O que me espanta, é o facto do Banco de Portugal, andar a "dormir"!
Em 2002, houve um auditor do banco que foi "despedido" porque apontou uma série de irregularidades. Onde estava o BdP?
Já alguém se lembrou de ir perguntar ao Manuel Dias Loureiro, o que ele sabe sobre o BPN e a SLN?
O que me espanta, é o facto do Banco de Portugal, andar a "dormir"!
Em 2002, houve um auditor do banco que foi "despedido" porque apontou uma série de irregularidades. Onde estava o BdP?
Já alguém se lembrou de ir perguntar ao Manuel Dias Loureiro, o que ele sabe sobre o BPN e a SLN?
O que me espanta, é o facto do Banco de Portugal, andar a "dormir"!
Em 2002, houve um auditor do banco que foi "despedido" porque apontou uma série de irregularidades. Onde estava o BdP?
Já alguém se lembrou de ir perguntar ao Manuel Dias Loureiro, o que ele sabe sobre o BPN e a SLN?
Dias Loureiro?
é aquele senhor de bigode que chegou a lisboa com uma mão á frente e outra atras, e que depois de ser ministro passou a ter uma fortuna interessante......?
O Banco Português de Negócios (BPN) foi instado pelo Banco de Portugal a esclarecer quem são os beneficiários («ultimate beneficial holders») e quais os activos que garantem os empréstimos feitos pelo banco a diversas sociedades sedeadas em paraísos fiscais («off-shores»).
Embora esta actuação se insira nas normais competências de supervisão do banco central, e outras instituições financeiras sejam também sujeitas ao crivo destas perguntas, o certo é que o BPN tem sido mais insistentemente questionado por várias razões.
A primeira tem a ver com o facto de o BPN - SGPS, entidade que detém o banco BPN, ser por sua vez controlado por uma «holding», a Sociedade Lusa de Negócios (SLN), SGPS, o que torna mais difícil de esclarecer quem são efectivamente os accionistas de referência da instituição. O único que aparece de forma destacada é o presidente, José Oliveira e Costa (com cerca 4%). Depois, conhecem-se os accionistas que fazem parte do Conselho Superior, entre os quais se encontram o presidente da Fundação Luso-Americana (FLAD), Rui Machete. E pouco mais.
Este tipo de estruturas deixa desconfortáveis as autoridades de supervisão, pela dificuldade em saber quem efectivamente são os accionistas da instituição com posições dominantes.
O Banco de Portugal já pediu, no passado, a lista das entidades que controlam o BPN, assim como fez vários outros pedidos, procurando esclarecer as relações entre o banco e os seus accionistas.
Por outro lado, o BPN tem mudado com uma velocidade espantosa os membros dos seus conselhos de administração, a tal ponto que só o presidente se mantém em funções desde que o banco foi fundado há pouco mais de dez anos. Houve elementos que vieram de outros bancos e se demitiram ao fim de dez meses. Outros saíram ao fim de um ou dois mandatos. Há quem tenha saído por se recusar a assinar as contas da instituição. E o filho do presidente passou a integrar a administração desde 2003.
Quatro administradores saíram, de 2003 para cá, da administração do BPN, por se recusarem a compactuar com o que consideram ser operações pouco claras, de acordo com informações recolhidas pelo Expresso. A gota de água terá sido uma reunião pedida em 2003 pelo Banco de Portugal ao banco. Alguns administradores não sabiam ao que iam e ficaram em estado de choque com as questões colocadas pela supervisão. A partir de então passaram a exigir ao presidente do banco que lhes fornecesse informação sobre diversas matérias - e essa informação foi determinante para tomarem a decisão de abandonar o banco.
Na mesma linha vai o facto de o BPN ter mudado, com enorme regularidade, de auditores. Depois de ter recorrido aos serviços das três principais empresas internacionais instaladas em Portugal - a PricewaterhouseCoopers, a Ernst & Young e a Deloitte - o banco prescindiu delas sucessivamente, estando agora a trabalhar com a BDO de há cinco anos para cá. Sobre a razão destas mudanças, o Banco de Portugal também foi pedindo informações. O que é certo é que as reservas às contas que tinham sido apresentadas no início da década foram desaparecendo.
Várias operações feitas pelo BPN foram sendo questionadas pelo supervisor ao longo do tempo. Numa delas, a que o Expresso teve acesso, estava em causa uma inspecção à concessão de crédito intragrupo, que envolvia a utilização de sociedades «off-shore». Nela, o Banco de Portugal dizia que “é confrontado com a necessidade de ponderar a hipótese de o BPN ter interesses directos no desenvolvimento da actividade imobiliária, ainda que através de empresas-veículo para o efeito constituídas”. O banco central queixava-se também de falta de informação: “o Banco de Portugal não pode deixar de manifestar desagrado por ter sido confrontado mais uma vez com a não disponibilização de vários elementos solicitados, para o exercício da função de supervisão”.
Há muito tempo que a actuação do BPN é contestada por outros bancos, que estranham nunca ter havido resultados visíveis das inspecções feitas.
O banco também está a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República por causa de uma alegada venda fictícia de acções da SLN, e foi alvo de buscas no âmbito do processo de branqueamento de capitais e fraude fiscal - a conhecida ‘Operação Furacão’.
A intenção de levar o BPN SGPS para a Bolsa tem vindo a ser anunciada desde 1998 e corresponde ao interesse dos accionistas do grupo de poderem vender as suas participações na Bolsa. A SLN controlará, neste momento, 77% do BPN SGPS.
Em Maio do ano passado, o presidente do BPN disse que iria tomar uma decisão sobre essa matéria no espaço de um mês. Nessa altura, Oliveira e Costa foi mesmo à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários manifestar a intenção de colocar o banco em bolsa. Numa segunda reunião, foi pedido ao banco os estatutos e a estrutura accionista da instituição. Desde então, o banco nunca mais voltou a contactar o supervisor. Questionado pelo Expresso em Julho, sobre se sempre iria ou não para a Bolsa, o banco remeteu uma decisão para mais tarde. A 14 de Novembro, Oliveira e Costa dizia ao ‘Diário Económico’ que a venda de até 50% do capital tinha sido adiada devido à crise do crédito imobiliário de alto risco («subprime»). “O processo estava praticamente pronto, mas o contexto internacional impõe cuidados”, afirmou então. No entanto, o Expresso sabe que o processo foi travado por recomendação do Banco de Portugal.
Ontem o presidente do banco esteve reunido com o Conselho Superior. Apesar dos pedidos insistentes por parte do Expresso, não foi possível falar com Oliveira e Costa. No entanto, fonte próxima do presidente do BPN disse ao Expresso que o Banco de Portugal pede às instituições financeiras, com regularidade, informação sobre «off-shores». Nega no entanto que tenha sido feito qualquer pedido nos últimos dias. Por outro lado, o BPN diz que não tem conhecimento de qualquer investigação.
Quanto às saídas de administradores, o banco desvaloriza-as, referindo que os mandatos da administração são de dois anos. E refere que, apesar de o banco ter recorrido a três empresas de auditoria no espaço de cinco anos, desde 2003 que tem a mesma empresa.
O Expresso pediu também comentários a ex-administradores do banco, que recusaram fazê-los.
Supervisão não pode ser «sistema de polícia», diz Constâncio
O governador do Banco de Portugal lembrou que a instituição que dirige não pode fazer uma supervisão parecida com um «sistema de polícia, para o qual descobrir tudo exigiria ter milhares de pessoas a fazer essas inspecções».
Em conferência de imprensa, Vítor Constâncio respondeu a algumas críticas sobre as alegadas falhas do banco de Portugal em termos de supervisão, ao dizer que este tipo de inspecção não é feita em nenhum país.
«Há mesmo países onde a supervisão nem sequer faz inspecção dentro dos bancos. É toda feita através da análise dos reportes que são enviados pelas instituições e pelos órgãos de fiscalização que existem», acrescentou.
O presidente do CDS-PP já exigiu a presença de Vítor Constâncio no Parlamento, com urgência, para que este explique a nacionalização do Banco Português de Negócios, que até considerou que é «defensável».
«Assim como digo que a medida do ponto de vista do Governo é explicável e defensável para defender o contribuinte e o depositante, acho que é preciso colocar um problema sério sobre o estado da supervisão em Portugal», afirmou Paulo Portas.
Agora é que a Caixa começa a fazer concorrencia a serio com a Unicre, é que o BPN tinha a sua rede informatica propria para gestão e implementação de TPA´s, sem passar pela Unicre/Visa, e pelo que sei, com bastante sucesso.
A minha mulher que trabalha na caixa, já me tinha dito a algum tempo atrás que isto era o mais provavel de acontecer, a Caixa ficar com o BPN.
E o Bes, que teve que adiar escrituras durante 3 semanas devido a falta de liquidez?
Agora é que a Caixa começa a fazer concorrencia a serio com a Unicre, é que o BPN tinha a sua rede informatica propria para gestão e implementação de TPA´s, sem passar pela Unicre/Visa, e pelo que sei, com bastante sucesso.
A minha mulher que trabalha na caixa, já me tinha dito a algum tempo atrás que isto era o mais provavel de acontecer, a Caixa ficar com o BPN.
E o Bes, que teve que adiar escrituras durante 3 semanas devido a falta de liquidez?
Curiosamente esta falencia nao é provocada pela crise, mas sim por aparente gestao danosa da anterior administracao.
Tenho alguma curiosade em saber se a justica vai funcionar desta vez, ou se vamos ter mais um processo a arrastar-se por anos e anos, sem grandes resultados praticos.
Originalmente Colocado por Corsa 1200 SportVer Post
Curiosamente esta falencia nao é provocada pela crise, mas sim por aparente gestao danosa da anterior administracao.
Tenho alguma curiosade em saber se a justica vai funcionar desta vez, ou se vamos ter mais um processo a arrastar-se por anos e anos, sem grandes resultados praticos.
Supervisão não pode ser «sistema de polícia», diz Constâncio
O governador do Banco de Portugal lembrou que a instituição que dirige não pode fazer uma supervisão parecida com um «sistema de polícia, para o qual descobrir tudo exigiria ter milhares de pessoas a fazer essas inspecções».
Em conferência de imprensa, Vítor Constâncio respondeu a algumas críticas sobre as alegadas falhas do banco de Portugal em termos de supervisão, ao dizer que este tipo de inspecção não é feita em nenhum país.
«Há mesmo países onde a supervisão nem sequer faz inspecção dentro dos bancos. É toda feita através da análise dos reportes que são enviados pelas instituições e pelos órgãos de fiscalização que existem», acrescentou.
O presidente do CDS-PP já exigiu a presença de Vítor Constâncio no Parlamento, com urgência, para que este explique a nacionalização do Banco Português de Negócios, que até considerou que é «defensável».
«Assim como digo que a medida do ponto de vista do Governo é explicável e defensável para defender o contribuinte e o depositante, acho que é preciso colocar um problema sério sobre o estado da supervisão em Portugal», afirmou Paulo Portas.
TSF
Ainda bem que o BdP não tem milhares de pessoas nos seus quadros, pois isso levaria o pais á bancarrota, se levarmos por conta os vencimentos dos seus administradores
Quanto á supervisão da banca, é tudo menos super, sendo mesmo proxima da cegueira, pois nem com as evidencias á frente dos seus olhos conseguem descobrir o que quer que seja
Afinal aquilo é do conhecimento publico e comentado á anos ainda não era do conhecimento do BdP
Tambem estou curioso para saber se o proprio grupo SLN irá se aguentar ou irá ao fundo, arrastado pela nacionalização do BPN e pelas investigações dai resultantes.
- BPN Nacionalizado. Todos os seus activos e passivos serão absorvidos pela CGD.
- De certeza que será tudo investigado, desde estruturas accionistas, negócios efectuados, dividas acumuladas, offshores, etc... É uma boa maneira de o governo e o BdP conseguir entrar no lado de lá da muralha...
- BdP: bastante ineficientes. Foi os casos do BCP, e agora do BPN. Não são polícias, é certo, mas devem assumir uma postura de entidade reguladora e supervisora. Assim sendo, têm de se esforçar mais para investigar, e não esperar que a bolha rebente...
- Existe aqui um confronto entre gestão privada e gestão pública. É necessário haver regulamentação urgente, para evitar todos estes problemas. Na minha opinião, a gestão privada é mais eficiente que a gestão pública. O problema surge quando a ganância é demais...
- O Estado vai emprestar 4 mil milhões de euros aos bancos. Será mais uma maneira de controlar os bancos. Querem dinheiro do Estado? Então terá de existir um administrador designado pelo Governo.
- Vão existir fusões entre bancos, de certeza. O Ulrich já se descaiu com essas informações... Vamos a ver com quem...
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