Desde puto ranhoso que sempre vi a tarefa de cortar o cabelo como uma chatiçe e perda de tempo...lá ia eu ao Sr Francisco da barbearia, idoso de cabelo grisalho perfeitamente arranjado (a melhor publicidade...mas seria ele a cortá-lo a si próprio?) e de bata branca, tipo medico, imaculadamente limpa. Admirava-o, porque tão facilmente discutia os jogos da ultima jornada, como a politica internacional e logo a seguir a cirurgia cardiaca mais complexa....sabia um pouco de tudo, um pouco como grande parte do pessoal que por cá anda neste fórum.. Com a diferença que raramente metia o pé na argola e dizia as coisas entre tesourada, com a maior das convicções.
O trabalho capilar era rapido, limpo e sem espinhas...até porque ele cortava à navalhada qualquer borbulha que rompesse no pescoço. E eu aguentava o raspar da lámina sem um queixume, que não é de "home" ser queixinhas...
Como a mão do sr Francisco já andava a ficar perigosamente trémula e comecei a recear pela minha jugular, (que ainda tenho filhos pequenos para cuidar) achei que seria melhor dar descanso ao Parkinson do barbeiro e mudar-me para outros poisos.
Com alguma vergonha, admito, entrei hoje para um desses salões unisexo, com cabeleireiros masculinos de ar assexuado e trejeitos duvidosos e cabeleireiras loiras de mamas proeminentes por baixo da bata tipo top e a tresandar a Chanel nº5.
Fui logo bombardeado com um questionário rigoroso, para preencher a ficha, dizem-me eles. Só faltou perguntarem quantos cms tinha o "zezinho", de resto chegou uma altura que fiquei na duvida se tinha ido ao cabeleireiro ou às Finanças.
Depois perguntam-me se tenho preferência por alguma funcionária, enquanto varias delas se perfilam diante de mim, como se estivesse a escolher uma coelhinha no bunny ranch da Playboy. Ainda pensei em perguntar em que cada uma delas era especializada mas achei que podia ser mal interpretado e respondi que podia ser qualquer uma dado que me pareciam todas de mama..., desculpem, qualidades igualmente boas.
A loira que me escolheu (e que me fez lembrar uma visita na minha puberdade a uma casa onde também havia muito pêlo e lavagem de zonas peludas) convidou-me a sentar numa cadeira tipo aquelas de teletransporte ou adormecimento em viagem intergalactica do Espaço 1999. Imediatamente começo a ficar na horizonal, com as pernas elevadas, com luzes de varias cores a piscar e a sentir massagens nas coxas, nalguedo e costas enquanto a loira cheirosa e carnuda me vai aplicando uma massagem capilar tal que começo logo o sangue a bombear para a cabeça e outras zonas mais irrigadas...
Não posso reduzir aquilo que me fizeram ao termo de "lavar o cabelo", porque a massagem estendeu-se da testa, até as sobrançelhas, passando pelo pescoço e nuca...a partir de certa altura já nem me lembrava o que tinha ido lá fazer e certamente o meu "coiro" nunca tinha levado uma enssaboadela destas, garanto! E a dita massagem prolongou-se de forma tão intensa que comecei a pensar se tinha levado dinheiro que chegasse na carteira e se tinha vestido cuecas lavadas esta manhã, não fosse alguem se ajoelhar ao meu lado para qualquer outro serviço contemplado, junto à cadeira massajadora e luminosa...
Quando finalmente a simpatica e bem afortunada pela natureza cabeleireira me pergunta como quero o corte, acho que devo ter gaguejado qualquer coisa imperceptivel...ainda estava com demasiado tesa...emoção do que tinha experienciado. O corte foi banal e digno de uma principiante se fosse na barbearia do Sr Francisco mas realmente valeu a pena, pela envolvência.
A partir de agora o sr Francisco que me desculpe mas vou cortar o cabelo mais amiude, nem que seja pelos preliminares.
O trabalho capilar era rapido, limpo e sem espinhas...até porque ele cortava à navalhada qualquer borbulha que rompesse no pescoço. E eu aguentava o raspar da lámina sem um queixume, que não é de "home" ser queixinhas...
Como a mão do sr Francisco já andava a ficar perigosamente trémula e comecei a recear pela minha jugular, (que ainda tenho filhos pequenos para cuidar) achei que seria melhor dar descanso ao Parkinson do barbeiro e mudar-me para outros poisos.
Com alguma vergonha, admito, entrei hoje para um desses salões unisexo, com cabeleireiros masculinos de ar assexuado e trejeitos duvidosos e cabeleireiras loiras de mamas proeminentes por baixo da bata tipo top e a tresandar a Chanel nº5.
Fui logo bombardeado com um questionário rigoroso, para preencher a ficha, dizem-me eles. Só faltou perguntarem quantos cms tinha o "zezinho", de resto chegou uma altura que fiquei na duvida se tinha ido ao cabeleireiro ou às Finanças.
Depois perguntam-me se tenho preferência por alguma funcionária, enquanto varias delas se perfilam diante de mim, como se estivesse a escolher uma coelhinha no bunny ranch da Playboy. Ainda pensei em perguntar em que cada uma delas era especializada mas achei que podia ser mal interpretado e respondi que podia ser qualquer uma dado que me pareciam todas de mama..., desculpem, qualidades igualmente boas.
A loira que me escolheu (e que me fez lembrar uma visita na minha puberdade a uma casa onde também havia muito pêlo e lavagem de zonas peludas) convidou-me a sentar numa cadeira tipo aquelas de teletransporte ou adormecimento em viagem intergalactica do Espaço 1999. Imediatamente começo a ficar na horizonal, com as pernas elevadas, com luzes de varias cores a piscar e a sentir massagens nas coxas, nalguedo e costas enquanto a loira cheirosa e carnuda me vai aplicando uma massagem capilar tal que começo logo o sangue a bombear para a cabeça e outras zonas mais irrigadas...
Não posso reduzir aquilo que me fizeram ao termo de "lavar o cabelo", porque a massagem estendeu-se da testa, até as sobrançelhas, passando pelo pescoço e nuca...a partir de certa altura já nem me lembrava o que tinha ido lá fazer e certamente o meu "coiro" nunca tinha levado uma enssaboadela destas, garanto! E a dita massagem prolongou-se de forma tão intensa que comecei a pensar se tinha levado dinheiro que chegasse na carteira e se tinha vestido cuecas lavadas esta manhã, não fosse alguem se ajoelhar ao meu lado para qualquer outro serviço contemplado, junto à cadeira massajadora e luminosa...
Quando finalmente a simpatica e bem afortunada pela natureza cabeleireira me pergunta como quero o corte, acho que devo ter gaguejado qualquer coisa imperceptivel...ainda estava com demasiado tesa...emoção do que tinha experienciado. O corte foi banal e digno de uma principiante se fosse na barbearia do Sr Francisco mas realmente valeu a pena, pela envolvência.
A partir de agora o sr Francisco que me desculpe mas vou cortar o cabelo mais amiude, nem que seja pelos preliminares.
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