Sinceramente acho que estes senhores não estão a ser sérios, quando reclamam a falta de "racionalismo económico". As energias renováveis (eólica, hídrica, solar) é o melhor investimento a longo prazo que se pode fazer num Mundo movido a petróleo.
A perspectiva deste manifesto centra-se muito sobre o curto prazo, fazendo de conta que o custo de centrais nucleares a longo prazo não existe... Mas ele existe, e é muito, mas muito mau a todos os níveis.
Á superfície, um Mundo a energia nuclear parece um paraíso... Bolas, as empresas dão tudo... Constroem de borla. Cabe ao Estado pagar a sua exploração... e a sua destruição. E é aqui que a porca torce o rabo.
Uma central nuclear dura 50 anos. Durante esse tempo, teremos de lidar com custos ambientais.
Uma central nuclear precisa de lagos para refrigeração. Ora, em todos os países onde elas existem, há registos frequentes de fugas de materiais radioactivos para essas lagoas. Isto é algo escondido pelo lobbie do nuclear, mas hoje sabe-se que tais fugas não são acidentes, mas fazem parte do funcionamento normal dessas centrais.
Outros custos ambientais, advêm de acidentes, que acabam sempre por acontecer. Fuga radioactiva ali, fuga radioactiva acolá, etc.
Outro custo ambiental é o mais popular de todos... Resíduos, que não podem ser destruídos e só podem ser enterrados. Em Portugal, ninguém quer isso enterrado no seu quintal... Então o que temos de fazer? Contratar uma empresa estrangeira para ficar com ele. Mais dinheiro gasto.
Embora uma central nuclear não precise directamente de petrólo para trabalhar, precisa dele indirectamente. Quem é que mete na central o material que é necessário ao seu funcionamento? As centrais nucleares já vêm com tele-transportadores do universo "Caminho das Estrelas"? Não. A existência de uma central nuclear assegura um tráfego de cargueiros e de camiões movidos a motores de combustão interna.
Uma central nuclear não funciona a petróleo... Mas a reacção nuclear necessita de um recurso... Urânio. Esse recurso, como todos os outros, não é finito no presente. Muito menos o será, se todos os países no Planeta optarem por centrais nucleares. Ou seja, acabaremos com mais um "petróleo"...
E agora, o argumento final e mais pesado de todos... A reforma de uma central nuclear. Um pesadelo logístico e financeiro a todos os níveis. A partir daqui, as empresas que construíram e a exploraram, lavam as mãos. Agora é o Estado que paga tudo e mais alguma coisa. A central tem de ser desmantelada. O núcleo do reactor, altamente radioactivo, tem de ser removido, muito bem condicionado, transportado e depois enterrado. Quem é que quer isso enterrado no seu quintal? Ninguém. Ou seja, teremos de contratar mais uma empresa, para pôr isso nalgum país de Terceiro Mundo, como a Somália ou a Eritreia.
O custo envolvido é épicamente enorme. A central nuclear francesa de Brennilis em vez de funcionar 50 anos, funcionou 12. O custo do desmantelamento, foi de 480 milhões de euros! 20 vezes mais que o previsto! Durante os anos que funcionou, foram largados para o lago que refrigerava o reactor, plutónio, césio e cobalto.
É de referir também que o lugar ocupado por uma central nuclear, não pode ser populado em segurança, durante 1000 anos.
Por isso eu pergunto a esses senhores, onde é que está o seu "racionalismo económico"? Onde é que ele está? Eu não vejo. O investimento nas energias renováveis é caro, mas mais do que compensa a longo prazo. Reduz (e com persistência até pode eliminar) a dependência do petróleo e com isso, melhora a economia e o orçamento do país. É menos uma despesa que não existe. Enquanto que a maioria das centrais nucleares, só trabalha 24 anos em vez dos 50 anos prometidos! E depois são centenas de milhões de euros para gastar e uma área que não pode ser populada durante 1000 anos!
Estes senhores economistas não estão a falar a sério. Deve ser uma daquelas aventuras de gente que está perto da reforma e que não tendo nada para fazer, sentem-se aborrecidos.
A perspectiva deste manifesto centra-se muito sobre o curto prazo, fazendo de conta que o custo de centrais nucleares a longo prazo não existe... Mas ele existe, e é muito, mas muito mau a todos os níveis.
Á superfície, um Mundo a energia nuclear parece um paraíso... Bolas, as empresas dão tudo... Constroem de borla. Cabe ao Estado pagar a sua exploração... e a sua destruição. E é aqui que a porca torce o rabo.
Uma central nuclear dura 50 anos. Durante esse tempo, teremos de lidar com custos ambientais.
Uma central nuclear precisa de lagos para refrigeração. Ora, em todos os países onde elas existem, há registos frequentes de fugas de materiais radioactivos para essas lagoas. Isto é algo escondido pelo lobbie do nuclear, mas hoje sabe-se que tais fugas não são acidentes, mas fazem parte do funcionamento normal dessas centrais.
Outros custos ambientais, advêm de acidentes, que acabam sempre por acontecer. Fuga radioactiva ali, fuga radioactiva acolá, etc.
Outro custo ambiental é o mais popular de todos... Resíduos, que não podem ser destruídos e só podem ser enterrados. Em Portugal, ninguém quer isso enterrado no seu quintal... Então o que temos de fazer? Contratar uma empresa estrangeira para ficar com ele. Mais dinheiro gasto.
Embora uma central nuclear não precise directamente de petrólo para trabalhar, precisa dele indirectamente. Quem é que mete na central o material que é necessário ao seu funcionamento? As centrais nucleares já vêm com tele-transportadores do universo "Caminho das Estrelas"? Não. A existência de uma central nuclear assegura um tráfego de cargueiros e de camiões movidos a motores de combustão interna.
Uma central nuclear não funciona a petróleo... Mas a reacção nuclear necessita de um recurso... Urânio. Esse recurso, como todos os outros, não é finito no presente. Muito menos o será, se todos os países no Planeta optarem por centrais nucleares. Ou seja, acabaremos com mais um "petróleo"...
E agora, o argumento final e mais pesado de todos... A reforma de uma central nuclear. Um pesadelo logístico e financeiro a todos os níveis. A partir daqui, as empresas que construíram e a exploraram, lavam as mãos. Agora é o Estado que paga tudo e mais alguma coisa. A central tem de ser desmantelada. O núcleo do reactor, altamente radioactivo, tem de ser removido, muito bem condicionado, transportado e depois enterrado. Quem é que quer isso enterrado no seu quintal? Ninguém. Ou seja, teremos de contratar mais uma empresa, para pôr isso nalgum país de Terceiro Mundo, como a Somália ou a Eritreia.
O custo envolvido é épicamente enorme. A central nuclear francesa de Brennilis em vez de funcionar 50 anos, funcionou 12. O custo do desmantelamento, foi de 480 milhões de euros! 20 vezes mais que o previsto! Durante os anos que funcionou, foram largados para o lago que refrigerava o reactor, plutónio, césio e cobalto.
É de referir também que o lugar ocupado por uma central nuclear, não pode ser populado em segurança, durante 1000 anos.
Por isso eu pergunto a esses senhores, onde é que está o seu "racionalismo económico"? Onde é que ele está? Eu não vejo. O investimento nas energias renováveis é caro, mas mais do que compensa a longo prazo. Reduz (e com persistência até pode eliminar) a dependência do petróleo e com isso, melhora a economia e o orçamento do país. É menos uma despesa que não existe. Enquanto que a maioria das centrais nucleares, só trabalha 24 anos em vez dos 50 anos prometidos! E depois são centenas de milhões de euros para gastar e uma área que não pode ser populada durante 1000 anos!
Estes senhores economistas não estão a falar a sério. Deve ser uma daquelas aventuras de gente que está perto da reforma e que não tendo nada para fazer, sentem-se aborrecidos.
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