"Viseu, 07 Abr (Lusa) - Um "ajuste de contas" relacionado com uma indemnização resultante de um acidente de trabalho na Moviflor terá estado na origem de dois tiroteios ocorridos hoje em Viseu, disse à agência Lusa fonte da PSP.
A PSP tem já identificado o suspeito dos dois tiroteios que aconteceram hoje de manhã nas instalações da Moviflor e da seguradora Açoreana, tendo provocado um morto e um ferido ligeiro.
"Sabemos onde mora, está devidamente identificado", mas ainda não foi detido, afirmou a mesma fonte, revelando que reside em S. Pedro do Sul, onde é bombeiro da Salvação Pública, e tem "entre os 25 e os 30 anos".
Segundo a mesma fonte, o suspeito "foi funcionário da Moviflor, de onde saiu após um acidente de trabalho", na sequência do qual andava a ser seguido por médicos da Açoreana.
"Presume-se que isto (os tiroteios) esteja relacionado com as indemnizações. Parece que foi um ajuste de contas", frisou.
A PSP tem meios na cidade de Viseu e em S. Pedro do Sul, em colaboração com a GNR. A Polícia Judiciária já se encontra no terreno.
Na Moviflor ninguém quis prestar declarações aos jornalistas. O ambiente é de consternação, sobretudo após ter sido dado conhecimento da morte do supervisor da loja (que já foi gerente), de 34 anos, quando já se encontrava no bloco operatório do Hospital de S. Teotónio.
Na seguradora Açoreana, comenta-se a proeza do mediador António Almeida, de 62 anos, que evitou que os tiros de caçadeira atingissem pessoas, tendo ficado apenas com ligeiras escoriações.
Manuel Luís Capela, responsável pela filial da Açoreana, contou aos jornalistas que, quando se encontrava no seu gabinete, ouviu o mediador dizer "cuidado, ele tem uma arma".
Depois de ouvir barulhos, saiu do gabinete e, ao ver a arma apontada na sua direcção, tentou proteger-se, tendo depois ouvido dois tiros, que acabaram por acertar num recipiente com água, graças à intervenção do mediador.
Este "deitou a mãos ao cano" da caçadeira e começaram a lutar, evitando assim o que, segundo Manuel Luís Capela, "poderia ter sido uma tragédia".
"Como se apercebeu que ficou sem munições, fugiu", supostamente de carro, acrescentou.
Manuel Luís Capela está na Açoreana de Viseu desde Abril do ano passado e não conhece em pormenor o processo em causa, que é mais antigo.
"O senhor terá sido tratado pelos nossos médicos (após o acidente de trabalho), mas em termos clínicos não haveria mais nada a fazer", referiu.
Na altura, estariam na Açoreana seis funcionários, mais o mediador.
"Era uma distância tão pequena, que se ele nos apontasse (a arma) matava pelo menos mais dois", acrescentou Manuel Luís Capela, que considera que "ninguém está preparado para viver" uma situação destas.
AMF.
Lusa/fim"
Ao que tudo indica este individuo, andava tresloucado, porque a seguradora não resolveu um acidente de trabalho. Qual o papel das seguradoras na sociedade, salvaguardar ou extorquir?
A PSP tem já identificado o suspeito dos dois tiroteios que aconteceram hoje de manhã nas instalações da Moviflor e da seguradora Açoreana, tendo provocado um morto e um ferido ligeiro.
"Sabemos onde mora, está devidamente identificado", mas ainda não foi detido, afirmou a mesma fonte, revelando que reside em S. Pedro do Sul, onde é bombeiro da Salvação Pública, e tem "entre os 25 e os 30 anos".
Segundo a mesma fonte, o suspeito "foi funcionário da Moviflor, de onde saiu após um acidente de trabalho", na sequência do qual andava a ser seguido por médicos da Açoreana.
"Presume-se que isto (os tiroteios) esteja relacionado com as indemnizações. Parece que foi um ajuste de contas", frisou.
A PSP tem meios na cidade de Viseu e em S. Pedro do Sul, em colaboração com a GNR. A Polícia Judiciária já se encontra no terreno.
Na Moviflor ninguém quis prestar declarações aos jornalistas. O ambiente é de consternação, sobretudo após ter sido dado conhecimento da morte do supervisor da loja (que já foi gerente), de 34 anos, quando já se encontrava no bloco operatório do Hospital de S. Teotónio.
Na seguradora Açoreana, comenta-se a proeza do mediador António Almeida, de 62 anos, que evitou que os tiros de caçadeira atingissem pessoas, tendo ficado apenas com ligeiras escoriações.
Manuel Luís Capela, responsável pela filial da Açoreana, contou aos jornalistas que, quando se encontrava no seu gabinete, ouviu o mediador dizer "cuidado, ele tem uma arma".
Depois de ouvir barulhos, saiu do gabinete e, ao ver a arma apontada na sua direcção, tentou proteger-se, tendo depois ouvido dois tiros, que acabaram por acertar num recipiente com água, graças à intervenção do mediador.
Este "deitou a mãos ao cano" da caçadeira e começaram a lutar, evitando assim o que, segundo Manuel Luís Capela, "poderia ter sido uma tragédia".
"Como se apercebeu que ficou sem munições, fugiu", supostamente de carro, acrescentou.
Manuel Luís Capela está na Açoreana de Viseu desde Abril do ano passado e não conhece em pormenor o processo em causa, que é mais antigo.
"O senhor terá sido tratado pelos nossos médicos (após o acidente de trabalho), mas em termos clínicos não haveria mais nada a fazer", referiu.
Na altura, estariam na Açoreana seis funcionários, mais o mediador.
"Era uma distância tão pequena, que se ele nos apontasse (a arma) matava pelo menos mais dois", acrescentou Manuel Luís Capela, que considera que "ninguém está preparado para viver" uma situação destas.
AMF.
Lusa/fim"
Ao que tudo indica este individuo, andava tresloucado, porque a seguradora não resolveu um acidente de trabalho. Qual o papel das seguradoras na sociedade, salvaguardar ou extorquir?
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