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    #31
    Originalmente Colocado por Português ao volante Ver Post
    Queres mais um triste exemplo?

    Estou agora a viver na Noruega, e pedi a umas pessoas alguns livros da escola primária para aprender a ler e escrever norueguês.

    Disseram-me que não tinham, pois o Estado norueguês é que os compra e empresta, e são devolvidos para serem reutilizados, isto até ao 12º ano.

    Em Porgugal, quanto é a factura dos livros básicos para um ano escolar? 200 euros por aluno? Mais?
    Mas é exactamente a isto que eu me referia (o que doi!) como dizia o Vorsprung:

    "Mas a educação de que falo não se trata com canudos universitários ou "novas oportunidades" de plástico para Eurostat ver.
    É um problema de raíz cultural muito mais grave,
    para o qual nunca vou ver a solução, já que não a vislumbro como possível no meu horizonte de vida."

    é a enorme "distancia" a que estamos, em Portugal ou os livros eram devolvidos com menos folhas e cheias de "desenhos" pintados durante as aulas, ou.........perdiam-se algures!

    Comentário


      #32
      Originalmente Colocado por 330i Ver Post
      Mas é exactamente a isto que eu me referia (o que doi!) como dizia o Vorsprung:

      "Mas a educação de que falo não se trata com canudos universitários ou "novas oportunidades" de plástico para Eurostat ver.
      É um problema de raíz cultural muito mais grave, para o qual nunca vou ver a solução, já que não a vislumbro como possível no meu horizonte de vida."

      é a enorme "distancia" a que estamos, em Portugal ou os livros eram devolvidos com menos folhas e cheias de "desenhos" pintados durante as aulas, ou.........perdiam-se algures!
      Uma caução nesse caso ajudava a que os livros fossem devolvidos inteiros e sem mazelas. É uma questão de responsabilidade.

      Comentário


        #33
        Originalmente Colocado por freefall2900 Ver Post
        Uma caução nesse caso ajudava a que os livros fossem devolvidos inteiros e sem mazelas. É uma questão de responsabilidade.
        adiciona-lhe uma boa parte de civismo, e padroes de conduta enraizados há geraçoes atraz !

        Comentário


          #34
          Originalmente Colocado por Português ao volante Ver Post
          Queres mais um triste exemplo?

          Estou agora a viver na Noruega, e pedi a umas pessoas alguns livros da escola primária para aprender a ler e escrever norueguês.

          Disseram-me que não tinham, pois o Estado norueguês é que os compra e empresta, e são devolvidos para serem reutilizados, isto até ao 12º ano.

          Em Porgugal, quanto é a factura dos livros básicos para um ano escolar? 200 euros por aluno? Mais?
          Curiosamente, o país a que me referi é a Suécia.
          Fiz 1400km e visitei 4 cidades. Estive mais tempo em Estocolmo, onde tenho um amigo a viver e onde consegui ter uma noção mais profunda do dia-a-dia.
          A principal diferença é de atitude perante a vida em sociedade, o grau de responsabilidade individual e colectivo.
          Mas esta diferença tem uma origem evidente:as nossas raízes latinas. Fiquei com a clara noção que aqueles indices civilizacionais são uma utopia em qualquer país do sul da Europa.
          Será o mesmo que compararmos Angola com Portugal - por mais dinheiro que os angolanos tenham, nunca por nunca chegarão a um nível de desenvolvimento europeu. Há um "gap" semelhante o sul e o norte da Europa.
          Esse amigo foi para Estocolmo quando acabou o seu curso em Portugal. Foi o melhor aluno nacional no seu ano e por isso teve acesso a uma bolsa para doutoramento directo. Neste momento vai iniciar o seu 2º postdoc. É um investigador brilhante na área da biotecnologia e apesar de residir na Suécia há 9 anos, constituíu familia por lá e por isso não tem intenção de voltar. Curiosamente, contribui fortemente para o desenvolvimento de I&D em Portugal, através de um laboratório totalmente privado promovido por si em conjunto com outros colegas que cá ficaram e lançado sem qualquer apoio estatal, que recebe o know-how a que tem acesso. Quando as autoridades (Governo e API) tiveram conhecimento do projecto, apressaram-se a disponibilizar apoios e a cortar a fita inaugural.
          Mas isto dava um outro tópico...
          Resumindo, compreendi perfeitamente porque é que não tem razões para voltar.E como se percebe, tem todas as condições para ter cá uma boa vida (com direito a estatuto de empreendedor e colinho do Estado) ao contrário de muitos investigadores residentes no estrangeiro, que não encontrariam colocação em Portugal.

          Originalmente Colocado por 330i Ver Post
          adiciona-lhe uma boa parte de civismo, e padroes de conduta enraizados há geraçoes atraz !
          Esta é a raíz do problema.

          O pato bravo da construção civil é um animal extinto por aquelas bandas - visitei uma urbanização em construção em Estocolmo (uma espécie de Parque das Nações) e até me passei com as exigências regulamentares. Não há 1 parafuso que não tenha sido escrutinado e qualquer maningância dá direito a um processo que pode culminar no encerramento compulsivo da empresa, ordenado pelo Estado.

          O Estado existe para servir o cidadão. É desconcertante para um tuga entrar num serviço público e ver o interlocutor preocupado com o problema apresentado e a desenvolver todos os esforços para o solucionar na hora.
          O respeito cívico pelo próximo é atroz. Apesar de naturalmente fechados e pouco expansivos, a educação é uma constante. E nem os (poucos) imigrantes escapam à regra.

          A grande diferença é paradigmática: toda a sociedade está organizada partindo do pressuposto que o cidadão é cumpridor.
          Cá, parte-se do pressuposto contrário: à partida, todos somos prevaricadores. E perante um excesso de repressão, acabamos por sê-lo.
          Mas aqui surge a questão do ovo e da galinha...

          Um exemplo: almocei diversas vezes em self-services e ficava sempre à toa com o que pagava e do que me podia servir.
          Lá, por regra existe um caixa e todos os produtos estão à disposição dos clientes com livre acesso para se servirem a qualquer momento da refeição. O cliente é que tem que ter a noção do que consome e paga, mas ninguém controla.
          Cá, temos barras de ferro a delimitar o caminho das prateleiras onde nos abastecemos e tudo desemboca na caixa, onde às vezes nem sequer falta o detector de metais.
          É um exemplo ridículo, mas tento com isso explicar que a atitude faz a grande diferença de fundo.
          Este exemplo é transponível para qualquer outro tipo de relação comercial.

          Comentário


            #35
            Repetido.

            Comentário


              #36
              É desconcertante ler estas coisas. Afinal o primeiro mundo existe mesmo.

              Comentário


                #37
                estes posts do VDT são sublimes!


                é desta que vou a Gotland......


                cumprimentos

                Comentário


                  #38
                  Originalmente Colocado por 330i Ver Post
                  Mas é exactamente a isto que eu me referia (o que doi!) como dizia o Vorsprung:

                  "Mas a educação de que falo não se trata com canudos universitários ou "novas oportunidades" de plástico para Eurostat ver.
                  É um problema de raíz cultural muito mais grave, para o qual nunca vou ver a solução, já que não a vislumbro como possível no meu horizonte de vida."

                  é a enorme "distancia" a que estamos, em Portugal ou os livros eram devolvidos com menos folhas e cheias de "desenhos" pintados durante as aulas, ou.........perdiam-se algures!



                  mas faz assim tanto mal pintar os livros?


                  cumprimentos

                  Comentário


                    #39
                    Originalmente Colocado por 330i Ver Post
                    adiciona-lhe uma boa parte de civismo, e padroes de conduta enraizados há geraçoes atraz !
                    Isso dos manuais escolares tem muita força por trás.

                    Curioso que o meu pai comprou ainda há pouco temp um livro da 3ªclasse. E segundo ele, os livros em casa, passavam de irmão para irmão, primo, vizinho...

                    Conheço vários países onde os manuais escolares são propriedade da escola e em caso de serem devolvidos danificados, as famílias são chamadas a pagar.

                    Aqui, e dado que as teorias de Newton não mudaram, sou a crer que há um negócio de editoras e de professores por detrás desta ânsia de novos manuais todos os anos.

                    Pelo menos poderemos exibir com orgulho um elevado índice de aproveitamento escolar....

                    Comentário


                      #40
                      Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
                      Isso dos manuais escolares tem muita força por trás.

                      Curioso que o meu pai comprou ainda há pouco temp um livro da 3ªclasse. E segundo ele, os livros em casa, passavam de irmão para irmão, primo, vizinho...

                      Conheço vários países onde os manuais escolares são propriedade da escola e em caso de serem devolvidos danificados, as famílias são chamadas a pagar.

                      Aqui, e dado que as teorias de Newton não mudaram, sou a crer que há um negócio de editoras e de professores por detrás desta ânsia de novos manuais todos os anos.

                      Pelo menos poderemos exibir com orgulho um elevado índice de aproveitamento escolar....
                      Então pá! O que é isso dizer isso dos professores...
                      São uns desgraçados, pá!

                      Comentário


                        #41
                        Originalmente Colocado por Valium Ver Post
                        Então pá! O que é isso dizer isso dos professores...
                        São uns desgraçados, pá!
                        Os que andam metidos no negócio dos manuais escolares?

                        Comentário


                          #42
                          Originalmente Colocado por bg2 Ver Post
                          mas faz assim tanto mal pintar os livros?


                          cumprimentos
                          por cá acha-se que não!!!

                          Comentário


                            #43
                            Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
                            ......................
                            .................................................. .................................
                            Pelo menos poderemos exibir com orgulho um elevado índice de aproveitamento escolar....
                            e curiosamente (ou não) uma das facturas mais elevadas no racio comparativo com os nossos vizinhos europeus (!!!)

                            Comentário


                              #44
                              Originalmente Colocado por 330i Ver Post
                              e curiosamente (ou não) uma das facturas mais elevadas no racio comparativo com os nossos vizinhos europeus (!!!)
                              E depois vêm com os rácios e outros dados a dizer que temos o melhor sistema de ensino na Europa.

                              Comentário


                                #45
                                Originalmente Colocado por bg2 Ver Post
                                mas faz assim tanto mal pintar os livros?


                                cumprimentos
                                Está-se a inutilizar o livro. Geralmente há um livro de exercícios ou um caderno para praticar a arte de bem escrever e pintar.

                                Ainda voltando ao meu pai, ele andou há uns anos a recolher junto dos irmãos os livros da escola e liceu que eram originalmente dele (o mais velho) e todos os que passaram pela irmã mais nova estavam todos pintados, sublinhados e o diabo a quatro. O meu pai ia tendo um fanico...

                                O que não quer dizer nada sobre a pessoa (a minha tia seguiu a sua carreira), mas sim sobre os hábitos.

                                Comentário


                                  #46
                                  Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
                                  Está-se a inutilizar o livro. Geralmente há um livro de exercícios ou um caderno para praticar a arte de bem escrever e pintar.

                                  Ainda voltando ao meu pai, ele andou há uns anos a recolher junto dos irmãos os livros da escola e liceu que eram originalmente dele (o mais velho) e todos os que passaram pela irmã mais nova estavam todos pintados, sublinhados e o diabo a quatro. O meu pai ia tendo um fanico...

                                  O que não quer dizer nada sobre a pessoa (a minha tia seguiu a sua carreira), mas sim sobre os hábitos.



                                  então fui um prevaricador

                                  está visto que não podia ser sueco

                                  cumprimentos

                                  Comentário


                                    #47
                                    Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
                                    Está-se a inutilizar o livro. Geralmente há um livro de exercícios ou um caderno para praticar a arte de bem escrever e pintar.

                                    Ainda voltando ao meu pai, ele andou há uns anos a recolher junto dos irmãos os livros da escola e liceu que eram originalmente dele (o mais velho) e todos os que passaram pela irmã mais nova estavam todos pintados, sublinhados e o diabo a quatro. O meu pai ia tendo um fanico...

                                    O que não quer dizer nada sobre a pessoa (a minha tia seguiu a sua carreira), mas sim sobre os hábitos.
                                    Os meus pais achavam normal essa prática comigo e com os meus irmãos - só podíamos escrever a lápis, para ser apagado no final do ano e tinha a vantagem de ficar com as respostas "gravadas" a contra-luz, em caso de necessidade - até ao dia em que uma professora da minha irmã os chamou à atenção para uma actualização do livro (que se resumia a uma nova capa e novo grafismo sem influencia no conteúdo) e aproveitou para insinuar que poupavam na educação dos filhos...

                                    E realmente poupavam - teria sido melhor mandar-nos para um qualquer colégio num país desenvolvido da Europa.

                                    Originalmente Colocado por bg2 Ver Post
                                    então fui um prevaricador

                                    está visto que não podia ser sueco

                                    cumprimentos
                                    Se o serviço de imigração tivesse conhecimento desse passado marginal, serias expatriado no mesmo dia.

                                    Comentário


                                      #48
                                      Originalmente Colocado por Vorsprung durch Technik Ver Post
                                      ...
                                      E realmente poupavam - teria sido melhor mandar-nos para um qualquer colégio num país desenvolvido da Europa.
                                      ...
                                      Como o Eton College, por exemplo.

                                      Comentário


                                        #49
                                        Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
                                        Como o Eton College, por exemplo.
                                        Esse é mal frequentado.

                                        Comentário


                                          #50
                                          É, cerca de 20% dos alunos têm bolsas de estudo (ou seja, não têm £££ para pagar os custos. E quem é rico, paga pelos outros.

                                          Mas é como dizes, estas escolas além de proporcionarem umas boas bases humanista e de ensino, promovem uma relação entre pessoas que é fantástica no futuro.

                                          O meu pai sempre insistiu que os filhos frequentassem o ensino público português, pois seria a melhor forma de se integrarem na sociedade.

                                          Hoje, não estarei tanto de acordo. Mas claro que não seria em Portugal.

                                          Comentário

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