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    #31
    Originalmente Colocado por jpcfc Ver Post
    Para quem chamou "macaquinhos" aos adeptos do Porto aqui no fórum, tens muito que aprender em termos de elevação e respeito mútuo.

    Já agora, a ideia de um tópico destes é de mestre...o que mais vai haver aqui é isenção
    Para ti, um belo link: Pesquisa global - Infopédia

    Siga o tema, que é bastante interessante!

    Comentário


      #32
      Originalmente Colocado por Abilio Ver Post
      O 24 Horas, é tão credível que até já foi extinto!

      Comentário


        #33
        Originalmente Colocado por Dannymad Ver Post
        Enganas-te. Falei com um dos editores da wikipedia sobre a questão, e já lhe disse o ocorrido. Quando tiver oportunidade vou editar aquilo como deve ser. Esperemos que depois deixes de lá ir vandalizar.
        Claro claro, agora eu é que vou vandalizar como se não tivesse mais nada para fazer. Entretêm-te à vontade com aquilo, lembra-te que a verdade vem sempre ao de cima por muito que a tentes camuflar.

        Comentário


          #34
          Há muitos outros títulos que foram extintos e não foi por falta de credibilidade!

          Comentário


            #35
            Não é da minha autoria e alguns podem conhecer de outros lados.

            Infelizmente, quem o fez já não está entre nós... simples e grande Benfiquista.

            Acerca da posta do 'Benfica só ganha com Salazar'

            Analisemos os números. O Estado Novo iniciou-se em 1926. O denominado Campeonato de Portugal teve a sua primeira edição em 1921/1922 e a última em 1937/1938. Da edição de 1926/1927 até à última a distribuição dos títulos foi esta:

            Sporting - 3
            Benfica - 3
            Belenenses - 3
            FC Porto - 2
            Carcavelinhos - 1

            Em 1934 criou-se a I Liga, a tal que tem dado alguma polémica relativamente ao verdadeiro número de títulos do Benfica. A sua primeira edição foi a de 1934/1935 e a última a de 1937/1938. Os títulos ficaram assim repartidos:

            Benfica - 3
            FC Porto - 1

            Por enquanto os defensores da teoria salazarista até que podiam ter algo a dizer. No entanto...

            A primeira edição do Campeonato Nacional da 1ª Divisão (que actualmente se denomina SuperLiga Galp Energia) realizou-se em 1938/1939. Desde esta primeira edição até de 1958/1959 (a última antes dos anos 60) a distribuição dos títulos foi esta:

            Sporting - 10
            Benfica - 6
            FC Porto - 4
            Belenenses - 1

            Pergunto-me, o que aconteceu a Salazar durante 32 anos? Não gostava de futebol? Era sportinguista?...
            Nas 10 edições do campeonato que se seguiram, uma equipa de fraca qualidade composta por jogadores sem nível como: Simões, José Augusto, Águas (ao ínicio), Torres, Costa Pereira, Coluna e um certo rapaz moçambicano do qual não me recordo do nome, venceram a competição por... 8 vezes, foi a metade das finais da Taça dos Campeões Europeus vencendo duas e foi mesmo considerada a melhor equipa da Europa. Provavelmente graças aos árbitros... Calma, 32 não é mais do triplo de 10? Não sei, posso não perceber muito de matemática. Ah! O Sporting durante esse período de tempo foi duas vezes campeão.

            Mas continuando a história. De 1969/1970 a 1973/1974 os títulos foram para:

            Benfica - 3
            Sporting - 2

            (Calma aí, o Salazar já não estava morto?)

            Deu-se finalmente a Revolução e o fim da ditadura encarnada. O Benfica tornou-se numa equipa vulgaríssima e sem capacidade para vencer campeonatos. Por isso, de 1974/1975 até 1993/1994, ano do penúltimo título do Benfica, estes foram os campeões:

            Benfica - 10
            FC Porto - 8
            Sporting - 2

            Ps: O meu objectivo com este post não é acusar ninguém... é ilibar outros.

            Comentário


              #36
              Originalmente Colocado por umqualquer Ver Post
              Uma imagem pra resumir o futebol português.

              Nessa foto a preto e branco ainda pensei que aparecesse o Salazar

              Comentário


                #37
                Originalmente Colocado por JUDEU Ver Post
                Nessa foto a preto e branco ainda pensei que aparecesse o Salazar
                Ora a esta a asneira que procurava!

                Comentário


                  #38
                  CMVM multa José Veiga em 30 mil euros

                  José Veiga, antigo director desportivo do Benfica, foi multado em 30 mil euros pela Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) por não ter respeitado o dever de comunicar as participações qualificadas detidas numa sociedade aberta e numa sociedade cotada. Apesar do comunicado da CMVM não indicar o nome da sociedade em causa, os anos a que os factos ocorreram ¿ 2003, 2004 e 2007 ¿ apontam para a posição accionista que o antigo dirigente tinha na Estoril SAD.

                  Na altura a que se reportam os factos, qualquer accionista cuja participação numa sociedade aberta atingisse ou ultrapassasse 10 por cento, 20 por cento, um terço, metade, dois terços ou 90 por cento dos direitos de voto, ou reduzisse para valores inferiores a esses limites, tinha o dever de comunicar à CMVM e à sociedade participada.

                  No caso das sociedades cotadas, caso da Estoril SAD, a estes limites acresciam ainda os de 2 por cento e 5 por cento dos direitos de voto. Em Novembro de 2007 entraram em vigor alterações a estas regras que introduziram novos deveres de comunicação para quem atinja ou ultrapasse os 15 por cento e 25 por cento dos direitos de voto em sociedade cotada ou reduz para valor inferior a estes limites.

                  Regras que, de acordo a CMVM, José Veiga não cumpriu. «Atentas as circunstâncias, decidiu esta Comissão proceder ao cúmulo jurídico das sanções e condenar o arguido numa coima única no montante de 30 mil euros», lê-se no comunicado da CMVM.

                  Comentário


                    #39
                    O BENFICA, A DEMOCRACIA E O ESTADO NOVO

                    •Ao contrário do que alguns querem fazer crer, nunca o Benfica foi o clube do
                    regime deposto em 25 de Abril de 1974. Antes pelo contrário. No Benfica já havia
                    democracia quando ela chegou ao País (eram célebres as assembleias gerais e as
                    eleições no Clube) e nele chegaram a lugares de destaque conhecidas figuras da
                    oposição. Além disso, o Benfica inaugurou campos a 5 de Outubro e não a 28 de
                    Maio, como outros o fizeram!...

                    “O Benfica era o clube do Regime”. Este é um dos ataques de que o Benfica
                    continua a ser vítima, relacionando o clube com o Estado Novo, regime que vigorou em
                    Portugal entre 1926 e 1974. Nada mais falso. O Benfica foi mesmo o clube que menos
                    ligações teve com a ditadura e que mais dores de cabeça provocou a Salazar. Embora,
                    nos últimos anos, por via das suas vitórias europeias e de ter Eusébio nas suas fileiras,
                    tivesse dado bastante jeito ao regime, a propósito da sua política ultramarina. O Benfica
                    nunca se serviu do regime (antes pelo contrário); o Benfica foi aproveitado pelo regime,
                    depois de por ele prejudicado ao longo de muitos anos.

                    Eleições democráticas

                    Bastará recordar o facto de, num país onde vigorava uma ditadura e onde as
                    eleições não eram livres, o Benfica ser um verdadeiro oásis, com as suas assembleias
                    gerais bem concorridas e democráticas e com as eleições para escolha dos seus
                    dirigentes, sempre muito participadas. Ainda antes de haver democracia no País já ela era
                    praticada no Benfica!

                    Presidentes oposicionistas

                    As raízes populares do Benfica, que têm a ver com a sua fundação (bem diferente da
                    do Sporting, por exemplo), nunca deixaram de se fazer sentir. E, ao contrário do que se
                    verifica nos outros clubes grandes (Sporting, FC Porto, até Belenenses), os sócios que
                    ascenderam à presidência do clube são de vários extractos sociais, desde um operário
                    (Manuel da Conceição Afonso) a um aristocrata (Duarte Borges Coutinho), um e outro
                    grandes presidentes que passaram pelo Clube. Mais que uma vez teve o Benfica
                    declarados oposicionistas ao antigo Regime como presidentes, casos mais flagrantes do
                    referido Manuel da Conceição Afonso, de Félix Bermudes e do capitão Júlio Ribeiro da
                    Costa, que não se quis recandidatar, uma vez que reconheceu que a sua presença à
                    frente do Clube estava a fazer com que este fosse seriamente prejudicado pelas entidades
                    oficiais. Recorde-se que, na altura, a organização desportiva nacional estava fortemente
                    dependente dos organismos oficiais e, nomeadamente, da Direcção-Geral dos Desportos,
                    na época, conhecida por “Direcção-Geral do Sporting”, tal a força que o clube de Alvalade
                    nela tinha… Nela e em várias outras instâncias do anterior regime, como se pode apreciar
                    através da composição do Conselho Leonino à data de 25 de Abril de 1974…
                    Outro exemplo elucidativo da distância que o Benfica mantinha do Estado Novo: o
                    primeiro director do jornal do Benfica, entre 1942 e 1945, foi José Magalhães Godinho,
                    conhecido oposicionista, que chegou mais tarde a presidente da Comissão Central do
                    Clube.
                    Mas o Benfica teve também como dirigentes e sócios de relevo figuras afectas ao
                    antigo Regime. No Clube não se faziam descriminações.

                    Sem campos de jogos

                    Enquanto o Sporting nasceu rico e nunca teve problemas com os seus campos de
                    jogos, em terrenos doados pelos seus aristocráticos fundadores, e o FC Porto foi bastante
                    ajudado na construção dos seus estádios, o Benfica passou por inúmeras dificuldades,
                    saltando de uns pontos para outros da cidade. Teve que deixar o campo em Benfica em
                    1923 para a construção de uma rua de acesso à antiga Escola do Magistério Primário que
                    só viria a ser uma realidade em… 1992! Foi expropriado do seu campo das Amoreiras
                    para construção do viaduto de acesso à auto-estrada para o Estádio Nacional, tendo então
                    que arrendar o antigo campo do Sporting, no Campo Grande. E só quase 50 anos depois
                    da sua fundação conseguiu (e mesmo assim durante muitos anos a título precário) os
                    terrenos na Luz, onde finalmente pode implantar o seu Estádio.

                    Uma questão de datas

                    Curiosas (e reveladoras!) as datas simbólicas utilizadas pelos clubes. O Estádio das
                    Antas foi inaugurado a 28 de Maio (de 1952), dia comemorativo da revolução que deu
                    origem ao Estado Novo. O antigo campo do Sporting que o Benfica viria a ocupar em 1941
                    ficava no topo do Campo Grande, então conhecido como Campo 28 de Maio. Não só o
                    Benfica nunca assim o designou (era, simplesmente, o campo do Campo Grande) como o
                    inaugurou a… 5 de Outubro, data comemorativa da implantação da República e bem
                    pouco do agrado do regime que então dirigia o País!

                    E ainda…

                    Há muitos outros exemplos que refutam claramente eventuais ligações do Benfica ao
                    antigo Regime. Desde as bandeiras do Benfica que substituíram as da antiga União
                    Soviética (proibidas) aquando das manifestações populares que se seguiram à vitória
                    aliada na II Guerra Mundial (1945) à proibição dos jornais falarem nos “vermelhos” quando
                    se referiam ao Benfica, passando a denominá-los “encarnados”. Desde o silenciamento
                    progressivo do antigo hino do Clube, composto por Félix Bermudes em 1929, denominado
                    “Avante pelo Benfica!” ao facto do Estádio da Luz apenas ter sido utilizado pela selecção
                    nacional 17 anos depois da sua inauguração, em 1971, ao invés dos estádios do Sporting,
                    FC Porto e Belenenses, que várias vezes viram neles jogar a selecção nacional. Isso nas
                    décadas de 50 e 60, quando a maioria dos jogadores da selecção era do Benfica! Era esta
                    a “forte influência” do Benfica durante o Estado Novo?

                    Benfica campeão… em democracia

                    Outro dos ataques feitos ao Benfica – e relacionado com a sua presumível ligação ao
                    Estado Novo – é a dificuldade que o Benfica teria com a implantação da democracia em
                    Portugal. Como resposta, basta publicar um quadro com as vitórias nos Campeonatos
                    Nacionais e Taças de Portugal nos 20 anos subsequentes ao 25 de Abril (1974-1994):

                    CN TP

                    Benfica 10 7
                    FC Porto 8 5
                    Sporting 2 2

                    Além disso, nesse período, o Benfica esteve em duas finais da Taça dos Campeões
                    Europeus e numa final da Taça UEFA.

                    As dificuldades por que o Clube passou nos últimos anos (e das quais está a
                    recuperar, como é bem visível) tiveram a ver essencialmente com aspectos internos… e
                    com argumentos extra-desportivos utilizados por outros e que a justiça já está a
                    averiguar…


                    Benfica, hoje e sempre! E sim, esta frase fui eu que escrevi.

                    Comentário


                      #40
                      Originalmente Colocado por Abilio Ver Post
                      Claro claro, agora eu é que vou vandalizar como se não tivesse mais nada para fazer. Entretêm-te à vontade com aquilo, lembra-te que a verdade vem sempre ao de cima por muito que a tentes camuflar.
                      Eu camuflar? Ou és tu? Não fui eu que duvidei de scans. Não sou eu que tenho interpretações tendenciosas. Onde estão os clubes condenados devido às afirmações de King? Pois ... E quanto à veracidade das afirmações, basta ler as contradições que estão na imagem da notícia que postaste, nem é preciso ir ao canto superior esquerdo ligar ao que a Bola diz sobre o jornal News of the World que pagou 400000 francos ao árbitro para dar a entrevista...afinal sou eu que tou a esconder alguma coisa ou és tu?

                      Comentário


                        #41
                        nao fiques assim

                        Comentário


                          #42
                          Verdade da Mentira - Porto Connection

                          Não sei se é um escandalo ou se somente é tentar fugir á verdade.

                          Mas a realidade é que muitos dizem ter uma idade que não têm.

                          Por exemplo façamos contas:

                          2010-1976 = 34

                          34 + 70 = 104


                          Pois é, o FCP tem 104 anos ao invés dos 116 apregoados.

                          Em 1976 comemorou com pompa e circunstância 70 anos.

                          Ora de 1976 até hoje são 34 anos.

                          Ou seja na ânsia de serem mais do que são, até na idade se mente.





                          A data do Jornal de Noticias não engana.

                          Como dizem os adágios populares

                          "Cesteiro que faz um cesto
                          Faz um Cento"

                          "Quem conta um conto
                          Acescenta um Ponto"

                          Comentário


                            #43
                            Xiiii, tanta gente precisar disto:

                            Comentário


                              #44
                              Originalmente Colocado por Goran Ver Post
                              Ora a esta a asneira que procurava!
                              Mas qual asneira?

                              Comentário


                                #45
                                Originalmente Colocado por LinoMarques Ver Post
                                Para ti, um belo link: Pesquisa global - Infopédia

                                !
                                Para ti, pega lá este : Dicionário Priberam da Língua Portuguesa - Significado de faccioso

                                Mais este: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa - Significado de conflituoso

                                Comentário


                                  #46
                                  ora tiraram-me o Mr King, trago Mr Langenhove:

                                  http://antonioboronha.blogspot.com/2...enta-e-um.html

                                  um excerto:
                                  "
                                  terminado o repasto e tendo jsc tratado dos 'negócios' que tinha a tratar zarpámos, os três, para 'lavar a vista' e beber um 'whisquinho' no, onde é que poderia ser?, 'elefante branco'.
                                  quem lá estava, para além de uma enorme multidão?
                                  a equipa de arbitragem chefiada por langenhove, césar correia e alder dante, que os acompanhavam, e dois funcionários do 'benfica', sendo um deles...loura e bonitinha...
                                  "
                                  trek

                                  Comentário


                                    #47

                                    Comentário


                                      #48
                                      Originalmente Colocado por ManuelBarbosa Ver Post
                                      Xiiii, tanta gente precisar disto:

                                      É o máximo que consegues dizer, eu sei Mas olha que podes aprender muito neste tópico... e eu, com metade da tua idade, tenho muito para te ensinar!

                                      Isto não começou porque sim... foi porque os tópicos dos clubes (O do Benfica, quase exclusivamente, vá) tem sido bombardeado com conversas destas... e a moderação lançou um aviso que ali, não. Portanto, abriu-se este tópico...


                                      JUDEU, nem mereces resposta

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                                        #49
                                        Originalmente Colocado por Trek8500 Ver Post
                                        ora tiraram-me o Mr King, trago Mr Langenhove:

                                        http://antonioboronha.blogspot.com/2...enta-e-um.html

                                        um excerto:
                                        "
                                        terminado o repasto e tendo jsc tratado dos 'negócios' que tinha a tratar zarpámos, os três, para 'lavar a vista' e beber um 'whisquinho' no, onde é que poderia ser?, 'elefante branco'.
                                        quem lá estava, para além de uma enorme multidão?
                                        a equipa de arbitragem chefiada por langenhove, césar correia e alder dante, que os acompanhavam, e dois funcionários do 'benfica', sendo um deles...loura e bonitinha...
                                        "
                                        trek
                                        Agora com a história do Queiroz, o Boronha deixou de ser credível para mim.

                                        Nesse mesmo blog fala num episódio com o Paulo Sousa enquanto jogador no Euro 2000, que tinha mandado o Humberto Coelho pro carvalho, e que não mereceu castigo nem nada, com a história do Queiroz, incrimina o homem por este ter mandado o seu amigo de infância (Luís Horta)e coincidentalmente o médico responsável pelo controlo anti-doping, pra ir pra mãe dele, mas já merece ser demitido por isso.

                                        Muito coerente de facto.

                                        Mas o Boronha sabe muito caldinho desse e de todos, não é só do Benfica.

                                        Comentário


                                          #50
                                          Eu podia continuar a responder-te, mas o meu tempo é mais valioso do que isso! Hasta la vista, babe!

                                          Comentário


                                            #51
                                            Eu tenho este texto, nem abona a favor nem contra....

                                            Inocêncio Calabote Culpado?
                                            Esta pérola da História, é o relato dos acontecimentos que originaram a 1ª
                                            Irradiação na Arbitragem. O outro foi Francisco Silva nos anos 80. Foi
                                            retirada do EXPRESSO on Line, e inclui entrevista com INOCÊNCIO CALABOTE, o
                                            àrbitro que marcou 3 penaltis, expulsou 3 jogadores e prolongou para lá dos
                                            100 minutos o ultimo jogo de um campeonato decidido por diferença de
                                            golos...

                                            Em 1959, acusado de ter prolongado um jogo de futebol para que o Benfica
                                            conquistasse o campeonato nacional de 1958-59, foi irradiado dos campos de
                                            futebol por corrupção, mas quem viria a ganhar seria o FC Porto. Hoje, o
                                            ex-árbitro algarvio Inocêncio Calabote continua a protestar a sua inocência.


                                            «A bem da nação»
                                            Era um domingo muito especial, o de 22 de Março de 1959, em termos de
                                            futebol, quer-se dizer. O calendário era outro, e o Campeonato Nacional da I
                                            Divisão da época 1958-59 vivia, nesse dia, a sua última jornada. E que
                                            jornada! Benfica e Porto, empatados em pontos e nos jogos disputados entre
                                            si, eram os únicos candidatos ao título. A separá-los, na corrida, apenas
                                            uma diferença de quatro golos favorável aos «azuis e brancos» (78-22 do
                                            Porto contra 71-19 do Benfica). Para se tornarem campeões, os «encarnados»
                                            teriam de ganhar o último encontro por uma vantagem superior em quatro golos
                                            àquela que os portistas conseguissem.
                                            Sem directos televisivos, o país estava suspenso, depois do almoço
                                            domingueiro, dos relatos que a Rádio, ainda sem transmissões em cadeia,
                                            assegurava, em simultâneo nessa tarde, dos dois encontros. O Benfica recebia
                                            na Luz, com casa cheia, o Desportivo da CUF, do Barreiro. O Porto, pela sua
                                            parte, enfrentava o Torreense, em Torres Vedras, a transbordar. E a
                                            expectativa era tanto maior quanto se sabia que CUF e Torreense, em riscos
                                            de descerem de divisão (como acabariam por descer, face às derrotas que
                                            sofreram nesse dia), iriam fazer a vida cara aos adversários. Os jogadores
                                            destes dois clubes tinham mesmo prémios especiais (e secretos) para o caso
                                            de conseguirem contrariar as naturais aspirações de vitória dos dois
                                            grandes.
                                            Inocêncio João Teixeira Calabote, árbitro da Comissão Distrital de Évora,
                                            foi escolhido para apitar o Benfica-CUF. Considerado e premiado pela
                                            Comissão Central de Árbitros, «pelo Desporto e a Bem da Nação», como o
                                            melhor da época 1952-53, era indicado à FIFA como árbitro internacional na
                                            época seguinte (distinção que voltaria a merecer em 1956-57) e apontado um
                                            ano depois pelo próprio presidente da Comissão Central, na altura Filipe
                                            Gameiro Pereira, como «do melhor que tem passado pelo sector da arbitragem»,
                                            numa entrevista concedida ao jornal «A Bola» em 26 de Março de 1955. E havia
                                            razões de sobra para escolher um juiz com o perfil de «honrado» e de
                                            «independente» como o de Inocêncio Calabote para arbitrar esse Benfica-CUF
                                            de 1959. É que ao longo da época, em particular durante a segunda volta, os
                                            «encarnados» tinham acumulado múltiplas razões de queixa contra as
                                            autoridades responsáveis pelos destinos do futebol.
                                            A primeira grande injustiça de que o clube da Luz se sentiu vítima, nessa
                                            época, girou em torno de um castigo de cinco jogos de suspensão aplicado a
                                            Chino, o influente extremo-direito da equipa. Quando a pena estava
                                            praticamente cumprida, o castigo foi reduzido para um jogo apenas!
                                            Jornadas mais tarde, depois de um protesto do Belenenses referente a um jogo
                                            com o Benfica ter sido aceite pelas autoridades federativas (primeiro por
                                            ter sido negado aos homens da cruz de Cristo um golo directo conseguido na
                                            marcação de um canto e depois pela barreira defensiva dos encarnados se ter
                                            alegadamente mexido antes de Matateu, a estrela da equipa, apontar um golo
                                            de livre), o clube da Luz viu o jogo de repetição ser marcado para a
                                            quinta-feira anterior à partida decisiva com a CUF.
                                            Por fim, o encontro que os «encarnados» disputaram em Alvalade, na penúltima
                                            jornada, no domingo anterior, ficara marcado por cenas de autêntico
                                            pugilato, que fizeram com que a equipa terminasse a partida com apenas nove
                                            jogadores, por expulsão de Ângelo e lesão de Artur.
                                            Minutos dramáticos
                                            O Estádio da Luz estava à cunha. A equipa de arbitragem - Inocêncio Calabote
                                            foi auxiliado por Madeira da Rocha e por Manuel Fortunato - foi a primeira a
                                            entrar em campo, uns cinco minutos antes da hora prevista para o início da
                                            partida, seguida, nos minutos seguintes, pela turma do Barreiro. Os
                                            responsáveis «encarnados» admitem que atrasaram o mais possível a entrada da
                                            sua equipa no relvado, de forma a poderem beneficiar do conhecimento do
                                            resultado em Torres Vedras. «Faltariam aproximadamente dois minutos para as
                                            quinze horas quando entrou a equipa do Benfica», declararia, mais tarde,
                                            Manuel Fortunato, um dos fiscais de linha, no âmbito de um processo
                                            disciplinar que viria a custar a irradiação de Inocêncio Calabote, mais de
                                            20 anos depois dos «bons serviços» que, unanimemente, prestou à arbitragem.
                                            «Havia numerosos fotógrafos dentro do campo para fotografar a equipa. Isto
                                            deu lugar a uma certa demora, tendo o árbitro procurado que os fotógrafos
                                            abandonassem o campo. Isto fez com que o jogo principiasse uns três minutos,
                                            aproximadamente, depois das quinze horas», adiantou o auxiliar.
                                            Apesar do esforço dos homens do Barreiro, a primeira parte correu de feição
                                            para as aspirações do Benfica, que chegou ao intervalo a vencer por 4-0. Aos
                                            58 minutos de jogo, o cufista Quaresma reduziu para 5-1, colocando assim o
                                            FC do Porto em vantagem. Mas o Benfica, em tarde inspirada, não tardaria a
                                            fazer os 6-1.
                                            Os últimos minutos, segundo relata a Imprensa da época, foram «dramáticos»
                                            nos dois campos. Primeiro, na Luz, Mendes fazia os 7-1, dando o título ao
                                            Benfica. Depois, em Torres, Noé marcava o segundo golo do Porto, empatando
                                            de novo a contenda entre os dois grandes. E, a vinte segundos do final desta
                                            partida, Teixeira elevava a marca para 3-0, colocando a faixa de campeão ao
                                            peito dos «azuis e brancos».
                                            Na Luz, os «encarnados» deram tudo por tudo ao longo dos seis derradeiros
                                            minutos da partida (dez, com os descontos) mas não conseguiram voltar a
                                            marcar. Por um só golo (81-22 contra 78-20), o FC do Porto, na altura
                                            treinado por Bela Guttmann sagrava-se campeão nacional.
                                            «Na manhã seguinte, em Évora, preenchi o relatório do jogo, que mandei para
                                            a Comissão. Tinha assinalado três penaltis e expulsado três jogadores da
                                            CUF. Creio que não houve mais nada de especial a registar.»
                                            Isto pensava ele, na sua inocência de Inocêncio puro, longe ainda de saber,
                                            como viria a apurar mais tarde, quantas coincidências nefastas se não podem
                                            cruzar no caminho dos inocentes. «Em 58-59, a presidência da Comissão
                                            Central de Árbitros, por força da rotatividade do cargo ou de qualquer coisa
                                            no género, foi parar às mãos do Belenenses, então um dos quatro grandes, na
                                            pessoa do dr. Coelho da Fonseca. O presidente anterior veio a Évora
                                            avisar-me um belo dia: 'Você ponha-se a pau, que a Comissão que entrou vem
                                            com intenções de o irradiar', disse-me ele, o Gameiro Pereira. Queriam
                                            vingar-se.
                                            «Logo de seguida, depois do tal Benfica-CUF, alegando má-fé minha no
                                            preenchimento do relatório do jogo - que teria começado não sei quantos
                                            minutos depois da hora, que teria tido um intervalo maior que o devido e um
                                            prolongamento excessivo também -, o dr. Coelho da Fonseca abriu-me um
                                            inquérito e não descansou enquanto não conseguiu que me fosse aplicada a
                                            pena de irradiação da arbitragem. Ao fim de 22 anos de bons e leais
                                            serviços, conseguiram pôr-me na rua alegando um pretenso erro meu de
                                            cronometragem. E se escrevi no relatório que prolonguei a partida durante
                                            quatro ou cinco minutos foi porque entendi que o devia ter feito e porque
                                            foi esse o tempo que o meu relógio realmente marcou. E qual é o relógio que
                                            conta?»
                                            Depois de mais de 20 anos dedicados à causa da arbitragem, Inocêncio
                                            Calabote viu-se irradiado por um pretenso erro de meia dúzia de minutos.
                                            «Não, nunca ninguém me acusou de suborno, de comprado ou de coisa no género,
                                            que nunca ninguém encontrou matéria para tal. Aplicaram-me a pena máxima só
                                            porque o meu relógio, pretensamente, não tinha o rigor de um cronómetro
                                            acima de qualquer suspeita.»
                                            E repete-se inocente, Inocêncio João Teixeira Calabote. Sem esperança nos
                                            homens, até que o esquecimento o liberte.
                                            AINDA hoje, quase 40 anos depois dos acontecimentos que viriam a marcar, de
                                            forma tão dramática, a sua vida, Inocêncio Calabote experimenta, mesmo sem
                                            querer, sentimentos contraditórios em relação ao que então se passou: por um
                                            lado, gostaria de poder esquecer, de ter artes para varrer tudo da memória e
                                            deixar a cabeça limpa, como uma casa arrumada, como se nada, alguma vez,
                                            tivesse realmente sucedido; por outro, a «injustiça» que lhe fizeram foi tão
                                            grande, tão violenta que o próprio corpo ainda agora se lhe arrepia todo
                                            sempre que, quando menos o espera, o fluir do sangue lhe traz de volta ao
                                            coração o sabor amargo do desamor dos homens.
                                            Nunca mais fui a um estádio, não sou capaz. Gosto de ver o futebol na
                                            televisão. Mas, depois, vou-me deitar, e a cabeça não pára, só quando
                                            consigo adormecer.»

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                                              #52
                                              E escandalos com o Sporting, ninguém arranja?

                                              Serão assim tão anjinhos?

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                                                #53
                                                NOTA:

                                                Nessa última jornada do «Calabote», ao que parece, o Porto ganhou o seu jogo com 2 golos nos descontos e a jogar contra 9.

                                                Não estou a acusar ninguém, mas também poderiam ser levantadas dúvidas ai.

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                                                  #54
                                                  Originalmente Colocado por 5k2tbm Ver Post
                                                  E escandalos com o Sporting, ninguém arranja?

                                                  Serão assim tão anjinhos?
                                                  Á 3 anos éramos queixinhas porque falávamos das arbitragens, nos dias de hoje tudo isso mudou...

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                                                    #55
                                                    Originalmente Colocado por 5k2tbm Ver Post
                                                    Serve este tópico para debate dos escandalos do futebol português, seguindo a sugestão dada por um moderador no tópico de um dos clubes.

                                                    Aqui fica, para recordar, a história do Guarda Abel:

                                                    Também já manda na Polícia! A imunidade de que ele goza enquanto ser o presidente do FCP vai acabar. Não dura para sempre! Esperto foi ele recandidatar-se, porque quando deixar o trono há-de haver muita gente a querê-lo meter nuns calabouços quaisquer.

                                                    Comentário


                                                      #56
                                                      E como nem sempre os corruptos só roubam os outros, também há quem roube as próprias instituições:

                                                      Este Verão de 2010, começaram as obras do novo Estádio do Atlético de Madrid, no «La Peineta», que ficará pronto em 2012/2013, deixando o Atlético de jogar no mítico Vicente Caldéron.





                                                      Na realidade o Estádio já existe na zona Este de Madrid como um "Estádio de Atletismo" com capacidade para 20.000 lugares, bem servido por transportes, nomeadamente a estação de metro do Estádio Olímpico, linha 7.
                                                      A ideia começou a ser pensada em 2006 pelo Presidente do Atlético de Madrid, Enrique Cerezo, foram ouvidos os sócios e apresentadas as linhas principais do projecto do futuro Estádio dos Colchoneros.

                                                      Redesenhado pelos Arquitectos Antonio Cruz e Antonio Ortizo, esta transformação obedecerá a um tipo de construção idêntico ao Emirate Stadium de Londres (que em Portugal tem um irmão, o Estádio da Luz) segundo os media Espanhóis.
                                                      Sendo assim, a Capital Espanhola ficará servida com um moderno Estádio de Futebol (e Olímpico), capaz de no futuro receber as chamadas provas maiores, pela possibilidade deste projecto poder colocar (e depois retirar) uma pista de Atletismo no Estádio criando-se assim a projecção para uns possíveis Jogos Olímpicos em Madrid lá para 2020 ou 2024.
                                                      Será a «Jóia da Coroa» da candidatura Olímpica de Madrid 2020, afirmou o Alcaide de Madrid, Ruiz-Gallardón, e, caso Madrid vença a candidatura aos Jogos Olímpicos de 2020 ou 2024, só depois disso é que o Estádio passa a ser definitivamente a casa oficial do Atlético de Madrid.
                                                      Obra pensada com critério e rigor Europeu, devido às exigentes normas que obrigam a que estas infra-estruturas, para poderem albergar grandes eventos, tenham acessos com capacidade de escoamento de pessoas e veículos (daí a construção de eixos rodoviários e do parque com capacidade para 3000 viaturas), de acordo com os mais elevados padrões de Segurança. Um aparte, relembrando que essa, é uma das razões para o facto do Estádio da Luz ( e outros Estádios) ter sido chumbado para a organização duma Final da Champions.



                                                      A mudança de Estádio, permitirá pôr em andamento a operação urbanística denominada Vicente Caldéron-Mahou, junto ao Rio Manzanares.

                                                      Na área de 31.000m2 do Estádio Vicente Caldéron será construída uma zona verde, denominado Parque Atlético de Madrid, e, no terreno com 61.521m2 onde existe agora a fábrica de cerveja Mahou, será edificado um parque residencial de qualidade superior com 175.000m2. Os benefícios desta operação, irão ser revertidos entre a Mahou (dois terços) e o Atlético de Madrid (um terço).
                                                      Em 12 de Dezembro de 2008, o Alcaide de Madrid, Ruiz-Gallardón e o Presidente do Atlético, Enrique Cerezo, apertaram as mãos no negócio em que por 195M€ pagos pelo Atlético de Madrid, o La Peineta iria ser convertido num Estádio de futebol com capacidade para 73.000 lugares.




                                                      «Al acto, celebrado en la sede de la Alcaldía, en el Palacio de Cibeles, han asistido los delegados de Urbanismo, Pilar Martínez; Seguridad, Pedro Calvo; y Hacienda, Juan Bravo; la consejera delegada de Madrid''16, Mercedes Coghen; el consejero delegado del Atlético de Madrid, Miguel Ángel Gil Marín, el entrenador, Javier Aguirre, y los jugadores Diego Forlán, Simao y Leo Franco.»

                                                      La Peineta empezará a transformarse en el estadio del Atlético en seis meses - Liga BBVA Atlético de Madrid - AS.com

                                                      Em 26 de Julho de 2007 o Benfica anuncia na CMVM

                                                      (http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/FR14385.pdf)

                                                      a venda do Simão abaixo da cláusula, ficando o Benfica com o tão famoso «direito de opção sobre a contratação de dois atletas ao clube espanhol». Numa conferência de Imprensa, carregada de emoção dias antes, Luís Filipe Vieira, fez o anúncio, acto esse que, precipitou a saída de José Veiga em definitivo da Benfica SAD, quando meses antes, na Argentina, tinha negociado a vinda de Oscar Cardozo e Bergessio para o Benfica. Sentindo-se atraiçoado pelo facto de em absoluto segredo, o triunvirato compostos por Luís Filipe Vieira, Domingos Soares Oliveira e Jorge Mendes terem vendido de forma “estranha” a pérola do plantel Benfiquista, demite-se.

                                                      Nessa altura, a venda abaixo do valor da cláusula de 25M€, causou estranheza, mas foi assimilada melhor ou pior, com base no tal direito de opção dos 2 jogadores, mentira bem urdida pelo actual Presidente do Benfica, para que não se alterassem alguns sectores contestatários do Benfica, ao qual somou a compra de Di Maria e Andrés Diaz ao Rosário Central.

                                                      As relações com o Presidente do Atlético começaram assim, favorecendo as hostes Espanholas, e desde então outros casos foram aparecendo.

                                                      Em Agosto de 2008, o Jogador José António Reyes, vem para o Benfica

                                                      (http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/FR19826.pdf)

                                                      revela-se um excelente reforço do plantel do Benfica, manifesta a sua vontade de continuar a jogar no Benfica, e em 2009, Rui Costa, já na altura o director Desportivo e Administrador do Futebol da Benfica SAD, tem a possibilidade de comprar o resto do passe do atleta, mas estranhamente não faz uso dessa possibilidade, deixando os 25% (2,65M€) do passe, a jogar no Atlético de Madrid na época seguinte, época essa em que Reyes ressurge em grande forma no Atlético de Madrid, ao qual Enrique Cerezo agradece.

                                                      Esta época, e é aqui que, começa a dar nas vistas todo este relacionamento entre ambos os Presidentes do Benfica e do Atlético, aparece vindo do nada, a intenção de compra por parte do Benfica, do guarda-redes Roberto Jiménez, que dispensado do Atlético de Madrid, defendera muito bem as cores do Saragoça, evitando o Clube de descer novamente à 2ª divisão Espanhola.

                                                      Tão agradecidos estavam os adeptos do Saragoça que queriam vê-lo definitivamente comprado, sabendo que, o Atlético de Madrid no ano anterior, tinha accionado a cláusula de recompra do atleta ao Recreativo por 1,25M€. Para tal, sabendo do interesse do Benfica através das notícias veiculadas nos jornais, dispuseram-se a fazer um esforço e ofereceram 2M€ pela compra do Roberto. Tristes e macambúzios, os dirigentes do Saragoça informaram os adeptos, que uma elevada proposta feita pelo Benfica deitava por terra as chances dele voltar.

                                                      Surpreendidos eles,
                                                      surpreendido o guarda-redes
                                                      ... e mais ainda surpreendidos os adeptos do Sport Lisboa e Benfica ficaram, quando foi declarado à CMVM o valor do negócio.

                                                      (http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/FR29149.pdf)


                                                      Oito milhões e meio de euros.

                                                      Meses antes, implorava Jesus pelo seu discípulo do Braga e da Selecção Portuguesa, de nome Eduardo, transmontano trabalhador e que se viria a mostrar ao mundo no Mundial na África do Sul, e que custava 4M€.

                                                      De candeias às avessas, com o Presidente do Braga, Empreiteiro, construtor do Centro de estágio do Seixal e amigos de longa data, Luís Filipe Vieira, recusou sempre a vontade ao actual Treinador do Benfica, por razões emocionais e também financeiras pelo que se pensava, pedindo-lhe para criar uma alternativa.

                                                      Jesus, tinha visto Roberto actuar e bem contra o Real Madrid e Barcelona, e referenciou o atleta, desconhecendo o valor do mesmo.

                                                      Da escolha do Roberto, do seu valor e das suas potencialidades, não vem esta crónica tecer nenhum comentário.

                                                      Outrora já foi feito, por isso mesmo o enfoco é os valores altamente estranhos que envolveram o negócio.

                                                      Estranhos até, refira-se, para a generalidade dos Espanhóis, deixando o Presidente Enrique Cerezo em estado de graça pelo valor com que vendeu o jogador, algo só antes possível com a invejável capacidade negocial de Bettencourt na compra do avançado Pongolle.

                                                      Eu sei que temos um Presidente no Sport Lisboa e Benfica que não é pago. É pública e cito, porque o próprio o afirmou várias vezes.

                                                      Luís Filipe Vieira entrou para o negócio da construção imobiliária, antes de ser Dirigente do Benfica.

                                                      Vem dividindo o tempo entre as suas empresas de Construção, com negócios em vários Países do Mundo, razão pela qual, por exemplo, mandou para Angola, o seu «Vice no Benfica» o Sr. Mário Dias, para dinamizar o crescimento das suas empresas nas áreas da construção, seja desportiva no caso da Can2010, seja residencial na cidade de Luanda.



                                                      Agora, com a janela de oportunidades criada com o novo estádio do Atlético de Madrid, e, acima de tudo com a oportunidade duma parceria simpática com Enrique Cerezo, que lhe possibilita às suas empresas de entrar na corrida e eventualmente construir no 175.000m2 do parque urbanístico Vicente Caldéron-Mahou, ganham outros contornos. Para mim e para alguns amigos espanhóis de Madrid, que me elucidaram quem é e como funciona o Presidente do Atlético de Madrid.

                                                      Enrique Cerezo era um produtor cinematográfico, amigo do polémico ex- Presidente, Jesus Gil y Gil, construtor e produtor imobiliário, Alcaide de Marbella, preso por corrupção, falsificação de documentos e desvios de fundos, que faleceu de enfarte em 2004. Entrou na Presidência do Clube de forma transversal, um pouco à imagem da forma como Vieira veio pela mão de vilarinho deixando a Presidência da SAD do Alverca que acabaria por definhar mais tarde.

                                                      Hoje, o valor do passe de Roberto, ainda está mais envolto em mistério, sendo que as fontes espanholas, esperam por ver se alguma das empresas de construção civil de Vieira ou dos seus amigos, irá fazer parte do grupo das privilegiadas empresas que edificarão no “caríssimo metro quadrado” ao largo do Rio Manzanares, uma das futuras pérolas da construção civil da Capital Espanhola, para poder entender aquilo que não passa no momento duma simples suspeição.

                                                      Saudações do Papoila Calmante

                                                      P.S. O empréstimo de Salvio é mais uma acha para a fogueira. Os valores pagos, fala-se em 2,6M€, desconhecendo-se se com opção de compra ou não, são em muito, inferiores aos valores oferecidos por outros clubes, e todos nós sabemos, que entre receber 4M€ em vez de 2,6M€, seja onde for ou com quem quer que seja, é sempre um mau negócio, e isso seria uma contradição na capacidade negocial de Enrique Cerezo que connosco “Benfica SAD”, ou melhor, com Luís Filipe Vieira, provou desde Simão nunca acontecer.

                                                      P.P.S. No Benfica sempre se falou das coisas com coragem, por essa razão, nunca foi um clube amordaçado ou do regime. Saímos do edifício da Rua do Regedor à rua, para comemorar o fim da 2ª guerra Mundial e do Fascismo, de bandeiras do Benfica ao alto, quando o Regime ditatorial Português não permitia o uso.


                                                      Nota posterior:

                                                      Depois de colocado este post, fomos contactados por outros Blogers que nos transmitiram para já a informação de que a Inland, empresa de Luís Filipe Vieira, detém desde 2008, 40% da empresa Abasolo que construiu os painéis fotovoltaicos do Estádio Cornélia- El Prat, do Espanhol de Barcelona, que foi inaugurado em 2 de Agosto de 2009, e recebeu em 2010 o prestigioso prémio Stadium Business Award.

                                                      Novo Estádio Do Espanhol Terá Painéis Solares

                                                      FCC galardonado por la mejor instalación deportiva mundial 2010 con el estadio del Espanyol. europapress.es


                                                      A Abasolo é ao que parece uma das Empresas que ganhou o concurso e que irão construir o novo projecto na Capital Espanhola.

                                                      Comentário


                                                        #57
                                                        Ó Abílio...finalmente disseste qq coisa de jeito.

                                                        Isso começa a explicar umas coisitas.

                                                        Comentário


                                                          #58
                                                          Um bom post do Abílio, embora já conhecesse a história, que muito me deixa apreensivo.

                                                          Comentário


                                                            #59
                                                            Originalmente Colocado por LinoMarques Ver Post
                                                            Eu podia continuar a responder-te, mas o meu tempo é mais valioso do que isso! Hasta la vista, babe!
                                                            Same here.

                                                            Comentário


                                                              #60
                                                              display, compreendo o que dizes E parece-me que consegues ver sem os óculos verdes sempre. Eu também tento ver sem os vermelhos...
                                                              Vou tentar ser o mais factual possivel.


                                                              Nos últimos tempos tem sido comum encontrar espalhada pela blogosfera uma redonda e persistente mentira, segundo a qual o Benfica seria um clube conotado com o antigo regime ou protegido pelo mesmo.
                                                              Em cerca de trinta anos de adepto de futebol nunca tinha ouvido tal coisa, e foi preciso aparecerem uns iluminados, fanatizados e instrumentalizados por um certo poder, para ver lançada no ar essa atoarda, como se se tratasse da mais cristalina das evidências.
                                                              A afirmação é tão absurda que não mereceria mais que o silêncio. Mas ainda assim, não gostaria de perder a oportunidade de deixar aqui algumas notas, para que os mais novos não se deixem enganar, e a partir das quais se pode ver o ridículo em que caem aqueles que, por fraqueza de espírito, ingenuidade ou ignorância, se deixam manipular e fanatizar por quem deles se serve e assim perpetua um poder bem mais absoluto do que devia, e para o qual a ética e a justiça estão, não na ponta da espingarda como diria Mao-Tse-Tung, mas sim numa qualquer comemoração triunfante na Alameda das Antas. Vejamos:

                                                              1 - Será o menos importante, mas para começar, a cor vermelha diz bastante. Salazar, que nem sequer gostava de futebol, nunca patrocinaria um clube com as cores da sua figadal inimiga União Soviética. A comunicação social até foi forçada a utilizar a palavra “encarnados” para descrever o Benfica, de modo a não conjugar “vermelhos” com “vencedores”, o que poderia ser dramático para o regime. Ao contrário do Real Madrid – que usava cores queridas aos falangistas de Franco -, o Benfica usava as cores da revolta. Diria até que, por exemplo, o azul e o branco ficariam esteticamente bem melhor com toda a simbologia salazarista.

                                                              2 - O Estado Novo teve início em 1926 e começou a desintegrar-se em 1961 com as crises estudantis e a guerra colonial. Pois foi precisamente na fase decadente do antigo regime que o Benfica emergiu como força dominante do desporto português.
                                                              Nos primeiros vinte e cinco campeonatos nacionais (entre 1934 e 1959, ou seja o período mais relevante do Salazarismo), a lista de vencedores é encabeçada pelo Sporting com 10 títulos, seguindo-se o Benfica com 9, o F.C.Porto com 5 e o Belenenses com 1. O Benfica tinha portanto vencido 36 % dos campeonatos – em 2008 tem 42%...

                                                              3 - O 25 de Abril foi, como todos sabem, em 1974. Pois nas três épocas seguintes o Benfica foi tri-campeão !. Nos vinte anos a seguir à revolução o clube da Luz, não parecendo sentir nada o fim da ditadura, venceu 10 campeonatos, 7 taças, e foi a 3 finais europeias. No mesmo período o F.C.Porto conquistou 8 campeonatos, 5 taças e foi a 2 finais europeias. O Sporting venceu 2 campeonatos e 2 taças.
                                                              A crise benfiquista, e a consequente hegemonia portista, deu-se apenas devido às sucessivas má gestões de Jorge de Brito (neste caso mais de quem o acompanhava), e sobretudo, Manuel Damásio e Vale e Azevedo que, paralelamente a outros aspectos, abriram campo aos triunfos portistas das últimas decadas.

                                                              4 - Por falar em presidentes, o Benfica foi ao longo da sua história, e enquanto durou o regime anterior, quase sempre presidido por ilustres oposicionistas. Félix Bermudes foi perseguido pela PIDE, e no consolado de Tamagnini Barbosa o clube chegou a correr o risco de ser encerrado pelo governo por alegadamente estar tomado por “conspiradores”. Um outro presidente (Júlio Ribeiro da Costa) teve mesmo de se demitir para que o clube não fosse mais penalizado pelo regime, dada a sua forte conotação política com a oposição. O Benfica chegou a ter um presidente operário (Manuel Afonso, também, naturalmente, oposicionista), e foi, de longe, o clube desportivo que mais problemas criou a Salazar, como de resto seria de esperar numa agremiação tão marcadamente popular desde a sua fundação.

                                                              5 - Os órgãos sociais do Benfica sempre foram eleitos democraticamente, o que por diversas vezes foi alvo do olhar recriminador da PIDE, que acompanhou os actos eleitorais e assembleias-gerais bem de perto. Durante muitos anos foi o Benfica a única das grandes instituições do país onde o poder era escolhido através de voto livre e democrático. Nem o Jornal do clube escapou à perseguição, sobretudo quando tinha à sua frente José Magalhães Godinho.

                                                              6 - Os poderes públicos apoiavam tanto os “encarnados” que em 1956 escolheram o Sporting – por convite - para participar na primeira edição da Taça dos Campeões Europeus, apesar do campeão da época anterior ter sido o Benfica.

                                                              7 - O Estádio das Antas, construído com fortíssima ajuda do regime, e financiado por gente a ele ligada, foi inaugurado num dia 28 de Maio, data em que Gomes da Costa havia partido do norte em direcção a Lisboa para instalar a ditadura em Portugal, 26 anos antes. Curiosamente, o Benfica estragou a festa e venceu por…2-8 !!
                                                              Pelo contrário, o Estádio da Luz foi construído (muitas vezes literalmente) pelos sócios do Benfica, sem recurso a quaisquer subsídios, e permitiu ao clube acabar com os sucessivos despejos a que foi sujeito e a que foi estoicamente resistindo. Curiosamente, o estádio que o Benfica utilizava antes tinha sido arrendado pelo Sporting (clube da aristocracia lisboeta), que então lhe chamava Estádio 28 de Maio. O Benfica não só fez questão de o inaugurar num dia 5 de Outubro, como lhe mudou o nome, designando-o apenas por “Campo Grande”.

                                                              8 - No início dos anos quarenta, época dourada de Salazar, o F.C.Porto beneficiou da ajuda dos seus influentes homens do poder para, através de dois cirúrgicos alargamentos, evitar cair para a segunda divisão, após se ter classificado em terceiro lugar no seu campeonato regional, que na altura apurava as equipas (os dois primeiros) para a prova nacional. Mal se sabia que, décadas e décadas depois, seria novamente a sua influência a evitar a descida, agora por motivos bem diferentes, e bem mais nebulosos.



                                                              9 - Como referiu Manuel Alegre – insuspeito de salazarismo – os relatos dos jogos do Benfica, e as suas vitórias, eram motivo de grande regozijo entre os exilados políticos. O Benfica era mesmo, para alguns deles, o único motivo de orgulho no seu país.

                                                              10 - O Benfica foi campeão europeu com jogadores que faziam parte dos movimentos de libertação das colónias, como Santana e Coluna. Obviamente que Salazar não teve alternativa senão engolir o sapo e colar-se ao êxito do clube, aproveitando-se dele para efeitos políticos.

                                                              11 - Nas comemorações da vitória aliada na segunda guerra mundial, toleradas por Salazar apenas por receio de represálias dos vencedores – sobretudo a tradicional aliada Inglaterra – viram-se nas ruas bandeiras de França, dos Estados Unidos, de Inglaterra e…do Benfica, estas naturalmente substituindo as da URSS, e utilizadas por oposicionistas comunistas.

                                                              12 – O hino do Benfica (“Ser Benfiquista”) cantado por Luís Piçarra não é o original do clube. O primeiro hino, composto por Félix Bermudes, chamava-se “Avante Benfica” e foi silenciado pelo regime.

                                                              13 – O Estádio da Luz passou 17 anos, desde a sua fundação, sem ser utilizado pela selecção nacional. Só já nos anos setenta se disputou o primeiro jogo de Portugal num estádio benfiquista. Nunca se jogou a final da taça na Luz ou em qualquer outro estádio utilizado pelo Benfica, ao contrário do que aconteceu nas Antas, onde o F.C.Porto disputou (em casa) nada menos que três finais, antes e depois do 25 de Abril.

                                                              14 - O primeiro grande escândalo de arbitragem na história do futebol português valeu um título ao F.C.Porto. Estávamos em 1939, no auge da ditadura salazarista, e no jogo decisivo os “vermelhos” viram um golo anulado nos últimos instantes, que valeria a vitória e o título. Também a história Calabote (que foi irradiado) está mal contada – e em breve poderei falar dela -, e de resto redundou num outro título para o F.C.Porto, que aliás já na altura demonstrava uma propensão enorme para se envolver em questões desta natureza.

                                                              15 – Ao longo dos anos do regime ditatorial, as situações em que os poderes públicos e federativos prejudicaram o Benfica administrativamente sucederam-se. Uma das mais conhecidas foi a não autorização para adiar o jogo da Taça de Portugal frente ao V.Setúbal, marcado para o dia seguinte à final de Amsterdão em 1962. Mas houve outras, como a marcação da repetição de um jogo para três dias antes da tal jornada de Calabote, obrigando o Benfica a um desgaste adicional que lhe poderá ter custado o título.

                                                              16 – Nunca em tempo algum o Benfica teve um seu sócio, ou mesmo adepto, como presidente de organismos ligados à arbitragem do futebol. O F.C.Porto é o que se sabe, e o Sporting também não se pode queixar pois tem agora lá um “emblema de ouro”.

                                                              17 - O Benfica conquistou mais títulos nacionais nas modalidades extra-futebol em democracia (57), do que em ditadura (44). Ao contrário, por exemplo, do F.C.Porto, que à excepção do caso específico do hóquei em patins, tem mais títulos antes da revolução de Abril do que depois (25 antes -19 depois).

                                                              18 - O Benfica tem entre os seus adeptos gente de todos os estratos sociais e sectores políticos. Mas convenhamos que Álvaro Cunhal, José Saramago, Xanana Gusmão, António Guterres, Jerónimo de Sousa, António Vitorino de Almeida, Artur Semedo, Manuel Alegre, Miguel Portas e muitas outras figuras da esquerda portuguesa, simpatize-se mais ou menos com elas, nunca seriam seguramente adeptos de um clube de algum modo relacionado com o regime fascista.


                                                              20 – Seria interessante também fazer a contabilidade dos adeptos e sócios do Benfica nas ex-colónias. Como seria possível haver tantos benfiquistas, por exemplo, em Angola e Moçambique, se o clube tivesse alguma conotação com o regime que durante anos lhes negou a independência e lhes deu a guerra ?


                                                              Post antigo, também

                                                              Tirei um posto porque, apesar de serem abonatório para com o Benfica, podia criar polémica As velhas questões do Norte e do Sul. E não seria justo para todos os Benfiquistas, a meu ver...

                                                              Comentário

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