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Crise desde 2011, 2022,... 2030... Até quando?[AVISO Página#2709-Post#81255]

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    Originalmente Colocado por wanderoli Ver Post


    Eu percebo que a IL não entende o contexto actual do país.

    Por este caminho, IL está condenada a desaparecer porque insiste em ter um discurso que a classe media (que olha para imigrantes como aliens que lhe vêm roubar emprego ou baixar plafond salarial) nem quer ouvir falar.
    A classe média assalariada está em dificuldades e não quer saber dos problemas de mão de obra nas empresas ou sistema piramidal da SS: problema é o dinheiro no bolso e os imigrantes.

    Partidos que defendem e se comprometem com a narrativa da imigração como necessidade não vão longe.

    Não estou a dizer que não são necessários imigrantes mas fazer política sem saber comunicar para o país real é muito pouco inteligente da parte da IL

    O fenómeno da imigração é extremamente impactante na vida das pessoas, em todas as classes e profissões gerando situações e fricções muito complicadas nas empresas e na sociedade.

    Se a IL quer fazer política com discurso direcionado os quadros superiores bem pagos (minoria) ou empresários isso é legítimo mas não passará nunca dos 5%.

    Meus caro ILianos, e com todo o respeito : estais preocupados com nepalesess que buscam uma vida melhor? Peeocupem-se primeiro com os vossos, com o Zé tuga se não quer uma vida melhor antes de se preocuparam com estrangeiros e deixem essa preocupação com estrangeiros para o Bloco de Esquerda.

    Não transformem o IL num partido travestido.
    A IL tem um problema, mas é um problema que não é da IL. A IL está a falar para pessoas burras e as pessoas burras não percebem absolutamente nada que saia da conversa normal de tasca de outros paridos. (estou a falar de uma forma macro dos Portugueses e não estou a particularizar).
    A posição da IL é super ponderada e ajustada ao tema da Imigração. Precisamos deles, mas temos de os controlar.
    A posição da esquerda é, venham todos que nós damos tudo a todos.
    A posição da extrema direita é, morram todos.
    E a posição da IL é, venham aqueles que nós precisarmos e que sejam elegíveis (o tal controlo).

    Claro que o tuga médio, não percebe patavina do que o homem disse e do que deixou implícito.

    Comentário


      Originalmente Colocado por paulofer Ver Post

      O problema é com todos diferenciados ou indiferenciados... pelo menos tendo em conta o que dizes. O problema está no número.
      Por isso se o problema é o número estás contra todos.

      Em todo o caso o problema continuo a achar é muito mais mediático que realista. Dá jeito aos extremos que o mesmo esteja sempre no dia a dia e há quem o alimente, apenas e só por estratégia politica.
      Curiosamente a cidade que mais deve ter recebido emigrantes proporcionalmente à sua população nos últimos anos, (Braga) continua o seu caminho sem grandes sobressaltos, (tirando obviamente e mais uma vez um ou outro anormal das internets) e com crescimento a todos os níveis que interessam (económico, exportações, criação de emprego, investimento, turismo) bem acima do país.
      Onde é que fica o Martim Moniz de Braga? Só para me situar.

      Sabes perfeitamente (a maioria dos utizadores do fórum, com jeito mal passaram por Braga) que não é comparável o tipo de imigrante em Braga, do que se passa em Lisboa, Alentejo...e sim, tem influência nos sobressaltos.

      Comentário


        Originalmente Colocado por DeCeIi Ver Post

        Associar imigração com problemas de habitação? Menos...
        Mais população, a mesma quantidade de fogos...não há qualquer relação (mesmo que seja seja apenas uma parte do problema) #TáSerto.

        Comentário


          Originalmente Colocado por Ccorreia Ver Post

          Será mesmo assim ?
          as vendas dos S24ultra e iphone 15 pro estão em alta
          no top 3 de vendas (abr/24) em PT está lá a Mercedes e a Bmw
          as viagens/cruzeiros/destinos exóticos batem recordes
          os restaurantes de lisboa estão cheios (basta ir ao solar dos presuntos durante a semana ao almoço ou jantar)
          os concertos tipo coldplay e festivais sempre cheios
          70% das famílias tem casa própria
          as casas ade 400/500k vendem-se num instante
          ...
          isto é só alimentado pela classe alta ?
          Preço médio dos telefones vendidos em Portugal foi 383€. e cerca de 25% da população portuguesa trocou de telemóvel este ano.
          Para uma média destas, que é enviesada por cada compra de telefones de 2000€ ou 1500€, quantos telemóveis de baixa gama tiveram de ser vendidos (na casa dos 100/150/200€? Pena só ter acesso à notícia do Dinheiro vivo, porque gostava de ver valores reais de venda. Tenho muitas dúvidas que o número concreto de telemóveis topos de gama vendidos será relativamente baixo face à população portuguesa, mesmo tendo em conta as campanhas de trocas e de pagamentos prestacionais que se praticam hoje em dia.

          Também è verdade que conheço quem compre esses telefones a pagar em 2 anos (50€/mês +-), dando o usado sempre à troca!

          Comentário


            Originalmente Colocado por Z00L Ver Post

            Mais população, a mesma quantidade de fogos...não há qualquer relação (mesmo que seja seja apenas uma parte do problema) #TáSerto.
            Subarrendamentos com sobrelotação das habitações, que fazem disparar os valores de arrendamentos, deve ser má lingua...

            Comentário


              Originalmente Colocado por Z00L Ver Post

              Onde é que fica o Martim Moniz de Braga? Só para me situar.

              Sabes perfeitamente (a maioria dos utizadores do fórum, com jeito mal passaram por Braga) que não é comparável o tipo de imigrante em Braga, do que se passa em Lisboa, Alentejo...e sim, tem influência nos sobressaltos.
              Isso tens que perguntar ao user que falou disso. Eu falei de Braga no contexto da imigração que existe hoje e na quantidade de imigração.
              Se há problemas concretos e específicos devem ser resolvidos como tal. Se há sobressaltos específicos e localizados devem ser resolvidos como tal sem generalizações que é o que mais se vê.

              Comentário


                Originalmente Colocado por Spinnaker Ver Post

                Preço médio dos telefones vendidos em Portugal foi 383€. e cerca de 25% da população portuguesa trocou de telemóvel este ano.
                Para uma média destas, que é enviesada por cada compra de telefones de 2000€ ou 1500€, quantos telemóveis de baixa gama tiveram de ser vendidos (na casa dos 100/150/200€? Pena só ter acesso à notícia do Dinheiro vivo, porque gostava de ver valores reais de venda. Tenho muitas dúvidas que o número concreto de telemóveis topos de gama vendidos será relativamente baixo face à população portuguesa, mesmo tendo em conta as campanhas de trocas e de pagamentos prestacionais que se praticam hoje em dia.

                Também è verdade que conheço quem compre esses telefones a pagar em 2 anos (50€/mês +-), dando o usado sempre à troca!
                Nesses números tal como nos carros devem haver muita empresa (mesmo que utilização pessoal) o que enviesa completamente os números.
                Em todo o caso se a média for 383€ em 2,5milhões de telemóveis parece-me realmente um valor alto. Eu nunca comprei um telemóvel nem sequer perto desse valor, anda mais na metade disso. Por cada um de 200€ há alguém a comprar um de 600€.

                Comentário


                  Originalmente Colocado por paulofer Ver Post

                  Isso tens que perguntar ao user que falou disso. Eu falei de Braga no contexto da imigração que existe hoje e na quantidade de imigração.
                  Se há problemas concretos e específicos devem ser resolvidos como tal. Se há sobressaltos específicos e localizados devem ser resolvidos como tal sem generalizações que é o que mais se vê.
                  Que asséptico,

                  Comentário


                    A TAp continua com bons números sempre no bom caminho.
                    Ah e tal tivemos muito prejuízo porque temos que pagar salários que tiveram um grande aumento, ou seja não temos dinheiro, isto dá prejuízo mas damos aumentos. Normalmente devia funcionar ao contrário, primeiro ter resultados para depois se pensar na distribuição.
                    E ainda lá metemos 3mil milhões para despachar uns milhares de funcionários, não fosse isso e os números deviam ser ainda mais assustadores.

                    Comentário


                      Originalmente Colocado por paulofer Ver Post

                      Nesses números tal como nos carros devem haver muita empresa (mesmo que utilização pessoal) o que enviesa completamente os números.
                      Em todo o caso se a média for 383€ em 2,5milhões de telemóveis parece-me realmente um valor alto. Eu nunca comprei um telemóvel nem sequer perto desse valor, anda mais na metade disso. Por cada um de 200€ há alguém a comprar um de 600€.
                      e um de 1500 dá para quantos comprarem um de 200? e um de 2000 dá para quantos comprarem um de 200?
                      A Moda é, de certeza absoluta, muitíssimo inferior à média, neste caso.

                      Comentário


                        Originalmente Colocado por wanderoli Ver Post
                        A classe média assalariada está em dificuldades e não quer saber dos problemas de mão de obra nas empresas ou sistema piramidal da SS: problema é o dinheiro no bolso e os imigrantes.
                        Originalmente Colocado por wanderoli Ver Post
                        Não estou a dizer que não são necessários imigrantes mas fazer política sem saber comunicar para o país real é muito pouco inteligente da parte da IL

                        O fenómeno da imigração é extremamente impactante na vida das pessoas, em todas as classes e profissões gerando situações e fricções muito complicadas nas empresas e na sociedade.

                        Se a IL quer fazer política com discurso direcionado os quadros superiores bem pagos (minoria) ou empresários isso é legítimo mas não passará nunca dos 5%.

                        Meus caro ILianos, e com todo o respeito : estais preocupados com nepalesess que buscam uma vida melhor? Peeocupem-se primeiro com os vossos, com o Zé tuga se não quer uma vida melhor antes de se preocuparam com estrangeiros e deixem essa preocupação com estrangeiros para o Bloco de Esquerda.

                        Não transformem o IL num partido travestido.
                        Originalmente Colocado por TURBO Ver Post

                        A imigração e o voto populista no Algarve

                        Respondido PeLeve?, que soco a peça...

                        É escusado Ó wanderoli, são vazios.

                        Comentário


                          Originalmente Colocado por Spinnaker Ver Post

                          e um de 1500 dá para quantos comprarem um de 200? e um de 2000 dá para quantos comprarem um de 200?
                          A Moda é, de certeza absoluta, muitíssimo inferior à média, neste caso.
                          Recorde 2023 --- mil milhoes de €uros

                          (quando custa os modelos mais baratos da Apple e Samsung)


                          https://www.google.com/amp/s/droidre...e-em-2023/amp/

                          Screenshot_20240510_111848_Chrome.jpg Screenshot_20240510_111722_Chrome.jpg
                          Ficheiros anexados
                          Editado pela última vez por Ccorreia; 10 May 2024, 10:36.

                          Comentário


                            Originalmente Colocado por paulofer Ver Post

                            Para limpar a tua/nossa porcaria, para lavrar os campos, para apanhar as batatas que tu e eu não queremos vergar a mola no duro a 40graus, para trabalhar num marmorista por exemplo. Isto e mais umas centenas de tarefas que o pessoal hoje em dia não quer. Na construção não apanhas um gajo com menos de 40 anos (e se calhar a a ver por baixo) e não é mal pago no geral aos dias de hoje.
                            Essa é a parte bastante simples.

                            Mais simples é a resposta ao não se fazem mais filhos europeus, no geral por puro egoísmo, o pessoal quer é boa vida, estudar, correr o mundo até aos 30 e tal, depois logo se vê o que dá e talvez aos 40 tem o 1º filho ou nem tem nenhum para não ficar "preso". Não é por falta de condições na sua grande maioria.
                            E precisamos porque as nossas reformas são um sistema em pirâmide que quando ela inverter vais/vamos receber ar e vento.

                            O problema são as regras e a fala de capacidade do Estado para controlar tudo e todos. Na imigração podes ter brasileiros ucranianos com raízes culturais semelhantes às nossas ou podes ter indianos e paquistaneses que estão nos antípodas. Nós temos a capacidade de escolher o que queremos e quando queremos.
                            Dito isto custa-me ver muitas das conversas que pululam pelas internetes (este fórum é só um bom exemplo) e mesas de cafés, racistas, xenófobas e afins, no geral sem grande sentido. Mas é o mundo de hoje.



                            Então, dizes que as condições são boas, os portugueses é que são egoístas e tal ... mas admites que também não vais para a apanha da batata no duro a 40 graus.

                            Então mas as condições não são boas ? 🤣

                            Na verdade, não te posso censurar por preferires não passar o dia a encher sacas de batatas e depois a carregá-las para cima do tractor.
                            ( Pois no fundo sabes bem que as condições não são "boas", mas sim uma m3rd4 para fazer disso vida. )

                            Onde te censuro, é fingidamente tentares legitimar e continuar a condenar os portugueses à pobreza, e achares aceitável o recurso de importar para cá gente disposta a ser explorada.
                            Gente que em grande parte não vai beneficiar o país nem a população, mas sim apenas os exploradores da mão-de-obra barata, grupos criminosos e respectivos chulos da política.


                            Num país cada vez mais miserável, que sobrevive como pedinte da UE, pejado de corrupção, baixos rendimentos e custo de vida galopante .... tu vens com a doutrina :

                            - " ... os estrangeiros são necessários para fazer os trabalhos que os portugueses não querem ... " ;
                            - " ... o "pessoal" / os portugueses / europeus não querem ter muitos filhos por puro egoísmo, as condições até são boas ..."

                            É ... as condições são tão boas que tu vais já mandar os teus filhos para esses trabalhos, ao invés de os tentar fazer seguir um percurso profissional mais promissor.

                            O sistema que tu aqui defendes para os outros (sob a falsa desculpa do capricho e "boa vida dos portugueses"), é o sistema que apenas se quer perpetuar no poder, quer mão-de-obra barata e a sociedade que se lixe com F.

                            Comentário


                              Originalmente Colocado por BoraLaMarina Ver Post
                              é o sistema que apenas se quer perpetuar no poder, quer mão-de-obra barata
                              Óbvio e de preferência longe da vista.

                              Comentário


                                Mas qual é a questão com os telemóveis?
                                É para justificar porque é que as pessoas não têm filhos?

                                Deve ser para rir!

                                Comentário


                                  Originalmente Colocado por BoraLaMarina Ver Post



                                  Então, dizes que as condições são boas, os portugueses é que são egoístas e tal ... mas admites que também não vais para a apanha da batata no duro a 40 graus.

                                  Então mas as condições não são boas ? 🤣

                                  Na verdade, não te posso censurar por preferires não passar o dia a encher sacas de batatas e depois a carregá-las para cima do tractor.
                                  ( Pois no fundo sabes bem que as condições não são "boas", mas sim uma m3rd4 para fazer disso vida. )

                                  Onde te censuro, é fingidamente tentares legitimar e continuar a condenar os portugueses à pobreza, e achares aceitável o recurso de importar para cá gente disposta a ser explorada.
                                  Gente que em grande parte não vai beneficiar o país nem a população, mas sim apenas os exploradores da mão-de-obra barata, grupos criminosos e respectivos chulos da política.


                                  Num país cada vez mais miserável, que sobrevive como pedinte da UE, pejado de corrupção, baixos rendimentos e custo de vida galopante .... tu vens com a doutrina :

                                  - " ... os estrangeiros são necessários para fazer os trabalhos que os portugueses não querem ... " ;
                                  - " ... o "pessoal" / os portugueses / europeus não querem ter muitos filhos por puro egoísmo, as condições até são boas ..."

                                  É ... as condições são tão boas que tu vais já mandar os teus filhos para esses trabalhos, ao invés de os tentar fazer seguir um percurso profissional mais promissor.

                                  O sistema que tu aqui defendes para os outros (sob a falsa desculpa do capricho e "boa vida dos portugueses"), é o sistema que apenas se quer perpetuar no poder, quer mão-de-obra barata e a sociedade que se lixe com F.
                                  Isto é tão pela rama!
                                  Do teu post fica a mensagem que o problema dos baixos salários dão os emigrantes e que sem eles os portugueses seriam melhor pagos para fazer os trabalhos que os emigrantes fazem neste momento!

                                  Isto é tão utópico e irreal ....

                                  Comentário


                                    Governo de Montenegro assume risco de Portugal ser suspenso do Espaço Schengen

                                    Troca de pastas atrasou processo de renovação de sistemas exigidos para controlo de fronteiras europeias até julho. Leitão Amaro não se coíbe de responsabilizar governo PS pelo risco de incumprimento.

                                    Portugal corre risco de ser suspenso do Espaço Schengen se chegar a julho sem resolver o atraso na instalação dos sistemas necessários para a entrada em vigor dos novos equipamentos de controlo de fronteiras na União Europeia, noticia o Expresso na edição desta sexta-feira. Essa é a convicção do Governo e António Leitão Amaro, ministro da Presidência, culpa o anterior Executivo, liderado por António Costa, por deixar o país numa situação vulnerável em que se poderá criar um “enorme problema para o turismo português”.​
                                    ...​
                                    https://observador.pt/2024/05/10/gov...paco-schengen/
                                    Mais caos nas fronteiras.

                                    Comentário


                                      Originalmente Colocado por jfangio Ver Post

                                      Isto é tão pela rama!
                                      Do teu post fica a mensagem que o problema dos baixos salários dão os emigrantes e que sem eles os portugueses seriam melhor pagos para fazer os trabalhos que os emigrantes fazem neste momento!

                                      Isto é tão utópico e irreal ....
                                      Palavras tuas, eu nunca escrevi que era "o" ou "um" só problema.
                                      E de qualquer das formas não invalida os efeitos nefastos da política em questão na situação do país.

                                      Comentário


                                        Originalmente Colocado por BoraLaMarina Ver Post
                                        O sistema que tu aqui defendes para os outros (sob a falsa desculpa do capricho e "boa vida dos portugueses"), é o sistema que apenas se quer perpetuar no poder, quer mão-de-obra barata e a sociedade que se lixe com F.
                                        Folheando algumas revistas e jornais, aproveitei para questionar o barbeiro, que conheço, sobre o resultado das eleições e o que pensava sobre as causas da tão brusca e massiva mudança de votação de uma população que, desde sempre, conhecera como aberta, livre e acolhedora e, por isso, algo diferente, nesse aspeto, de muitas outras existentes no país.

                                        A resposta do barbeiro – um homem jovem que sucedeu, naquele ofício, ao pai e anterior dono do negócio – não tendo sido surpreendente, gelou-me.

                                        «A culpa é desses desgraçados orientais que, agora, trabalham aí nos restaurantes, nos bares nas lojas, nos campos e mesmo nos ubers; fizeram baixar tanto o valor dos salários que aceitam receber que nenhum português pode, agora, com eles competir, ou, estando ainda empregado, reclamar por um qualquer e devido aumento!

                                        Os autocarros trazem-nos regularmente de Espanha, largam-nos por aí, ou vêm buscá-los quando lá há mais trabalho e mais necessidade deles.

                                        Os que aqui beneficiam do que fazem nem sabem, nem lhes interessa saber, quanto eles ganham, pois não é com eles que contratam, mas com as empresas de trabalho temporário. Não sabem!?… claro que sabem!… mas fingem que não.»

                                        «Então, e a Autoridade para as Condições de Trabalho não atua?» – perguntei.

                                        «São poucos, às vezes invisíveis e parecem pouco entusiasmados com o que fazem …»

                                        Esta explicação simples e direta para esta mudança súbita do sentido de votação de uma população que, antes, sempre se mostrara aberta e progressista e que, além disso, estava habituada a conviver e trabalhar, sem problemas e preconceitos, com toda a espécie de estrangeiros, diz muito sobre os efeitos sociais e políticos que este tipo de imigração produz em algumas zonas do país.

                                        Diz muito, também, sobre a hipocrisia social e política em que vivemos e sobre a maneira como encaramos alguns dos problemas e contradições mais evidentemente gritantes da nossa sociedade.

                                        O que, afinal, o jovem barbeiro me quis dizer foi que nada há de verdadeiro racismo ou xenofobia na mudança do voto dos seus conterrâneos.

                                        Nenhum deles tinha algo contra aquelas pessoas que, quais zombies, trabalham desalmadamente, dia e noite, por um punhado de euros.

                                        A questão situava-se, pois, nas causas e nos efeitos que daí decorriam: na desvalorização dos salários.

                                        Sendo os salários antes praticados já de si uma miséria, e havendo uma resistência local em aceitá-los, especialmente na estação alta do turismo, os trabalhadores nacionais passaram a ver a sua capacidade de pressão esvair-se, pela sua substituição por trabalhadores estrangeiros que, na maioria, são pagos, ainda mais miseravelmente, por empresas de trabalho temporário, algumas das quais nem sequer têm sede legal em Portugal.

                                        A razão para a opção na mudança do sentido do voto dos partidos democráticos, e alguns de esquerda, para formações de extrema direita teve pois como uma das causas a incapacidade de o Estado – e quem o governa ou apoia a sua governação – conseguir ou querer, verdadeiramente, prevenir tal situação e efeitos.

                                        Além de que, não se tem feito ouvir na sociedade uma voz institucional, autorizada e suficientemente forte, que denuncie seriamente, tanto a exploração dos nacionais como, igualmente, a dos estrangeiros que os substituem por uma mão cheia de nada.

                                        A razão de ser na mudança do sentido de voto resultou, portanto, do impasse a que as forças políticas democráticas da área da governação, que antes sempre usufruíam dos favores daqueles eleitores, chegaram no que se refere à vontade e capacidade de romper, seriamente, com uma política de exploração laboral escandalosa, para a qual não são apontadas verdadeiras e visíveis alternativas.

                                        2. Do ponto de vista dos factos, a justificação para a necessidade desta mudança radical do eleitorado parece, pois, demasiado óbvia: a inação e os limites dos meios de prevenção do Estado e o baixar dos braços da governação com tal situação.

                                        Torna-se, ainda assim, difícil entender o como e o porquê da solução ora escolhida pelos cidadãos eleitores do Algarve.

                                        A lógica de tão aberrante opção política só pode levar-nos a atentar no vazio político – a falta de cultura política – que, de há anos a esta parte, foi sendo fomentado na nossa sociedade.

                                        Foi em tal vazio no desenvolvimento ativo da cidadania que encontraram espaço as «balelas» permanentemente divulgadas nas redes sociais.

                                        Por outro lado, na medida em que uma linguagem só aparentemente técnica e estritamente financeira substituiu o discurso político institucional, ficou inteiramente invisível o projeto de futuro que a Democracia sempre deve conter.

                                        O discurso político institucional – ou melhor, a falta dele – veio, assim, a ser suplantado e o seu vazio preenchido, progressiva e oportunamente, por meia dúzia de chavões e palavras de ordem simplistas – e mesmo primárias – difundidas, desde logo, nas redes sociais e, depois, adotadas nas ruas, aos gritos, pelos apoiantes das forças políticas contrárias ao modelo democrático-constitucional que vigora no país.

                                        O efeito real que, com as aludidas mensagens simplistas, pretendem alcançar não se dirige, todavia, a resolver qualquer dos problemas que invocam e penalizam os cidadãos nacionais e estrangeiros.

                                        O que na realidade pretendem é erodir politicamente a autoridade dos princípios estruturantes do Estado democrático e social e, depois, a derrubar a sua estrutura jurídico-constitucional, que, mesmo debilitada, ainda os impede de agir livremente.

                                        Mesmo que demagogicamente aproveitados pelos populistas e prudentemente obnubilados pelas instituições estatais e pelas forças políticas que as têm governado, tais problemas existem mesmo e são, queira-se ou não, cada vez mais visíveis.

                                        3. A existência de tais situações – no caso, a desregulação dos salários dos trabalhadores nacionais por via da utilização de trabalhadores imigrados que se sujeitam a uma híper-exploração – é um problema real que não pode ser ignorado pelo Estado e não deve ser abordado pelos partidos constitucionalistas de uma forma envergonhada e escamoteadora da realidade.

                                        Se, como se ouve repetidamente, os portugueses não são, na sua maioria, racistas e xenófobos, a verdade é que a concorrência no mercado de trabalho de cidadãos de outros países que se sujeitam a auferir salários, ainda mais vergonhosos do que os que nacionais auferem, cria naturalmente – e isso nada tem a ver com a cor ou religião dos trabalhadores imigrantes – uma tensão social indisfarçável.

                                        A resposta a este problema não pode, porém, situar-se, como defendem os populistas, numa ignóbil criminalização e redobrada punição da conduta das vítimas – sim, são elas as vítimas que padecem da híper-exploração em território nacional – mas na prevenção e controle dos que, violando, ou não, as leis nacionais, são os beneficiários secundários do trabalho por elas prestado.

                                        Mais do que insistir num reforço da fiscalização das fronteiras, na maioria das vezes ineficaz, pois a entrada de tais cidadãos na Europa não se faz, por regra, diretamente através da nossa fronteira externa (espaço Schengen), importa, isso sim, centrar o controlo de tal fenómeno naqueles que, no país, dele aproveitam sem qualquer pudor ou humanidade.

                                        Com isso, não só ganhavam os trabalhadores imigrantes, como também os trabalhadores portugueses que, em concorrência ou não com os estrangeiros, se encontram, hoje, também, deploravelmente desprotegidos face aos sistemáticos abusos de que são vítimas e à situação de concorrência ilegal que as empresas de exploração de trabalho estrangeiro lhes impõem do ponto de vista salarial.

                                        Se, assim, devemos denunciar os discursos de ódio, racistas e xenófobos que as forças populistas incrementam a este propósito, devemos igualmente encarar a situação, com determinação e firmeza e, discutindo-a, aberta e democraticamente, encontrar soluções realistas que beneficiem todos os trabalhadores, independentemente da sua religião, cor ou nacionalidade.

                                        O importante é, não descurando situações que revelem antinomias menores, centrar esta discussão no que de mais grave ela efetivamente revela, isto é: a miséria dos salários que se pagam em Portugal e a falta de controlo exercido pelas autoridades portuguesas sobre os infratores que, sem qualquer piedade, se aproveitam da condição de necessidade de todos os trabalhadores e, em especial, dos que são imigrantes.

                                        Para isso, para que esta situação escandalosa e o seu aproveitamento populista possam cessar, precisamos de ouvir, concertadamente, vozes autorizadas e também politica e civicamente fortes, designadamente dos mais altos representantes da República, dos representantes do poder judicial e do Ministério Público, da Provedoria de Justiça, dos dirigentes dos partidos constitucionalistas, dos sindicatos, dos bispos e outros responsáveis das igrejas, das pessoas da cultura e das artes, dos diretores das escolas superiores e secundárias, dos responsáveis pelos media tradicionais e seus jornalistas, dos jovens estudantes e trabalhadores democratas que navegam, com regularidade, nas redes sociais.

                                        Se assim acontecer, podemos estar certos, também, de que os que lançaram esta contaminada e corrosiva discussão, rapidamente dela vão desistir, pois o seu efeito poderá ser de ricochete.

                                        Com efeito, entre os apoiantes financeiros de tais populistas contam-se, seguramente, muitos dos maiores aproveitadores desta situação.

                                        Além de que, assim, todos, mas todos os cidadãos de boa-fé, poderão, por fim, aperceber-se das escandalosas injustiças que, quotidianamente, acontecem entre nós.

                                        Este é, na verdade, um dos casos em que se pode dizer, sem hesitações, que «o rei vai nu».

                                        A imigração e o voto populista no Algarve

                                        ​Como há, preguiça politica em abrir a peça, aqui fica a mesma para quem a quiser ler, óbvio que os assépticos assíduos ficarão horrorizados, com a mesma...

                                        Comentário




                                          Originalmente Colocado por BoraLaMarina Ver Post



                                          Então, dizes que as condições são boas, os portugueses é que são egoístas e tal ... mas admites que também não vais para a apanha da batata no duro a 40 graus.

                                          Então mas as condições não são boas ? 🤣

                                          Na verdade, não te posso censurar por preferires não passar o dia a encher sacas de batatas e depois a carregá-las para cima do tractor.
                                          ( Pois no fundo sabes bem que as condições não são "boas", mas sim uma m3rd4 para fazer disso vida. )

                                          Onde te censuro, é fingidamente tentares legitimar e continuar a condenar os portugueses à pobreza, e achares aceitável o recurso de importar para cá gente disposta a ser explorada.
                                          Gente que em grande parte não vai beneficiar o país nem a população, mas sim apenas os exploradores da mão-de-obra barata, grupos criminosos e respectivos chulos da política.


                                          Num país cada vez mais miserável, que sobrevive como pedinte da UE, pejado de corrupção, baixos rendimentos e custo de vida galopante .... tu vens com a doutrina :

                                          - " ... os estrangeiros são necessários para fazer os trabalhos que os portugueses não querem ... " ;
                                          - " ... o "pessoal" / os portugueses / europeus não querem ter muitos filhos por puro egoísmo, as condições até são boas ..."

                                          É ... as condições são tão boas que tu vais já mandar os teus filhos para esses trabalhos, ao invés de os tentar fazer seguir um percurso profissional mais promissor.

                                          O sistema que tu aqui defendes para os outros (sob a falsa desculpa do capricho e "boa vida dos portugueses"), é o sistema que apenas se quer perpetuar no poder, quer mão-de-obra barata e a sociedade que se lixe com F.
                                          Tanto mas tanto delírio que até dá para rir!
                                          Que grande mixórdia...

                                          Comentário


                                            Originalmente Colocado por Spinnaker Ver Post

                                            Subarrendamentos com sobrelotação das habitações, que fazem disparar os valores de arrendamentos, deve ser má lingua...
                                            E em que Braga foi aqui dada cono exemplo há anos!

                                            Se bem que com a universidade a ficar cada vez nais afamada, o mais certo era acontecer o mesmo que em Coimbra.

                                            Comentário


                                              Originalmente Colocado por BoraLaMarina Ver Post

                                              Palavras tuas, eu nunca escrevi que era "o" ou "um" só problema.
                                              E de qualquer das formas não invalida os efeitos nefastos da política em questão na situação do país.
                                              Então qual é o problema para os baixos salários dos Portugueses? Sem imigrantes os portugueses ganhariam mais? Sem imigrantes haveria mão de obra portuguesa para todas as necessidades? O que aconteceria sem imigrantes a Portugal?

                                              É claro que os imigrantes trouxeram problemas a Portugal, porque não há politica de imigração! Eu já dei por cá a minha opinião várias vezes e até tive acesas discussões com o paulofer porque nessa altura eu conhecia o que estava a acontecer na saúde e na educação e antevia que iria dar mau resultado social e iria fazer crescer a xenofobia e suas consequências, aliás como se pode constatar agora e ainda vai piorar.
                                              Mas o problema não é a imigração em si, essa é mais que necessária e sem ela estaríamos bem tramados. O problema é a ausência de politicas sérias, as portas abertas para qualquer um e a forma como a sociedade está e foi organizada, que propicia que o cancro da subsidiodependência se espalhe a estas camadas da população. E claro, quando não há pão...
                                              Agora os salários, é ridículo falar-se em salários afetados pela imigração num país que não faz nada de valor acrescentado e que compete num mercado global.

                                              Comentário




                                                Originalmente Colocado por jfangio Ver Post

                                                Isto é tão pela rama!
                                                Do teu post fica a mensagem que o problema dos baixos salários dão os emigrantes e que sem eles os portugueses seriam melhor pagos para fazer os trabalhos que os emigrantes fazem neste momento!

                                                Isto é tão utópico e irreal ....
                                                Do post dele não fica nada, ficam delírios de coisas que ninguém disse nem defendeu. Ele lança os foguetes, e apanha as canas e depois ainda diz que foram os outros. Nem com um desenho chegava lá.

                                                Comentário


                                                  Originalmente Colocado por jfangio Ver Post
                                                  Agora os salários, é ridículo falar-se em salários afetados pela imigração num país que não faz nada de valor acrescentado e que compete num mercado global.
                                                  No mundo real, a imigração tende a baixar baixa o nível salarial em todas as profissões incluindo gestão e altamente qualificadas.
                                                  É regra.


                                                  ​​​​

                                                  Comentário


                                                    Originalmente Colocado por jfangio Ver Post

                                                    Então qual é o problema para os baixos salários dos Portugueses? Sem imigrantes os portugueses ganhariam mais? Sem imigrantes haveria mão de obra portuguesa para todas as necessidades? O que aconteceria sem imigrantes a Portugal?

                                                    É claro que os imigrantes trouxeram problemas a Portugal, porque não há politica de imigração! Eu já dei por cá a minha opinião várias vezes e até tive acesas discussões com o paulofer porque nessa altura eu conhecia o que estava a acontecer na saúde e na educação e antevia que iria dar mau resultado social e iria fazer crescer a xenofobia e suas consequências, aliás como se pode constatar agora e ainda vai piorar.
                                                    Mas o problema não é a imigração em si, essa é mais que necessária e sem ela estaríamos bem tramados. O problema é a ausência de politicas sérias, as portas abertas para qualquer um e a forma como a sociedade está e foi organizada, que propicia que o cancro da subsidiodependência se espalhe a estas camadas da população. E claro, quando não há pão...
                                                    Agora os salários, é ridículo falar-se em salários afetados pela imigração num país que não faz nada de valor acrescentado e que compete num mercado global.
                                                    Tal como eu tinha dito no post anterior, não há 'só um' problema / causa, há vários e este que falamos é um deles.

                                                    E novamente, inundar desregradamente esta choldra com mão-de-obra estrangeira, indigente, sem formação, escrava é uma das várias causas, dos baixos-salários, parasitismo, criminalidade, etc.

                                                    Comentário


                                                      Originalmente Colocado por wanderoli Ver Post

                                                      No mundo real, a imigração tende a baixar baixa o nível salarial em todas as profissões incluindo gestão e altamente qualificadas.
                                                      É regra.


                                                      ​​​​
                                                      É regra!! Só se for na tua cabeça.
                                                      Todos os países onde se ganham maiores salários precisam obrigatoriamente da imigração para que esse fenómeno (ganhar bem) continue a acontecer. Essa é que é a regra.

                                                      Comentário


                                                        Originalmente Colocado por BoraLaMarina Ver Post

                                                        Tal como eu tinha dito no post anterior, não há 'só um' problema / causa, há vários e este que falamos é um deles.

                                                        E novamente, inundar desregradamente esta choldra com mão-de-obra estrangeira, indigente, sem formação, escrava é uma das várias causas, dos baixos-salários, parasitismo, criminalidade, etc.
                                                        Criminalidade está provado que não é até agora problema, a menos que negues a ciência matemática.
                                                        Parasitismo é um problema identificado com o qual concordo 100% a que acrescento deterioração dos serviços.
                                                        Baixos salários dos Portugueses é conversa de tasca patrocinada pelo CHEGA nas redes sociais. Sem imigração, muitos dos Portugueses não tinham era salário.

                                                        Comentário


                                                          Originalmente Colocado por paulofer Ver Post



                                                          Do post dele não fica nada, ficam delírios de coisas que ninguém disse nem defendeu. Ele lança os foguetes, e apanha as canas e depois ainda diz que foram os outros. Nem com um desenho chegava lá.
                                                          Não foi isso a bold que acabaste de fazer neste post ?

                                                          O desenho que eu vejo da tua parte é: zero argumentos por um lado, e por outro respostas a destilar ódio por mágoas passadas noutros tópicos ... 🤣

                                                          Comentário


                                                            https://executivedigest.sapo.pt/noti...rto-de-lisboa/

                                                            Então mas isto é assim? Não deixam entrar ninguém? Nem à luz das reparações coloniais?

                                                            Comentário


                                                              Ninguém quer trabalhar nas obras ou na agricultura a torrar ao sol de 40º a receber 800 euros, para isso ficam noutros trabalhos menos cansativos que não sendo perfeitos , serão bem melhores.

                                                              Quando se paga bem, as pessoas trabalham. Pode é não haver condições para pagar de forma decente mas isso depende sempre....por vezes não há condições e os sócios andam montados em carros de 50 mil euros, po crl, querem dedicação, que paguem minimamente bem !!

                                                              Nem tudo é a mercearia de esquina que o lucro mal dá po patrão e subordinado.

                                                              Comentário

                                                              AD fim dos posts Desktop

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