O ciúme um sentimento que apresenta carácter instintivo e natural, marcado pelo medo (de base real ou irreal) de se perder o amor da pessoa amada ou ver diminuída a qualidade ou ameaçada a continuidade de uma relação tida pelo sujeito como valiosa. Está relacionado com a falta de confiança no outro ou em si próprio e, quando é exagerado, pode tornar-se patológico e transformar-se numa obsessão.
A explicação psicológica do ciúme pode ser uma persistência de mecanismos psicológicos infantis que já na idade adulta podem aparecer sob a forma de uma possessividade em relação ao parceiro, ou mesmo uma paranóia. Nesse tipo de paranóia, a pessoa está convencida, sem motivo justo ou evidente, da infidelidade do parceiro e passa a procurar “evidências” da traição. Nas formas mais exacerbadas, o ciumento passa a exigir do outro coisas que limitam totalmente a liberdade deste.
Os casos mais sérios devem sempre procurar a ajuda da psicoterapia; o trabalho de reorganização interior passa por um reforço da auto-estima e da valorização da auto-imagem. Em todos os casos pode ajudar-se estabelecendo um diálogo franco e aberto de encontro com o sujeito passivo, com a reflexão sobre o que sentem um pelo outro e sobre tudo o que possa levar a uma melhoria da relação, para que esse aspecto não se torne limitador e perturbador.
Um conjunto complexo e suas consequências
O ciúme é uma reacção complexa porque envolve um largo conjunto de emoções (dor, raiva, tristeza, inveja, medo, depressão e humilhação), pensamentos (ressentimento, culpa, comparação com o rival, preocupação com a imagem, autocomiseração) reacções físicas (taquicardia, falta de ar, excesso de salivação ou boca seca, sudorese, aperto no peito, dores físicas) e comportamentos (questionamento constante, busca frenética de confirmações e acções agressivas e mesmo violentas).
O ciúme, em princípio, é um sentimento tão natural ao ser humano como o tédio e a raiva: nós sempre vivenciamos este sentimento em algum momento da vida, diferindo apenas as suas razões e as emoções que sentimos. Como todos os outros sentimentos, tem o seu lado positivo e o seu lado negativo:
O ciúme está intimamente relacionado à inveja. A diferença é que a inveja não envolve o sentimento de perda presente no ciúme. Mas ambas são um misto de desconforto e raiva e atormentam aquele que cobiça algo que a outra pessoa tem. Quanto mais baixa for a auto-estima, mais propensa está a pessoa de sofrer com um dos dois sentimentos.
Tanto o ciúme quanto a inveja desviam o foco de quem os sente para longe dos cuidados com a própria vida, tão preocupado fica com a vida de outra(s) pessoa(s).
Como acontece com todos os outros sentimentos, se forem olhados com atenção e sem rejeição, podem levar a atitudes positivas como melhorar a aparência, desenvolver novas habilidades e trabalhar a auto-estima.
Como regra, diz-se que a mulher é mais propensa que o homem a sentir ciúme ou inveja de relacionamentos, enquanto que o homem é mais frequentemente atormentado por diferenças de status, de finanças e de poder.
Ciúme patológico
O ciúme patológico é visto pela psiquiatria como uma espécie de paranóia (distúrbio mental caracterizado por delírios de perseguição e pelo temor imaginário de a pessoa estar a ser vítima de conspiração). Para um ciumento, a fronteira entre imaginação, fantasia, crença e certeza torna-se vaga e imprecisa, e todas as dúvidas podem transformar-se em ideias hiper-valorizadas ou delirantes.
Aquele que sente ciúme a este nível tem a compulsão de verificar constantemente as suas dúvidas, a ponto de se dedicar exclusivamente a invadir a privacidade e tolher a liberdade do outro: abre correspondências, bisbilhota o computador, ouve telefonemas, examina bolsos, chega a seguir o outro ou até a contratar alguém para o fazer… o que não só não ameniza o mal estar da dúvida como até o intensifica.
A pessoa ciumenta apresenta na sua personalidade sentimentos de insegurança. O tratamento passa por um trabalho de psicoterapia que tenderá a melhorar a confiança em si mesmo. Só quem confia em si mesmo pode confiar em outros, de modo que é fundamental o fortalecimento da autoconfiança.
A explicação psicológica do ciúme pode ser uma persistência de mecanismos psicológicos infantis que já na idade adulta podem aparecer sob a forma de uma possessividade em relação ao parceiro, ou mesmo uma paranóia. Nesse tipo de paranóia, a pessoa está convencida, sem motivo justo ou evidente, da infidelidade do parceiro e passa a procurar “evidências” da traição. Nas formas mais exacerbadas, o ciumento passa a exigir do outro coisas que limitam totalmente a liberdade deste.
Os casos mais sérios devem sempre procurar a ajuda da psicoterapia; o trabalho de reorganização interior passa por um reforço da auto-estima e da valorização da auto-imagem. Em todos os casos pode ajudar-se estabelecendo um diálogo franco e aberto de encontro com o sujeito passivo, com a reflexão sobre o que sentem um pelo outro e sobre tudo o que possa levar a uma melhoria da relação, para que esse aspecto não se torne limitador e perturbador.
Um conjunto complexo e suas consequências
O ciúme é uma reacção complexa porque envolve um largo conjunto de emoções (dor, raiva, tristeza, inveja, medo, depressão e humilhação), pensamentos (ressentimento, culpa, comparação com o rival, preocupação com a imagem, autocomiseração) reacções físicas (taquicardia, falta de ar, excesso de salivação ou boca seca, sudorese, aperto no peito, dores físicas) e comportamentos (questionamento constante, busca frenética de confirmações e acções agressivas e mesmo violentas).
O ciúme, em princípio, é um sentimento tão natural ao ser humano como o tédio e a raiva: nós sempre vivenciamos este sentimento em algum momento da vida, diferindo apenas as suas razões e as emoções que sentimos. Como todos os outros sentimentos, tem o seu lado positivo e o seu lado negativo:
- O lado positivo: protege o amor: ele lembra a cada membro da relação (de namoro, conjugal ou de amizade) que nunca se deve considerar o outro como definitivamente “conquistado”, e pode encorajar um esforço consciente para assegurar que o outro se sente valorizado;
- O lado negativo: prejudica o amor: às vezes os sentimentos de ciúme podem ficar desproporcionais e pode afectar gravemente uma relação, levando o outro a sentir-se constantemente constrangido para evitar uma crise de ciúmes.
O ciúme está intimamente relacionado à inveja. A diferença é que a inveja não envolve o sentimento de perda presente no ciúme. Mas ambas são um misto de desconforto e raiva e atormentam aquele que cobiça algo que a outra pessoa tem. Quanto mais baixa for a auto-estima, mais propensa está a pessoa de sofrer com um dos dois sentimentos.
Tanto o ciúme quanto a inveja desviam o foco de quem os sente para longe dos cuidados com a própria vida, tão preocupado fica com a vida de outra(s) pessoa(s).
Como acontece com todos os outros sentimentos, se forem olhados com atenção e sem rejeição, podem levar a atitudes positivas como melhorar a aparência, desenvolver novas habilidades e trabalhar a auto-estima.
Como regra, diz-se que a mulher é mais propensa que o homem a sentir ciúme ou inveja de relacionamentos, enquanto que o homem é mais frequentemente atormentado por diferenças de status, de finanças e de poder.
Ciúme patológico
O ciúme patológico é visto pela psiquiatria como uma espécie de paranóia (distúrbio mental caracterizado por delírios de perseguição e pelo temor imaginário de a pessoa estar a ser vítima de conspiração). Para um ciumento, a fronteira entre imaginação, fantasia, crença e certeza torna-se vaga e imprecisa, e todas as dúvidas podem transformar-se em ideias hiper-valorizadas ou delirantes.
Aquele que sente ciúme a este nível tem a compulsão de verificar constantemente as suas dúvidas, a ponto de se dedicar exclusivamente a invadir a privacidade e tolher a liberdade do outro: abre correspondências, bisbilhota o computador, ouve telefonemas, examina bolsos, chega a seguir o outro ou até a contratar alguém para o fazer… o que não só não ameniza o mal estar da dúvida como até o intensifica.
A pessoa ciumenta apresenta na sua personalidade sentimentos de insegurança. O tratamento passa por um trabalho de psicoterapia que tenderá a melhorar a confiança em si mesmo. Só quem confia em si mesmo pode confiar em outros, de modo que é fundamental o fortalecimento da autoconfiança.
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