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    #91
    Um mergulho no Atlântico
    Nos Açores, além de paisagens de beleza estonteante, é o mar que nos lança o maior apelo. Um dos melhores locais do mundo para observar cetáceos e uma experiência única, a não perder, também em Portugal


    Texto e Fotos de Luís Quinta



    Em pleno coração do Atlântico, o arquipélago dos Açores é considerado um dos melhores locais do mundo para a observação de cetáceos. Esta classificação deve-se à conjugação de vários factores que só ali se verificam, nomeadamente: a existência de cerca de duas dezenas de espécies comuns naquelas águas e de várias empresas a realizar saídas de whale watching; a observação ser realizada perto da costa; e as águas serem tépidas e cristalinas. É claro que em diversos locais do globo também é possível encontrar baleias e golfinhos, mas o que acontece em vários casos é que apenas se podem observar uma ou duas espécies de cetáceos, o clima não ajuda e, por vezes, as observações são feitas em zonas distantes da costa, obrigando a mais horas de percursos náuticos.

    Mas regressemos aos Açores. Embora seja possível encontrar cetáceos em todo o arquipélago, apenas três ilhas – S. Miguel, Pico e Faial – se dedicam seriamente e com caracter regular à actividade da observação de baleias e golfinhos. As saídas para o mar podem ser realizadas de várias formas, em barcos semi-rígidos de vários tamanhos ou em barcos cabinados de maior porte e conforto. Ambas as modalidades de embarcações tem vantagens e desvantagens, pelo que a escolha será uma questão de gosto pessoal. Uma saída típica de whale watching é constituída por uma apresentação do que se vai passar no mar, além de algumas noções sobre biologia, ecologia e conservação das espécies. Normalmente, antes desta palestra já existiu um contacto com os vigias, que nas encostas das ilhas controlam com binóculos as movimentações das baleias, porém, é com a saída para o mar que começam as emoções fortes. Além das baleias e golfinhos que caracterizam tão bem este arquipélago, num passeio típico também se observam várias espécies de aves marinhas, como o *****ro, as tartarugas, os peixes voadores e as medusas, entre outros animais marinhos.

    Aventura mesmo é nadar com os golfinhos, mas esta é uma actividade apenas para quem estiver à vontade dentro de água, e possui um enquadramento especial, quer em termos de preço, quer em termos de regulamentos. Por sua vez, entrar na água com baleias por perto só é possível mediante uma autorização especial, que terá de ser pedida com dois meses de antecedência.

    As espécies
    O animal mais carismático dos Açores é, sem dúvida, o grande cachalote. Além de existir em grande quantidade nos mares açorianos, foi a baleia mais capturada e que dava mais rentabilidade durante a época áurea da tradição baleeira. O cachalote – o único destes grandes mamíferos que depois de morto fica a boiar e assim facilmente transportado para terra – assumiu o protagonismo desta velha história sobre o poder da natureza contra o homem (ou vice-versa), tomando o lugar de personagem principal em lendas, actos heróicos, festividades e em toda uma variada cultura e indústria ainda hoje bem visível nas localidades costeiras.

    Com a chegada da Primavera e de uma habitual “explosão” biológica, várias espécies de baleias de barbas começam a ser observadas em meados de Abril. Desde a grande baleia azul à baleia sardinheira, passando pela enorme baleia comum ou mesmo a baleia de bossas, todas tem passagem obrigatória por estas águas. De salientar, que a baleia azul é o maior animal que até hoje habitou a Terra, ultrapassando largamente o maior dinossauro até hoje encontrado – uma baleia-azul pode ultrapassar os 30 metros de comprimento e pesar mais de 170 toneladas!

    A época das baleias de barbas pode estender-se até Junho. A partir do Verão chegam mais cachalotes, essencialmente fêmeas que vem dar à luz, e várias espécies de outros cetáceos, como por exemplo a baleia-piloto, a falsa -orca e o golfinho pintado. Em finais de Junho e, com alguma sorte, é possível observar sete a oito espécies de cetáceos diferentes, entre baleias e golfinhos.








    Contactos: Norberto Diver, Horta,

    Fonte: http://www.rotas.xl.pt/0903/a04-03-00.shtml


    Comentário


      #92
      Você está em:Saúde & Tecnologia14 de maio, 2003 - Publicado às 20h01 GMTExtinção ameaça espécies de baleias e golfinhos
      Espécies de golfinhos podem não durar mais 10 anos

      Algumas espécies de baleias, golfinhos e botos estão tão ameaçadas que podem estar extintas em dez anos, segundo cientistas.

      O aviso partiu de especialistas em cetáceos da entidade Organização Mundial de Presevação (ICUN).

      Os especialistas publicaram o aviso no livro Dolphins, Whales and Porpoises: 2002-2010 Conservation Act Plan for the World's Cetaceans (Golfinhos, Baleias e Botos: 2002-2010 Plano de Conservação para os Cetáceos do Mundo).

      Trata-se da terceira obra publicada pelos especialistas em cetáceos da entidade nos últimos 15 anos. A obra lista 86 tipos de cetáceos – desde as baleias do alto mar até as cada vez mais raras espécies de água doce, encontradas no sul da Ásia e na América Latina.

      Ação do homem

      "Algumas das grandes baleias, como a azul, a corcunda, a caxalote, a beluga e baleia-franca costumam receber muita atenção de preservacionistas", afirma o cientista Randall Reeves, um dos responsáveis pelo livro publicado pela ICUN.

      "São, sem dúvida, animais magníficios, mas nós nos concentramos mais em espécies menores, menos conhecidas e presentes principalmente em países em desenvolvimento, onde a ameaça de extinção é realçada", acrescenta.

      Segundo a ICUN, até o momento o homem não foi o responsável pela extinção de nenhuma espécie de cetáceo. Mas a entidade acredita que esse quadro pode mudar.

      William Perrin, que já chefiou a divisão de cetáceos da ICUN, disse ser improvável que o "golfinho baiji ainda exista quando formularmos nosso próximo plano de conservação, dentro de oito ou dez anos".

      O baiji, um golfinho de água doce que agora só existe no principal canal do rio Yang Tsé, na China, é considerado o cetáceo mais ameaçado de extinção.

      Estudos realizados entre 1985 e 1986 davam conta de que havia uma população da espécie de cerca de 300 espécimes. Entre 1997 e 1999, só haviam entre 21 e 23 golfinhos baiji ainda vivos.

      A drástica redução no número desta e de outras espécies se deve à ação de pescadores que ou pescam esses cetáceos ou que os matam deliberadamente para assegurar a abundância de seus cardumes de peixes.

      Tipos ameaçados

      Os cetáceos também morrem ao ser presos em redes de pesca ou ao colidirem com embarcações.

      Outros espécimes ameaçados são a baleia-franca – presente no hemisfério norte –, a baleia-azul, a baleia bicuda de Hector e os golfinhos dos rios Ganges e Indo, na Índia.

      Mas a divisão de cetáceos da ICUN diz que ainda restam esperanças. "Diversas populações da baleia-franca austral, de baleias-corcundas em diversas áreas e da baleia-cinzenta em áreas dos Oceanos Pacífico e Atlântico têm mostrado sinais de recuperação", afirma o estudo.

      O plano de conservação propõe mudanças em métodos de pesca para evitar a extinção de espécies como o baiji, a vaquista e a baleia bicuda de Hector.
      fonte:http://www.bbc.co.uk/portuguese/cien...baleiabg.shtml

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        #93
        Originalmente Colocado por VTEC Ver Post
        Pelo que me parece, os nipónicos estavam à caça da baleia para comer.
        A questão.

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          #94
          Originalmente Colocado por TURBO Ver Post
          A questão.
          Coitadinhos,...

          Comentário


            #95
            Originalmente Colocado por Maria Helena Ver Post
            Coitadinhos,...
            Os chineses também não comem cão ou gato?


            E nós, não comemos animais que outras "civilizações" não percebem ou tratam esses animais como de estimação?

            Tem a haver com o habito de cada um. Não significa que um povo seja mais ou menos desenvolvido por comer isto ou aquilo. É assim e pronto!

            Comentário


              #96
              Originalmente Colocado por VTEC Ver Post
              Os chineses também não comem cão ou gato?!
              Comem,...vou já cortar os pulsos com um X-ato.

              On:

              Mas o que é que os cães e gatos têm a ver com as baleias,...
              A questão das baleias, é porque estão em vias de desaparecerem,...pelo pouco número que já existe.

              Ninguém está aqui a tecer juízos de valor, sobre os hábitos alimentares dos japoneses, chineses, por mim até podem comer trampa, é lá com eles,...


              Originalmente Colocado por VTEC Ver Post
              E nós, não comemos animais que outras "civilizações" não percebem ou tratam esses animais como de estimação?!
              Esta questão não é uma critica ao cardápio, dos diversos povos,...a questão não é essa,...por mim até podem comer minhocas esmagadas, com melão aos quadradinhos, acompanhado, com chichi de cão,...

              Originalmente Colocado por VTEC Ver Post
              Tem a haver com o habito de cada um. Não significa que um povo seja mais ou menos desenvolvido por comer isto ou aquilo. É assim e pronto!
              Ninguém está aqui a falar do desenvolvimento, do povo, que é bem mais desenvolvido que o povo Português por exemplo, a questão é que as Baleias estão em vias de extinção, isto é desaparecerem, ou seja acabarem com a espécie, desaparecerem todas!!!

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                #97


                17-02-2009 16:16:00
                Justiça pelas baleias
                Um activista da organização ecologista internacional Greenpeace coloca hoje uma mensagem contra a caça à baleia em frente à embaixada do Japão em Atenas, Grécia. O protesto surge em solidariedade com dois activistas da Greenpeace detidos pela polícia japonesa em Junho de 2008, por suspeitas de roubo depois de terem admitido que levaram uma caixa com carne de baleia como prova do que dizem ser um crime pelos baleeiros japoneses. Foto: John Kolesidis/Reuters

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                  #98
                  Baleias à espera de fumo branco na reunião da Comissão Baleeira na Madeira
                  22.02.2009
                  Ana Fernandes


                  De científica, a caça japonesa à baleia nada tem. Ninguém tem dúvidas, mas esta desculpa é a única legal que resta ao Estado nipónico para continuar aquilo que alega ser uma tradição. Mas será? Em algumas comunidades costeiras, assim é. Mas, como nação, as raízes culturais da caça e consumo de carne de baleia remontam apenas até ao fim da Segunda Guerra Mundial, quando, perante a falta de alimentos, os americanos sugeriram aos japoneses que comessem carne de baleia, como também aconteceu no Reino Unido na mesma altura.

                  Hoje, esta prática persiste. Contra ventos e marés, sobretudo contra grande parte da opinião pública internacional. Porquê a teimosia? A explicação avançada pelos especialistas envolvidos na Comissão Baleeira Internacional (CBI) é apenas uma: orgulho.

                  Restos da II Guerra?

                  "A opinião pública japonesa não é necessariamente a favor da caça, mas é antes profundamente contra aqueles que se opõem a ela", avança uma opinião, ouvida numa recente reunião em Lisboa sobre o futuro da CBI. E quem são aqueles que se opõem? "Os que os derrotaram na Grande Guerra, por isso é que é tudo tão complicado", adianta outro.

                  De facto, são os Estados Unidos - de uma forma até agora algo suave -, mas sobretudo o Reino Unido, a Austrália e a Nova Zelândia que mais têm batalhado para contrariar a prática japonesa.

                  No seio da CBI, criada há 60 anos, as posições têm-se extremado a tal ponto que as discussões já não sobem do nível do insulto. Daí muitos começarem a questionar-se sobre as possibilidades de sobrevivência deste organismo internacional. Mas, sem ele, o futuro dos grandes cetáceos poderá não ser brilhante.

                  Em Junho deste ano, na Madeira, a CBI chega a uma encruzilhada. Na reunião portuguesa discutir-se-á um relatório sobre os possíveis caminhos que a Comissão poderá trilhar. O momento é fulcral e um fracasso pode custar caro. Daí que, na reunião da Comissão para as Baleias da Fundação Pew - um grupo de influência com grande peso junto dos decisores políticos -, que decorreu na semana passada em Lisboa, na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, se tenha insistido que, desta vez, os políticos têm mesmo de se envolver.

                  As discussões da CBI estão sobretudo nas mãos dos comissários. Alguns países levam ministros - sobretudo os mais empenhados -, mas muitos não se fazem representar ao mais alto nível. O que possibilita que, quando o assunto é mais polémico, os comissários se escudem na desculpa de terem de falar com os seus superiores para não tomarem logo uma posição.

                  O caminho em frente

                  A falta de resultados nas negociações da CBI, assim como o susto que alguns países apanharam depois de, há dois anos, os japoneses terem quase conseguido reunir votos suficientes para acabar com a moratória da caça comercial à baleia, em vigor há 22 anos, levou a que se reequacionasse a comissão.

                  Para o fazer, foi criado um "pequeno grupo de trabalho", liderado por Álvaro de Soto, um diplomata das Nações Unidas, que, no início do mês, apresentou o seu relatório sobre o futuro da CBI. A manutenção e o reforço do seu comité científico e o seu papel na regulação de actividades não lesivas, como a observação de baleias, são as questões pacíficas, que todos acarinharam.

                  Mas são os grandes pedregulhos que urge estilhaçar. E o maior de todos é a caça japonesa.

                  Note-se que há outros países baleeiros. Por ano, matam-se entre 2000 a 3000 baleias no mundo, a maior parte devido à acção do Japão e da Noruega. A Islândia e pequenas comunidades indígenas na América do Norte caçam as restantes , ao abrigo da excepção que permite a caça autóctone de subsistência.

                  O caso da Noruega, embora seja criticado por muitos, é diferente do japonês, porque não assinou a moratória que bane a caça comercial às baleias. Ao contrário de Tóquio, que acabou por encontrar uma fuga legal num artigo da convenção que permite a caça para fins científicos.

                  A cláusula de escapatória

                  Face à contestação, por que não sai o Japão da CBI? Porque isso o tornaria num pirata dos mares, respondem os especialistas contactados pelo PÚBLICO durante o encontro na FLAD. Mas a insistência de caçar ao abrigo de uma cláusula que todos sabem não passar de um escudo tem minado as relações na Comissão.

                  Os países mais não fazem do que contar espingardas. Entram na CBI membros que nada têm a ver com a caça às baleias só para alinhar com as posições opostas. Há países cujo voto foi comprado pelos japoneses, como admitiu o representante de uma destas nações na reunião da Pew em Lisboa.

                  Para tentar tirar a CBI deste coma, o relatório de Soto propõe algumas moedas de troca para dar aos japoneses uma saída airosa desta encruzilhada.

                  Assim, seria permitido ao Japão fazer caça costeira e propõe-se que seja dado um prazo de cinco anos, ao fim dos quais os baleeiros nipónicos se retirariam do oceano Antárctico. Esta última proposta tem várias opções, desde a retirada total até ao estabelecimento de uma quota "sustentável" de abate de baleias. Algo que os comissários terão de decidir na Madeira.

                  Mas a permissão de caça costeira encerra alguns perigos, como a abertura de um precedente que poderia ser seguido por outros países. "O que interessa é conseguir encontrar uma solução que faça com que a CBI volte a funcionar. Tornando-se uma instituição funcional - coisa que não é agora -, poderá assumir melhor as suas funções e regular melhor as actividades, com base em conhecimento científico", responde Peter Bridgewater, presidente da reunião da Pew.

                  Em contrapartida, os países defensores das baleias conseguiriam atingir um objectivo que perseguem há anos, sempre bloqueado pelos japoneses e seus apoiantes: criar um santuário para as espécies que passam pelo Atlântico Sul.

                  Os países baleeiros anunciam quantas baleias caçam por ano. Mas o número de mortes é muito superior e a discrepância não vem apenas de abates ilegais. O problema chama-se bycatch, isto é, a apanha involuntária de espécies nas artes de pesca. Segundo os especialistas reunidos em Lisboa, os números de cetáceos mortos por esta via tem vindo a aumentar. Na Coreia, entram o dobro de baleias no mercado do que é declarado . Desde que entraram em vigor novos regulamentos para verificar o bycatch, provou-se que é pelo menos quatro vezes superior ao declarado. Este é um dos problemas a que a Comissão das Baleias da Pew considera que a CBI tem de dar mais atenção. Assim como à elevada mortandade que os grandes navios que cruzam os oceanos causam nestes seres. Mas, para tal, o organismo tem de ter poder para actuar, algo que lhe falta neste momento.
                  Em http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1366241

                  Comentário


                    #99
                    Estados Unidos apelam à Islândia para voltar atrás nas quotas de caça à baleia

                    A Islândia abandonou em 2006 o acordo sobre a moratória adoptada pela CBI em 1986 que proíbe a caça comercial à baleia. Até agora, as suas quotas eram de 49 baleias.

                    Comentário


                      Originalmente Colocado por Zell Ver Post
                      Não sei se em Portugal já se faz turismo de mergulho com baleias mas se não se faz, era boa altura no seguimento da intenção de "ser um exemplo" e da reunião da Madeira.
                      Turismo de observação, na Região Autónoma dos Açores.

                      Comentário


                        Originalmente Colocado por TURBO Ver Post
                        Governo quer sensibilizar Europa sobre importância da caça às focas



                        Na mesma linha do assunto do tópico em questão.
                        O Ministro das Reservas Naturais russo, Yuri Trutnev, proibiu hoje a caça a focas bebés na Rússia. O ministro classificou esta prática como um "massacre" e acrescentou que este era um passo importante para a "protecção da biodiversidade na Federação Russa".

                        A pele das focas é usada para o fabrico de casacos e a carne faz parte da alimentação dos habitantes da costa do Oceano Árctico.Cerca de 80% desta indústria na Rússia era financiada por empresas norueguesas.

                        Durante esta semana, protestos contra esta prática ocorreram em 20 cidades russas.

                        A proibição já era esperada desde 26 de Fevereiro deste ano, quando o primeiro-ministro russo Vladmir Putin, numa reunião com Trutnev, descreveu a prática como "sangrenta". Na mesma reunião, Putin assegurou que os caçadores iriam ser compensados pelas suas perdas.

                        "Irão ser tomadas medidas para assegurar o emprego e a subsistência de quem trabalhou nesta indústria", afirmou.

                        Países como o Canadá, Noruega e Gronelândia continuam a permitir esta actividade.
                        Em http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1369741

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                          15-03-2009 12:49:00
                          Contra a caça às focas
                          Um activista do Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (IFAW) participa hoje num protesto contra a caça comercial às focas, em Moscovo. Também em Madrid se protestou contra esta matança. Uma centena de pessoas despiu-se e manifestou-se no centro da cidade espanhola contra o "massacre" das focas no Canadá. Foto: Sergei Karpukhin/Reuters

                          Comentário


                            Pelo menos no canadá, aproveita-se tudo das focas, o que não se come serve para fazer roupa ou artefactos, é um dos recursos mais bem aproveitados, deve ser o animal em que há menos disperdicio.
                            Se queremos banir a caça às focas temos que banir antes o uso de especies em que o disperdicio é maior, perdizes, vacas, porco, frango, peixes, cavalo, coelho...

                            Comentário


                              Originalmente Colocado por kushinadaime Ver Post
                              Pelo menos no canadá, aproveita-se tudo das focas, o que não se come serve para fazer roupa ou artefactos, é um dos recursos mais bem aproveitados, deve ser o animal em que há menos disperdicio.
                              Se queremos banir a caça às focas temos que banir antes o uso de especies em que o disperdicio é maior, perdizes, vacas, porco, frango, peixes, cavalo, coelho...
                              Qual é o problema de acabar com o massare da caça às focas?
                              Já agora, de uma vaca também tudo se aproveita.
                              Já o cavalo é outro exemplo de pura gula humana.

                              Comentário


                                Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                                Era um barco de guerra e mandar imediatamente esse barco ao fundo...esse e todos os outros que fosse á caça de baleias.
                                Concordo!!

                                Comentário


                                  Se as baleias estão em via de extinção, então ok.. concordo que não haja caça. Mas não me venham com a treta de que não se pode matá-las por serem mamíferos e não simples peixes... por essa lógica, então porque razão comemos por exemplo coelhos? Sim, até se pode encontrar grelhado na churrasqueira da esquina.
                                  Moralmente é tão condenável matar uma baleia ou um coelho, pelo menos na minha opinião.

                                  Comentário


                                    Esqueces-te que um coelho podemos sempre reproduzi-los em cativeiro, e uma baleia? Faço-me entender?! Acho que não é possível ainda fazer o mesmo com as baleias. Não à risco de coelhos entrarem em vias de extinção! Mesmo assim, mesmo sendo dois seres vivos, não compares por favor um coelho com uma baleia! São seres extraordinários.

                                    Comentário


                                      Originalmente Colocado por kushinadaime Ver Post
                                      Pelo menos no canadá, aproveita-se tudo das focas, o que não se come serve para fazer roupa ou artefactos, é um dos recursos mais bem aproveitados, deve ser o animal em que há menos disperdicio.
                                      Se queremos banir a caça às focas temos que banir antes o uso de especies em que o disperdicio é maior, perdizes, vacas, porco, frango, peixes, cavalo, coelho...
                                      Não percebi a relevância de um maior aproveitamento do animal?

                                      Isso quer dizer que depois podemos juntar tudo num montinho e ressuscitar as espécies quando elas se extinguirem?

                                      É que, apesar de algumas variedades domesticadas, mais rústicas, estarem ameaçadas, dificilmente podemos comparar as duas situações.

                                      Comentário


                                        O que eu penso que é errado é forçar os povos que comem focas a trocar por outros alimentos muito mais prejudiciais ao meio ambiente.
                                        Quanto à carne que o mundo "civilizado" come, só em raros casos, em zonas limitadas se aproveita alguns órgãos internos e nunca se aproveita os ossos, e quanto à criação industrial de animais, ela é a principal causa da extinção de espécies, na medida em que é a principal causa da desflorestação de florestas tropicais e sub-tropicais para fazer cultivo de forragem durante 10 ou 20 anos, tempo em que aquela parcela de terreno demora a tornar-se estéril e necessitar de outra nova.
                                        Isso sem falar nos dejectos e dos líquidos corporais do abate, deitados nos esgotos que são um dos piores poluentes para os rios, e que (só no caso dos paises mais desenvolvidos é que são tratados).

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                                          Originalmente Colocado por kushinadaime Ver Post
                                          O que eu penso que é errado é forçar os povos que comem focas a trocar por outros alimentos muito mais prejudiciais ao meio ambiente.
                                          Se as focas fossem mortas pela comida dos povos dessas regiões... A maior parte delas são mortas simplesmente pela pele. São esfoladas e o resto do corpo fica todo no local. É pura carnificina para determinada gentinha passear "de pele".

                                          Quanto à carne que o mundo "civilizado" come, só em raros casos, em zonas limitadas se aproveita alguns órgãos internos e nunca se aproveita os ossos, e quanto à criação industrial de animais, ela é a principal causa da extinção de espécies, na medida em que é a principal causa da desflorestação de florestas tropicais e sub-tropicais para fazer cultivo de forragem durante 10 ou 20 anos, tempo em que aquela parcela de terreno demora a tornar-se estéril e necessitar de outra nova.
                                          Isso sem falar nos dejectos e dos líquidos corporais do abate, deitados nos esgotos que são um dos piores poluentes para os rios, e que (só no caso dos paises mais desenvolvidos é que são tratados)
                                          .
                                          É a verdade. Convenceu-se o mundo que comer muita carne é que é bom (porque dá dinheiro a quem cria e vende) e com isso piora-se a saúde das pessoas e destroem-se florestas e ecossistemas.

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                                            Originalmente Colocado por kushinadaime Ver Post
                                            O que eu penso que é errado é forçar os povos que comem focas a trocar por outros alimentos muito mais prejudiciais ao meio ambiente.
                                            Quanto à carne que o mundo "civilizado" come, só em raros casos, em zonas limitadas se aproveita alguns órgãos internos e nunca se aproveita os ossos, e quanto à criação industrial de animais, ela é a principal causa da extinção de espécies, na medida em que é a principal causa da desflorestação de florestas tropicais e sub-tropicais para fazer cultivo de forragem durante 10 ou 20 anos, tempo em que aquela parcela de terreno demora a tornar-se estéril e necessitar de outra nova.
                                            Isso sem falar nos dejectos e dos líquidos corporais do abate, deitados nos esgotos que são um dos piores poluentes para os rios, e que (só no caso dos paises mais desenvolvidos é que são tratados).
                                            Concordo com o que está a negrito mas continuo a não ver a relevância, é verdade que a sustentabilidade não é o forte da cultura ocidental, especialmente no que diz respeito à exploração de recursos do terceiro mundo, mas isso não é argumento quando estamos a falar da caça a espécies ameaçadas.


                                            Two wrongs don't make a right

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                                              Se as focas fossem mortas pela comida dos povos dessas regiões... A maior parte delas são mortas simplesmente pela pele. São esfoladas e o resto do corpo fica todo no local. É pura carnificina para determinada gentinha passear "de pele".



                                              É a verdade. Convenceu-se o mundo que comer muita carne é que é bom (porque dá dinheiro a quem cria e vende) e com isso piora-se a saúde das pessoas e destroem-se florestas e ecossistemas.
                                              Sabes o que os esquimós comem? Focas, morças, peixe e coisas do género, e é a base da dieta deles, na zona onde moram é impossível ter vegetais, ou montar uma criação de animais, só podem comer o que caçam e pescam e só podem caçar e pescar especies ameaçadas.


                                              Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                                              Concordo com o que está a negrito mas continuo a não ver a relevância, é verdade que a sustentabilidade não é o forte da cultura ocidental, especialmente no que diz respeito à exploração de recursos do terceiro mundo, mas isso não é argumento quando estamos a falar da caça a espécies ameaçadas.


                                              Two wrongs don't make a right
                                              Two wrongs don't make a right, mas a impossibilidade de fazer melhor que isto já torna, estes povos onde moram só podem caçar e pescar espécies protegidas, é a única fonte de alimento disponível, não podemos pedir que aproveitem melhor estes recursos quando o desperdício é quase 0 ou mesmo 0...
                                              Talvez nós sejamos mais prejudiciais às focas, somos os principais rivais no alimento, é por nossa causa que os cardumes de peixes de água fria estão cada vez mais longe de terra e nós sim temos alternativa ninguém morrerá por comer menos bacalhau, temos outras hipóteses, mas às focas morrem por falta de bacalhau

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                                                Originalmente Colocado por kushinadaime Ver Post
                                                Sabes o que os esquimós comem? Focas, morças, peixe e coisas do género, e é a base da dieta deles, na zona onde moram é impossível ter vegetais, ou montar uma criação de animais, só podem comer o que caçam e pescam e só podem caçar e pescar especies ameaçadas.



                                                Two wrongs don't make a right, mas a impossibilidade de fazer melhor que isto já torna, estes povos onde moram só podem caçar e pescar espécies protegidas, é a única fonte de alimento disponível, não podemos pedir que aproveitem melhor estes recursos quando o desperdício é quase 0 ou mesmo 0...
                                                Talvez nós sejamos mais prejudiciais às focas, somos os principais rivais no alimento, é por nossa causa que os cardumes de peixes de água fria estão cada vez mais longe de terra e nós sim temos alternativa ninguém morrerá por comer menos bacalhau, temos outras hipóteses, mas às focas morrem por falta de bacalhau
                                                Acho que estás a confundir as coisas. Eu sei a dieta dos esquimós. E precisamente por não ser só foca, não passariam fome. Continuariam a poder pescar peixe, por exemplo. E já nem deve haver muitos esquimós. De qualquer forma, lê bem: acho que ninguém quer proibir os esquimós de comer. O que se quer impedir é a caça comercial por parte do ocidente ( e não só). Pela pele.

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                                                  Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                                                  (...) é verdade que a sustentabilidade não é o forte da cultura ocidental, especialmente no que diz respeito à exploração de recursos do terceiro mundo, mas isso não é argumento quando estamos a falar da caça a espécies ameaçadas.
                                                  (...)
                                                  Consequência directa!, e argumento demagógio para outras culturas, povos, localizações geográficas com relação diferente com o meio-ambiente que os rodeia.

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                                                      Originalmente Colocado por Zell Ver Post
                                                      Acho que estás a confundir as coisas. Eu sei a dieta dos esquimós. E precisamente por não ser só foca, não passariam fome. Continuariam a poder pescar peixe, por exemplo. E já nem deve haver muitos esquimós. De qualquer forma, lê bem: acho que ninguém quer proibir os esquimós de comer. O que se quer impedir é a caça comercial por parte do ocidente ( e não só). Pela pele.
                                                      Mas cada vez mais os esquimós estão mais dependentes das focas, morsas e animais ameaçados do género, eles não usam barcos para nada, o que os impede de pescar fora do gelo e os peixes devido à pesca industrial de longo alcance estão cada vez mais longe do gelo.
                                                      E caso não saibas as peles que aparecem no ocidente são vendidas por esquimós

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                                                        Originalmente Colocado por kushinadaime Ver Post
                                                        Mas cada vez mais os esquimós estão mais dependentes das focas, morsas e animais ameaçados do género, eles não usam barcos para nada, o que os impede de pescar fora do gelo e os peixes devido à pesca industrial de longo alcance estão cada vez mais longe do gelo.
                                                        E caso não saibas as peles que aparecem no ocidente são vendidas por esquimós
                                                        Então, se o "Ocidente" não puder matar focas pela pele, sobram mais focas para os cada vez menos esquimós. Acho que é claro, isto.

                                                        Acredito que sim, que algumas sejam vendidas pelos esquimós, mas isso deve ser uma percentagem muito pequena comparando com a que é obtida através do massacre. E lá está, um esquimó mata para comer e aproveita para vender a pele. É diferente.
                                                        Quem negoceia peles, mata pela pele e deixa o resto do animal no local. É simplesmente um massacre criado pelo capricho, pela ganância, crueldade e luxúria de certo tipo de gentinha.

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                                                          bem isto para ser resolvido tinham de acabar com os limites de costa em todos os países com mar , só assim se poderia vir a criar algum tipo de lei universal onde houvesse leis claras contra as capturas de qualquer tipo de espécie em vias de extinção . só assim se poderia realmente incriminar alguém e fazer pagar pelo desrespeito a essas mesmas leis.
                                                          como isso é de todo impossível deparamos com um entrave que se chama costa marítima (ou lá que raio se chama) cada país com mar tem o x de mar que é dele se nao estou em erro (corrijam se tiver mal pois nao pesco mesmo nada disso) se ele pescar dentro desse limite de costa por muita razao que se tenha ninguem pode realmente tentar travar ou punir que caça essas especies em extinçao pois iria trazer problemas diplomaticos com todos os incovenientes que isso traz .
                                                          por isso só nos resta a ir vendo mais uns quantos animais a entrar na lista de extinto.

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                                                            Observação de baleias rende 1500 milhões de euros no mundo e 15 milhões em Portugal
                                                            24.06.2009
                                                            Ricardo Garcia


                                                            A observação de baleias e de outros cetáceos gera até 15 milhões de euros por ano em Portugal e 1500 milhões de euros em todo o mundo, segundo um estudo apresentado na reunião da Comissão Baleeira Internacional, que decorre até sexta-feira no Funchal. Um segundo estudo aponta, porém, para a necessidade de uma regulamentação efectiva da actividade, sob o risco de comprometer seriamente os animais.

                                                            Uma avaliação do Fundo Internacional para o Bem-estar Animal (IFAW, na sigla em inglês) indica que o rendimento proveniente da observação de cetáceos a nível mundial duplicou nos últimos dez anos. Em 1998, a actividade atraía nove milhões de turistas, em 87 países, movimentando 700 milhões de euros em receitas directas e indirectas.

                                                            Em 2008, o rendimento disparou para 1500 milhões de euros. Há pelo menos 3300 empresas dedicadas à actividade, em 119 países, com 13.200 empregados e 13 milhões de clientes. O sector tem crescido 3,7 por cento ao ano, em média.

                                                            "Os resultados (...) confirmam que a protecção das baleias no seu ambiente natural trouxe o benefício secundário de uma significativa actividade económica a milhares de comunidades em todo o mundo", conclui o relatório da IFAW.

                                                            O estudo estima que a observação de cetáceos em Portugal gerou receitas directas e indirectas no valor total de 15 milhões de euros em 2008 - nos Açores, Madeira e Continente.

                                                            Um outro estudo também apresentado na reunião da CBI - liderado pela bióloga Marina Sequeira, do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade, em conjunto com outros investigadores portugueses e espanhóis - apresenta valores que somam 2,9 milhões de euros em rendimento directo (só venda de bilhetes), apenas nos Açores e Madeira.

                                                            Em 1993, havia duas empresas com esse tipo de oferta turística nos Açores. Agora, 23 estão licenciadas. Na Madeira, há uma empresa exclusivamente dedicada à actividade e sete que a integram em passeios turísticos de barco.

                                                            A observação de baleias tem sido apresentada como uma alternativa económica à caça, que está suspensa por uma moratória mundial desde 1986. Mas a actividade também tem riscos. "Se não for gerida e regulada adequadamente, essa indústria pode ter impactos severos sobre a população de cetáceos, assim como sobre os seus habitats", alerta o estudo sobre a situação em Portugal, Canárias e estreito de Gibraltar.

                                                            Em Portugal, a actividade está regulamentada no Continente e nos Açores. Entre as medidas de salvaguarda, estão distâncias mínimas de aproximação aos cetáceos e a proibição de se nadar com os animais. Na Madeira, a Assembleia Regional está a discutir uma proposta de regulamento obrigatório que deverá ser aprovado ainda este ano.
                                                            Em http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1388316

                                                            Valores muito interessantes!

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                                                              Caçar ou não caçar baleias
                                                              22.06.2009
                                                              Ricardo Garcia


                                                              Um tiro de arpão. Um granada que explode. Uma baleia que é morta. Por que é que este acto - que, na forma, não é muito diferente de abater um javali num domingo de caça - divide tanto os países? Aproximar as posições pró e contra a caça comercial à baleia tem sido uma tarefa quase impossível. A cisão mantém-se, de tal forma que a reunião anual da Comissão Baleeira Internacional - que inicia hoje, no Funchal, a sua parte "política" - dificilmente chegará a uma solução para a crise em que a instituição está mergulhada há anos.

                                                              Num aspecto estão todos de acordo: a corrida descontrolada às baleias, no passado, foi desastrosa. Iniciou-se de forma artesanal, com embarcações a remos e arpões manuais - o que fazia da baleia-franca, a mais fácil de apanhar, a vítima principal. Barcos mais rápidos, armas modernas e navios-fábrica elevaram a exploração a níveis extremos.

                                                              Quando, em 1931, se tentou adoptar um tratado internacional para a caça à baleia, já se abatiam cerca de 40 mil animais por ano - sobretudo por frotas da Noruega, Reino Unido e países da Commonwealth, como Austrália e África do Sul.

                                                              Um acordo foi finalmente aprovado em 1946 - a Convenção para a Regulação da Caça à Baleia. Dele nasceu a Comissão Baleeira Internacional (CBI), com o objectivo de zelar pela preservação dos stocks, de modo a manter a actividade da caça. Mas, salvo um declínio temporário durante a II Guerra Mundial, os números continuaram a subir. Em 1962, atingiu-se o recorde de 66 mil baleias mortas - a maior parte, agora, pelo Japão, Rússia e Noruega.

                                                              Estes três países estão entre os que mais criticam o facto de a CBI alegadamente se ter afastado da sua missão original, dedicando-se agora simplesmente a proteger as baleias.

                                                              A comissão não tem poupado em medidas de conservação - de quotas de caça à criação de santuários. Em 1982, adoptou uma moratória à caça comercial, ainda em vigor.

                                                              Poucos duvidam de que estas medidas evitaram o desaparecimento de algumas espécies. "A baleia-azul chegou quase à extinção", afirma a especialista em cetáceos Marina Sequeira, do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade.

                                                              Argumentos éticos

                                                              Ainda há dez anos, data da última estimativa da CBI, não havia mais do que 2300 baleias-azuis em todo o Hemisfério Sul. Da baleia-franca no Atlântico Norte há apenas três centenas de indivíduos.

                                                              Os países pró-caça defendem que, apesar de haver espécies em perigo, há outras mais abundantes. O próprio comité científico da CBI o reconhece. "Actualmente, já se admite que algumas populações suportam alguma caça", afirma Marina Sequeira.

                                                              As baleias-anãs contam-se às centenas de milhares. O último cálculo da CBI, de 1989, apontava para 760 mil no Hemisfério Sul. É sobretudo lá, nos mares da Antárctida, que o Japão caça algumas centenas por ano, para um programa científico contestado por ambientalistas. No ano passado, foram mortas 759, ou seja, apenas 0,1 por cento do stock conhecido.

                                                              A carne das baleias mortas para fins científicos acaba nos talhos e supermercados. Mas o Japão tem argumentado que a própria convenção da caça à baleia obriga a que o animal, quando é necessário matá-lo, seja aproveitado ao máximo.

                                                              O que o Japão pretende há anos, porém, é voltar a caçar baleias comercialmente - algo que a Noruega já faz, porque nunca subscreveu a moratória. Para isso seria necessário que a CBI conseguisse pôr em prática os mecanismos que propôs para gerir os stocks e para controlar a caça. Ambos não saíram ainda do papel, por falta de consenso.

                                                              "As nações baleeiras não aceitam uma supervisão independente", afirma o biólogo Manuel Eduardo dos Santos, do Instituto Superior de Psicologia Aplicada. E mesmo que aceitassem, diz, isso não seria suficiente: "Pode-se ver pela história que não existem mecanismos de regulação eficazes."

                                                              O debate estende-se aos argumentos éticos. Especula-se que, por terem um sistema nervoso mais complexo, as baleias possam estar sujeitas a maior sofrimento. Além disso, os cetáceos têm estruturas sociais igualmente mais elaboradas. "Uma baleia morta pode fazer falta às que ficam", afirma Leonor Galhardo, bióloga especializada em bem-estar animal.

                                                              Sabe-se, no entanto, ainda muito pouco sobre o comportamento das baleias, um animal difícil de observar. "As nossas suspeitas de uma cognição elaborada [das baleias] obriga-nos filosoficamente a ser prudentes", opina, porém, Manuel Eduardo dos Santos.

                                                              Com a evolução técnica, uma baleia hoje pode ser morta quase instantaneamente. Um estudo do princípio dos anos 90 - citado pela High North Alliance, que representa os interesses baleeiros na Noruega - indicava, em contrapartida, que apenas 18 por cento dos alces caçados no país morriam logo depois de alvejados.

                                                              Mas a tese da morte imediata é contestada por muitos. A Whale and Dolphin Conservation Society, uma organização com sede em Londres, sustenta que as nações baleeiras não divulgam dados detalhados que permitam corroborar a inocuidade do modo de abate dos cetáceos. Já Manuel Eduardo dos Santos é definitivo: "Não há método garantidamente humano."
                                                              Em http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1387902

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