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O silêncio

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    #31
    Eu também aprecio o silêncio, mas a grande maioria das pessoas não o compreende, pensa que o silêncio é uma coisa só e triste.

    Mas por vezes é muito reconfortante e relaxante, por exemplo, passear na rua numa cidade num dia frio à noite onde não se vê vivalma, é de uma beleza extrema temos logo outra percepção do mundo em que vivemos, transmite paz.

    Comentário


      #32
      Há momentos para tudo, e o silêncio faz parte de um momento.

      Mas eu também gosto imenso do chavascal...

      Comentário


        #33
        Originalmente Colocado por Hugo87 Ver Post
        Eu também aprecio o silêncio, mas a grande maioria das pessoas não o compreende, pensa que o silêncio é uma coisa só e triste.

        Mas por vezes é muito reconfortante e relaxante, por exemplo, passear na rua numa cidade num dia frio à noite onde não se vê vivalma, é de uma beleza extrema temos logo outra percepção do mundo em que vivemos, transmite paz.
        Também penso isso, quando abri este tópico não estava á espera de receber tantas respostas desejadas por isso mesmo.
        Ainda bem que existe pessoas que sabem aproveitar estes momentos.

        Comentário


          #34
          Originalmente Colocado por pmna Ver Post
          Há momentos para tudo, e o silêncio faz parte de um momento.

          Mas eu também gosto imenso do chavascal...

          Xiiiuuuu...

          Comentário


            #35
            Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
            O silêncio p/ mim é precioso.

            Curioso que vivemos num mundo onde as pessoas têm horror ao silêncio.

            Se há silêncio, há sempre alguém incomodado enquanto não liga a TV "só para fazer companhia".

            É desesperante, por vezes.
            X3

            Quando neva para estes lados o barulho da cidade parece desaparecer, por vezes gosto de prolongar os passeios com a cachorra só para ouvir os sons do silêncio.

            Tenho necessidade de momentos de meditação e de silêncio, onde me encontro a escrever e se não fosse o raio da ventoinha do PC a zoar era uma paz...

            Comentário


              #36
              Um dos meus momentos preferidos, na cidade, é exactamente ao amanhecer, quando já há luz do dia mas quase que não há ninguém na rua. A perspectiva dos lugares habituais muda-se radicalmente, o ar ainda fresco a bater na cara transmite a leveza de um dia novo. E, claro, o silêncio e a paz que reina ao invés do vulgar bulício.

              Comentário


                #37
                Na nossa sociedade o silêncio é visto como uma situação desprovida de significado, um vazio que tem de ser ultrapassado, preenchido com algo, música, barulho ou diálogos, tantas vezes sem um propósito definido. No entanto, numa situação de relação inter-pessoal, o silêncio adquire um significado tão profundo que, sem darmos por isso, as nossas atitudes respondem de um modo quase automático a uma linguagem mais subtil, disfarçada e controladora: a linguagem do silêncio.
                No dia-a-dia, a mímica desempenha um papel muito importante no âmbito da linguagem não-verbal. O olhar parece adaptado a assegurar o estabelecimento e manutenção do contacto com o outro. Quando eu olho o outro que me olha, eu sei que ele me vê e que a comunicação se estabelece entre nós. O olhar actualiza, a cada momento, o contacto entre os indivíduos. Neste processo de comunicação intervêm certas nuances que vão dar significado ao olhar, como por exemplo a abertura e piscar de olhos, levantar as sobrancelhas ou o franzir da testa. A boca desempenha um papel muito importante como registo de aceitação ou rejeição do outro. É o lugar do primeiro sorriso, onde é selado o amor da mãe e da criança. Os olhos e a boca combinam-se de várias formas produzindo uma grande variedade de expressões faciais.
                Um aspecto importante da comunicação não verbal é a fidelidade com que as expressões corporais traduzem os estados sentimentais. Muitas vezes os gestos que escapam ao controlo da consciência desmentem o discurso que se profere, facto que justifica o ditado popular: "quem desdenha quer comprar".
                No âmbito social, isto reflecte-se na existência de um código socio-cultural de ritos de encontro, despedida, acolhimento, seja pelo aperto de mão, a palmada no ombro, o abraço ou o beijo, com variações significativas consoante o sexo, a idade, a cultura ou a religião. Pode, então, constatar-se que o silêncio não significa falta de comunicação. Comporta, antes, um repertório comunicacional muito vasto que completa, e por vezes substitui, a própria comunicação verbal.
                A experiência do dia-a-dia ensinou-nos a diferenciar o silêncio num hospital do silêncio na igreja, numa biblioteca, na prisão, debaixo de água no fundo do mar, numa relação amorosa, ou em certos espaços de tempo onde nos parece que nada acontece. O silêncio pode ser associado, na relação com o outro, a sentimentos de intimidação ou respeito, hostilidade, desdém, tranquilidade, medo, compaixão, carinho ou compreensão.O conhecimento popular, sempre pioneiro na tentativa de compreensão dos fenómenos, reconhece o valor do silêncio na dinâmica social, exprimindo-o através de provérbios tais como: "o silêncio é de ouro, a palavra de prata"; "quem cala consente", "as palavras leva-as o vento" ou "quem muito fala pouco acerta". Na nossa poesia o silêncio adquire o significado de solidão e de dor em temas ligados ao amor. Desde os primórdios culturais do ser humano o silêncio remete para a ideia da imobilidade do dormir e da morte. Encontramos uma ressonância desta ideia na maioria das culturas. É este o silêncio que permite a prática de muitos ritos sagrados e constitui um factor essencial da meditação e da adoração.
                Estes factos levam-nos à constatação duma "psicologia do silêncio".
                A sociedade em que vivemos prima pelo uso da palavra nas relações sociais. Fruto do ritmo frenético do dia-a-dia, somos pouco tolerantes ao silêncio dos outros. Por outro lado, também não temos muito tempo nem vontade para ouvir. Estamos viciados num registo de comunicação do qual não queremos abdicar. Passar a ouvir os outros e a sentir o que de facto nos querem comunicar exige uma mudança de registo, um uso de outro "idioma". Mas mudar pode ser desgastante e desconfortável porque nos conduz a uma confrontação individual. Teremos medo do contacto próximo com as pessoas pelo receio do esclarecimento e da lucidez relacional? Qualquer ressaca é sempre dolorosa, incluindo a da embriaguez afectiva. Mas não querendo mudar, resta-nos apenas colmatar o silêncio. Há que preencher, a todo o custo, esses momentos intoleráveis nos outros e intolerados em nós. Há que preencher esses nossos espaços vazios para não mostrarmos como é, para não nos confrontarmos com as nossas faltas, para não nos "despirmos" perante nós próprios nem perante os outros. Falamos, mas pouco dizemos. Não estará subjacente à conversa do dia-a-dia o conteúdo proibido que não suportamos expressar? Não será o falar uma defesa perante um compromisso social de dizer alguma coisa? Não será o barulho, a música e a procura exaustiva do contacto audiovisual, um compromisso individual de dizer, de sentir, e de se ser alguma coisa? O silêncio torna-se como que um miradouro para a nossa intimidade. Quem não tem medo de se abeirar desse miradouro tão alto?
                O silêncio permite fazer um intervalo no teatro da vida. Leva-nos aos bastidores onde os papeis são novamente recordados e actualizados. Depois desse instante de descanso e de encontro com a nossa intimidade, preparamo-nos para entrar de novo em cena.
                Tal como na música onde é o silencio das pausas que tem o poder de criar o ritmo, também na dinâmica da vida psíquica é a procura da experiência do silêncio, do segredo, da não-música, da intimidade, que constitui o impulso para a construção da vida mental interior. O segredo, como o silêncio, ajuda a criar o imaginário e a musicalidade interior. Não há vida mental sem segredo, não há música sem silêncio.

                Comentário


                  #38
                  O PODER DO SILÊNCIO - Eckhart Tolle



                  A calma é a nossa natureza essencial. O que é a calma? É o espaço interior ou a consciência onde as palavras aqui escritas são assimiladas e se transformam em pensamentos. Sem essa consciência, não haveria percepção, não haveria
                  pensamentos nem mundo. Você é essa consciência em forma de pessoa.



                  Quando você perde contacto com sua calma interior, você perde conctato com você mesmo. Quando perde esse
                  contacto, você fica perdido no mundo. Sua mais íntima noção de si mesmo, de quem você é, não pode ser separada da calma. Ela é o EU SOU, mais profundo do que seu nome e da sua forma externa.


                  O equivalente ao barulho externo é o barulho interno do pensamento. O equivalente ao silêncio externo é a calma interior. Sempre que houver silêncio à sua volta, ouça-o. Isso significa: apenas perceba-o. Preste atenção nele. Ouvir o silêncio desperta a dimensão de calma que já existe dentro de você, porque é só através da calma que você pode
                  perceber o silêncio. Note que, quando você percebe o silêncio à sua volta, você não está pensando. Você está consciente do silêncio, mas não está pensando.


                  Quando você percebe o silêncio, instala-se imediatamente uma calma alerta no seu interior. Você está presente.
                  Nesses momentos você se liberta de milhares de anos de condicionamento humano coletivo.


                  Olhe para uma árvore, uma flor, uma planta. Deixe sua atenção repousar nelas. Note como estão calmas, profundamente enraizadas no Ser. Deixe que a natureza lhe ensine o que é a calma.


                  Quando você olha para uma árvore e percebe a calma da árvore, você também se acalma. Você se conecta à
                  árvore num nível muito profundo. Você sente uma unidade com tudo o que percebe na calma e através dela. Sentir a sua unidade com todas as coisas é amor.


                  O silêncio ajuda, mas você não precisa dele para encontrar a calma. Mesmo se houver barulho por perto, você pode perceber a calma por baixo do ruído, do espaço em que surge o ruído. Esse é o espaço interior da percepção pura, da própria consciência. Você pode se dar conta dessa percepção como um pano de fundo para tudo o que seus sentidos apreendem, para todos os seus pensamentos. Dar-se conta da percepção é o início da calma interior.


                  Qualquer barulho perturbador pode ser tão útil quanto o silêncio. De que forma? Abolindo a sua resistência interior ao barulho, deixando-o ser como ele é. Essa aceitação também leva você ao reino da paz interior que é a calma. Sempre que você aceitar profundamente o momento como ele é - qualquer que seja a sua forma -, você experimenta a calma e fica em paz.


                  Preste atenção nos intervalos - o intervalo entre dois pensamentos, o curto e silencioso espaço entre as palavras e frases numa conversa, entre as notas de um piano ou de uma flauta ou o intervalo entre a inspiração e a expiração. Quando você presta atenção nesses intervalos, a percepção de "alguma coisa" se torna apenas percepção. Dentro de você surge a
                  pura consciência desprovida de qualquer forma. Você deixa então de identificar-se com a forma.


                  A verdadeira inteligência atua silenciosamente. A calma é o lugar onde a criatividade e a solução dos problemas são encontradas.


                  Será que a calma e o silêncio são apenas a ausência de barulho e de conteúdo? Não, a calma e o silêncio são a própria inteligência, a consciência básica da qual provêm todas as formas de vida. A forma de vida que você pensa que é, vem dessa consciência e é sustentada por ela. Essa consciência é a essência das galáxias mais complexas e das folhas mais simples. É a essência de todas as flores, árvores, pássaros e demais formas de vida.
                  A calma é a única coisa no mundo que não tem forma. Na verdade, ela não é uma coisa nem pertence a este mundo.



                  Quando você olha num estado de calma para uma árvore ou uma pessoa, quem está olhando? É algo mais profundo do que você. A consciência está olhando para a sua própria criação. É isso que você vê quando olha num estado de calma, sem pensar em nada.


                  Você precisa saber mais coisas do que já sabe? Você acha que o mundo será salvo se tiver mais informações, se os
                  computadores se tornarem mais rápidos ou se forem feitas mais análises intelectuais e científicas? O que a
                  humanidade precisa hoje é de mais sabedoria para viver.


                  Mas o que é sabedoria e onde ela pode ser encontrada? A sabedoria vem da capacidade de manter a calma e o silêncio interior. Apenas veja e ouça. Não é preciso nada além disso. Manter a calma, olhando e ouvindo, activa a inteligência que existe dentro de você. Deixe que a calma interior oriente suas palavras e ações [...medite].


                  A maioria das pessoas passa a vida toda aprisionada nos limites dos próprios pensamentos. Nunca vai além das estreitas idéias já feitas, do sentido do "eu" condicionado ao passado.


                  Em você, como em cada ser humano, existe uma dimensão de consciência bem mais profunda do que o pensamento. É a essência de quem você é. Podemos chamá-la de presença, de percepção, de consciência livre de condicionamentos.


                  Descobrir essa dimensão liberta você do sofrimento que causa a si mesmo e aos outros, quando você conhece apenas esse pequeno "eu" condicionado e deixa que ele conduza sua vida. O amor, a alegria, a criatividade e a verdadeira paz interior só podem entrar em sua vida quando você atinge essa dimensão de consciência livre de condicionamentos.


                  Se você reconhecer, mesmo esporadicamente, que os pensamentos que passam pela sua cabeça são meros
                  pensamentos; se você consegue se dar conta dos padrões que se repetem em suas reações mentais e emocionais, é sinal de que essa dimensão de consciência está emergindo. Ela é o espaço interno em que o conteúdo de sua vida se desdobra.


                  A corrente do pensamento tem uma enorme força que pode muito facilmente levar você de roldão. Cada pensamento tem a pretenção de ser extremamente importante. Cada pensamento quer sugar sua completa atenção.


                  Eis um novo exercício mental para você praticar: não leve seus pensamentos muito a sério!


                  Com muita facilidade as pessoas ficam aprisionadas nas armadilhas de seus próprios pensamentos!


                  Como a mente humana tem um imenso desejo de saber, de compreender e de controlar, ela confunde opiniões e pontos
                  de vista com a verdade. A mente afirma: "as coisas são exatamente assim". Você precisa ir além dos seus
                  pensamentos para perceber que, ao interpretar a "sua vida" ou a vida e o comportamento dos outros, ao julgar qualquer situação, você está expressando apenas um ponto de vista entre muitos possíveis. Suas opiniões e pontos de vista não
                  passam de um punhado de pensamentos. Mas a realidade é outra coisa. Ela é um todo unificado em que todas as coisas se interligam e nada existe em si e por si. Pensar fragmenta a realidade, cortando-a em pequenos pedaços, em pequenos conceitos.


                  A mente pensante é uma ferramenta útil e poderosa, mas torna-se muito limitadora quando invade completamente a sua vida, impedindo você de perceber que a mente é apenas um pequeno aspecto da consciência que você é.


                  A sabedoria não é um produto do pensamento. A sabedoria é um profundo conhecimento que vem do simples acto de dar total atenção a alguém ou a alguma coisa. A atenção é a inteligência primordial, a própria consciência. Ela dissolve as barreiras criadas pelo pensamento, levando-nos a reconhecer que nada existe em si e por si. A inteligência une a

                  pessoa que percebe ao objecto percebido, num campo unificado de percepção. É a atenção que cura a separação.

                  Editado pela última vez por nunomplopes; 07 February 2009, 16:42.

                  Comentário


                    #39
                    O silêncio é a voz da alma.

                    Comentário


                      #40
                      Adoro o Silencio. Adoro mesmo.

                      Comentário


                        #41
                        Silêncio nos sitios abandonados

                        Uma caracteristicas dos sitios abandonados é o silêncio......

                        "Esta cidade poderia ser um lugar atractivo para turistas. Algumas companhias de túrismo têm tentado organizar visitas à cidade, mas o primeiro grupo de turistas achou o silêncio enervante e simplesmente FANTASMAGÓRICO. E é. Cobraram 1200 hryvnas por uma excursão de 2 horas e depois de perto de 15 minutos, quiseram fugir para o mundo exterior. O silêncio é aqui ensurdecedor."

                        Elena Filatova

                        Afirmação da Elena Filatova acerca do silêncio da cidade mais próxima do Chernobyl

                        Para quem desconhece a Elena
                        http://www.angelfire.com/extreme4/ki...ndex_port.html

                        Comentário


                          #42
                          Adoro o silêncio ao ar livre. Ainda ontem estive num sítio bastante isolado, sentado num muro, rodeado de neve, apenas a ouvir um rio a correr.

                          Mas também gosto daquelas noites de verão, apenas a ouvir os grilos.


                          Contudo, em casa, não gosto de silêncio. Odeio estudar no silêncio total, não gosto mesmo nada de estar sozinho em casa; e se não tenho com quem falar, pelo menos a TV/música fazem alguma companhia, e se possível, tenho o msn ligado para ir conversando um pouco.

                          Comentário


                            #43
                            Para silêncio já basta quando morrer, agora quero é ruido à minha volta, porque som, barulho, ruido é vida.

                            Comentário


                              #44
                              Originalmente Colocado por citroen_c5_2 Ver Post
                              Para silêncio já basta quando morrer, agora quero é ruido à minha volta, porque som, barulho, ruido é vida.
                              Concordo, Barulho é vida.

                              Não gosto do silêncio. Detesto.

                              Quando acompanhado, nunca me acontece estar silêncio, a vontade de comunicar, a curiosidade de saber, a necessidade de aproveitar não o permitem.

                              Sozinho, para reflectir, deitado na cama ou estendido numa boa cadeira, com o ipod a acompanhar.

                              Comentário


                                #45
                                Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
                                Um dos meus momentos preferidos, na cidade, é exactamente ao amanhecer, quando já há luz do dia mas quase que não há ninguém na rua. A perspectiva dos lugares habituais muda-se radicalmente, o ar ainda fresco a bater na cara transmite a leveza de um dia novo. E, claro, o silêncio e a paz que reina ao invés do vulgar bulício.
                                Partilho desse gosto Ali as 6/7 horas da manhã são geniais (no Verão pois no Inverno está frio)

                                Comentário


                                  #46
                                  Devo dizer que também sou um dos que quando chega a casa liga a tv para haver algum barulho e fazer alguma companhia... No entanto, também gosto de apreciar momentos de silêncio, seja quando estou sozinho, ou mesmo quando estou num local público (por exemplo, na paragem do bus e ponho-me a observar e a pensar naquilo que se está a passar à minha volta..)
                                  Ainda um destes dias, enquanto estava na sala a estudar, olhei pela janela e vi o sol a pôr-se. Levantei-me e fiquei a observá-lo à medida que desaparecia no horizonte...São momentos em que nos "desligamos" e que fazem bem de vez em quando
                                  Nunca vos aconteceu estar numa rua na cidade (a mim aconteceu-me, mais uma vez estava à espera do autocarro...LOL) e de repente há um momento em que não há simplesmente barulho de carros e pessoas, um silêncio tal em que se torna possível ouvir o som dos pássaros a cantar que passam a voar?

                                  Comentário


                                    #47
                                    Gostava de colocar uma questão de outra forma, as pessoas que não gostam do silêncio, não será uma revelação de um receio de estar com elas próprias?
                                    Não necessitaremos por vezes desligarmos do mundo e ouvirmos-nos a nós próprios?
                                    Não se torna interessante estarmos na companhia de alguém, e no espaço de momentos, apreciarmos o silêncio que por vezes ronda, e mesmos os gestos?
                                    Será o silêncio assim tão perturbador?

                                    Comentário


                                      #48
                                      Originalmente Colocado por maximus_decimus Ver Post
                                      Devo dizer que também sou um dos que quando chega a casa liga a tv para haver algum barulho e fazer alguma companhia... No entanto, também gosto de apreciar momentos de silêncio, seja quando estou sozinho, ou mesmo quando estou num local público (por exemplo, na paragem do bus e ponho-me a observar e a pensar naquilo que se está a passar à minha volta..)
                                      Ainda um destes dias, enquanto estava na sala a estudar, olhei pela janela e vi o sol a pôr-se. Levantei-me e fiquei a observá-lo à medida que desaparecia no horizonte...São momentos em que nos "desligamos" e que fazem bem de vez em quando
                                      Nunca vos aconteceu estar numa rua na cidade (a mim aconteceu-me, mais uma vez estava à espera do autocarro...LOL) e de repente há um momento em que não há simplesmente barulho de carros e pessoas, um silêncio tal em que se torna possível ouvir o som dos pássaros a cantar que passam a voar?
                                      É isso e ver as nuvens deslocarem-se ao sabor do vento

                                      Comentário


                                        #49
                                        gosto muito não do silencio em si, mas de estar num ambiente silencioso, onde só se ouça a minha música - tradicionalmente chill out, que é melhor ouvida em ambiente silencioso.

                                        Gosto muito de ser dos poucos acordados numa cidade, às tantas da manha. Idem aspas para conduzir de madrugada, é muito agradavel passar por ruas e estradas desertas, só para mim.

                                        Não uso o silencio como reflexao, pois habituei-me a faze-a inconscientemente, de modo que nunca precisei de ter momentos só para mim, para pensar num determinado problema, pois já sei como agir.

                                        Comentário


                                          #50
                                          O silêncio é bom para meditar e ganhar controle sobre a nossa mente. Muitos não gostam do silêncio porque a mente não pára. Eu já foi assim e quando era mais novo nem conseguia ter uma conversa sobre um tema durante muito tempo, o meu cérebro funcionava a 1000 à hora!!! E tenho perfeita noção hoje de que as pessoas não gostavam de conversar comigo naquela altura.

                                          Por isso não é de admirar que muitos gostem de ter barulho a sua volta. Há um exercício básico na meditação que é passar alguns minutos a contemplar uma rosa por exemplo e pensar apenas na rosa. No inicio é bastante complicado, acabamos sempre por pensar na "morte da bezerra" , mas com o tempo conseguimos controlar a nossa mente. E diz quem o consegue que obtém benefícios no dia-a-dia consideráveis.

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                                            #51
                                            Originalmente Colocado por nunomplopes Ver Post
                                            Gostava de colocar uma questão de outra forma, as pessoas que não gostam do silêncio, não será uma revelação de um receio de estar com elas próprias?
                                            Não necessitaremos por vezes desligarmos do mundo e ouvirmos-nos a nós próprios?
                                            Não se torna interessante estarmos na companhia de alguém, e no espaço de momentos, apreciarmos o silêncio que por vezes ronda, e mesmos os gestos?
                                            Será o silêncio assim tão perturbador?
                                            É uma boa questão.
                                            Pessoalmente, acho que não... Tem a ver com feitios e personalidades.

                                            Há pessoas que acham que Lisboa, essa cidade confusa e movimentada. Para mim, Nova York é que é movimentado. Lisboa é calminho e sem stress (que também é bom). Só para dar um exemplo de como as personalidades são diferentes.

                                            Acho que não tenho receio em estar comigo próprio. Nem vejo razão para isso. Acho que estarmos sozinhos é mais confortável do que estar em sociedade.
                                            Com outra pessoa, claro que há um ou outro momento de silêncio, mas que normalmente tem por trás mais qualquer coisa. Eu, simplesmente, não consigo estar em silêncio numa viagem quando vou acompanhado. Há pessoas que fazem viagens acompanhadas e tão caladas durante mais de 5/10m seguidos. Acho isso incompreensivel.

                                            Também nunca na vida me via a olhar para uma rosa durante mais de 10 segundos seguidos.

                                            E, sinceramente, não acho que se passe nada de errado comigo nem com quem goste do silêncio ou de estar a olhar para uma rosa durante 10m.

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                                              #52
                                              Originalmente Colocado por OneLife Ver Post
                                              É uma boa questão.
                                              Pessoalmente, acho que não... Tem a ver com feitios e personalidades.

                                              Há pessoas que acham que Lisboa, essa cidade confusa e movimentada. Para mim, Nova York é que é movimentado. Lisboa é calminho e sem stress (que também é bom). Só para dar um exemplo de como as personalidades são diferentes.

                                              Acho que não tenho receio em estar comigo próprio. Nem vejo razão para isso. Acho que estarmos sozinhos é mais confortável do que estar em sociedade.
                                              Com outra pessoa, claro que há um ou outro momento de silêncio, mas que normalmente tem por trás mais qualquer coisa. Eu, simplesmente, não consigo estar em silêncio numa viagem quando vou acompanhado. Há pessoas que fazem viagens acompanhadas e tão caladas durante mais de 5/10m seguidos. Acho isso incompreensivel.

                                              Também nunca na vida me via a olhar para uma rosa durante mais de 10 segundos seguidos.

                                              E, sinceramente, não acho que se passe nada de errado comigo nem com quem goste do silêncio ou de estar a olhar para uma rosa durante 10m.
                                              Pois, porque não é fácil. Mas quem consegue tira benefícios que agora ao certo não me lembro. Sei que li isto no livro "O Monge Que Vendeu o Ferrari".

                                              É engraçado que a semana passada o meu carro avariou e tive a andar com o Getz da minha mãe e aquilo tem uma auto-rádio de painel destacável e tem um encaixe partido. Logo dei comigo a ir e vir do trabalho e a dar as minhas voltinhas sem ouvir música . No principio fazia confusão, mas depois habituei-me e pensava no que tinha a fazer na minha vida, etc. Mas de forma disciplinada e até que não desgostei. Depois disto, ainda hoje quando pego no carro já não me lembro de ligar o rádio logo.

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                                                #53
                                                Originalmente Colocado por OneLife Ver Post
                                                É uma boa questão.
                                                Pessoalmente, acho que não... Tem a ver com feitios e personalidades.

                                                Há pessoas que acham que Lisboa, essa cidade confusa e movimentada. Para mim, Nova York é que é movimentado. Lisboa é calminho e sem stress (que também é bom). Só para dar um exemplo de como as personalidades são diferentes.

                                                Acho que não tenho receio em estar comigo próprio. Nem vejo razão para isso. Acho que estarmos sozinhos é mais confortável do que estar em sociedade.
                                                Com outra pessoa, claro que há um ou outro momento de silêncio, mas que normalmente tem por trás mais qualquer coisa. Eu, simplesmente, não consigo estar em silêncio numa viagem quando vou acompanhado. Há pessoas que fazem viagens acompanhadas e tão caladas durante mais de 5/10m seguidos. Acho isso incompreensivel.

                                                Também nunca na vida me via a olhar para uma rosa durante mais de 10 segundos seguidos.

                                                E, sinceramente, não acho que se passe nada de errado comigo nem com quem goste do silêncio ou de estar a olhar para uma rosa durante 10m.
                                                Todas as opiniões são válidas e compreendo perfeitamente as pessoas que não gostem do silêncio ou destes momentos, como dizes pode advir da personalidade de cada qual ver-se nas virtudes que melhor se adapta.
                                                Sou uma pessoa que aprecio o silêncio e faz parte do meu modo de vida, sendo que também me abstraio muito fácilmente e esse recurso ao silêncio me seja necessário, como tal para meditar e pensar não o consigo fazer sem o próprio silêncio; aprecio-o como tal acho-o necessário no meu modo de vida.
                                                Acho que por vezes certas pessoas associam o silencio á palavra solidão, o que deve de ser visto por perspectivas diferentes e como estes estados tem ambas coisas de bom e mau, mas a própria solidão acho-o aqui que transmitirá muito mais receio ás pessoas, mas isto daria para outro tópico...

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                                                  #54
                                                  Numa toada diferente:

                                                  Acabou-se o silêncio para mim. Vou passar a ser eu a aspirar a casa. É das tarefas q mais odeio exactamente por causa do ruído... ou ausência de silêncio!

                                                  Comentário


                                                    #55
                                                    Quem me conhece bem, sabe que o meu silencio diz imeeeenso de mim. Mas isto é outro lado da questão.

                                                    O silencio à minha volta é algo que prezo imenso, e aqui pego nas palavras do corsa1200sport... silencio à minha volta, a ouvir chillout é das coisas mais incriveis que se pode fazer, a sensação de liberdade, bem estar... É muito bom.

                                                    Por outro lado, o que o corsa refere em relação a sair à noite, numa cidade "a dormir", é fantastico, parece que estamos num mundo só nosso!

                                                    Não é ao acaso que sempre tive o "sonho/objectivo" de vir a viver sozinho, nem que seja apenas por breves anos, mas só assim poderei apreciar todas as "maravilhas" do silencio, do meu mundo sem outras personagens.

                                                    Os melhores momentos que tenho, seja a trabalhar, a estudar, ou a fazer seja o que for, são no silencio.

                                                    Ainda não à muito tempo, a montar AC Electrónico num carro, deixei a parte das ligações e alterações electricas para fazer apartir das 23h, ás 2 da manhã ainda estava de volta daquilo, a ouvir os volumes de Café Del Mar, e logo a seguir Zero 7, sem "vida" à minha volta, sem movimento, tudo em paz, tudo calmo...

                                                    O trabalho correu tão bem, tão tranquilo, tem "em paz".


                                                    Aprecio mesmo muito, e utilizo mesmo muito o "silencio". E apesar de parecer um contra-senso Silencio VS música, não é... ouvir música em silencio, é muito diferente de ouvir música no meio "da bagunça" sonora...

                                                    Comentário


                                                      #56
                                                      Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
                                                      Numa toada diferente:

                                                      Acabou-se o silêncio para mim. Vou passar a ser eu a aspirar a casa. É das tarefas q mais odeio exactamente por causa do ruído... ou ausência de silêncio!
                                                      Eu proprio já pensei para mim - "um dia ainda vou inventar um aspirador silencioso"

                                                      Mas não está facil!

                                                      Comentário


                                                        #57
                                                        Originalmente Colocado por Tubular Bells Ver Post
                                                        Eu proprio já pensei para mim - "um dia ainda vou inventar um aspirador silencioso"

                                                        Mas não está facil!
                                                        Solução +/- silenciosa... Aspiração central com a máquina bem longe de casa

                                                        Comentário


                                                          #58
                                                          Originalmente Colocado por Tubular Bells Ver Post
                                                          Eu proprio já pensei para mim - "um dia ainda vou inventar um aspirador silencioso"

                                                          Mas não está facil!

                                                          Yup, também já prometi que ia inventar isso, mas só depois de fazer a invenção tecnológica mais portuguesa de Potugal: o demolhador automático de bacalhau.

                                                          Comentário


                                                            #59
                                                            Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
                                                            Yup, também já prometi que ia inventar isso, mas só depois de fazer a invenção tecnológica mais portuguesa de Potugal: o demolhador automático de bacalhau.
                                                            Segundo o Nephilim isso já existe... chama-se autoclismo!

                                                            Comentário


                                                              #60
                                                              Originalmente Colocado por Mrs X Ver Post
                                                              Segundo o Nephilim isso já existe... chama-se autoclismo!


                                                              Estava mesmo a precisar desta para me alegrar o dia!

                                                              Comentário

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