Concerto de rapper homofóbico Sizzla Kalonji cancelado em Lisboa

[TheMoBsTeR]

Eheh oh Alpiger ainda te lembras de Body Count? é bem lembrado mas há que ter em consideração que o alvo dessa musica era a LAPD e por generalização todos os polícias abusadores, não todos os agentes de autoridade em geral.

[Pugas]

Espero bem que rappers como Ice Cube, Ice-T e Body Count ou Dr Dre e outros iguais também sejam impedidos de um dia poderem dar concertos em Portugal e na Europa.

Mas quem é q foi impedido de dar concertos? Simplesmente ninguém dono de uma sala o quer lá, eu tb quero dar concertos e ninguém me quer a tocar, é a vida. A musica dele podiam ser 10x pior que se tivesse 1000x mais sucesso o q n faltavam era salas.

Se o gajo n fosse preto se calhar era mais fácil, os SHARP's tem problemas com gays? Pode ser um caminho.

[nuno88]

Espero bem que rappers como Ice Cube, Ice-T e Body Count ou Dr Dre e outros iguais também sejam impedidos de um dia poderem dar concertos em Portugal e na Europa.

Nem precisas de pegar nos rappers que citaste, por cá também tens o Valete que numa das suas canções diz que "Bófias têm 7 vidas niggas têm 8 balas".

[TheCube]

Nem precisas de pegar nos rappers que citaste, por cá também tens o Valete que numa das suas canções diz que "Bófias têm 7 vidas niggas têm 8 balas".

O Valete é uma anedota.

[TheMoBsTeR]

Mas quem é q foi impedido de dar concertos? Simplesmente ninguém dono de uma sala o quer lá, eu tb quero dar concertos e ninguém me quer a tocar, é a vida. A musica dele podiam ser 10x pior que se tivesse 1000x mais sucesso o q n faltavam era salas.

A cena é que a TMN quis descartar-se, não quis ver o seu nome envolvido, mesmo não sendo a dona da sala... há certo tipo de bandas que têm que tocar em circuitos underground.

[Alpiger]

Eheh oh Alpiger ainda te lembras de Body Count? é bem lembrado mas há que ter em consideração que o alvo dessa musica era a LAPD e por generalização todos os polícias abusadores, não todos os agentes de autoridade em geral.

Grande som, os Body Count. Tirando o extremismo de algumas das suas letras, a sonoridade é fenomenal

[TILT]

Mas quem é q foi impedido de dar concertos? Simplesmente ninguém dono de uma sala o quer lá, eu tb quero dar concertos e ninguém me quer a tocar, é a vida. A musica dele podiam ser 10x pior que se tivesse 1000x mais sucesso o q n faltavam era salas.

Se o gajo n fosse preto se calhar era mais fácil, os SHARP's tem problemas com gays? Pode ser um caminho.

O que eu li também foi que o dono da sala não o quis lá. Ainda por cima, o concerto era para ser numa sala com o nome de uma marca (sala TMN) que duvido muito que tenha qualquer tipo de interesse em ser associada a este tipo de polémicas. Duvido é que haja mais alguém disponível para receber o concerto.

[Valium]

Grande som, os Body Count. Tirando o extremismo de algumas das suas letras, a sonoridade é fenomenal

Sim, a maior parte o melhor é retirar as partes vocais.
A versão do "Hey Joe" é muito boa.

[Two]

Então a garagem da vizinha não é um incitamento à promiscuidade e à traição?

[TheMoBsTeR]

(...) Duvido é que haja mais alguém disponível para receber o concerto.

Há malta que só quer é € e ta-se a lixar para as temáticas, podem é não ter espaço suficiente...

[TheCube]

Então a garagem da vizinha não é um incitamento à promiscuidade e à traição?

O que eu entendo é que a vizinha é versada em mudanças de óleo e de vez em quando dá uma mãozinha.

[dysplay21]

Ele que tente actuar numa disco, eu mando assim pro ar o Plateau. A malta das artes tem de ser versátil.

[LinoMarques]

O que eu entendo é que a vizinha é versada em mudanças de óleo e de vez em quando dá uma mãozinha.

...mas os cocos ficam de fora!

[nunomplopes]

Será que recebe o seu na mesma se o concerto for cancelado? Se for, deve ter uma costela Portuguesa, ganha e não faz nada...

[TheMoBsTeR]

Será que recebe o seu na mesma se o concerto for cancelado? Se for, deve ter uma costela Portuguesa, ganha e não faz nada...

Bem, ele chama-se Miguel Orlando, ao menos o nome não precisa de mudar

[Pugas]

há certo tipo de bandas que têm que tocar em circuitos underground.

100% de acordo.

O que eu li também foi que o dono da sala não o quis lá. Ainda por cima, o concerto era para ser numa sala com o nome de uma marca (sala TMN) que duvido muito que tenha qualquer tipo de interesse em ser associada a este tipo de polémicas. Duvido é que haja mais alguém disponível para receber o concerto.

Sim e como privado está no seu direito, em alguns comentários parece que algum tribunal o proíbe de actuar. Quem tem o espaço directa ou indirectamente acha que vai ter mais prejuízo q lucro e essa é a única razão para n se realizar lá esse e mts outros concertos.

Toda a gente deve conhecer cafés/bares que começaram a ser mal frequentados e perderam os outros clientes, é +- a mm coisa.

[Icedevice]

A minha mulher já esteve na jamaica e pelos vistos lá, matam mesmo os gays. Não é aceitável qualquer tipo de mensagem ou ideal deste género. Podem vir com a liberdade de expressão, cartoons, com a garagem da vizinha, com os rappers portugueses que quiserem. Um mal nunca justificou o outro. E isto está simplesmente errado.

[TommyTosser]

'Artista'...

[Jarod]

Por muito hetero que seja e que não entenda os gays em muitos dos seus comportamentos, a pena de morte já foi abolida há muito tempo e alguém que venha espalhar uma mensagem dessas não devia ser benvindo. Um amigo de Mugabe é logo um cartão de visita duvidoso.

Não devia ser benvindo, nem é, porque ele chama-se Sizzla.

(Benvindo é nome, o que querias dizer é "bem-vindo".)

Quanto ao gajo, eu acho que as pessoas com discurso de ódio não merecem respeito.

[portishead]

Então a garagem da vizinha não é um incitamento à promiscuidade e à traição?

Muito justo: equiparar o adultério com o homicídio.

[portishead]

Também não me choca, a questão é onde ficam os limites.

O limite, e já que não se pode contar muito com o bom senso dos artistas, passava pelo trabalho das editoras em proibir músicas que incentivassem o crime de ódio (e como os EUA são especialistas nesta matéria!). Assim as promotoras de espectáculos nem cairiam na tentação de os contratar, nem de serem relembradas por terceiros, dos direitos e liberdades básicos dos ser humano.

[TheMoBsTeR]

O limite, e já que não se pode contar muito com o bom senso dos artistas, passava pelo trabalho das editoras em proibir músicas que incentivassem o crime de ódio (e como os EUA são especialistas nesta matéria!). Assim as promotoras de espectáculos nem cairiam na tentação de os contratar, nem de serem relembradas por terceiros, dos direitos e liberdades básicos dos ser humano.

Acredita que eles não deixam de existir. Acho que o exemplo "Filthy 15" nos EUA demonstrou que não vale a pena encetar uma caça às bruxas frontal, passa pelas pessoas saber e compreender as mensagens. Em todo o lado (mesmo em Portugal) existem bandas frontalmente racistas, é deixa-las continuar na obscuridade.

[portishead]

Acredita que eles não deixam de existir. Acho que o exemplo "Filthy 15" nos EUA demonstrou que não vale a pena encetar uma caça às bruxas frontal, passa pelas pessoas saber e compreender as mensagens. Em todo o lado (mesmo em Portugal) existem bandas frontalmente racistas, é deixa-las continuar na obscuridade.

Sim, é um facto que mesmo proibindo, eles vão continuar a existir e a propagandear a sua mensagem de ódio. Mas a questão é que ignorá-los também já se provou que não é a melhor solução.
Por qualquer razão, que por vezes ultrapassa o factor musical, eles transmitem um lado provocatório que é visto, por muitos adolescentes e não só, como uma cena muito cool. "Rape a pregnant bitch and tell my friends I had a threesome" (não é preciso traduzir pois não?), de um dos rappers mais cool do momento: Tyler, the Creator, é só um pequeno exemplo - trouxe um exemplo misógino, só para destoar, mas ele também tem um bom reportório homofóbico. É claro que para a maioria dos fãs, este tipo de mensagens não lhes faz muito mais do que despertar algumas hormonas, imitando os gestos e o estilo do seu ídolo. Alguns colocam algumas daquelas ideias ipsis verbis no muro da sua escola: "Fuck school, burn shit, kill p3opl3" (também do Tyler). Tudo isso parece-me que faz parte de uma certa rebeldia inconsequente e muito típica destas idades. A questão é que, e como todos nós infelizmente já pudemos constatar, há quem leve algum daquele reportório mesmo muito a sério. Depois só nos resta lamentar as vítimas inocentes de um qualquer tresloucado que colocou em prática a rima do seu rapper favorito.

[Torres]

Digam-me que não sou o único a achar "deliciosa" a ironia desta questão. Um membro de uma minoria étnica que deduzo eu não se considera um ser inferior em relação a outros ter esta perspectiva...

Ah, humanos...Somos mesmo fantásticos.

[mELIANTE]

Grande som, os Body Count. Tirando o extremismo de algumas das suas letras, a sonoridade é fenomenal

Ainda esta semana o primeiro álbum deles esteve em alta rotação aqui no meu PC. Não vejo incitamento à violência nas suas letras, acho que têm muito de activismo social, sátira e de gozo, a "Evil Dick" é um perfeito exemplo deste último tipo de letra

[Raistaparta]

Digam-me que não sou o único a achar "deliciosa" a ironia desta questão. Um membro de uma minoria étnica que deduzo eu não se considera um ser inferior em relação a outros ter esta perspectiva...

Ah, humanos...Somos mesmo fantásticos.

Também já tinha pensado nisso, só falta o homem um dia vir-se queixar de racismo, seria a cereja no topo do bolo.