Um tema que tem gerado discussão entre amigos e colegas de serviço, partilho convosco e peço a vossa opinião.
A sociedade choca-se, repulsa ou exulta, consoante o discurso, no seu subconsciente aceita, mas racionaliza e analisa consoante os seus interesses e exprime uma opinião muitas das vezes diversa aos seus pensamentos.
Na realidade age de forma politicamente correcta, mesmo que pense e sinta de forma diferente do que lhe colocam em análise ou equação.
Assim na realidade somos politicamente correctos, hipocritamente correctos ou cobardemente correctos ?
Politicamente correctos diremos o que é de senso comum na sociedade, sem levantar ondas, seguindo o fluxo considerado normal e aceitável.
Hipocritamente anuímos com a maioria sem que na realidade seja esse o nosso sentimento, e até articulamos discurso num sentido exactamente igual á restante turba.
Mas será hipocritamente ou cobardemente ?
Será que não devemos dizer o que nos vai na alma sabendo de antemão que o que sentimos é diverso ao que alguns convencionaram como o “politicamente correcto” ?
Porque é que devo ser politicamente correcto, ao dizer que um politico “foge á verdade” e não digo abertamente que “é um mentiroso” ?
Porque é que devo dizer que as “minorias étnicas” representam um problema na sociedade, e não devo dizer que ciganos, negros, brasileiros entre outros emigrantes representam o problema ?
Será que a nossa cultura ocidental nos está a quebrar o ímpeto, deixando de mostrar o nosso lado ríspido e realista ?
Será que o politicamente correcto, não nos trás dissabores, agora, e compromete o futuro?
Quantos de nós chamamos os “bois pelos nomes”, quantos são capazes de mesmo de forma correcta na linguagem ir contra o “established” instituído na empresa e na sociedade ?
O politicamente correcto é ou não uma negação da liberdade de expressão - liberdade mas não insultuosa – e da democracia que permite á sociedade e aos cidadão expressar os seus sentimentos e receios ?
Houve durante séculos quem lutasse pela liberdade e democracia, para que de forma livre e aberta as sociedades falassem, hoje esses homens e mulheres, vêm a sua luta espartilhada por uma “politicamente correcta” forma de colocar as coisas.
O que pensam disto ?
"Origens" do Politicamente Correcto
A sociedade choca-se, repulsa ou exulta, consoante o discurso, no seu subconsciente aceita, mas racionaliza e analisa consoante os seus interesses e exprime uma opinião muitas das vezes diversa aos seus pensamentos.
Na realidade age de forma politicamente correcta, mesmo que pense e sinta de forma diferente do que lhe colocam em análise ou equação.
Assim na realidade somos politicamente correctos, hipocritamente correctos ou cobardemente correctos ?
Politicamente correctos diremos o que é de senso comum na sociedade, sem levantar ondas, seguindo o fluxo considerado normal e aceitável.
Hipocritamente anuímos com a maioria sem que na realidade seja esse o nosso sentimento, e até articulamos discurso num sentido exactamente igual á restante turba.
Mas será hipocritamente ou cobardemente ?
Será que não devemos dizer o que nos vai na alma sabendo de antemão que o que sentimos é diverso ao que alguns convencionaram como o “politicamente correcto” ?
Porque é que devo ser politicamente correcto, ao dizer que um politico “foge á verdade” e não digo abertamente que “é um mentiroso” ?
Porque é que devo dizer que as “minorias étnicas” representam um problema na sociedade, e não devo dizer que ciganos, negros, brasileiros entre outros emigrantes representam o problema ?
Será que a nossa cultura ocidental nos está a quebrar o ímpeto, deixando de mostrar o nosso lado ríspido e realista ?
Será que o politicamente correcto, não nos trás dissabores, agora, e compromete o futuro?
Quantos de nós chamamos os “bois pelos nomes”, quantos são capazes de mesmo de forma correcta na linguagem ir contra o “established” instituído na empresa e na sociedade ?
O politicamente correcto é ou não uma negação da liberdade de expressão - liberdade mas não insultuosa – e da democracia que permite á sociedade e aos cidadão expressar os seus sentimentos e receios ?
Houve durante séculos quem lutasse pela liberdade e democracia, para que de forma livre e aberta as sociedades falassem, hoje esses homens e mulheres, vêm a sua luta espartilhada por uma “politicamente correcta” forma de colocar as coisas.
O que pensam disto ?
"Origens" do Politicamente Correcto
Politicamente Correcto
Formando um conjunto de princípios e regras, o movimento do politicamente correto surgiu no seio das universidades nos anos 90, nos EUA, para caracterizar conceitos que embora tivessem uma forma académica eram considerados como uma espécie de censura relativamente ao facto de que as universidades acabavam por transmitir os mesmos preconceitos sexistas e racistas presentes numa grande parte da sociedade americana.
Para aqueles que defendiam o politicamente correto existia a convicção de que as instituições educacionais que transmitem o conhecimento deviam conscientemente rejeitar os preconceitos sociais e introduzir normas que promovessem os ideais antirracistas e anti-sexistas.
Certos autores serviram como fonte de inspiração a esta reforma das mentalidades.
Foi o caso de Michel Foucault, cuja análise do binómio poder/conhecimento ressaltava a importância do contexto em que o conhecimento é gerado, transmitido e assimilado, no sentido em que as relações de poder e as ideologias políticas tinham mais influência no conteúdo do conhecimento do que as capacidades ou a imaginação da pessoa que o produz. Por outro lado, foi reconhecida a importância da língua na formulação dos conceitos na mente humana, dado que a realidade é apercebida através de sinais codificados em língua, existindo, segundo Roland Barthes, muitos códigos e símbolos invisíveis através dos quais são transmitidos significados da realidade.
O método de desconstrução da linguagem de Jacques Derrida, que apresenta a língua como um instrumento que não é neutro, fundamentou as convicções dos defensores do politicamente correto de que a língua tinha sido usada para manter e transmitir, de uma forma subtil e ardilosa, o racismo e o sexismo. A filosofia do politicamente correto teve como objetivo a utilização da linguagem e do discurso para combater as conceções ocidentais eurocêntricas, ou seja, que tivessem apenas uma perspetiva ocidental e europeia, excluindo todas as demais.
Assim, termos, palavras e expressões foram cuidadosamente analisados para detetar conotações não só racistas ou sexistas, mas também outros conceitos que pudessem ser prejudiciais a qualquer pessoa, por exemplo, pela sua idade ou profissão. Para além da língua, foram também analisados os currículos universitários em matérias como filosofia, literatura ou história e criados cursos obrigatórios de multiculturalismo para todos os alunos.
O zelo do politicamente correto foi tão excessivo que provocou reações adversas que consideravam estas medidas como uma violação da sua "liberdade académica".
A expressão politicamente correto foi vulgarizada e destituída da sua importância inicial, assumindo uma conotação de atitude de hipocrisia, ou seja, o politicamente correto é a conduta que todos assumem como correta mas que não corresponde ao que, de facto, as pessoas pensam ou fazem.http://www.infopedia.pt/$politicamente-correcto
Formando um conjunto de princípios e regras, o movimento do politicamente correto surgiu no seio das universidades nos anos 90, nos EUA, para caracterizar conceitos que embora tivessem uma forma académica eram considerados como uma espécie de censura relativamente ao facto de que as universidades acabavam por transmitir os mesmos preconceitos sexistas e racistas presentes numa grande parte da sociedade americana.
Para aqueles que defendiam o politicamente correto existia a convicção de que as instituições educacionais que transmitem o conhecimento deviam conscientemente rejeitar os preconceitos sociais e introduzir normas que promovessem os ideais antirracistas e anti-sexistas.
Certos autores serviram como fonte de inspiração a esta reforma das mentalidades.
Foi o caso de Michel Foucault, cuja análise do binómio poder/conhecimento ressaltava a importância do contexto em que o conhecimento é gerado, transmitido e assimilado, no sentido em que as relações de poder e as ideologias políticas tinham mais influência no conteúdo do conhecimento do que as capacidades ou a imaginação da pessoa que o produz. Por outro lado, foi reconhecida a importância da língua na formulação dos conceitos na mente humana, dado que a realidade é apercebida através de sinais codificados em língua, existindo, segundo Roland Barthes, muitos códigos e símbolos invisíveis através dos quais são transmitidos significados da realidade.
O método de desconstrução da linguagem de Jacques Derrida, que apresenta a língua como um instrumento que não é neutro, fundamentou as convicções dos defensores do politicamente correto de que a língua tinha sido usada para manter e transmitir, de uma forma subtil e ardilosa, o racismo e o sexismo. A filosofia do politicamente correto teve como objetivo a utilização da linguagem e do discurso para combater as conceções ocidentais eurocêntricas, ou seja, que tivessem apenas uma perspetiva ocidental e europeia, excluindo todas as demais.
Assim, termos, palavras e expressões foram cuidadosamente analisados para detetar conotações não só racistas ou sexistas, mas também outros conceitos que pudessem ser prejudiciais a qualquer pessoa, por exemplo, pela sua idade ou profissão. Para além da língua, foram também analisados os currículos universitários em matérias como filosofia, literatura ou história e criados cursos obrigatórios de multiculturalismo para todos os alunos.
O zelo do politicamente correto foi tão excessivo que provocou reações adversas que consideravam estas medidas como uma violação da sua "liberdade académica".
A expressão politicamente correto foi vulgarizada e destituída da sua importância inicial, assumindo uma conotação de atitude de hipocrisia, ou seja, o politicamente correto é a conduta que todos assumem como correta mas que não corresponde ao que, de facto, as pessoas pensam ou fazem.http://www.infopedia.pt/$politicamente-correcto
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