A minha opinião é discutivel no q diz respeito a este assunto e vou falar em termos genéricos:
Sempre achei que as profissões de caracter mais "humanista" digamos, são menosprezadas em importância social e institucional.
E aí me incluo (como enfermeiro que é talvez das profissões ainda mais maltratadas que os professores, desculpem que puxe a brasa para a sardinha, agora que estamos no S. João), os professores, os agentes da autoridade, etc.
E se essas profissões que estavam (e estão) tradicionalmente ligadas á maquina do Estado tinham ou tiveram durante mtos anos a mais-valia de serem vistas como um oásis para progressão com minimo esforço, comodismo, remuneração segura, a realidade é que, paradoxalmente esses beneficios acarretavam tambem os inconvenientes de se trabalhar na maquina estatal: precaridade de contratos, condições materiais e estruturais sub-humanas (onde qualquer empresa não sobreviveria 1 mês), culto da mediocridade pelo nivelamento homogéneo de todos, trabalhassem bem ou não.
E depois há algo de extremamente importante que aqui ainda não falaram: são profissões que tendencialmente pertencem aos Serviços, ou seja, não dão lucro!
E isso é meio caminho andado para ser visto com displicência e maldicência. Para o gestor, estes profissionais só dão prejuizo, pelo menos de forma directa e medidos os indicadores que interessam a qualquer economista.
Mas a alguém interessa os indicadores de saúde da população? ou mesmo as taxas de absentismo por doença? E o estado da educação de uma população, interessa aos gestores? Pouco, apesar dos textos bonitos previamente ensaiados para a comunicação social ouvir... Não são ganhos directos e mto menos facilmente mensuraveis num curto espaço de tempo.
Eu, quando faço auditorias de Qualidade, prefiro 1000 vezes ir a uma Unicer ou á Siemens que a um hospital ou universidade. Porquê? Prefiro os indicadores de Qualidade quantitativos, os milhentos processos que tenham para controlar, que a porcaria dos indicadores qualitativos e dificilmente mensuraveis de uma empresa que presta serviço onde nem sempre se mede efectivamente a mais valia do trabalhador e o seu trabalho desenvolvido.
Se um colégio interno tem uma taxa de aproveitamento de 98%, quer dizer que os profesores que lá trabalham são optimos? que os alunos são fora de série? que promovem uma politica de aprendizagem insuspeita?
E num hospital? Se o doente preenche um inquérito de Qualidade a referir que ficou extremamente satisfeito com os cuidados...gera mais valia financeira? Mas esse doente, se foi tão bem atendido e pode nem regressar, é, do ponto de vista mercantilista, um cliente satisfeito?
E se o doente regressa ao fim de 1 ano, foi por alguma complicação ou má pratica imputada á instituição ou foi pela sua situação de doença? E como vou distinguir nas compras, se a rede ou prótese que é comprada é aquela mais conveniente para a saude do doente? E as que deram "asneira" e infectaram, foi por deficiência do material e é uma NC (não conformidade) ou foi pelo contexto multisistematico de doença do utente?
É que um molde de plástico, um semi-condutor, uma pastilha de café é muitissimo diferente de pessoas. Coisa que mto boa gente se esqueçe.
Eu gozo com alguns amigos meus quando lhes digo que o trabalho ou os problemas deles são completamente futeis, quando conversamos. Eles ficam F*****s!! (engenheiro de materiais=ganha mais de 3000 euros numa empresa de moldes; engº de minas= acima de 2000 euros numa empresa de terraplanagens; economista=acima de 2000 euros numa multinacional,...)
Nesse aspecto não tenho qualquer pejo ou problema em afirmar que a profissão de um médico, um juiz, um policia, um professor, um enfermeiro é incomensuravelmente mais importante e injustamente desvalorizada que a de um engenheiro que supervisiona a linha de montagem de um plástico XPTO numa multinacional que até dá milhões ao país...
Não me inibo nada de ser tendencioso. Sofro esse tendenciosismo todos os dias. E, se eu não gostar mt do que faço...quem gostará?
Sempre achei que as profissões de caracter mais "humanista" digamos, são menosprezadas em importância social e institucional.
E aí me incluo (como enfermeiro que é talvez das profissões ainda mais maltratadas que os professores, desculpem que puxe a brasa para a sardinha, agora que estamos no S. João), os professores, os agentes da autoridade, etc.
E se essas profissões que estavam (e estão) tradicionalmente ligadas á maquina do Estado tinham ou tiveram durante mtos anos a mais-valia de serem vistas como um oásis para progressão com minimo esforço, comodismo, remuneração segura, a realidade é que, paradoxalmente esses beneficios acarretavam tambem os inconvenientes de se trabalhar na maquina estatal: precaridade de contratos, condições materiais e estruturais sub-humanas (onde qualquer empresa não sobreviveria 1 mês), culto da mediocridade pelo nivelamento homogéneo de todos, trabalhassem bem ou não.
E depois há algo de extremamente importante que aqui ainda não falaram: são profissões que tendencialmente pertencem aos Serviços, ou seja, não dão lucro!
E isso é meio caminho andado para ser visto com displicência e maldicência. Para o gestor, estes profissionais só dão prejuizo, pelo menos de forma directa e medidos os indicadores que interessam a qualquer economista.
Mas a alguém interessa os indicadores de saúde da população? ou mesmo as taxas de absentismo por doença? E o estado da educação de uma população, interessa aos gestores? Pouco, apesar dos textos bonitos previamente ensaiados para a comunicação social ouvir... Não são ganhos directos e mto menos facilmente mensuraveis num curto espaço de tempo.
Eu, quando faço auditorias de Qualidade, prefiro 1000 vezes ir a uma Unicer ou á Siemens que a um hospital ou universidade. Porquê? Prefiro os indicadores de Qualidade quantitativos, os milhentos processos que tenham para controlar, que a porcaria dos indicadores qualitativos e dificilmente mensuraveis de uma empresa que presta serviço onde nem sempre se mede efectivamente a mais valia do trabalhador e o seu trabalho desenvolvido.
Se um colégio interno tem uma taxa de aproveitamento de 98%, quer dizer que os profesores que lá trabalham são optimos? que os alunos são fora de série? que promovem uma politica de aprendizagem insuspeita?
E num hospital? Se o doente preenche um inquérito de Qualidade a referir que ficou extremamente satisfeito com os cuidados...gera mais valia financeira? Mas esse doente, se foi tão bem atendido e pode nem regressar, é, do ponto de vista mercantilista, um cliente satisfeito?
E se o doente regressa ao fim de 1 ano, foi por alguma complicação ou má pratica imputada á instituição ou foi pela sua situação de doença? E como vou distinguir nas compras, se a rede ou prótese que é comprada é aquela mais conveniente para a saude do doente? E as que deram "asneira" e infectaram, foi por deficiência do material e é uma NC (não conformidade) ou foi pelo contexto multisistematico de doença do utente?
É que um molde de plástico, um semi-condutor, uma pastilha de café é muitissimo diferente de pessoas. Coisa que mto boa gente se esqueçe.
Eu gozo com alguns amigos meus quando lhes digo que o trabalho ou os problemas deles são completamente futeis, quando conversamos. Eles ficam F*****s!! (engenheiro de materiais=ganha mais de 3000 euros numa empresa de moldes; engº de minas= acima de 2000 euros numa empresa de terraplanagens; economista=acima de 2000 euros numa multinacional,...)
Nesse aspecto não tenho qualquer pejo ou problema em afirmar que a profissão de um médico, um juiz, um policia, um professor, um enfermeiro é incomensuravelmente mais importante e injustamente desvalorizada que a de um engenheiro que supervisiona a linha de montagem de um plástico XPTO numa multinacional que até dá milhões ao país...
Não me inibo nada de ser tendencioso. Sofro esse tendenciosismo todos os dias. E, se eu não gostar mt do que faço...quem gostará?
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