quando se compara com a media comunitária. No entanto, nestas comparações esquece-se sistematicamente de comparar também as remunerações. O quadro seguinte, construído com dados publicados pelo Eurostat, mostra que a realidade é outra quando se compara simultaneamente produtividade do trabalho e custo da mão de obra de Portugal com a média comunitária.


      Para anular os efeitos da diferença de preços que se verificam entre os diferentes países da União Europeia, utilizou-se valores PPC (Paridade Poder de Compra). E depois tomando como base Portugal (PT=100), os dados do Eurostat mostram que o custo de mão-de-obra (e tenha-se presente que este não inclui apenas as remunerações, mas sim todos os custos com o trabalho, remunerações e outras despesas); repetindo tomando como base o valores de Portugal, conclui-se que , em 2005, a produtividade média do trabalho na União Europeia era superior à portuguesa em 51%, mas o custo da mão de obra era maior do que o português em 74%. Idêntica relação se verifica relativamente a outros países também constantes do quadro anterior Portanto, em conclusão, para o que recebem os trabalhadores portugueses, a produtividade em Portugal até era superior à média comunitária.
      Creio que os dados sobre o aumento da precariedade demonstram de facto que não é com leis de trabalho ainda mais flexíveis que se resolve o problema nacional da diminuição do investimento empresarial-










      Comentário


        #63
        Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
        É precisamente essa uma das criticas que tenho relativamente à moderação, a impunidade com que se flameja tópicos e se ofendem users por aqui.

        E como acusam de perseguição quem os tenta por na ordem.
        isso força aí, ataca forte a moderaçao, que tens todo o "direito moral" para o fazeres!


        sem cura !!!
        Editado pela última vez por 330i; 15 December 2007, 18:57.

        Comentário


          #64
          Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
          E pronto, já descambou...

          é...
          e porque é que será (???)

          Comentário


            #65
            Falar do assunto do tópico é, pelos vistos, demasiado embaraçoso.

            É mais fácil continuar a insultar, sempre se foge a temas muito chatos de lidar.

            Comentário


              #66
              conheces alguma estagiária vinda de aveiro aí?

              Comentário


                #67
                Originalmente Colocado por Max_powered Ver Post
                conheces alguma estagiária vinda de aveiro aí?
                Esta questão era para mim? É que se era.... não, não conheço... Isto é um bocado grande!
                (E sim, estou de volta aqui porque continua a não haver trabalho! )

                Comentário


                  #68
                  Originalmente Colocado por 330i Ver Post
                  é...
                  e porque é que será (???)
                  Porque o autor do tópico quer discutir um determinado assunto e os do costume (de ambas as partes) tratam logo de levantar a batalha campal dos "trabalhadores FP" versus "trabalhadores Privados".

                  Comentário


                    #69
                    Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
                    Porque o autor do tópico quer discutir um determinado assunto e os do costume (de ambas as partes) tratam logo de levantar a batalha campal dos "trabalhadores FP" versus "trabalhadores Privados".
                    Ainda não vi ninguém a "batalhar" numa guerra que não existe, muito menos por aqui.

                    Vejo constantemente é faltas de educação grosseiras e abandalhar tópicos quando o assunto incomoda, insultos de baixo nível que revelam a "qualidade" de certos tugas

                    Comentário


                      #70
                      E se acalmássemos os ânimos e voltássemos à discussão do assunto?

                      Discussões desse tipo é lá fora (PM's, MSN, mail, telefone, pessoalmente...)

                      Comentário

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