Porque que em Portugal se paga os salários ao mês?... não se devia mudar para semana?

[Jarod]

Antes de mais, nos States a média final (que é o que importa) é designada de GPA (Grade Point Average) cujo intervalo de valores é entre 0 e 4, sendo 2.0 positivo.
Lá um aluno que tire 70 (num máximo de 100) a todas as disciplinas tanto pode ter no final do curso média 2.0 ou média 4.0:

Se apesar de ter tido 70 a tudo, foi o pior aluno da turma (toda a gente tirou mais de 70 excepto ele), logo fica com média 2.0
Se apesar de ter tido 70 a tudo, foi o melhor aluno da turma (toda a gente tirou menos de 70 excepto ele), logo fica com média 4.0

É uma média baseada na performance global, o que é muito mais justo, pois distingue os melhores entre cada turma/escola.
Existem muitos alunos em Portugal com média 14 que nos states conseguiam tirar GPA 4.0 (tive uma colega minha na universidade, que acabou a licenciatura em química com média 14 e foi a melhor aluna do curso, num total de mais de 100 alunos - as notas das cadeiras daquele curso era tudo 4, 5, 6 valores e quando alguém lá conseguia passar era com um 10 ou 11 à rasquinha).

12 valores para esta análise.

[Jarod]

Acredito que hajam universidades que o fazem, mas eu pessoalmente não conheço nenhuma (eu pessoalmente quando acabei o curso, acabei com 14.5 e na certidão aparecia média de 15 valores). Quais são as que fazem isso?

Depende da universidade. Há delas que põem, outras não. Ou seja, em concursos públicos e assim, quem tem uma média de 14,5 e no certificado diz 15 por a universidade arredondar à unidade, sai beneficiado em relação a quem teve um 14,9 mas numa universidade que NÃO arredonda a nota à unidade.

São estas diferenças entre instituições que desmotivam quem procura resultados pelo mérito.

[RedHeart]

Para mim isso tem outro nome: estupidez.

Nos States há diferenciação entre um estudante com nota 91 e outro com nota 95. Aqui, são iguais.

Aliás, aqui um 14 é "uma boa nota", mas nos States equivale a um 70, o que é uma nota péssima!

A meu ver o sistema 0-100 põe as pessoas a lutarem mais pelos lugares cimeiros, e premeia-se o mérito. Por cá pelos vistos "de 10 para cima tá-se bem" e o tal aluno de 95 vê o seu esforço reduzido para o nível de um 91, e quem tem um "91 à tangente" pode considerar-se em pé de igualdade com quem tem um 95... enfim.

Não percebi como é que de periodicidade de pagamento se passa para sistemas de avaliação académica.

Antes de mais, nos States a média final (que é o que importa) é designada de GPA (Grade Point Average) cujo intervalo de valores é entre 0 e 4, sendo 2.0 positivo.
Lá um aluno que tire 70 (num máximo de 100) a todas as disciplinas tanto pode ter no final do curso média 2.0 ou média 4.0:

Se apesar de ter tido 70 a tudo, foi o pior aluno da turma (toda a gente tirou mais de 70 excepto ele), logo fica com média 2.0
Se apesar de ter tido 70 a tudo, foi o melhor aluno da turma (toda a gente tirou menos de 70 excepto ele), logo fica com média 4.0

É uma média baseada na performance global, o que é muito mais justo, pois distingue os melhores entre cada turma/escola.
Existem muitos alunos em Portugal com média 14 que nos states conseguiam tirar GPA 4.0 (tive uma colega minha na universidade, que acabou a licenciatura em química com média 14 e foi a melhor aluna do curso, num total de mais de 100 alunos - as notas das cadeiras daquele curso era tudo 4, 5, 6 valores e quando alguém lá conseguia passar era com um 10 ou 11 à rasquinha).

Por cá tens algo vagamente parecido (permite-te ter mais ou menos a mesma noção): chamam-se percentis

[KeyserSoze]

Isso é falta de umas entaladelas.

Discordo, ela tem-me entalado bem e com vontade de me entalar ainda mais e eu não ando mais feliz por isso. Bem pelo contrário!

[Axxantis]

12 valores para esta análise.

0% para esta resposta. Em conteúdo, e em educação.
Ao que sei, ninguém te mandatou para dar notas às intervenções do fórum.

[crash]

A organização económica do país é feita numa base mensal. As prestações de crédito bancário costumam ser mensais, as contas da maior parte dos serviços (telefones, internet, água, luz, gás, etc) são pelo menos mensais, a retenção de imposto sobre o rendimento e a segurança social são mensais, enfim, está tudo organizado numa base mensal, logo não faria muito sentido mudar as coisas.

Em termos puramente aritméticos é irrelevante pagar ao mês ou à semana. Em termos de gestão de tesouraria já não é bem a mesma coisa, mas há vantagens e desvantagens. Pagar à semana tem a vantagem, para a entidade patronal, de precisar de dispôr de menos dinheiro de cada vez, mas por outro lado tem a enorme desvantagem de quadruplicar o processo burocrático (mais transferências bancárias, mais processamentos de ordenados, mais recibos, etc).

Em termos económicos puros, é mais vantajoso receber ao mês, porque permite passar para a esfera do trabalhador o rendimento financeiro do salário enquanto este não é gasto. Imaginemos um salário de 1000, que é gasto linearmente durante o mês (250 por semana logo à cabeça), e que usufrui de uma taxa de juro i sobre o que estiver na conta. Se o trabalhador receber à seman vai receber zero de juros (no pressuposto de que gasta à cabeça os 250 euros semanais). Se receber ao mês vai receber juros referentes a 750 na 1ª semana, 500 na 2ª semana e 250 na 3ª. Ou seja, economicamente é mais eficiente receber ao mês.

Para aliviar a tesouraria das empresas, uma coisa que se pode tentar pôr em prática é pagar a empresa pagar salários semanais, e os trabalhadores receberem ao mês! E como é que isto se faz? Simples: A empresa paga 1/4 dos salários mensais dos seus trabalhadores ao longo das 4 semanas do mês. Por hipótese, numa empresa com 4 trabalhadores, A recebe na 1ª semana de cada mês, B recebe na 2ª semana, e assim sucessivamente, repetindo-se o processo mensalmente.

Resta acrescentar que até nos EUA, onde a maioria das pessoas recebe à semana, já vai havendo muitas empresas que começam a pagar ao mês.

Apenas como exercício de aritmética.
Se ganho 1000€/mês ao fim do ano são 12 000 € (sem contar com os subsidios natal e ferias). Ora, isto são 250€/semana partindo da convenção que o mês tem 4 semanas.
Mas 250€/semana a multiplicar pelas 52 semanas são 13 000 € anuais.

Show me the money! Paguem-me à semana, faxavor...

[dysplay21]

Devia ser ao ano, recebia se o bolo todo no dia 1 de janeiro. Com sorte ainda me apanhavam a festejar o ano novo aleijado de bebado e gastava logo metade de uma vez a pagar copos a estranhos e a telefonar para amigos no estrangeiro.

[RedHeart]

Apenas como exercício de aritmética.
Se ganho 1000€/mês ao fim do ano são 12 000 € (sem contar com os subsidios natal e ferias). Ora, isto são 250€/semana partindo da convenção que o mês tem 4 semanas.
Mas 250€/semana a multiplicar pelas 52 semanas são 13 000 € anuais.

Show me the money! Paguem-me à semana, faxavor...

Talvez seja por isso que recebes um 13º mês... e, diria eu, até um 14º

[augustus]

O pagamento à semana tem a vantagem de podermos estabelecer ciclos produtivos semanais com o consequente pagamento fraccionado para esse período de tempo. Podemos sempre pagar o correspondente a semanas em vez do mês mas isso é que causa mais embaraço à parte administrativa.

Mas isto é a minha opinião.

[crash]

Talvez seja por isso que recebes um 13º mês... e, diria eu, até um 14º

o que leva a outra questão... o 13º mês não é um extra ou um benefício, mas sim um direito.
O 14º, sim, é uma "prendinha". heheheh

[RedHeart]

o que leva a outra questão... o 13º mês não é um extra ou um benefício, mas sim um direito.
O 14º, sim, é uma "prendinha". heheheh

Nada a opor.
Voltou a circular, não faz muito tempo, um email que versava sobre esse assunto. Penso até que ter visto o conteúdo disso algures aqui pelo fórum.

[BLADERUNNER]

Porque que em Portugal se paga os salários ao mês?... não se devia mudar para semana?


Porque face aos «altos» salários que por aqui se praticam, a maior parte passaria a ter de ser pago em moedas... e isso não seria bonito de se ver.

[Jfs]

Apenas como exercício de aritmética.
Se ganho 1000€/mês ao fim do ano são 12 000 € (sem contar com os subsidios natal e ferias). Ora, isto são 250€/semana partindo da convenção que o mês tem 4 semanas.
Mas 250€/semana a multiplicar pelas 52 semanas são 13 000 € anuais.

Show me the money! Paguem-me à semana, faxavor...

Ora partindo da convenção de que cada mês tem 4 semanas, então deves considerar 48 semanas num ano e não 52

[RAD]

Para mim isso tem outro nome: estupidez.

Nos States há diferenciação entre um estudante com nota 91 e outro com nota 95. Aqui, são iguais.

Aliás, aqui um 14 é "uma boa nota", mas nos States equivale a um 70, o que é uma nota péssima!

A meu ver o sistema 0-100 põe as pessoas a lutarem mais pelos lugares cimeiros, e premeia-se o mérito. Por cá pelos vistos "de 10 para cima tá-se bem" e o tal aluno de 95 vê o seu esforço reduzido para o nível de um 91, e quem tem um "91 à tangente" pode considerar-se em pé de igualdade com quem tem um 95... enfim.

Nem tanto. 91% equivale a 18/20, 95% são 19/20.