São duas notícias um bocado chatas, mas que também dizem respeito à U. Leiria:
In: Futebol: União de Leiria - Leirisport ameaça penhorar passes de jogadores e pedir insolvência da SAD
E outra, bem mais dramática:
In: De camionista humilde a administrador da Leiria SAD. António Bastos acabou preso
O que vale, para já, é a campanha positiva no campeonato!
Futebol: União de Leiria - Leirisport ameaça penhorar passes de jogadores e pedir insolvência da SAD
A Leirisport, empresa municipal que gere o Estádio de Leiria, ameaça penhorar os passes de jogadores da União de Leiria e pedir a insolvência da SAD se, num prazo de oito dias, não for paga a fatura de utilização da infraestrutura.
"Desde o início da época desportiva, a UDL, SAD ainda não pagou um avo à Leirisport referente ao contrato" de utilização do estádio, acusa a empresa municipal em comunicado. A dívida ascende a 140 mil euros pela utilização do estádio e cerca de seis mil euros de catering.
O acordo entre as partes prevê que a Leirisport assegure os custos de eletricidade, limpeza, manutenção do relvado, recursos humanos e segurança, despesas necessárias à realização de jogos da Liga de futebol no Estádio Municipal de Leiria.
A Leirisport, empresa municipal que gere o Estádio de Leiria, ameaça penhorar os passes de jogadores da União de Leiria e pedir a insolvência da SAD se, num prazo de oito dias, não for paga a fatura de utilização da infraestrutura.
"Desde o início da época desportiva, a UDL, SAD ainda não pagou um avo à Leirisport referente ao contrato" de utilização do estádio, acusa a empresa municipal em comunicado. A dívida ascende a 140 mil euros pela utilização do estádio e cerca de seis mil euros de catering.
O acordo entre as partes prevê que a Leirisport assegure os custos de eletricidade, limpeza, manutenção do relvado, recursos humanos e segurança, despesas necessárias à realização de jogos da Liga de futebol no Estádio Municipal de Leiria.
E outra, bem mais dramática:
Crime
De camionista humilde a administrador da Leiria SAD. António Bastos acabou preso
por Rosa Ramos, Publicado em 02 de Dezembro de 2010
Empresário conhecido na zona Oeste por emprestar dinheiro e ajudar associações foi preso por ter morto a tiro um ladrão algemado pela GNR
Teve um padre - que nunca tinha pisado um tribunal antes - e até o presidente da Câmara na lista de testemunhas abonatórias. Mas nem assim o administrador da SAD da União de Leiria se livrou de ser condenado a 13 anos de cadeia por ter morto a tiro um assaltante que já estava algemado pela GNR, em Outubro do ano passado.
O empresário António Bastos diz-se "inocente" e garante que nunca teve "intenção de matar", mas o tribunal de júri, em Porto de Mós, teve um entendimento diferente. Deu como provado que o administrador da SÃS do Leiria teve intenção de assassinar a vítima quando disparou. A leitura do acórdão - que demorou duas horas - acabou com a assistência, onde estavam vários jogadores do plantel do Leiria e o treinador adjunto Ricardo Sá Pinto, a protestar. Mesmo tendo morto um homem a tiro, o empresário "continua a reunir o apoio da comunidade, quando na maioria das vezes, as pessoas se põem do lado da vítima", garante Raul Castro, presidente da Câmara de Leiria.
Veio do nada O empresário, sportinguista ferrenho e conhecido por emprestar dinheiro sem juros aos funcionários e apoiar "quase todas as instituições de cariz social", corporações de bombeiros e paróquias da zona da Batalha e de Leiria, cresceu na Quinta do Pinheiro, perto da Batalha. Os pais, uma família humilde, trabalhavam no campo e "andavam de bicicleta, o único meio de transporte que tinham", recorda Serafim França, antigo comandante do posto da GNR da Batalha, que quase comprou uma guerra com o Ministério Público quando disse, em tribunal, que a amizade de António Bastos com a GNR poderia ter surgido após "uma multa perdoada".
Entusiasta do mundo do futebol, até chegar a administrador da SAD da União de Leiria e empresário do ramo da construção e do imobiliário, António Bastos teve de subir a pulso. Conseguiu o primeiro emprego quando comprou uma camioneta para transportar materiais. Era o motorista a tempo inteiro, trabalhava por conta própria e conduzia "dia e noite", recorda o antigo comandante. Mais tarde, tornou-se sócio de uma empresa de cerâmicas e só depois chegou ao sector dos materiais de construção. O convite para administrar a SAD chegou em 2000. Não perdia uma partida do clube e até rezava antes dos jogos, revela David Barreirinhas, padre de Azóia e Barosa e antigo conselheiro espiritual do Leiria.
"É preciso entender o contexto em que tudo aconteceu. Ele já tinha sido assaltado várias vezes, foi um acto irreflectido e que pode acontecer a qualquer pessoa", diz o padre, que garante não ter dúvidas que António Bastos, "nunca seria capaz de atirar para tirar a vida" de alguém. "Há dois planos: o da ética e da moral e o da justiça. Por vezes é preciso que a justiça entenda o plano moral", sublinha o padre. Também o autarca de Leiria admite que o crime de António Bastos "é uma situação extrema, que pode acontecer a qualquer pessoa".
Por ordem do tribunal, o empresário ficou em prisão domiciliária, com pulseira electrónica, até que a sentença seja objecto de recurso ou transite em julgado. Enquanto António Bastos aguarda, na companhia da mulher e dos quatro filhos, o seu advogado de defesa, Rodrigo Santiago, garante ao i que vai recorrer da decisão para o Tribunal da Relação de Coimbra. João Bartolomeu, o presidente da SAD do Leiria, não pensa, para já, em substituir o empresário do cargo. "Não é hora de pensar nisso", disse ontem ao i.
De camionista humilde a administrador da Leiria SAD. António Bastos acabou preso
por Rosa Ramos, Publicado em 02 de Dezembro de 2010
Empresário conhecido na zona Oeste por emprestar dinheiro e ajudar associações foi preso por ter morto a tiro um ladrão algemado pela GNR
Teve um padre - que nunca tinha pisado um tribunal antes - e até o presidente da Câmara na lista de testemunhas abonatórias. Mas nem assim o administrador da SAD da União de Leiria se livrou de ser condenado a 13 anos de cadeia por ter morto a tiro um assaltante que já estava algemado pela GNR, em Outubro do ano passado.
O empresário António Bastos diz-se "inocente" e garante que nunca teve "intenção de matar", mas o tribunal de júri, em Porto de Mós, teve um entendimento diferente. Deu como provado que o administrador da SÃS do Leiria teve intenção de assassinar a vítima quando disparou. A leitura do acórdão - que demorou duas horas - acabou com a assistência, onde estavam vários jogadores do plantel do Leiria e o treinador adjunto Ricardo Sá Pinto, a protestar. Mesmo tendo morto um homem a tiro, o empresário "continua a reunir o apoio da comunidade, quando na maioria das vezes, as pessoas se põem do lado da vítima", garante Raul Castro, presidente da Câmara de Leiria.
Veio do nada O empresário, sportinguista ferrenho e conhecido por emprestar dinheiro sem juros aos funcionários e apoiar "quase todas as instituições de cariz social", corporações de bombeiros e paróquias da zona da Batalha e de Leiria, cresceu na Quinta do Pinheiro, perto da Batalha. Os pais, uma família humilde, trabalhavam no campo e "andavam de bicicleta, o único meio de transporte que tinham", recorda Serafim França, antigo comandante do posto da GNR da Batalha, que quase comprou uma guerra com o Ministério Público quando disse, em tribunal, que a amizade de António Bastos com a GNR poderia ter surgido após "uma multa perdoada".
Entusiasta do mundo do futebol, até chegar a administrador da SAD da União de Leiria e empresário do ramo da construção e do imobiliário, António Bastos teve de subir a pulso. Conseguiu o primeiro emprego quando comprou uma camioneta para transportar materiais. Era o motorista a tempo inteiro, trabalhava por conta própria e conduzia "dia e noite", recorda o antigo comandante. Mais tarde, tornou-se sócio de uma empresa de cerâmicas e só depois chegou ao sector dos materiais de construção. O convite para administrar a SAD chegou em 2000. Não perdia uma partida do clube e até rezava antes dos jogos, revela David Barreirinhas, padre de Azóia e Barosa e antigo conselheiro espiritual do Leiria.
"É preciso entender o contexto em que tudo aconteceu. Ele já tinha sido assaltado várias vezes, foi um acto irreflectido e que pode acontecer a qualquer pessoa", diz o padre, que garante não ter dúvidas que António Bastos, "nunca seria capaz de atirar para tirar a vida" de alguém. "Há dois planos: o da ética e da moral e o da justiça. Por vezes é preciso que a justiça entenda o plano moral", sublinha o padre. Também o autarca de Leiria admite que o crime de António Bastos "é uma situação extrema, que pode acontecer a qualquer pessoa".
Por ordem do tribunal, o empresário ficou em prisão domiciliária, com pulseira electrónica, até que a sentença seja objecto de recurso ou transite em julgado. Enquanto António Bastos aguarda, na companhia da mulher e dos quatro filhos, o seu advogado de defesa, Rodrigo Santiago, garante ao i que vai recorrer da decisão para o Tribunal da Relação de Coimbra. João Bartolomeu, o presidente da SAD do Leiria, não pensa, para já, em substituir o empresário do cargo. "Não é hora de pensar nisso", disse ontem ao i.
O que vale, para já, é a campanha positiva no campeonato!
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