In: Pela Estrada Fora (blogue de Vítor Sousa)
17 de Novembro de 2009
Digamos assim...
Hoje, 17 de Novembro de 2009, a administração da empresa onde trabalho há (faria em Fevereiro) 19 anos, comunicou-me que estou incluído num processo de despedimento colectivo. A reestruturação da empresa e o facto de considerar o meu salário elevado para aquilo que é o seu plano de negócio, tornou-me dispensável.
Nunca me tinha acontecido. Em 27 anos de carreira. Mas não foi sequer uma surpresa, porque desde que começou a remodelação na empresa congénere espanhola se esperava pela "pancada", nem me espantou, porque conheço, sem ninguém me ter contado, os planos da casa mãe para as revistas de países periféricos com mercados pequenos. Como a MOTOCICLISMO e Portugal.
Não estava disposto a fazer parte de um projecto que visa transformar este produto - considerado e admirado por leitores e anunciantes - numa revista "romena" de inspiração germânica. Por isso, ainda bem.
Desejo sorte aos meus colegas que lá irão continuar. Bem vão precisar.
Perguntaram-me hoje se estava desiludido. Não, não estou. Não me posso desiludir porque nunca me iludi. Porque também nunca alinhei no "lambebotismo" de alguns que por lá (ainda) continuam, eternos sobreviventes de todas as crises. Sabia que, um dia, este momento ía chegar.
Sinto-me aliviado.
Vou cumprir com honestidade e lealdade - como sempre o fiz - os meus últimos tempos ao serviço da motor press Lisboa, a empresa que no meu percurso curricular mais me deu e à qual mais me entreguei.
A vida é feita de ciclos. Quando este acabar, outro se iniciará.
Digamos assim...
Hoje, 17 de Novembro de 2009, a administração da empresa onde trabalho há (faria em Fevereiro) 19 anos, comunicou-me que estou incluído num processo de despedimento colectivo. A reestruturação da empresa e o facto de considerar o meu salário elevado para aquilo que é o seu plano de negócio, tornou-me dispensável.
Nunca me tinha acontecido. Em 27 anos de carreira. Mas não foi sequer uma surpresa, porque desde que começou a remodelação na empresa congénere espanhola se esperava pela "pancada", nem me espantou, porque conheço, sem ninguém me ter contado, os planos da casa mãe para as revistas de países periféricos com mercados pequenos. Como a MOTOCICLISMO e Portugal.
Não estava disposto a fazer parte de um projecto que visa transformar este produto - considerado e admirado por leitores e anunciantes - numa revista "romena" de inspiração germânica. Por isso, ainda bem.
Desejo sorte aos meus colegas que lá irão continuar. Bem vão precisar.
Perguntaram-me hoje se estava desiludido. Não, não estou. Não me posso desiludir porque nunca me iludi. Porque também nunca alinhei no "lambebotismo" de alguns que por lá (ainda) continuam, eternos sobreviventes de todas as crises. Sabia que, um dia, este momento ía chegar.
Sinto-me aliviado.
Vou cumprir com honestidade e lealdade - como sempre o fiz - os meus últimos tempos ao serviço da motor press Lisboa, a empresa que no meu percurso curricular mais me deu e à qual mais me entreguei.
A vida é feita de ciclos. Quando este acabar, outro se iniciará.
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