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O que pensamos da saúde/doença mental... o que podemos fazer por melhorar?

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    #61
    Por vezes a doença mental,tem a ver com a vida\ritmo de vida que levamos,ou por muitas vezes as quantas más experiencias que temos com diversas pessoas

    Comentário


      #62
      Originalmente Colocado por not Ver Post
      Creio não ser exagerada a afirmação de que a depressão é metaforicamente o pano de fundo para todas as perturbações de saúde do indivíduo. Gouveia (1990) usava uma expressão muito adequada: “ a depressão é a constipação da psicopatologia” não pelos reduzidos custos sociais, familiares e pessoais mas essencialmente pela frequência que ela surge nos diversos acontecimentos da vida do ser humano

      (não resisto a estes temas)
      Concordo com afirmação, mas eu também não me creio muito que isto tenha custos e implicações tão baixas como pouco é notória, muito pelo contrário, a sua pouca informação sobre isto.
      Editado pela última vez por nunomplopes; 13 June 2010, 11:55.

      Comentário


        #63
        Originalmente Colocado por nunomplopes Ver Post
        Concordo com afirmação, mas eu também não me creio muito que isto tenha custos e implicações tão baixas como pouco é notória, muito pelo contrário, a sua pouca informação sobre isto.
        é precisamente o contrário os custos sao enormes...acho que interpretou ao contrário. Em relação à minha informação tem sido suficiente mas nunca é demais.

        Comentário


          #64
          Originalmente Colocado por not Ver Post
          é precisamente o contrário os custos sao enormes...acho que interpretou ao contrário. Em relação à minha informação tem sido suficiente mas nunca é demais.
          Compreendi perfeitamente, apenas quis reverter um pouco e demonstrar as consequências que isto tem ao nivél da saúde e económico. Dados esses que não esclarecidos, dos seus gastos à perda económica por incapacidade e/ou absentismo instalado. Mas que assim revelam números preocupantes e associado a um certo ou pequeno preconceito, se existente, ou persistente, que as pessoas revelem, a sua despreocupação relativo a estas doenças e a todo o seu bem estar.
          Editado pela última vez por nunomplopes; 15 July 2010, 03:55.

          Comentário


            #65
            Situação actual

            Informação limitada sobre doenças mentais

            Estima-se que a prevalência de perturbações psiquiátricas na população geral ronde os 30%, sendo aproximadamente de 12% a de perturbações psiquiátricas graves, embora não existam dados de morbilidade psiquiátrica, de abrangência nacional, que permitam uma melhor caracterização do País.
            Realizou-se, em 2001, o terceiro censo psiquiátrico, em todas as instituições públicas e privadas no Continente e Regiões Autónomas, apontando os seus resultados para uma predominância de depressões na consulta externa, de alterações associadas ao consumo de álcool na urgência e de esquizofrenia no internamento.
            Depressão

            A depressão pode atingir cerca de 20% da população, tendendo a aumentar, e é a primeira causa de incapacidade, na carga global de doenças, nos países desenvolvidos. Em conjunto com a esquizofrenia, é responsável por 60% dos suicídios.
            Suicídio

            Apesar das taxas baixas de suicídio, particularmente na população de idade inferior a 65 anos, em Portugal existem números elevados quando se combinam suicídio e causas de morte violenta e indeterminada.
            O Alentejo tem as taxas de mortalidade por suicídio mais elevadas nos últimos 10 anos, só tendo sido ultrapassado pelo Algarve nos anos de 1990, 1992 e 1994, sendo a população masculina com idade superior a 75 anos a que mais se suicida.
            Estima-se que para cada suicídio consumado existam 40 para-suicídios, se nos reportarmos exclusivamente aos casos observados nos serviços de urgência.
            Actualmente, a tendência da mortalidade por suicídio e ferimentos auto-infligidos parece ser decrescente.
            Esquizofrenia e outras perturbações psicóticas

            No Censo Psiquiátrico de 2001, as esquizofrenias foram, no conjunto dos internamentos, das consultas e das urgências, as patologias mais frequentes (21,2%), sendo a principal causa de internamento (36,2%) e a terceira nas consultas (12,4%).
            A demora média dos internamentos com diagnóstico de esquizofrenia, segundo os GDH referentes a departamentos e serviços de psiquiatria, foi, no ano de 2002, de 35,4 dias (sendo a demora média global dos internamentos psiquiátricos de 20,0 dias).
            Prevalência elevada de stress

            Não existem dados nacionais que nos permitam avaliar directamente a dimensão deste problema.
            Relativamente ao resto da Europa, em Portugal, as mulheres consomem três vezes mais medicamentos indutores do sono.
            Segundo o Inquérito Nacional de Saúde de 1998-199956, 7% dos homens e 18% das mulheres (15 anos ou mais) referiram ter tomado medicamentos para dormir, nas duas semanas anteriores à inquirição. Esta proporção aumenta de 14%, no grupo dos 45-54 anos de idade, para 28% no dos 85 anos ou mais.
            Relativamente à perturbação de stress pós-traumático (PTSD), segundo um estudo recentemente realizado, numa amostra representativa da população portuguesa, com idade igual ou superior a 18 anos, havia uma taxa de prevalência de 7,9%, sendo a relacionada com situação de guerra de 0.8%57.
            Inadequação dos cuidados às crianças e aos adolescentes

            As perturbações emocionais e comportamentais das crianças e dos adolescentes têm uma prevalência elevada, entre 15 a 20%, segundo estudos internacionais.
            Estas perturbações conduzem a comportamentos de risco - absentismo escolar, uso de álcool e drogas, actos suicidários e comportamentos delinquentes - e causam incapacidades, tais como, atrasos e perturbações do desenvolvimento, défices cognitivos e psicossociais.
            Estes problemas tendem a manter-se e a agravar-se na idade adulta.
            A resposta que os serviços públicos têm sido capazes de dar, com os limitadíssimos recursos de que dispõem, é insuficiente e, por vezes, desajustada às necessidades.
            Inadequação dos cuidados disponíveis para as pessoas idosas

            Não se conhecem com rigor as necessidades reais dos idosos na comunidade.
            Existe uma resposta insuficiente dos serviços face ao aumento da população idosa e dos cuidados que a mesma requer, de forma a integrar os aspectos biopsicossociais numa abordagem global.
            Não existe reconhecimento ou incentivo à formação dos profissionais de saúde nem formação ou informação adequada a familiares e/ou prestadores informais de cuidados.
            O censo psiquiátrico de Novembro de 2001 revelou nos idosos uma predominância de casos de depressão na consulta externa e na urgência; de síndromes demenciais na consulta, urgência e internamento; de esquizofrenia e oligofrenias no internamento; de alterações associadas ao consumo de álcool na urgência.
            Insuficiência de cuidados para as pessoas doentes em situação de exclusão social

            Há situações de exclusão social que resultam de doenças psiquiátricas, bem como do consumo excessivo e/ou dependência de álcool e drogas, nomeadamente nos sem-abrigo, grupo em que a prevalência de perturbações psiquiátricas (incluindo abuso e/ou dependência de álcool e drogas) é superior a 90%. Estes doentes acorrem pouco aos serviços de saúde que, por sua vez, têm uma capacidade reduzida para ir ao encontro das pessoas excluídas.
            Abuso e dependência de álcool

            As estimativas apontam para a existência de, pelo menos, 580.000 doentes alcoólicos (síndrome de dependência de álcool) e 750.000 bebedores excessivos (síndrome de abuso de álcool), em Portugal 58.
            Há comorbilidade dos problemas ligados ao álcool e de vários problemas de saúde mental, nomeadamente, perturbações depressivas, perturbações da ansiedade, esquizofrenia e perturbações da personalidade, entre múltiplos outros. Existe também comorbilidade de consumo de álcool e consumo de outras substâncias, tais como benzodiazepinas e substâncias ilícitas, quer na doença actual, quer nos antecedentes pessoais dos indivíduos afectados.
            Desde os finais dos anos 80, existem três Centros Regionais de Alcoologia autónomos (Norte, Centro e Sul) que funcionam em articulação com os cuidados de saúde primários e os serviços de saúde mental59.
            Se, por um lado, a dimensão da tarefa atribuída a estas estruturas centralizadas é grande, por outro, a resposta destes serviços ao tratamento do abuso e dependência de álcool é ainda incipiente e desadequada para o peso da doença em causa.
            Se se comparar a dimensão das estruturas existentes para o tratamento do abuso e dependência de álcool com as existentes para o abuso e dependência de drogas ilegais, pode-se perceber a desproporção de meios para o tratamento do abuso e dependência do álcool: por um lado, as estimativas do número de toxicodependentes parecem variar entre 70.000 e 100.00060, ou seja, esta população será cerca de 8 vezes menor do que a de alcoólicos estimada, por outro, existem mais de cinquenta centros de atendimento de toxicodependentes a nível nacional, disponibilizando-se uma cama para cada 100.000 habitantes, a nível de desintoxicação, e um lugar de tratamento para cada 10.000 habitantes, a nível de tratamento e reabilitação de toxicodependência61, características de uma rede de atendimento e tratamento muito superior à de Alcoologia existente.
            Prestação de cuidados

            A assistência psiquiátrica centra-se nos Serviços de Saúde Mental (SSM), predominantemente em hospitais gerais, em serviços regionais para valências específicas e nos hospitais psiquiátricos, que asseguram, a par de cuidados de nível local, a assistência aos doentes de evolução prolongada aí institucionalizados, a maioria dos quais (cerca de 70%) com esquizofrenia.
            Relativamente aos internamentos de psiquiatria em hospitais gerais, nos últimos cinco anos, verificou-se uma diminuição da demora média em todos os grupos de diagnóstico, embora haja um número de doentes, sobretudo com perturbações psicóticas, com dificuldade em serem reintegrados na sua comunidade.
            Existem doentes em risco de institucionalização, devido ao facto das medidas e recursos para uma alternativa à hospitalização serem ainda insuficientes. No entanto, tem havido uma redução gradual dos doentes institucionalizados nos hospitais psiquiátricos.
            Foi publicada, em Abril de 2001, a Rede de Referenciação Hospitalar de Psiquiatria e Saúde Mental (presentemente em fase de revisão e actualização), que caracteriza os problemas actuais dos serviços e os desenvolvimentos previstos até 2006 (alguns dos quais já concretizados), racionalizando questões de acesso e relações de complementaridade.
            Observa-se uma insuficiência de cuidados de reabilitação nos serviços locais de saúde mental, nomeadamente de unidades de reabilitação para aquisição de competências, programas psico-educacionais para doentes e familiares, unidades de vida para doentes crónicos mais dependentes e serviços de apoio domiciliário.
            Orientações estratégicas e intervenções necessárias

            Desenvolver uma abordagem abrangente em saúde mental

            A saúde mental percorre transversalmente todos os problemas de saúde humana, sendo fundamental a articulação dentro da saúde, em particular com os Cuidados de Saúde Primários (CSP) e o envolvimento com outros sectores e áreas, nomeadamente,a Educação, a Segurança Social, o Trabalho, a Justiça, a Defesa, o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, as Autarquias, as ONG e a comunicação social. É de realçar o papel a desempenhar pelos Conselhos Regionais de Saúde Mental e, num contexto mais lato, pelo Conselho Nacional de Saúde Mental. O Plano Nacional de Saúde Mental encontra-se em fase de elaboração na DGS.
            Será apoiada a sensibilização, a disponibilização de informação útil à sociedade em geral e a formação dos profissionais da área da saúde e dos outros sectores envolvidos, de forma que possam actuar na promoção da Saúde Mental e da detecção precoce dos casos de doença existentes na comunidade, visto ser essencial para se alcançarem os ganhos de saúde desejados nesta área.
            Melhorar a informação sobre doenças mentais

            Serão definidos indicadores, elaborado um glossário e implementado um sistema de informação de saúde mental e doenças psiquiátricas.
            Apostar-se-á na melhoria da informação referida nas certidões de óbito, para uma quantificação mais rigorosa do suicídio.
            Como investigação prioritária, será executado o 1.º Estudo Nacional de Morbilidade Psiquiátrica na Comunidade.
            Incentivar acções de luta contra a depressão e melhorar a capacidade de intervenção para prevenir o suicídio

            No contexto do Plano Nacional de Saúde Mental, será elaborado um Programa Nacional de Luta contra a Depressão.
            Será apoiado o desenvolvimento de Telefones SOS de suicídio e isolamento social.
            Melhorar as respostas disponíveis para a Esquizofrenia e outras perturbações psicóticas

            Estas doenças de evolução crónica com episódios agudos exigem respostas diversificadas, nomeadamente de diagnóstico e intervenção precoces, de reabilitação psiquiátrica e de unidades especializadas.
            Desenvolver uma abordagem abrangente do stress

            Continuará a contribuir-se, em parceria com a Defesa e outros sectores relevantes, para a implementação da rede nacional de apoio aos militares e exmilitares portadores de perturbação stress pós-traumático.
            Criar-se-ão equipas de Intervenção na Crise e Psiquiatria de Catástrofe.
            Criar-se-á um programa dirigido às situações traumáticas e pessoas em risco de desenvolverem a perturbação stress pós-traumático.
            Contribuir-se-á, no âmbito da saúde mental e do stress, para o Programa Nacional de Intervenção Integrada sobre Determinantes da Saúde Relacionados com os Estilos de Vida.
            Será constituído um grupo de peritos para elaborar uma proposta de linhas estratégicas nacionais no âmbito da gestão do stress.
            Proceder à adequação dos cuidados prestados às crianças e aos adolescentes

            A saúde mental das crianças e dos adolescentes será reconhecida como prioritária no âmbito da saúde global da população portuguesa.
            Promover-se-á a Saúde Mental Infanto-juvenil junto da população geral.
            Implementar-se-ão os mecanismos necessários ao desenvolvimento dos vários níveis de prevenção: primária, secundária e terciária, incluindo a rede dos cuidados continuados, para esta população.
            Diagnosticar-se-á a morbilidade psiquiátrica nacional na população infanto-juvenil.
            Criar-se-ão novos serviços/unidades de saúde mental da infância e adolescência e desenvolver-se-ão os existentes, provendo-os dos recursos humanos necessários ao seu funcionamento, assim como se reorganizará a estruturação da prestação de cuidados de acordo com a legislação em vigor.
            Articular-se-ão os serviços de saúde mental da infância e adolescência, nomeadamente com serviços de psiquiatria de adultos, pediatria, cuidados de saúde primários e outras estruturas comunitárias, serviços de educação, segurança social e serviços de protecção a crianças e jovens.
            Investir-se-á na formação em saúde mental da infância e da adolescência nas áreas da saúde (medicina, enfermagem, serviço social, psicossocial), bem como nas áreas da educação e da justiça, a nível pré e pós graduado.
            Capacitar-se-ão os profissionais dos cuidados de saúde primários na área da saúde mental da infância e da adolescência.
            Adequar os cuidados prestados às pessoas idosas

            No ano de 2003, foi realizado um inquérito que teve como objectivo avaliar os cuidados de saúde mental prestados à população idosa (>65anos) pelos serviços de psiquiatria das instituições hospitalares públicas (hospitais psiquiátricos e departamentos e serviços em hospitais gerais; n=25).
            Este inquérito revelou que apenas 28% das instituições públicas de saúde mental desenvolvem, pelo menos, duas das três principais áreas de actuação na prática da psicogeriatria (programas na área da saúde mental do idoso, internamento específico em unidades de psicogeriatria e/ou programas/acções de formação sobre a saúde mental do idoso).
            Está em actividade um grupo de trabalho na DGS sobre saúde mental no envelhecimento e idosos, para estudar e propor medidas de promoção e nos diferentes níveis de prevenção, além do incremento na investigação e formação nesta área.
            A rede de cuidados continuados em saúde contemplará respostas a esta população, nomeadamente com cuidados comunitários (por ex., domiciliários).
            Melhorar os cuidados prestados aos doentes em situação de exclusão social

            Através de um conjunto amplo e diversificado de serviços, capaz de responder às múltiplas necessidades dos doentes excluídos, nomeadamente dos sem-abrigo.
            Intervir no abuso e dependência de álcool

            A prestação de cuidados ao abuso e dependência de álcool será assegurada por uma rede alcoológica nacional, tendo por base os Centros Regionais de Alcoologia (CRA) e os serviços locais de saúde mental, em articulação com os cuidados de saúde primários e os hospitais gerais.
            A possibilidade de se envolverem as unidades de prevenção e de atendimento e tratamento do IDT, nesta rede, deve ser tida em conta para uma melhor utilização dos serviços disponíveis e efectividade das intervenções existentes.
            Da mesma forma, as instituições privadas, mediante convenções ou protocolos de colaboração e financiamento de lugares de tratamento, deverão ser envolvidas, para uma resposta mais abrangente, efectiva e descentralizada às necessidades existentes na população portuguesa, tendo em conta a dimensão da população a ser assistida e a continuidade dos cuidados a serem prestados.
            O desenvolvimento desta rede de cuidados implicará um esforço no âmbito da informação, desenvolvimento de recursos didácticos e formação especializada dos profissionais envolvidos, bem como a adaptação dos serviços e adequação dos cuidados prestados a esta população.
            Apostar na melhoria continuada do acesso e da qualidade dos cuidados prestados aos doentes mentais

            Continuarão a ser progressivamente abertos departamentos e serviços de psiquiatria e criados serviços e unidades de psiquiatria da infância e da adolescência nos hospitais gerais.
            Está a ser revista e actualizada a Rede de Referenciação de Psiquiatria e Saúde Mental.
            Serão redefinidas as competências dos hospitais psiquiátricos.
            Serão criados serviços ou centros especializados regionais, tais como serviços para doentes difíceis, nomeadamente, com perturbações de personalidade ou perturbações psicóticas, e Centros Regionais de Psiquiatria Forense.
            Será efectuada uma reorganização do sistema de perícias médico-legais.
            Será organizada e expandida a psiquiatria de ligação, nos três níveis de prevenção, quer com os cuidados hospitalares, quer com os cuidados de saúde primários.
            A intervenção em crise, próxima da comunidade e atempada, feita por equipas preparadas para o efeito, contemplando as urgências psiquiátricas dos hospitais e evitando internamentos, deverá ser privilegiada.
            Investir-se-á na articulação com o IDT para maior rentabilização dos recursos e respostas mais apropriadas, nomeadamente no caso de co-morbilidade.
            Alargar-se-á a cooperação com o sector social, para encontrar respostas adequadas às necessidades dos doentes mentais.
            Desenvolver-se-ão respostas de reabilitação psicossocial, no âmbito dos cuidados continuados.
            Encontra-se em preparação o diploma legislativo para a gestão do património de doentes mentais institucionalizados.
            Investir-se-á na promoção dos direitos humanos das pessoas com doença mental e na implementação de medidas contra o estigma.
            Settings prioritários

            Os settings prioritários na área dos serviços de saúde dizem respeito a rede de cuidados de saúde primários, hospitais gerais, CAT e cuidados continuados, através da sensibilização e formação dos seus profissionais, de acordo com as especificidades das populações-alvo envolvidas.
            Desenvolver-se-ão protocolos de cooperação para a actuação junto de crianças e jovens, nos settings escolares, com o Ministério da Educação, e nas situações previstas com as Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (Ministério da Justiça/Ministério da Segurança Social e Trabalho), sendo áreas de intervenção interdisciplinar.
            Outros settings prioritários incluem as famílias e a comunidade em geral, com vista a maior capacidade de identificação e abordagem aos problemas de saúde mental existentes no seu seio.
            Desenvolver-se-á um protocolo de cooperação entre os Ministérios da Saúde e da Justiça, que permita fornecer cuidados de saúde dignos e de qualidade à população prisional
            PLANO NACIONAL DE SAÚDE 2004/2010

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              #66
              Originalmente Colocado por nunomplopes Ver Post

              Isto é por modas... houve alturasem que todas as pessoas que não se enquadravam nos padrões da normalidade eram afastadas numa primeira fase pelos mais próximos e numa situação limite como é o caso das chamadas doenças psiquiátricas eram internados. Também os deficientes fisicos eram incluídos. Mais tarde houve uma separação entre as pessoas com necessidades educativas especiais (nova designação). O cenário de hoje. aposta-se numa sociedade inclusiva, mais tolerante à diferença, nas escolas principalmente. Em relação às doenças psiquiátricas também existe uma "intenção" de desinstitucionalizar a médio prazo estes doentes.

              A ver vamos...

              Comentário


                #67
                Na minha opinião esta é a realidade que muitos assim não a querem ver, mesmo com boas intenções na implementação de estruturas para facilitar o caminho e a recuperação destes pessoas, ainda existe uma falha enorme da realidade para o que está intituido aqui, ainda não passa de algumas boas intenções que falham na sua aplicabilidada.

                Tal como um doente mental não pode andar com uma ligadura na cabeça, assim muitos (na sua desinformação) dirão que isso nao passará de uma frescura da vida.

                Mentalidades que que terão de cumprir um caminho tão ou mais longo quanto o apoio que estas pessoas necessitam seja médico como de integração.

                Enquanto isso no sofrimento ou na dor estarão assim estas pessoas sujeitas na sua sorte (ou no pior dos azares) de utrapassar isto, e muitas vezes subdiagnosticadas e/ou sem compreenderem o que realmente se passa com eles próprios pela pouca ou deinformação que se cria.

                Comentário


                  #68
                  Originalmente Colocado por nunomplopes Ver Post
                  Na minha opinião esta é a realidade que muitos assim não a querem ver, mesmo com boas intenções na implementação de estruturas para facilitar o caminho e a recuperação destes pessoas, ainda existe uma falha enorme da realidade para o que está intituido aqui, ainda não passa de algumas boas intenções que falham na sua aplicabilidada.

                  Tal como um doente mental não pode andar com uma ligadura na cabeça, assim muitos (na sua desinformação) dirão que isso nao passará de uma frescura da vida.

                  Mentalidades que que terão de cumprir um caminho tão ou mais longo quanto o apoio que estas pessoas necessitam seja médico como de integração.

                  Enquanto isso no sofrimento ou na dor estarão assim estas pessoas sujeitas na sua sorte (ou no pior dos azares) de utrapassar isto, e muitas vezes subdiagnosticadas e/ou sem compreenderem o que realmente se passa com eles próprios pela pouca ou deinformação que se cria.
                  Compreendo o que queres dizer mas pelo que me apercebo existe cada vez mais pela parte das pessoas uma maior preocupação em relação à sua saúde mental. E a ida ao psicólogo ou ao psiquiatra já não é conotada como alguns anos atrás de forma negativa.

                  Principalmente porque o ritmo de vida tende a aumentar assim como o stress.

                  Comentário


                    #69
                    Originalmente Colocado por not Ver Post
                    Compreendo o que queres dizer mas pelo que me apercebo existe cada vez mais pela parte das pessoas uma maior preocupação em relação à sua saúde mental. E a ida ao psicólogo ou ao psiquiatra já não é conotada como alguns anos atrás de forma negativa.

                    Principalmente porque o ritmo de vida tende a aumentar assim como o stress.
                    Sim, não o é! Existe uma maior abertura sobre isto, mas acho mais por pessoas que lidam ou confrontaram-se com isto, que tem tentado esclarecer o outro lado, como a sensibilização hoje em que mesmo déficitária já vai permitindo alguma abertura e discussão sobre isto.

                    O outro lado, é que mesmo lido com pessoas na vida real, que por ignorancia e incompreenção fazem julgamentos desadequados e exteriotipem isto, o que revela ainda um lado contrário à sua aceitação (mesmo que por muita sensibilização que se tente das não existe abertura deste mesmo lado), o que repercuta que estas pessoas, assim tenham de ficar no silêncio dos seus problemas, isto será o maior entrave, a que se consiga prosseguir o rumo, que se deveria tornar natural, ou muitos o fazem e esforçam-se por isso.

                    Comentário


                      #70
                      Celebração do Dia Mundial da Saúde Mental

                      nas vivências como nos comportamentos. Receios irracionais vividos com grande dramatismo, estados de tristeza intensa e profundo desânimo, experiências fora do normal, estranhas para o próprio e para os outros, revelam a complexidade da mente humana e a sua fragilidade.

                      O Dia Mundial da Saúde Mental tem uma data no calendário – 10 de Outubro. Com o intuito de não ignorar o referido dia, quisemos saber quais as doenças do foro psíquico mais comuns no nosso País. Descubra quais e saiba mais sobre o que mais perturba as mentes portuguesas...

                      Depressão Há vários tipos de depressão, que diferem nas causas, manifestações, gravidade e evolução. No entanto, podem encontrar--se factores comuns biopsicossociais, em diferente proporção, em todas as formas de depressão.

                      Segundo o director do Serviço de Psiquiatria do Hospital de Júlio de Matos, Dr. José Manuel Jara, «nos estados depressivos há uma diminuição significativa do ânimo e do estado do humor, em desproporção com as circunstâncias, tanto na intensidade como na duração dos sintomas».

                      Além da diminuição do humor, caracterizada pela tristeza e desânimo, contam--se também a perda de interesse e prazer e uma diminuição da energia, com fadiga e lentificação.

                      Outros sintomas frequentes são a diminuição da auto-estima, do desejo sexual, as ideias de culpa exageradas e o pessimismo. O doente passa, ainda, por uma diminuição da concentração e memória, por alterações do apetite e do peso, bem como por alterações do sono. As ideias e actos de suicídio também fazem parte da sintomatologia depressiva, sendo este um aspecto da maior importância e maior risco, a que, quer a família, quer o médico ou o próprio paciente devem estar atentos. Para cada pessoa pode haver sinais mais típicos no início da depressão.

                      «O próprio doente pode saber que está a iniciar-se uma nova crise por recordar as fases anteriores. Mas também pode acontecer que não reconheça que está doente, mesmo após várias experiências anteriores da doença. O primeiro episódio de depressão pode produzir incertezas, sendo frequente um atraso no diagnóstico médico», afirma o psiquiatra.

                      As depressões devem ser conceptualizadas como doenças e não como reacções compreensíveis ou como manifestações da personalidade. A idade em que se manifestam pode situar-se na infância, na juventude ou na terceira idade.

                      Quando os sintomas depressivos se instalam em resposta a situações de conflito ou perda, ou mesmo de stress excessivo, compreendem-se como uma reacção a circunstâncias psicológicas e sociais. Esta reacção acentua-se, gerando uma incapacidade para lidar com os problemas.

                      Noutros casos, a depressão pode instalar-se subitamente, ou num período curto, sem qualquer nexo psicológico. Por exemplo, na mudança de estação do ano, na sequência de uma doença física ou em resposta a um fármaco.

                      As depressões são transtornos frequentes. Segundo os dados fornecidos por José Manuel Jara, «nos países ocidentais a prevalência situa-se num risco, durante a vida, de 5-12% da população no homem e de 9-25% da população na mulher».

                      É de realçar o facto que a maioria das pessoas que sofre de depressão recupere após cada episódio.


                      Esquizofrenia A esquizofrenia é uma doença com sintomas mentais que abrangem a percepção, o pensamento, a vontade, os afectos e as emoções, de um modo qualitativamente diferente da psicologia normal.

                      O doente passa por experiências estranhas e bizarras, que vão desde o sentir-se o centro do mundo, ao ouvir vozes que levam o doente para um mundo imaginário povoado por «outros», passando pelas ideias muito fora da realidade, que defende com forte convicção. Estes sintomas contrastam com outros, designados «negativos», menos visíveis, mas muito incapacitantes, como a perda da vontade e do contacto afectivo, empobrecimento do pensamento e da linguagem.

                      Durante as fases agudas, a pessoa pode sentir um medo intenso, ficar agitada ou ficar imóvel e alheia e, por vezes, ter comportamentos agressivos.

                      Devido à gravidade da perturbação mental, o indivíduo isola-se e fica desadaptado nas relações humanas e na capacidade de lidar com a vida.

                      «Em geral, o doente não se apercebe da doença, havendo um sentimento de rejeição em relação à opinião dos outros sobre a necessidade de recorrer ao médico para se tratar», refere José Manuel Jara.

                      Os esquizofrénicos podem, ainda, sofrer de depressão. Nestes casos o risco de suicídio aumenta significativamente.

                      «As causas da doença não são bem-conhecidas. Há complexos factores genéticos e factores que interferem no neurodesenvolvimento do cérebro que estão entre as causas da doença», refere o especialista.

                      Outros factores, como o stress e o uso de certas drogas, podem contribuir para desencadear a doença em pessoas a ela predispostas.

                      No que diz respeito aos sintomas, os delírios e as alucinações, melhoram muito com a medicação antipsicótica. Os sintomas «negativos» cedem parcialmente com os medicamentos antipsicóticos mais recentes, desenvolvidos na década de 90.

                      A doença raramente começa antes dos 15 anos, mas pode manifestar-se em qualquer idade a partir daí. Em geral, a doença manifesta-se mais cedo no sexo masculino do que no feminino, podendo aparecer «nos anos que antecedem e sucedem os 20 anos, no adolescente e no adulto jovem», conforme afirma o psiquiatra.

                      Na mulher, a doença inicia-se entre os 20 e os 30 anos. A prevalência nos dois sexos é idêntica, cerca de 1% da população, sendo mais grave a evolução no homem. Há, ainda, formas de esquizofrenia de início tardio, menos frequentes.

                      Ansiedade

                      A ansiedade corresponde a uma reacção emocional extremamente comum.

                      José Manuel Jara considera que estar ansioso no sentido psicológico é reagir com activação emocional para melhorar a resposta numa situação de maior exigência, com risco de falhar. Esta reacção faz--se «com aumento da atenção e concentração e outros parâmetros biológicos neurovegetativos, como o aumento do tónus muscular ou o aumento do ritmo cardíaco».

                      Até um certo nível, esta activação psicobiológica é benéfica, na medida em que melhora a performance adaptativa numa situação de dificuldade. No entanto, a ansiedade torna-se patológica se exceder esse nível e funcionar com desgaste emocional improdutivo.

                      José Manuel Jara adverte que «será errado banalizar a ansiedade patológica como se fosse benigna, sem consequências, quase um modo de ser e estar na vida».

                      A ansiedade pode corresponder a uma perturbação emocional de adaptação ao stress ou a um conflito. Pode, também, ser expressão de um traço de personalidade, que se acentua a partir de uma certa fase da vida, com sintomas frequentes de preocupação e de receios por tudo. Pode, ainda, manifestar-se sob a forma de crises repetidas de pânico, com o medo súbito de morrer ou perder o controlo: resulta muitas vezes em medo de sair de casa, andar em transportes ou viajar.

                      Outras situações clínicas há em que a ansiedade se manifesta sobretudo na esfera da relação social, com inibição de contactos e grande mal-estar na relação social. E outras, como o stress pós-traumático, com o reviver intenso da experiência do trauma agudo, acidente, catástrofe, violência…



                      Procurar viver, recuperar a saúde José Manuel Jara afirma que «a possibilidade que o doente tem de levar uma vida profissional e afectiva normal depende da gravidade clínica, da forma de evolução, da eficácia e precocidade dos tratamentos e dos apoios que tem».

                      A esquizofrenia é uma doença mais grave, com consequências mais complexas.

                      «Mas muito depende do tratamento e dos apoios. Há diferentes graus de capacitação nos doentes que sofrem de esquizofrenia», indica o médico.

                      Muitos esquizofrénicos têm uma diminuição significativa do potencial adaptativo, que dificulta a vivência independente, bem como a adaptação profissional.

                      No caso das depressões, têm uma evolução e gravidade muito diversificadas. Há casos em que a depressão evolui para a cronicidade, resistindo aos tratamentos, o que dificulta a inserção social.

                      «Mas, na maioria das vezes, há crises das quais os doentes vão recuperando, sendo possível prevenir as recaídas com tratamentos apropriados, em que se incluem os medicamentos antidepressivos e os estabilizadores do humor», salienta o psiquiatra.

                      As perturbações ansiosas também podem ser muito incapacitantes para uma esfera da vida ou para as tarefas mais usuais. «Uma agorafobia grave, por exemplo, é muito incapacitante se não for tratada convenientemente», exemplifica José Manuel Jara.

                      As limitações geradas pelas perturbações ansiosas variam muito, em função da personalidade, do tratamento e da gravidade da perturbação.

                      Um factor essencial para aumentar as probabilidades de sucesso do tratamento é a predisposição do doente para cooperar no tratamento.

                      «Não é diferente de tratar um diabético ou uma situação de obesidade. A medicina baseia-se na relação médico-doente.

                      A adesão ao tratamento é um processo educativo que exige persistência. Para muitos transtornos ansiosos, o tratamento passa por uma reaprendizagem cognitivo--comportamental que tem de contar com a participação activa do sujeito. Em geral, nas doenças psíquicas tem de haver uma consciencialização progressiva dos meios de superação da doença, de readaptação à vida e de integração activa no meio social», conclui o psiquiatra.


                      10 de Outubro, Dia Mundial da Saúde Mental » O lado obscuro da mente

                      Sou doente bipolar - Visao.pt
                      Editado pela última vez por nunomplopes; 08 October 2010, 14:37.

                      Comentário


                        #71
                        Para ajudar os doentes que têm problemas psiquiátricos, o Governo decidiu deixar de comparticipar a 100% os medicamentos que permitem alguma qualidade de vida a estes doentes.

                        Ninguém imagina o quão grave e as consequências que esta medida pode e vai ter com os doentes que necessitam desta medicação.

                        Já não é fácil que um doente aceite que é doente e aceite ser medicado, a fase de negação é complicada de ultrapassar, e quando há retrocessos, é ainda mais complicado. Os medicamentos são extremamente caros, estamos a falar de medicamentos que chegam aos 200 e muitos euros, e poucos abaixo dos 150€, os medicamentos mais antigos, logo mais baratos, têm efeitos secundários que algumas vezes não permitem que o doente faça uma vida normal, nomeadamente ir trabalhar, qual vai ser o futuro de muitos doentes? Quantos não irão desistir do tratamento porque não vão ter capacidades financeiras para pagar a medicação? Quantos internamentos vão acontecer por haver doentes que não vão mais tomar a medicação?

                        É triste, muito triste...

                        Comentário


                          #72
                          Originalmente Colocado por Texuga Ver Post
                          Para ajudar os doentes que têm problemas psiquiátricos, o Governo decidiu deixar de comparticipar a 100% os medicamentos que permitem alguma qualidade de vida a estes doentes.

                          Ninguém imagina o quão grave e as consequências que esta medida pode e vai ter com os doentes que necessitam desta medicação.

                          Já não é fácil que um doente aceite que é doente e aceite ser medicado, a fase de negação é complicada de ultrapassar, e quando há retrocessos, é ainda mais complicado. Os medicamentos são extremamente caros, estamos a falar de medicamentos que chegam aos 200 e muitos euros, e poucos abaixo dos 150€, os medicamentos mais antigos, logo mais baratos, têm efeitos secundários que algumas vezes não permitem que o doente faça uma vida normal, nomeadamente ir trabalhar, qual vai ser o futuro de muitos doentes? Quantos não irão desistir do tratamento porque não vão ter capacidades financeiras para pagar a medicação? Quantos internamentos vão acontecer por haver doentes que não vão mais tomar a medicação?

                          É triste, muito triste...
                          Mas que medicamentos são e são para que tive de doença? se forem cortes para doenças tipo epilepsia acho mal, pois o deoente com medicação pode fazer a sua vida normal e sem ela o caso pode complicar.

                          Comentário


                            #73
                            Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                            Mas que medicamentos são e são para que tive de doença? se forem cortes para doenças tipo epilepsia acho mal, pois o deoente com medicação pode fazer a sua vida normal e sem ela o caso pode complicar.
                            Esquizofrenia, psicoses, paranóias, distúrbios de personalidade, etc.

                            Comentário


                              #74
                              Originalmente Colocado por Texuga Ver Post
                              Para ajudar os doentes que têm problemas psiquiátricos, o Governo decidiu deixar de comparticipar a 100% os medicamentos que permitem alguma qualidade de vida a estes doentes.

                              Ninguém imagina o quão grave e as consequências que esta medida pode e vai ter com os doentes que necessitam desta medicação.

                              Já não é fácil que um doente aceite que é doente e aceite ser medicado, a fase de negação é complicada de ultrapassar, e quando há retrocessos, é ainda mais complicado. Os medicamentos são extremamente caros, estamos a falar de medicamentos que chegam aos 200 e muitos euros, e poucos abaixo dos 150€, os medicamentos mais antigos, logo mais baratos, têm efeitos secundários que algumas vezes não permitem que o doente faça uma vida normal, nomeadamente ir trabalhar, qual vai ser o futuro de muitos doentes? Quantos não irão desistir do tratamento porque não vão ter capacidades financeiras para pagar a medicação? Quantos internamentos vão acontecer por haver doentes que não vão mais tomar a medicação?

                              É triste, muito triste...

                              pior...a politica tende á desinstitucionalização do doente mental.

                              Comentário


                                #75
                                Originalmente Colocado por Texuga Ver Post
                                Esquizofrenia, psicoses, paranóias, distúrbios de personalidade, etc.
                                Há uns anos atraz esses medicamentos tambem não eram comparticipados ou nem existiam e a sociedade não precisava deles, e não havia as depressões que existem agora nas sociedades modernas.

                                Comentário


                                  #76
                                  Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                                  Há uns anos atraz esses medicamentos tambem não eram comparticipados ou nem existiam e a sociedade não precisava deles, e não havia as depressões que existem agora nas sociedades modernas.
                                  Nephilim, por amor de Deus, tu não fales do que não sabes, não comentes se não sabes do que é que estás a falar.
                                  Antigamente os doentes morriam, suicidavam-se, eram internados para o resto da vida em instituições e vivam uma vida vegetativa, completamente sedados para não se magoarem a eles próprios e aos que os rodeiam, eram marginalizados só por serem "maluquinhos". Era fácil para a sociedade não "precisar deles", estavam escondidos como animais em currais.
                                  Hoje em dia, graças à ciência e à evolução da medicina, esses que antigamente eram marginalizados e tratados como animais, são casados e pais/mães de filhos, trabalhadores que contribuem para a evolução do País, são pessoas normais como todos nós.
                                  Muito provavelmente tu lidas com vários deles diariamente, mas nem te apercebes, porque estão bem medicados, estão equilibrados e conseguem ter uma vida normal.

                                  Portanto mais uma vez te peço, não fales do que não sabes.

                                  Comentário


                                    #77
                                    Originalmente Colocado por Texuga Ver Post
                                    Nephilim, por amor de Deus, tu não fales do que não sabes, não comentes se não sabes do que é que estás a falar.
                                    Antigamente os doentes morriam, suicidavam-se, eram internados para o resto da vida em instituições e vivam uma vida vegetativa, completamente sedados para não se magoarem a eles próprios e aos que os rodeiam, eram marginalizados só por serem "maluquinhos". Era fácil para a sociedade não "precisar deles", estavam escondidos como animais em currais.
                                    Hoje em dia, graças à ciência e à evolução da medicina, esses que antigamente eram marginalizados e tratados como animais, são casados e pais/mães de filhos, trabalhadores que contribuem para a evolução do País, são pessoas normais como todos nós.
                                    Muito provavelmente tu lidas com vários deles diariamente, mas nem te apercebes, porque estão bem medicados, estão equilibrados e conseguem ter uma vida normal.

                                    Portanto mais uma vez te peço, não fales do que não sabes.
                                    Texuga eu falei históricamente, e sei o que estou a dizer muito bem , ha 30-40anos atraz esses problemas mentais nem eram considerados doença, as pessoas eram dadas maluquinhas iam para um para um sanatório... contra esta verdade não ha argumentos era mesmo assim, podes perguntar a quem quiseres e confirmar.

                                    Parece que ha pessoas que tem alguma dificuldade em aceitar a história quando esta não lhe agrada....mas é real a história nao é como nós queremos é como aconteceu

                                    Comentário


                                      #78
                                      Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                                      Texuga eu falei históricamente, e sei o que estou a dizer muito bem , ha 30-40anos atraz esses problemas mentais nem eram considerados doença, as pessoas eram dadas maluquinhas iam para um para um sanatório... contra esta verdade não ha argumentos era mesmo assim, podes perguntar a quem quiseres e confirmar.

                                      Parece que ha pessoas que tem alguma dificuldade em aceitar a história quando esta não lhe agrada....mas é real a história nao é como nós queremos é como aconteceu
                                      E queres dizer com isso que a medida é bem aplicada, e que os doentes psiquiátricos devem voltar para os sanatórios, marginalizados e desprezados? Por ser assim antigamente, tal como eu referi no meu post, devemos voltar à "antiga"?

                                      Comentário


                                        #79
                                        Originalmente Colocado por Texuga Ver Post
                                        E queres dizer com isso que a medida é bem aplicada, e que os doentes psiquiátricos devem voltar para os sanatórios, marginalizados e desprezados? Por ser assim antigamente, tal como eu referi no meu post, devemos voltar à "antiga"?
                                        Em algum lado eu disse que se devia voltar ao antigamente?


                                        Estava apenas a fazer uma comparação, claro que este casos tem de ser analizados obviamente. Agora uma coisa é certa portugal gasta balurdios em problemas psicologicos e isso tem de ser analizado obviamente a ver se realmente se justifica este gasto em todos os casos.

                                        Comentário


                                          #80
                                          Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                                          Em algum lado eu disse que se devia voltar ao antigamente?


                                          Estava apenas a fazer uma comparação, claro que este casos tem de ser analizados obviamente. Agora uma coisa é certa portugal gasta balurdios em problemas psicologicos e isso tem de ser analizado obviamente a ver se realmente se justifica este gasto em todos os casos.
                                          Neph,

                                          Os medicamentos que estou a falar não são prescritos levianamente, e muito menos vendidos sem receita médica. Não são os vulgares anti depressivos, esses sempre se pagaram, são medicamentos muito diferentes. Os doentes não se auto medicam, não os tomam por vício, e muito menos funcionam como placebos. Portanto não há muito a avaliar, os doentes PRECISAM deles, e ponto final.
                                          Se tiveres uma depressão enfiam-te a prozac ou a xanax, pagas o medicamento, e tá a andar. Mas se tiveres uma doença tipo esquizofrenia ou paranóia, a coisa é bem diferente...

                                          Comentário


                                            #81
                                            Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                                            Texuga eu falei históricamente, e sei o que estou a dizer muito bem , ha 30-40anos atraz esses problemas mentais nem eram considerados doença, as pessoas eram dadas maluquinhas iam para um para um sanatório... contra esta verdade não ha argumentos era mesmo assim, podes perguntar a quem quiseres e confirmar.
                                            ...
                                            Não é assim Nephilim..

                                            Era internados sim...não em sanatórios mas em Hospitais Psiquiátricos tais como...Júlio de Matos ( Lisboa), Conde Ferreira ( Porto)...Lorvão ( Coimbra).

                                            Em inúmeros casos estes hospitais passaram a ser o lar de muitos destes doentes...e eles nunca mais de lá sairam....com vida.

                                            Comentário


                                              #82
                                              Originalmente Colocado por Texuga Ver Post
                                              Neph,

                                              Os medicamentos que estou a falar não são prescritos levianamente, e muito menos vendidos sem receita médica. Não são os vulgares anti depressivos, esses sempre se pagaram, são medicamentos muito diferentes. Os doentes não se auto medicam, não os tomam por vício, e muito menos funcionam como placebos. Portanto não há muito a avaliar, os doentes PRECISAM deles, e ponto final.
                                              Se tiveres uma depressão enfiam-te a prozac ou a xanax, pagas o medicamento, e tá a andar. Mas se tiveres uma doença tipo esquizofrenia ou paranóia, a coisa é bem diferente...
                                              Ou epilepsia... eu digo e sempre disse se um doente tem uma doença crónica seja ela mental ou não mas se precisar de ser medicado para fazer a sua vida normal sim deve ter esses medicamentes de borla.

                                              Agora se é medicado e apesar disso nao faz a sua vida normal e fica na mesma o caso muda de figura, mas por isso é que disse que cada caso tem de ser analizado por profissionais nessa área.

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                                                #83
                                                Originalmente Colocado por Sansoni7 Ver Post
                                                Não é assim Nephilim..

                                                Era internados sim...não em sanatórios mas em Hospitais Psiquiátricos tais como...Júlio de Matos ( Lisboa), Conde Ferreira ( Porto)...Lorvão ( Coimbra).

                                                Em inúmeros casos estes hospitais passaram a ser o lar de muitos destes doentes...e eles nunca mais de lá sairam....com vida.
                                                Exacto, mas isso é o que estava a dizer(apenas chamei sanatorio e talvez nao seja o termo correcto) , mas dantes era assim.

                                                Havia em Lisboa o Julio de Matos e o Miguel Bombarda, que era para onde ia uma vizinha da minha avó quando se passava entrava em crises de loucura iam busca-la e levam-na numa camisa de força e voltava uns tempos depois....até voltar a ser levada novamente.

                                                Comentário


                                                  #84
                                                  Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                                                  Exacto, mas isso é o que estava a dizer(apenas chamei sanatorio e talvez nao seja o termo correcto) , mas dantes era assim.

                                                  Havia em Lisboa o Julio de Matos e o Miguel Bombarda, que era para onde ia uma vizinha da minha avó quando se passava entrava em crises de loucura iam busca-la e levam-na numa camisa de força e voltava uns tempos depois....até voltar a ser levada novamente.

                                                  OMG

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                                                    #85
                                                    Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
                                                    Ou epilepsia... eu digo e sempre disse se um doente tem uma doença crónica seja ela mental ou não mas se precisar de ser medicado para fazer a sua vida normal sim deve ter esses medicamentes de borla.

                                                    Agora se é medicado e apesar disso nao faz a sua vida normal e fica na mesma o caso muda de figura, mas por isso é que disse que cada caso tem de ser analizado por profissionais nessa área.
                                                    E o que é que isso tem a haver com a não comparticipação dos medicamentos? O que é que um doente mal medicado, ou seja, estar a ser mal seguido por um médico menos competente, ou até um médico competente mas que está a testar várias terapias até acertar na medicação, tem a haver com a comparticipação nos medicamentos?

                                                    Comentário


                                                      #86
                                                      Originalmente Colocado por Texuga Ver Post
                                                      E o que é que isso tem a haver com a não comparticipação dos medicamentos? O que é que um doente mal medicado, ou seja, estar a ser mal seguido por um médico menos competente, ou até um médico competente mas que está a testar várias terapias até acertar na medicação, tem a haver com a comparticipação nos medicamentos?
                                                      Essas perguntas deves perguntar a um profissional nessa área, por isso é que disse que cada caso deve ser avaliado.

                                                      No entanto ha casos distintos em que um doente vive normalmente medicado, e outros casos que mesmo medicado está doente ou seja a medicação não lhe faz nada....o porquê do tramento não resultar são duvidas e questões que só os profissionais dessa área podem avaliar para responder e solucionar.

                                                      Comentário


                                                        #87
                                                        Originalmente Colocado por Texuga Ver Post
                                                        Para ajudar os doentes que têm problemas psiquiátricos, o Governo decidiu deixar de comparticipar a 100% os medicamentos que permitem alguma qualidade de vida a estes doentes.

                                                        Ninguém imagina o quão grave e as consequências que esta medida pode e vai ter com os doentes que necessitam desta medicação.

                                                        Já não é fácil que um doente aceite que é doente e aceite ser medicado, a fase de negação é complicada de ultrapassar, e quando há retrocessos, é ainda mais complicado. Os medicamentos são extremamente caros, estamos a falar de medicamentos que chegam aos 200 e muitos euros, e poucos abaixo dos 150€, os medicamentos mais antigos, logo mais baratos, têm efeitos secundários que algumas vezes não permitem que o doente faça uma vida normal, nomeadamente ir trabalhar, qual vai ser o futuro de muitos doentes? Quantos não irão desistir do tratamento porque não vão ter capacidades financeiras para pagar a medicação? Quantos internamentos vão acontecer por haver doentes que não vão mais tomar a medicação?

                                                        É triste, muito triste...
                                                        É triste, é verdade, mas podia ser pior.
                                                        Segundo percebi nas noticias de ontem, vai deixar de ser comparticipado em 100% para passar a ser em 95%.
                                                        Não me parece assim tão grave.

                                                        Comentário


                                                          #88
                                                          Originalmente Colocado por Danone Ver Post
                                                          É triste, é verdade, mas podia ser pior.
                                                          Segundo percebi nas noticias de ontem, vai deixar de ser comparticipado em 100% para passar a ser em 95%.
                                                          Não me parece assim tão grave.
                                                          É grave porque o valor dos medicamentos é muito alto, mesmo 5% é um valor elevado para muitas pessoas.

                                                          Estes medicamentos eram comparticipados a 100% ao abrigo de uma Portaria específica que cobre, além de outras patologias, o seguinte:

                                                          (d) Medicamentos comparticipados pelo escalão A desde que o médico prescritor mencione expressamente na receita esta portaria e sejam prescritos para as seguintes patologias, de acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas de Saúde (CID-10):

                                                          Demência na doença de Alzheimer (F00/G30);
                                                          Demência vascular (F01);
                                                          Demência secundária (F02);
                                                          Esquizofrenia (F20);
                                                          Perturbação delirante persistente (F22);
                                                          Perturbação delirante induzida (F24);
                                                          Perturbação esquizoafectiva (F25);
                                                          Outras perturbações psicóticas não orgânicas
                                                          (F28);
                                                          Perturbações mentais psicóticas secundárias a
                                                          disfunção ou lesão cerebral e a doença física
                                                          (F06);
                                                          Disquinésia tardia dos neurolépticos (G24.0);
                                                          Perturbação de tique mista vocal e motora
                                                          múltipla (de la Tourette) (F95.2);
                                                          Perturbações autísticas ou psicóticas da infância
                                                          e adolescência (F84);
                                                          Perturbações de comportamento graves em
                                                          deficientes mentais (F7x.1);

                                                          Fora destes casos, o medicamento é comparticipado pelo escalão C; (e) Medicamentos comparticipados pelo escalão B desde que o médico prescritor mencione expressamente na receita esta portaria e sejam prescritos
                                                          para as seguintes patologias, de acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas de Saúde Relacionados (CID-10):

                                                          Perturbação afectiva bipolar (F31);
                                                          Perturbação depressiva recorrente, episódio actual grave sem sintomas psicóticos (F33.2);
                                                          Perturbação depressiva recorrente, episódio actual grave com sintomas psicóticos (F33.3);
                                                          Fora destes casos, o medicamento é comparticipado pelo escalão C.

                                                          Comentário


                                                            #89
                                                            para mim o problema da doença mental é o facto de agora mais do que nunce esta ser mal diagnosticada.
                                                            como é o caso da depressão.
                                                            uma conhecida foi-lhe diagnoticada depressao e andou a tomar medicação para isso, o outro problema que ela tinha de saude era na tiroide, a tiroide provoca alterações de humor.... tal não foi tido em conta no diagnostico e a rapariga foi enchida de estupefacientes

                                                            Comentário


                                                              #90
                                                              Originalmente Colocado por Bluebelt Ver Post
                                                              para mim o problema da doença mental é o facto de agora mais do que nunce esta ser mal diagnosticada.
                                                              como é o caso da depressão.
                                                              uma conhecida foi-lhe diagnoticada depressao e andou a tomar medicação para isso, o outro problema que ela tinha de saude era na tiroide, a tiroide provoca alterações de humor.... tal não foi tido em conta no diagnostico e a rapariga foi enchida de estupefacientes

                                                              É verdade. Acontece o mesmo no diagnóstico da doença Bipolar.

                                                              Comentário

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