Originalmente Colocado por DarkmaN
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Não cabe nela de contente porquê? 1,5% de spread é um valor enorme, gigantesco e muito, muito exagerado para a realidade económico-financeira Portuguesa. Passou-se do 8 (spreads a 0,25% em 2007) para o oitenta (spreads a 6% em 2012). Ridiculo como funciona o mercado imobiliário em Portugal, bem como na maioria da Europa. Não há regulação nenhuma. Qualquer idiota com dois dedos de testa percebia na primeira metade da década de 2000 que dar financiamentos a 100% com taxas de esforço enormes, sobreavaliar as casas em mais de 30% acima do seu valor real, prazos a chegarem aos 50 anos de duração e idades dos proprietários máximas de 70 anos, casas a valorizar mais de 10% ao ano o mercado do imobiliário ia ruir e consequentemente com ele iria arrastar a banca provocando a famosa crise financeira (ou ajudando em muito para a sua força), seguindo-se uma brutal crise económica traduzida em níveis brutais de desemprego, diminuição de salários e endividamento das familias e do Estado.
Toda a gente sabia que isto ia acontecer e no entanto ninguém quis saber. O banco de Portugal e o Estado não quiseram saber. No crédito habitação, para evitar o colapso da banca teria de haver regulação estatal que definisse algo do género:
Montante máximo de financiamento - 80% do menor dos seguintes valores: valor predial inscrito nas finanças; valor da avaliação feita pelo banco;
Prazo máximo de financiamento: 20 anos;
Spread máximo: 1% (acrescido de Euribor);
Taxa de esforço de todos os créditos (somando o crédito habitação aos outros créditos do futuro proprietário): 50% do salário líquido;
Quem não reunisse as condições acima descritas não tinha crédito e acabou. Se estas regras fossem obrigatórias, hoje em dia teriamos uma banca sólida e a crise financeira e económica seria muito mais soft. Hoje em dia quem se portou bem, como eu tem de pagar a crise financeira sem ter tido culpa nenhuma no cartório (tenho um spread de 0.9%, financiamento de 80% a 20 anos e uma taxa de esforço de 25%, sendo que não tenho mais nenhum crédito para além do habitação, nem sequer automóvel). Quem alugou casa também não tem culpa nenhuma e também tem de pagar a crise. Os grandes culpados da crise são a banca por dar financiamentos a 100% a qualquer pessoa que aparecera numa sucursal de pé-descalço, o Estado por não criar regulação em condições e principalmente as pessoas que contrairam créditos habitação para comprar casar sobre-valorizadas a 40 anos com financiamento a 100% e taxas de esforço de 60% (por mais culpa que a banca e o Estado tenham, ninguém obrigou os cidadãos a comprarem casa nestas condições que na minha opnião são pura estupidez).
Outra coisa que me faz muita confusão é: se a banca fez asneira da grossa na concessão de crédito e com isso entrou em crise, porque raio é que eu enquanto cidadão comum tenho de contribuir com os meus impostos para salvar a banca? Fizeram m****, desenrasquem-se! Se eu criar uma empresa e tomar más decisões, as quais façam com que a empresa fique com problemas financeiros o Estado manda-me passear e eu tenho de pedir insolvência!
Toda a gente sabia que isto ia acontecer e no entanto ninguém quis saber. O banco de Portugal e o Estado não quiseram saber. No crédito habitação, para evitar o colapso da banca teria de haver regulação estatal que definisse algo do género:
Montante máximo de financiamento - 80% do menor dos seguintes valores: valor predial inscrito nas finanças; valor da avaliação feita pelo banco;
Prazo máximo de financiamento: 20 anos;
Spread máximo: 1% (acrescido de Euribor);
Taxa de esforço de todos os créditos (somando o crédito habitação aos outros créditos do futuro proprietário): 50% do salário líquido;
Quem não reunisse as condições acima descritas não tinha crédito e acabou. Se estas regras fossem obrigatórias, hoje em dia teriamos uma banca sólida e a crise financeira e económica seria muito mais soft. Hoje em dia quem se portou bem, como eu tem de pagar a crise financeira sem ter tido culpa nenhuma no cartório (tenho um spread de 0.9%, financiamento de 80% a 20 anos e uma taxa de esforço de 25%, sendo que não tenho mais nenhum crédito para além do habitação, nem sequer automóvel). Quem alugou casa também não tem culpa nenhuma e também tem de pagar a crise. Os grandes culpados da crise são a banca por dar financiamentos a 100% a qualquer pessoa que aparecera numa sucursal de pé-descalço, o Estado por não criar regulação em condições e principalmente as pessoas que contrairam créditos habitação para comprar casar sobre-valorizadas a 40 anos com financiamento a 100% e taxas de esforço de 60% (por mais culpa que a banca e o Estado tenham, ninguém obrigou os cidadãos a comprarem casa nestas condições que na minha opnião são pura estupidez).
Outra coisa que me faz muita confusão é: se a banca fez asneira da grossa na concessão de crédito e com isso entrou em crise, porque raio é que eu enquanto cidadão comum tenho de contribuir com os meus impostos para salvar a banca? Fizeram m****, desenrasquem-se! Se eu criar uma empresa e tomar más decisões, as quais façam com que a empresa fique com problemas financeiros o Estado manda-me passear e eu tenho de pedir insolvência!
Acabava-se com a livre concorrência e as regras do mercado? Já agora, fazia-se o mesmo também para o mercado automóvel?
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