Vou contar algo que se passou comigo:
Roubaram-me uma mota (Honda CBR600RR, que saudades) quando a estava a vender, estavamos a ver a mota, a mota estava a trabalhar, o sacana perguntou-me se podia ver a posição de condução e repentinamente arrancou com a mota sem a minha autorização (como é obvio não iria deixar fazer um test drive), deixou um carro (um Fia Punto Sport) la estacionado... Chamei a policia (veio um carro com 5 policias) que deu uma voltinha para ver se o via, como é obvio não encontrou nada, disse-lhes que aquele carro era do sacana mas não quiseram saber e disseram-me para ir à esquadra mais perto para apresentar queixa. Indaguei os Policias, visto que o carro que o sacana tinha deixado estava à frente de outros carros (não podiam sair) se eles não iam chamar o reboque. Resposta da Policia: Os donos dos carros quando quiserem sair que chamem o reboque... Felizmente e depois de os chatear bastante (eu nem estava a acreditar no que estava a ver) fizeram uma pequena inspecção ao carro, havendo um dos agentes que notou que a matricula parecia ter sido posta à pouco tempo, pelo radio comunicaram à central e descobriram era roubado (ja tinha chegado a essa conclusão, ninguém deixa um carro dele para roubar uma mota)... Enfim...
Apresentei queixa, contei tudo, descrevi o fulano e voltei para casa de BUS... Com uma sensação de vazio enorme e raiva pelo fulano que me tinha roubado... Não me disseram mais nada, ainda liguei duas vezes para ver se a tinham encontrado... Nada...
Passado 6 meses fui convocado (tive de faltar ao trabalho) pra ir aos serviços centrais da PSP onde contei novamente a historia toda, descrevi o fulano (não sei o que fizeram com aquilo que tinha dito) e mais do mesmo, nenhuma noticia...
Passado mais quase seis meses (um ano depois) convocam-me à PJ (mais uma falta no trabalho) para tentar identificar por fotografia, apesar de a memoria ja não estar muito fresca, identifico o sacana, mas como tinha oculos de sol e não lhe vi os olhos o agente da PJ disse que não valia de nada, no tribunal o avogado de defesa ia pegar nisso para invalidar a identificação, voltei para casa com mais do mesmo... Nada...
Passado pouco tempo recebo uma chamada a dizer que a Policia tinha apanhado no Porto (eu vivo em Lisboa) um fulano (o que a conduzia conseguio fugir) com uma mota com as caracteristicas da minha que andava sem matricula. Viagei (foi com um amigo meu, com os encargos a serem pagos por mim) ao Porto para identificar a mota (que entretanto era da companhia de seguros, eu felizmente tinha seguro de danos proprios), mas como não conseguiram provar ligação do tipo que foi apanhado com o roubo por isso tiveram de o libertar de seguida... Voltei para casa e mais do mesmo... Nada...
Passado mais algum tempo, seis ou sete meses, convocaram-me (mais uma falta no trabalho) para contar novamente o que se passou (a outro investigador), ja estava careca de contar a situação... Mas pronto, vim para casa com mais do mesmo, nada...
Ja se tinham passado quase 2 anos quando recebi uma carta oficial com a informação que o processo ia ser arquivado (com tanta chatice até foi um alivio para mim na altura) devido a falta de provas...
Conclusão:
O ladrão (que pelo que o agente da Judiciaria me disse era normal o modo de operar) continuou a utilizar o mesmo esquema para roubar (finge-se de comprador e depois obriga a pessoa a sair do carro, ou arranca sem autorização com a moto), portanto foi protegido pelo sistema para continuar a fazer mais do mesmo...
Eu, que pago os meus impostos (também o dono do carro roubado e muitos outros que são roubados) ficamos privados dos nossos bens e ainda somos obrigados (faltar a uma convocação é crime com consequencias legais) a gastar do nosso precioso tempo (e dinheiro) a repetir as mesmas coisas, a viajar para identificar, e não vemos frutos do nosso esforço (se ele tivesse sido preso não estaria aqui a falar pois teria sido um tempo e dinheiro bem empregue)...
P.S. - Desculpem o testamento...
Roubaram-me uma mota (Honda CBR600RR, que saudades) quando a estava a vender, estavamos a ver a mota, a mota estava a trabalhar, o sacana perguntou-me se podia ver a posição de condução e repentinamente arrancou com a mota sem a minha autorização (como é obvio não iria deixar fazer um test drive), deixou um carro (um Fia Punto Sport) la estacionado... Chamei a policia (veio um carro com 5 policias) que deu uma voltinha para ver se o via, como é obvio não encontrou nada, disse-lhes que aquele carro era do sacana mas não quiseram saber e disseram-me para ir à esquadra mais perto para apresentar queixa. Indaguei os Policias, visto que o carro que o sacana tinha deixado estava à frente de outros carros (não podiam sair) se eles não iam chamar o reboque. Resposta da Policia: Os donos dos carros quando quiserem sair que chamem o reboque... Felizmente e depois de os chatear bastante (eu nem estava a acreditar no que estava a ver) fizeram uma pequena inspecção ao carro, havendo um dos agentes que notou que a matricula parecia ter sido posta à pouco tempo, pelo radio comunicaram à central e descobriram era roubado (ja tinha chegado a essa conclusão, ninguém deixa um carro dele para roubar uma mota)... Enfim...
Apresentei queixa, contei tudo, descrevi o fulano e voltei para casa de BUS... Com uma sensação de vazio enorme e raiva pelo fulano que me tinha roubado... Não me disseram mais nada, ainda liguei duas vezes para ver se a tinham encontrado... Nada...
Passado 6 meses fui convocado (tive de faltar ao trabalho) pra ir aos serviços centrais da PSP onde contei novamente a historia toda, descrevi o fulano (não sei o que fizeram com aquilo que tinha dito) e mais do mesmo, nenhuma noticia...
Passado mais quase seis meses (um ano depois) convocam-me à PJ (mais uma falta no trabalho) para tentar identificar por fotografia, apesar de a memoria ja não estar muito fresca, identifico o sacana, mas como tinha oculos de sol e não lhe vi os olhos o agente da PJ disse que não valia de nada, no tribunal o avogado de defesa ia pegar nisso para invalidar a identificação, voltei para casa com mais do mesmo... Nada...
Passado pouco tempo recebo uma chamada a dizer que a Policia tinha apanhado no Porto (eu vivo em Lisboa) um fulano (o que a conduzia conseguio fugir) com uma mota com as caracteristicas da minha que andava sem matricula. Viagei (foi com um amigo meu, com os encargos a serem pagos por mim) ao Porto para identificar a mota (que entretanto era da companhia de seguros, eu felizmente tinha seguro de danos proprios), mas como não conseguiram provar ligação do tipo que foi apanhado com o roubo por isso tiveram de o libertar de seguida... Voltei para casa e mais do mesmo... Nada...
Passado mais algum tempo, seis ou sete meses, convocaram-me (mais uma falta no trabalho) para contar novamente o que se passou (a outro investigador), ja estava careca de contar a situação... Mas pronto, vim para casa com mais do mesmo, nada...
Ja se tinham passado quase 2 anos quando recebi uma carta oficial com a informação que o processo ia ser arquivado (com tanta chatice até foi um alivio para mim na altura) devido a falta de provas...
Conclusão:
O ladrão (que pelo que o agente da Judiciaria me disse era normal o modo de operar) continuou a utilizar o mesmo esquema para roubar (finge-se de comprador e depois obriga a pessoa a sair do carro, ou arranca sem autorização com a moto), portanto foi protegido pelo sistema para continuar a fazer mais do mesmo...
Eu, que pago os meus impostos (também o dono do carro roubado e muitos outros que são roubados) ficamos privados dos nossos bens e ainda somos obrigados (faltar a uma convocação é crime com consequencias legais) a gastar do nosso precioso tempo (e dinheiro) a repetir as mesmas coisas, a viajar para identificar, e não vemos frutos do nosso esforço (se ele tivesse sido preso não estaria aqui a falar pois teria sido um tempo e dinheiro bem empregue)...
P.S. - Desculpem o testamento...
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