Ministro das Finanças recusa que Portugal esteja a fazer um ajustamento no sentido de reduzir duradouramente os salários. Pede paciência e persistência aos portugueses porque cortes salariais, sendo "indesejáveis", são "inevitáveis".
Vítor Gaspar assegurou hoje que o Governo não está a conduzir uma política de ajustamento orçamental e de reformas económicas com o objectivo de reduzir duradouramente os salários em Portugal. "Bons empregos com salários altos: só essa pode ser a visão para Portugal", respondeu esta manhã, na apresentação dos resultados do quarto exame da troika, depois de ter sido questionado sobre as recentes afirmações de António Borges.
O modelo de desenvolvimento e a agenda de transformação que está em curso, disse, visa aumentar a competitividade e o produto potencial. "Não é uma visão baseada em níveis baixos de produtividade, nem níveis baixos de competitividade, nem níveis baixos de salários. (...) Que não haja qualquer espécie de ambiguidade, qualquer outra concepção seria perversa".
Mas para chegar a esse “novo patamar de prosperidade”, acrescentou o ministro das Finanças, “temos de ser bem sucedidos no nosso processo de ajustamento, o que exige esforço e sacrifícios”. “Precisamos de ter persistência e paciência para sermos bem sucedidos”.
Menos salários e menos emprego é "indesejável mas inevitável"
“A economia portuguesa precisa de ajustar e esse ajustamento depende de uma evolução favorável dos custos unitários do trabalho que permita ganhar competitividade relativamente aos nossos parceiros”. Neste contexto, as empresas estão submetidas a uma grande pressão para reduzir custos, o que as leva a cortar no emprego e/ou nos salários, sendo esta "uma consequência indesejável mas inevitável do processo de ajustamento”, afirmou.
A presidente do Conselho de Finanças Públicas, Teodora Cardoso, criticou sexta-feira a abordagem da troika de assentar os ganhos de competitividade nos corte de salários. “Se o nível de competitividade” foi obtido por essa via de corte de salários “isso significa que nos estamos a candidatar a passar para o terceiro mundo, se não, para o quarto” mundo. Para Teodora Cardoso, o ganho de competitividade não se faz por via do corte de salários mas sim através da qualificação e organização.
No mesmo dia, António Borges, consultor do Governo para as privatizações, afirmou que a descida de salários em Portugal é uma “urgência”. No rescaldo, o ministro das Finanças disse esta manhã que só leu os “títulos de jornal e os comentários, mas não li as palavras exactas nem conversei com o professor António Borges”. Mas “o que eu sei é que ele é das pessoas em Portugal maior ambição, exigência e optimismo em relação aos padrões de desenvolvimento” de uma “economia caracterizada por melhores empregos e melhores salários”, frisou.
O modelo de desenvolvimento e a agenda de transformação que está em curso, disse, visa aumentar a competitividade e o produto potencial. "Não é uma visão baseada em níveis baixos de produtividade, nem níveis baixos de competitividade, nem níveis baixos de salários. (...) Que não haja qualquer espécie de ambiguidade, qualquer outra concepção seria perversa".
Mas para chegar a esse “novo patamar de prosperidade”, acrescentou o ministro das Finanças, “temos de ser bem sucedidos no nosso processo de ajustamento, o que exige esforço e sacrifícios”. “Precisamos de ter persistência e paciência para sermos bem sucedidos”.
Menos salários e menos emprego é "indesejável mas inevitável"
“A economia portuguesa precisa de ajustar e esse ajustamento depende de uma evolução favorável dos custos unitários do trabalho que permita ganhar competitividade relativamente aos nossos parceiros”. Neste contexto, as empresas estão submetidas a uma grande pressão para reduzir custos, o que as leva a cortar no emprego e/ou nos salários, sendo esta "uma consequência indesejável mas inevitável do processo de ajustamento”, afirmou.
A presidente do Conselho de Finanças Públicas, Teodora Cardoso, criticou sexta-feira a abordagem da troika de assentar os ganhos de competitividade nos corte de salários. “Se o nível de competitividade” foi obtido por essa via de corte de salários “isso significa que nos estamos a candidatar a passar para o terceiro mundo, se não, para o quarto” mundo. Para Teodora Cardoso, o ganho de competitividade não se faz por via do corte de salários mas sim através da qualificação e organização.
No mesmo dia, António Borges, consultor do Governo para as privatizações, afirmou que a descida de salários em Portugal é uma “urgência”. No rescaldo, o ministro das Finanças disse esta manhã que só leu os “títulos de jornal e os comentários, mas não li as palavras exactas nem conversei com o professor António Borges”. Mas “o que eu sei é que ele é das pessoas em Portugal maior ambição, exigência e optimismo em relação aos padrões de desenvolvimento” de uma “economia caracterizada por melhores empregos e melhores salários”, frisou.
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