Este pretende ser um tópico de homenagem a um espécimen que se vê muito por aí a conduzir o seu carro (que costuma ser uma extensão natural do seu órgão genital - talvez daí, inconscientemente, ser quase sempre um carro de dimensões reduzidas) que é o BZ, ou seja, o Bé do Zoné.
O verdadeiro Bé do Zoné (BZ) apresenta as seguintes características muito típicas e inerentes à sua condição:
O verdadeiro Bé do Zoné (BZ) apresenta as seguintes características muito típicas e inerentes à sua condição:
- A indumentária:
- o indispensável boné virado ao contrário (um cap da DC, de preferência!), ou seja, com a pala para trás, e que é o seu principal adereço de identificação. A razão para a colocação do boné desta forma é ainda hoje um mistério, mas talvez seja para permitir que, também durante a condução, o BZ assuma a sua postura marreca/macacóide, símbolo do seu menor desenvolvimento cultural;
- as calças de ganga feitas em fanicos em baixo e a arrojar pelo chão. Provavelmente, isto destina-se a fazer um efeito vassoura enquanto conduz o seu bólide, para que o chão do carro se apresente sempre impecavelmente limpo. A mãe é que não acha muita piada quando vai lavar as calças do filho ;
- sapatilhas ultra-leves para permitir sentir melhor o acelerador do carro, permitindo-lhe que ganhe ca. de 0.0031 segundos nos picos de sexta-feira à noite na VDG.
- A forma de falar:
- distingue-se por emitir grunhidos imperceptíveis de cada vez que tem de falar com alguém que não considera da sua espécie;
- total incapacidade para falar do que quer que seja a não ser das proezas realizadas ao volante do seu bólide, e mesmo nessas com uma percentagem de ca. de 80% de fantasia (este valor pode subir, se o BZ não estiver nos seus dias, o que é frequente);
- total incapacidade de ter conversas inteligentes ou com argumentos dignos desse nome. Não adianta discutir com um BZ.
- O estilo de condução:
- caracteriza-se por conduzir com o banco com as costas reclinadas em pelo menos 150º e mão esquerda no volante, de braço totalmente esticado (recuar banco ao máximo). Esta forma de conduzir, para além de incrivelmente estilosa, tem ainda a vantagem de reduzir o centro de gravidade do bólide, permitindo curvar ainda mais depressa;
- ao mesmo tempo, a mão direita tem que estar sempre em cima da manete das mudanças. Razão: ganhar 0.0005248 segundos nas reduções nos pequenos picanços do dia-a-dia;
- andar sempre acima das 7000 rpm. Quem anda abaixo disso, ou é cota, ou é gay.
- O seu carro caracteriza-se por:
- ter que estar o mais perto possível do chão, para que possa contornar as lombas em zigue-zague, pois isso é muita fixe e dá bué estilaço;
- ter que ser um CRX, Ibiza, 106 ou AX GT. O Ibiza é o único que pode ter motor a gasóleo (TDI pauá, é claro!!! E de preferência com todas as letras assim encarnadas!)
- um comercial é bem vindo, pois permite instalar os 52 subwoofers, 27 amplificadores, 14 tuíteres e montar os 50.000 W de som RMS na bagageira. Além de que assim não há o perigo de haver "velinhas" a viajar no banco de trás quando se quer ir pra night com a namorada;
- deve retirar-se toda e qualquer forma de proteger o meio ambiente dos gases de escape (ai, como é que se chama aquela cena, mens, o cata..., catra... olha, aquela cena que só retira cavalagem ao motor, xavalo, tás a ver...?)
- falando em gases, qualquer BZ que se preze tem que ter umas lâmpadas com umas cores muito giras e uns chamados "gases nobres" lá dentro (hummm, será que esses "gases nobres" são peidos engarrafados dados por um rei...??? )
- mesmo que seja um chasso com motor 1.1 e 60 CV, o som emitido pelo escape deve ser abafado e rouco, como que para dar a entender que existem pelo menos 300 CV debaixo do capot e que nem adianta tentarem picar-se com ele na estrada, pois vão perder. Esse efeito consegue-se adicionando umas abufadeiras de 15 cm de diâmetro cada uma na traseira do carro. Devem ser duas, no mínimo, mas se forem 4 (2 de cada lado), óptimo! O ideal mesmo (a cereja em cima do bolo, literalmente!) será fazer os escapes sair para cima, com uma tampinha que abre a cada gazada, tipo os camiões americanos, mas essa cena dá bué trabalho a desmontar quando é para ir à especção (lá ao instituto dos doentes oncológicos, como é que se chama aquilo...? )
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