E que tal os políticos deixarem-se de palhaçadas e começarem a discutir os assuntos seriamente, com dados sérios e opiniões de especialistas? As pessoas não ligam mais à política porque os políticos preferem que as pessoas sejam pouco activas.
Na Suíça quase tudo vai a referendo, se há um projecto de uma ponte as pessoas dessa zona votam! Muitos projectos de milhões estão na gaveta porque as pessoas decidem que não querem acabar com certos espaços verdes. É só um exemplo.
Informem as pessoas, não as tratem como burras!
Se nem eles se informam convenientemente, achas que conseguiam informar convenientemente a população e com isenção?
Qual a percentagem na Suíça de abstenção, p.e.? E de escolaridade?
Mas parece-me muito bem essa dos referendos locais.
Se nem eles se informam convenientemente, achas que conseguiam informar convenientemente a população e com isenção?
Qual a percentagem na Suíça de abstenção, p.e.? E de escolaridade?
Mas parece-me muito bem essa dos referendos locais.
É o que digo, o problema não é as pessoas não terem capacidade para decidir. O problema é as decisões serem tomadas sem "lógica" aparente.
A escolaridade não seria o mais importante, já não somos um país de analfabetos e se as pessoas inteligentes não são capazes de falar dos assuntos de uma forma clara e objectiva, que todos entendem, é porque não são tão inteligentes como pensam (ou não querem que as pessoas percebam).
Não tenho o dom da palavra, muito menos um grande vocabulário, mas tento sempre que a minha opinião seja entendida por todos.
O problema dos portugueses sempre foi este, arranjam sempre forma de criticar os outros por estes conseguirem ver e dizer tudo o que de mal fazemos em vez de aceitarem estas criticas e aproveitarem para verem o que está a ser mal feito e como não fazer os mesmos erros novamente.
Somos bons mesmo é a dizer mal dos outros, mesmo quando estes estão certos e é para o nosso beneficio
Quanto ás criticas, a analise do embaixador americano não podia ser mais precisa e correcta.
Como os estrangeiros olham para nós? Não olham porque não se lembram que nós, os latinos, sequer existimos.
Então porquê tanta atenção agora? Porque viram “carros de luxo” à porta do barraco quando nos andam a emprestar fiado.
Por isso, não confiam em nós – os caloteiros com bolsa de pobre e barriga de rico. Caloteiros que compram o povo com ilusões. Assim, por mais que os nossos governantes nos pintem uma realidade florida, onde nós estamos é precisamente ali no buraco. Caindo mais um pouco e já vamos poder ver submarinos a passar. Depois temos muita gente sempre interessada na compra destas estravagâncias. É preciso desviar dinheiro? Corta-se nos benefícios fiscais, aumentam-se os impostos e compram-se uns “brinquedos caros e inúteis”.
É preciso dar de comer aos amigos? Despedem-se a olhómetro uns quantos milhares de arraia-miúda e constroem-se linhas de TGV, auto-estradas paralelas umas às outras, aeroportos megalómanos e mais pontes.
É preciso assegurar um futuro lugar em certas empresas dos amigos? Corta-se nos salários do povinho e asseguram-se os ordenados chorudos, prémios, bónus e ajudas de custo na gestão de certas empresas onde terão no futuro mais tetas para mamar.
Editado pela última vez por BLADERUNNER; 26 February 2011, 17:30.
Saí à 30 anos da Marinha e ao ler a reportagem, no que respeita ás chefias parece que continua na mesma. Mas quem é que consegue por na ordem os militares e os juizes ? está o país a acabar e á certas classes que continuam a viver noutro país
Eles não têm moral para falar em despesismos e superficialidades, deve ser o país mais materialista do mundo.
Dado que o falatório foi intencionado como sendo assunto "interno", até tava à espera de algo mais escandaloso. O que é revelado por este leak é apenas uma análise às despesas com material bélico e crítica aos agentes portugueses desse meio. Uma análise acertada na minha opinião...Acho que o puxar o nacionalismo quando nós fartamos de falar mal dos nossos governantes, e com razão, é um pouco ridículo.
...menos o imbecil do consulado portugues na tunisia
e subscrevo a opinião deles.
aliás, não é novidade nenhuma que o estado maior das forças armadas é composto por um bando de imbecis com casos provados de corrupção ao longo de décadas.
desde as birrinhas entre os ramos, á venda de fardas à polónia, etc etc
Eu sei que em Portugal os embaixadores no estrangeiro só servem para ir a festa.
Na america servem para um pouco mais que isso. Provavelmente ninguém na america leu isso, mas é a sua função enviar para lá relatórios sobre o que cá se passa, para que quando e caso seja preciso eles saberem algo, a informação já lá estar e não terem que pedir ao embaixador no estrangeiro, de urgência e com base na técnica do desenrascanso, tão vulgar na nossa rede consular.
Para ser sincero, a tua resposta a ser dada a nível oficial por alguém do governo, fazia lembrar uma resposta desesperada a roçar o ridículo. Só faltou a tipica critica ao sistema de saúde deles . Mas como o embaixador cometeu vários erros (de detalhe) na analise, a resposta portuguesa vai ser agarrar a esses detalhes e não passa daí.
Fenomenal, em vez de se reconhecer a veracidade nas palavras dos americanos, dá-se-lhe a volta ao contexto para os atacar e denegrir. Mas o importante é manter o orgulho bem lá no alto. Não admira que o país esteja no estado em que está, quando grande parte da população pensa assim e preocupa-se mais com a imagem e com o orgulho do que com o que realmente importa. Por isso é que somos conhecidos por comprar BMWs e comer sopa ao jantar.
Bem, a nossa opinião é tão válida e legítima quanto a dos americanos...
Para além disso, quem é que disse que comer sopa ao jantar era mau? Todos os nutricionistas a aconselham e para muitos é um luxo a que se não podem "submeter"!
O Estado afundou-se em grandes obras públicas, grandes eventos nacionais, grande pompa e circunstância financiada pelas Parcerias Publico-Privadas.
Os governos queriam mostrar obra, mas não podiam devido à contenção do défice imposto pela EU. Assim surgiram as parcerias entre o estado e os privados como sendo a solução miraculosa.
Os bancos e os consórcios de obras públicas viram nos dinheiros públicos uma mina de ouro. Montaram um esquema para nos comprar a todos nós – contribuintes – a retalho com uma dívida vitalícia.
O povo ficou feliz porque, aparentemente, sem ter de desembolsar um cêntimo que fosse, viu nascer hospitais, estádios, auto-estradas, pontes, etc., como se fosse um milagre.
Os políticos colheram os louros desse prodígio empurrando o problema para mais tarde, pois quem viesse depois que arrumasse a casa… desde que no imediato isso lhes garantisse ganhar eleições. Mas que belo feito patriótico! E ainda vêm para a televisão falar de terem sentido de estado e de estarem a pensar no melhor para o país!
Os executivos, sem o nosso consentimento e conhecimento de causa, venderam a nossa alma ao diabo, pelo que nós, os nossos filhos e os nossos netos iremos andar décadas a pagar esta dívida de sangue.
Para pagarmos tantos “brinquedos caros e inúteis” para inglês ver, aumenta-se o desemprego não se dando oportunidades aos mais jovens e despedindo-se dezenas de milhar de cidadãos qualificados como professores entre outros, aumenta-se a carga tributária sobre as empresas e impostos sobre os cidadãos até à asfixia, fecham-se esquadras de polícia, centros de saúde e escolas... em suma, vendem-se os dedos mas deixam-se ficar os anéis!
Brincaram com o erário público – os nossos dinheiros – e com as nossas vidas hipotecando o futuro do país… e ainda têm a distinta lata de nos vir dizer que a culpa de tudo é exclusivamente de uma crise que vem lá de fora?! E o pior é que há quem acredite piamente nisso!
Estas revelações referem, também, o que se passava (passa?) com a Fundação Luso-Americana. Onde está agora a anterior ministra de Educação e que recebeu este rebuçadinho quando saiu a toque de caixa do governo.
Percebe-se bem como estas instituições devem funcionar, no nosso país. É reveladora a forma medíocre como esta casta se perpetua no poder, cada vez mais à nossa conta.
Originalmente Colocado por Público
Telegrama dos EUA acusa Rui Machete de má gestão na FLAD
Um telegrama confidencial que a WikiLeaks conseguiu interceptar acusa o ex-presidente da Fundação Luso-Americana (FLAD) de má gestão e de se recusar a prestar contas à Embaixada dos Estados Unidos em Lisboa.
Em Dezembro de 2008, o antigo embaixador dos Estados Unidos em Lisboa, Thomas Stephenson, num telegrama intitulado “Problemas na Fundação Luso-Americana” enviado para Washington, acusa Rui Machete de ter feito um aproveitamento pessoal do cargo que desempenhava na FLAD.
O documento é citado pelo semanário Expresso, que anunciou esta semana que se juntou aos jornais mundiais que divulgam os documentos da WikiLeaks e vai, assim, analisar os 722 telegramas da representação diplomática norte-americana em Portugal que integram o seu espólio.
O diplomata norte-americano, no mesmo telegrama, refere também que Rui Machete tem ligações aos dois maiores partidos portugueses e é suspeito de atribuir bolsas como forma de pagamento de favores políticos. E defende que “chegou a hora de decapitar Machete”, propondo uma campanha para mudar a direcção da FLAD.
“Obteve o cargo como prémio de consolação depois de ter perdido o lugar de ministro numa mudança de Governo e 1985”, concretiza Thomas Stephenson, dizendo que “tem sido há muito tempo um crítico dos EUA, que sempre resistiu à intervenção da embaixada”. Depois, o diplomata critica as elevadas despesas de funcionamento da fundação, descrevendo “gabinetes luxuosos decorados com peças de arte, pessoas supérfluo, uma frota de BMW com motorista e custos e administrativos e de pessoal que incluem por vezes despesas de representação em roupas, empréstimos a baixos juros para os trabalhadores e honorários para o pessoal que participa nos próprios programas da FLAD”.
Mas a questão não é propriamente nova: sucessivos embaixadores norte-americanos em Lisboa teceram comentários semelhantes sobre o desempenho de Rui Machete. Em declarações ao Expresso, o antigo presidente da FLAD defendeu-se dizendo que se tratam de ataques pessoais e de acusações sem fundamento, que derivam de o facto de os Estados Unidos nunca terem percebido que a fundação é uma instituição portuguesa.
Acho que os EUA têm alguma razão, mas deve questionar-se, qual o surpreendente e espontâneo motivo desse ora súbito interesse por Portugal?
Não foi um interesse súbito por Portugal, como aqui já disseram, isto é rotina. O embaixador relatou isto por um sistema qualquer. Foram revelados centenas de milhares de documentos (penso que deves estar a par, embora não pareça), e isto estava lá para o meio. Não penses que para os americanos este assunto tem (teve) qualquer prioridade/importância pois não tem. Nem para eles nem para mais ninguém visto só a comunicação social portuguesa ter dado um pequeno destaque a este assunto, em comparação com outros de outros países.
Encara isto como um comentário que fazes de um colega teu a um familiar teu, e dizes que comprou o clássico 320d usado com 200000km e agora não tem dinheiro para o pagar. Disseste ao teu familiar mas obviamente não vais tecer esse comentário ao teu colega directamente, nem esperas que saia cá para fora.
A sua opinião é "muito boa" mas deviam guardá-la para si próprios, sobretudo até chegarem a uma resposta, por exemplo, à pergunta sobre o "tamanho" dos motores dos automóveis que eles próprios usam e da utilidade que lhes dão...
Mais uma vez, leste alguma coisa? Parece que não. Esta informação é classificada (não super secreta como alguns disseram aqui), o que significa um dos mais baixos graus de segurança (é por isso que só se lê basicamente banalidades e verdades de La Palisse).
Não obstante o facto da informação ter um dos mais baixos graus de segurança, não significa que seja privada (agora já não é), logo eles guardaram para eles próprios, não foi um "public statement".
Isto já para não falar da sua presunção sobre o mundo e da posição que eles próprios se auto atribuem perante ele, a sua história ligada ininterruptamente à Guerra, a quase todas as guerras que têm existido por esse globo fora, etc, etc, etc...
O que eles fazem actualmente qualquer país gostaria de fazer, só que não podem. Portugal já o fez (colónias, escravatura) e agora tem complexos de inferioridade (como no artigo é referido). Se não o tivesse não gastava dinheiro em submarinos e outras quantas tretas só para mostrar. UK também já quis dominar o mundo, and so on.
A guerra, o domínio sobre outrem, sobre outro grupo, sobre outra raça, sobre o "diferente" faz parte da natureza humana (e não só). Se pensas que existe alguma forma de o evitar, se pensas que alguém não pensa assim, estás enganado.
Como os estrangeiros olham para nós? Não olham porque não se lembram que nós, os latinos, sequer existimos.
Então porquê tanta atenção agora? Porque viram “carros de luxo” à porta do barraco quando nos andam a emprestar fiado.
Por isso, não confiam em nós – os caloteiros com bolsa de pobre e barriga de rico. Caloteiros que compram o povo com ilusões. Assim, por mais que os nossos governantes nos pintem uma realidade florida, onde nós estamos é precisamente ali no buraco. Caindo mais um pouco e já vamos poder ver submarinos a passar. Depois temos muita gente sempre interessada na compra destas estravagâncias. É preciso desviar dinheiro? Corta-se nos benefícios fiscais, aumentam-se os impostos e compram-se uns “brinquedos caros e inúteis”.
É preciso dar de comer aos amigos? Despedem-se a olhómetro uns quantos milhares de arraia-miúda e constroem-se linhas de TGV, auto-estradas paralelas umas às outras, aeroportos megalómanos e mais pontes.
É preciso assegurar um futuro lugar em certas empresas dos amigos? Corta-se nos salários do povinho e asseguram-se os ordenados chorudos, prémios, bónus e ajudas de custo na gestão de certas empresas onde terão no futuro mais tetas para mamar.
Á grande Homem, és dos meus!!! Ainda há vergonha e inteligência neste rectângulo. Afinal, enquanto houver quem veja como o Bladerunner, há esperança...
Só me pergunto qual será o futuro mediante aquilo que se tem feito?! Qualquer dia somos apenas um bando de latinos a ver um país para os estrangeiros usarem.
Temos montes de auto-estradas, mas não teremos posses para ter carro. E quem tiver carro, não terá dinheiro para pagar combustíveis tão caros. E quem conseguir abastecer não terá como pagar portagens.
As lindas pontes ficam para separar povos de tão cara que é a sua travessia, ficando muitas pessoas a olhar para a outra margem.
Possuímos belos submarinos, aviões e blindados de combate para garantirem a nossa independência, quando o país está totalmente dependente do exterior porque já não temos como nos sustentar.
Teremos um grande aeroporto que será especialmente apetitoso para oferecer todo o género de serviços aos turistas vendendo-se tudo – até o corpo e a alma – em troca dos euros que já não moram nos nossos bolsos.
Os comboios de alta velocidade servirão para quem tem dinheiro, pois o nosso povo pagará tanto na sua manutenção que já não terá bago para comprar um bilhete. Fica a ver passar comboios e a acenar aos estrangeiros que vêm até à Costa da Caparica fazer praia ou nos campos do Alentejo a jogar golfe nos terrenos lúdicos regados pelo Alqueva.
Temos muitas e belas barragens e uma enorme rede de unidades de energias renováveis. Mas não há aquecimento em casa nem luz na nossa rua porque (não sei porquê) a electricidade está cara.
Temos tudo mas não podemos usar nada porque alguém nos endividou até à 3ª geração. Uns pobres coitados a pagar coisas que não pedimos, não quisemos e não usaremos.
Este é o resultado das tais parcerias publico-privadas que serviram para os governos apresentarem obra permitindo-lhes ganhar eleições deixando a factura para mais tarde o povo pagar.
Este é o povo desgraçado da república das bananas que não tem dinheiro para comer mas tem um “submarino” exposto à porta do “casebre”... porque fica bem. E, não, não pensem que é pessimismo. É somente realismo de uma realidade gritante que muita gente se recusa a querer ver.
Editado pela última vez por BLADERUNNER; 27 February 2011, 20:02.
Acho que os EUA têm alguma razão, mas deve questionar-se, qual o surpreendente e espontâneo motivo desse ora súbito interesse por Portugal?
Isto não é interesse súbito, mas sim ... súbitamente existe uma coisa chamada wikileaks, que publicou material que um militar americano passou cá para fora, isto sempre existiu, só era suposto não ser público.
Alguns aqui acreditam que os americanos querem saber alguma coisa de como é que Portugal gasta o dinheiro ou se esbanja o dinheiro em obras públicas, isso para eles vale ZERO
para o embaixador americano conta o interesse americano, e tem que se justificar o facto de não conseguir contratos de defesa.
O embaixador não enviava este telegrama se Portugal tivesse assinado o contrato de renovação da frota submarina com os EUA, ...agora favorecer sistemáticamente os parceiros europeus...
Os EUA defendem os seus interesses e não é só com equipamento militar, basta ver como a Airbus perdeu grandes contratos para a Boeing (neste é um nível superior ao das simples embaixadas).
Comentário